Cincia Tecnologia e Sociedade Cincia Tecnologia Inovao e

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Ciência, Tecnologia e Sociedade Ciência, Tecnologia, Inovação e meio ambiente. Tecnologia social

Ciência, Tecnologia e Sociedade Ciência, Tecnologia, Inovação e meio ambiente. Tecnologia social

Conteúdo da aula 1. C, T, I e meio ambiente: a evolução do debate

Conteúdo da aula 1. C, T, I e meio ambiente: a evolução do debate 2. C, T, I e meio ambiente: a abordagem econômica 3. Tecnologia social

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Atual “onda” ambientalista: final dos

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Atual “onda” ambientalista: final dos anos 60 Debate é mais antigo: economistas clássicos Malthus (1798): Principles of Population- população cresce a taxas geométricas, produção de alimentos a taxas aritméticas (usou dados estatísticos) Idéias elitistas (controle de natalidade, não assistência a populações pobres) Desconsidera a mudança tecnológica e as possibilidades distributivas (crítica de Marx e Engels)

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Movimentos conservacionista e preservacionista: Anos

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Movimentos conservacionista e preservacionista: Anos 189020, EUA Exploração racional X preservação total, tecnocentrismo X ecocentrismo Manejo florestal, hidrologia, geologia: impulso como campos científicos a partir da inclusão de recursos florestais, hídricos e minerais no debate sobre a escassez “Riqueza natural” entra na agenda da economia política Forte visão anti monopolista, controle governamental

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 60 -70: Biólogos americanos

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 60 -70: Biólogos americanos No Brasil, o DDT só foi banido em 2009 Rachel Casson, Primavera Silenciosa (1962)- críticas ao uso de pesticidas, induziu o banimento do Dicloro-Difenil. Tricloroetano nos 70 s (DDT, descoberta de sua aplicação rendeu um prêmio Nobel em 1948) Obra com forte conteúdo moral, leva a discussão técnica para o plano político

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 60 -70: Neo-Malthusianos A

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 60 -70: Neo-Malthusianos A tragédia dos comuns (1968): necessidade de controle dos agentes econômicos (estória sobre criadores de gado) Paul R. Ehrlich: A Bomba populacional (1968)

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 60 -70: Reações contra

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 60 -70: Reações contra Neo-Malthusianos Barry Commoner: The closing circle (1971): problemas ambientais são invisíveis Crítica aos tipos de tecnologia: poluidoras

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 70: Pessimistas X Otimistas

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 70: Pessimistas X Otimistas Small is Beautiful (1973): crescimento zero, Crítica à produção em massa Contexto: Os limites do crescimento (1973): Clube de Roma, modelagem computacional com variáveis-chave como população e produção agrícola

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 70: Pessimistas X Otimistas

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Anos 70: Pessimistas X Otimistas John Maddox: A síndrome do apocalipse (1972) Profecias auto-realizáveis Avanços institucionais podem contornar o problema Escassez: depende da tecnologia (exemplo: pré-sal)

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Fórum Global: criação do Programa

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Fórum Global: criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA, 1972) Desconfiança do Terceiro mundo Anos 80: ecodesenvolvimento (Relatório Brundtland, 1987, PNUMA) Desenvolvimento sustentável, valorização econômica dos ecossistemas Problemas sistêmicos: biodiversidade, aquecimento global/efeito estufa, ambientais compartilhados no espaço e tempo riscos

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Construção social dos problemas ambientais:

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate Construção social dos problemas ambientais: mostrada por sua evolução da economia clássica a enfoques sistêmicos Forte influência dos paradigmas de ciência econômica predominantes: da teoria fundada em fatores de produção à complexidade sistêmica Mídia e institucionalização: inclusão nas agendas decisórias dos setores público e privado Exemplo: Constituição Federal Brasileira de 1988 (dedica um capítulo ao meio ambiente, cria instituições). Programas de rotulagem ambiental

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate

C, T, I meio ambiente: a evolução do debate

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Fundamental: como regular e orientar decisões

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Fundamental: como regular e orientar decisões em instituições públicas e privadas 1. Abordagem neoclássica- externalidades. Aumento de preços limitaria o consumo de bens escassos; Induziria inovações (substitutos, eficiência, etc. )- supondo que estas são disponíveis Concepção de equilíbrio, mercados perfeitamente competitivos: irrealidade

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Falhas de mercado: concepção mais realista,

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Falhas de mercado: concepção mais realista, até certo ponto…Supõe a intervenção regulatória. Propriedade dispersa dos recursos naturais: o que é de todos, não é de ninguém Externalidades: custo social não é contabilizado no preço do bem ou serviço Instrumentos regulatórios (normas sobre emissões, padrões, licenciamentos…) Econômicos: estabelecimento de direitos de propriedade (preço do bem ambiental); taxas e subsídios (poluidorpagador); certificados comercializáveis (créditos de carbono)comercialização de discommodities

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Falhas de mercado: concepção mais realista,

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Falhas de mercado: concepção mais realista, até certo ponto…Supõe a intervenção regulatória. Propriedade dispersa dos recursos naturais: o que é de todos, não é de ninguém Externalidades: custo social não é contabilizado no preço do bem ou serviço Instrumentos regulatórios (normas sobre emissões, padrões, licenciamentos…) Econômicos: estabelecimento de direitos de propriedade (preço do bem ambiental); taxas e subsídios (poluidorpagador); certificados comercializáveis (créditos de carbono)comercialização de discommodities

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Estratégia empresarial: regula’; cões colocam desafios

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Estratégia empresarial: regula’; cões colocam desafios e oportunidades Mudança no ambiente concorrencial Dependência do acesso a novas tecnologias (restrito e incerto)

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Abordagem evolucionista Estratégias de busca e

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Abordagem evolucionista Estratégias de busca e seleção influenciadas por pressões ambientais Governo: promover a internalização (regulatório, incentivo à P&D, políticas ambientais…) Tecnologias curativas (end of pipe, estimuladas pela regulação) e preventivas Além da regulação, adoção depende das condições de apropriabilidade, oportunidades tecnológicas

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Abordagem evolucionista Universo controvertido: 1. Problemas

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Abordagem evolucionista Universo controvertido: 1. Problemas ambientais são uma construção científica e social (forte componente político); 2. agentes ausentes (grações futuras); 3. Controvérsias científicas; 4. Irreversibilidade dos efeitos; Competição entre visões de mundo/futuro: determinantes da ação de agentes públicos/privados Influência do conhecimento científico: autoridade X aceitação social Criação de competências/vantagens competitivas

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Problemas ambientais: construções científicas (reformulação de

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Problemas ambientais: construções científicas (reformulação de hipóteses e de relações de causalidade, invalidação d enunciados) Construções sociais (elaborações de especialistas, mídia e agentes econômicos).

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Abordagem evolucionista Depende de: países, setores,

C, T, I meio ambiente: a abordagem econômica Abordagem evolucionista Depende de: países, setores, tecnologias e ativos disponíveis Mercados globais: nivela-se por cima Exemplo: Regulação sobre Resíduos de Eletroeletrônicos

Ciência, Tecnologia e Sociedade O conflito entre o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental

Ciência, Tecnologia e Sociedade O conflito entre o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental

Nesta aula • Discutiremos a opoisção entre o capitalismo global e o meio-ambiente global;

Nesta aula • Discutiremos a opoisção entre o capitalismo global e o meio-ambiente global; • O posicionamento dos países frente ao protocolo de Kyoto e às emissões de gases do efeito estufa; • O paradoxo de Jervons; • A manipulação da tecnologia em prol do lucro rápido e constante; • Entre diversas outras coisas;

Um questão cultural Rachel Carson (1963) fez uma comparação entre a relutância da sociedade

Um questão cultural Rachel Carson (1963) fez uma comparação entre a relutância da sociedade no final do século XX em aceitar todas as implicações da teoria ecológica e a resistência na era vitoriana à Teoria da Evolução de Darwin: A civilização Ocidental tem a ideia que a natureza existe para servir os seres humanos e para ser um serviçal para os humanos. Mas a sociedade se recusa a reconhecer a total dependência humana em relação à natureza, isso sem dúvida, tem a ver com a lógica expansionista de um sistema capitalista que faz com que a acumulação de riqueza na forma de capital seja o supremo fim da sociedade.

Capitalismo e seus ideólogos (economistas) O capitalismo e seus economistas têm geralmente tratado os

Capitalismo e seus ideólogos (economistas) O capitalismo e seus economistas têm geralmente tratado os problemas ecológicos mais como algo a ser evitado do que algo a seriamente encarado. Robert Solow's “limits to growth” (1947), said that, “se é muito fácil substituir os recursos naturais por outros fatores, então não há, em princípio, ‘problema’ algum. [. . . ]” O grau de substituibilidade no presente é tão grande que todas as preocupações dos profetas ecológicos apocalípticos poderiam ser deixadas de lado.

Crítica aos ideólogos (economistas) Mais um grupo de meninos prodígio do MIT levantou a

Crítica aos ideólogos (economistas) Mais um grupo de meninos prodígio do MIT levantou a questão dos limites ao crescimento no início dos anos 1970, argumentando que o aumento exponencial do crescimento poderia levar à um aumento exponencial da demanda dentro de um ambiente finito. Assim, a expansão infinita dentro de um ambiente finito se mostraria uma contradição em termos. • Paradoxo de Jevons (1865) – aumentos na eficiência do uso de um recurso natural (carvão, petróleo) implica no aumento da escala de produção – eleva a demanda por esse recurso Isso, portanto, representava um potencial de conflito catastrófico entre o capitalismo global e o ambiente global.

Lucro versus Sustentabilidade As economias capitalistas são voltadas em primeiro lugar para o crescimento

Lucro versus Sustentabilidade As economias capitalistas são voltadas em primeiro lugar para o crescimento dos lucros e, portanto, para o crescimento econômico a praticamente qualquer custo Horizonte de curto-prazo vs Perspectiva de longo-prazo em determinar os investimentos para proteger a Biosfera Um ponto de vista de longo prazo é completamente irrelevante no volátil mercado de ações e numa ecnomia financializada. Para o 3º Mundo, o capital, com base nos países ricos, requer o mais rápido retorno dos seus investimentos, muitas vezes exigindo que o investimento inicial seja recuperado em um ou dois anos. ➔

Lucro versus Sustentabilidade Para o autor, isto não é uma questão entre ”bons” capitalistas

Lucro versus Sustentabilidade Para o autor, isto não é uma questão entre ”bons” capitalistas e ”maus” capitalistas, mas sim é como o sistema funciona, acumular capital a todo o custo!. Os problemas do sistema são evidentes hoje em todas as áreas do que comumente chamamos de “crise ambiental”: aquecimento global, destruição da camada de ozônio, o desmatamento das florestas tropicais, a eliminação de recifes de coral, a pesca em excesso, extinção de espécies, a perda de diversidade genética, a toxicidade crescente de nosso ambiente e da nossa comida, a desertificação, o abastecimento de água reduzido, falta de água potável, a contaminação radioativa, Etc.

A questão do aquecimento global O aquecimento global é a questão ecológica global mais

A questão do aquecimento global O aquecimento global é a questão ecológica global mais urgente. Entendê -lo é entender o conflito entre ecologia e o capitalismo Há hoje (2001) um consenso no mundo científico de que um fracasso em deter a presente tendência de aquecimento global significará abrir as portas para uma catástrofe ecológica e social em escala planetária, ao longo deste século. Mas pouco se avançou até agora para resolver este problema, que tem a ver principalmente com a emissão de combustíveis fósseis.

O Protocolo de Kyoto First attemptive - United Nations Framework Convention for Climate Change

O Protocolo de Kyoto First attemptive - United Nations Framework Convention for Climate Change (UNFCCC) agreed upon in 1992 (Failed) Kyoto Protocol (1997) - established a “legally binding” reductions in greenhouse gas emissions of 5. 2% below 1990 levels. By 2008– 2012: European Union reduce greenhouse gas emissions by 8% below 1990; United States by 7%; Japan by 6%; Other underdeveloped countries like China and India were out. Dois pontos críticos: 1. As provisões para licenças de emissão negociáveis, o que permitiria aos países cumprirem as reduções de emissões através da compra de licenças de emissão a partir de países que não precisam deles. 2. A inclusão de subsídios para “sumidouros de carbono”, que daria créditos de emissão de florestas e terras agrícolas.

A falha do Protocolo de Kyoto March 2001 – A administração de Bush (¼

A falha do Protocolo de Kyoto March 2001 – A administração de Bush (¼ of the world's emissions) declarou que o Protocolo de Kyoto era ”fatalmente falho” - EUA se retiravam unilateralmente do acordo. Nevertheless Japan, Canada, EU and Australia advanced it in Bonn (Germany) but it was shot full of holes: Fazendas e florestas deveriam ser tratadas como sumidouros de carbono, resultando em créditos em redução de emissões; Licenças de poluição negociáveis passariam a ser negociadas permitindo a compra de licensas para poluir de países como a Rússia; A única pena por não cumprir as metas de redução de emissões seria que as metas de um país na próxima rodada seriam aumentadas; As propostas para instituir uma indenização por danos ao clima, a ser paga por aqueles países que não cumprissem as reduções específicas, foram retiradas; Em uma grande concessão para o Japão, o caráter “legalmente vinculante” do acordo original também foi abandonado em favor de um discurso que definia o acordo como “politicamente vinculante”.

A falha do Protocolo de Kyoto O exemplo da posição norte-americana é crucial: Antes

A falha do Protocolo de Kyoto O exemplo da posição norte-americana é crucial: Antes dos EUA se retirarem a adminstração Bush pediu à NAS para examinar o estado atual da ciência do clima (mais especificamente os resultados de pesquisa do IPCC) e entregar um relatório: O relatório mostrou o aquecimento global como resultado das atividades humanas – uma realidade e uma ameaça crescente para a estabilidade da biosfera e, portanto, a vida na Terra como a conhecemos. (IPCC não foi politicamente maquiado como previram). O governo EUA admitiu a seriedade do problema mas assinalou 2 razões importantes para não reconhecer o Protocolo: Impacto econômico negativo; Não incluiu países como a China e a India que estão entre os maiores contribuintes para o aquecimento global.

A falha do Protocolo de Kyoto Bush adminstration was more radical than the previous

A falha do Protocolo de Kyoto Bush adminstration was more radical than the previous one (Clinton's) which was influenced by the auto-industrial complex in the 1990's. ()s - Uma questão de caminhos tecnológicos: Transporte público versus Automóvel privado • Redução drástica das emissões de dióxido de carbono versus eficiência na geração de lucros (complexo automobilístico);

A falha do Protocolo de Kyoto The cost to the U. S. economy of

A falha do Protocolo de Kyoto The cost to the U. S. economy of cutting such emissions, and particularly emissions of carbon dioxide, the leading greenhouse gas, was simply too high a price to pay but not to the European Union.

Emissões de CO 2 Comparing the G-7 countries (2008) with the rest of the

Emissões de CO 2 Comparing the G-7 countries (2008) with the rest of the world: Country CO 2 emissions[11] Emission per capita[12] World 33, 376, 327 4. 9 China 9, 700, 000 (23, 5%) 7. 2 United States 5, 420, 000 (18, 27%) 17. 3 India 1, 970, 000 1. 6 Russia 1, 830, 000 12. 8 Japan 1, 240, 000 9. 8 International transport 1, 040, 000 0 Germany 810 9. 9 South Korea 610 12. 6 Canada 560 16. 2 Brazil 393 (1, 32%) 2, 1

Capital enquanto um Autômato A lógica (círculo vicioso) do autômato: Enquanto o crescimento econômico

Capital enquanto um Autômato A lógica (círculo vicioso) do autômato: Enquanto o crescimento econômico acontece a demanda por combustíveis fósseis se eleva => Os preços do carvão (por exemplo) se elevam => Os altos lucros que serão obtidos induz o capital a estruturar a economia de energia em torno de combustíveis fósseis. O estímulo dado pela Bush administration às usinas termoelétricas em resposta à crise energética da California + sua retirada do Kyoto Protocol => construção de 1. 300 usinas elétricas adicionais para satisfazer as necessidades energéticas projetadas => BIG FAILURE Em julho, o governo Bush sinalizou sua oposição a uma proposta internacional, encomendada pelo G-8, para eliminar gradualmente os subsídios para os combustíveis fósseis e aumentar os subsídios para fontes de energia não-poluentes. A União Europeia, por sua vez, decidiu, em julho de 2001, não mais eliminar gradualmente os seus próprios subsídios para o carvão, como tinha sido previamente agendado para começar em julho de 2002, mas continuar com esses subsídios por mais uma década (The Economist, 28 de julho de 2001).

Soluções através de Pesquisas? A grande ironia por trás do fracasso do Protocolo de

Soluções através de Pesquisas? A grande ironia por trás do fracasso do Protocolo de Kyoto é que ele representava, mesmo em sua concepção original, apenas um modesto primeiro passo, de caráter simbólico, no esforço de conter o aquecimento global. Outros 30 tratados similares podem ser necessários para reduzir as emissões de efeito estufa na escala dos 60% a 70%, única escala que faria uma diferença sensível ao clima. Por mais que o capital seja um autômato, mesmo a classe capitalista está ”preocupada” com o futuro, mas ela se divide em 2 concepções, sendo que nenhuma delas é fã da construção de um bom sistema de transporte público: Por um lado o governo dos EUA, junto com algumas das principais companhias petrolíferas, se voltou para uma exótica pesquisa em tecnologia voltada para o sequestro de carbono como uma solução de LP.

Soluções através de Pesquisas? São pesquisas financiadas pelo Estado e pelas grandes empresas para

Soluções através de Pesquisas? São pesquisas financiadas pelo Estado e pelas grandes empresas para não mexer na economia baseada em combustíves fósseis, são tecnologias de pura tolice, exemplos: 1. Tecnologias que têm por finalidade: (1) retirar o dióxido de carbono do ar, e (2) injetá-lo de volta nas minas de carvão e campos de petróleo de onde veio ou nos oceanos. 2. “Geoengenharia”, que “incluiria injetar partículas na atmosfera a fim de aumentar a retrodifusão de luz e de estimular a absorção de carbono pelos oceanos “(p. 126 -27). 3. Faixa gigante absorvente, revestida de um dos muitos produtos químicos que reagem com dióxido de carbono, que poderia puxar o gás do ar por onde passa. ”Nenhuma dessas tecnologias é remotamente prática no momento e provavelmente nunca será. “

Pesquisa pra quem? Por outro lado alguns capitalistas tentam desenvolver carros com mais eficiência

Pesquisa pra quem? Por outro lado alguns capitalistas tentam desenvolver carros com mais eficiência energética, o que nos levaria de volta ao Paradoxo de Jevons. Os capitalistas e seus assistentes têm bloqueado também a implementação de alternativas com base em energia solar. As grandes corporações geralmente investem nessa tecnologia ou compram dos movimentos que fundaram esse tipo de pesquisa para engavetá-las (igual a virada do século XIX para o XX – decomposição do sistema - Lenin) Veblen e Hilferding já pontuavam que embora o capitalisto produza algum tipo de eficiência, ele em sua etapa monopólica representa um sistema de grande desperdício sob qualquer perspectiva de planejamento racional, tal como aquela levada a cabo pelo engenheiro, por exemplo. Petróleo, marketing, e o complexo automobilisto são exemplos da irracionalidade que impõe uma falta de alternativa no horizonte do sistema.

Frente ao abismo? As precvisões do IPCC são de um aumento de 1, 5

Frente ao abismo? As precvisões do IPCC são de um aumento de 1, 5 a 6ºC, o que poderia levar à resultados cataclísmicos: Se esse aumento (mesmo que se situe na faixa intrmediária) se tornar realidade, o ambiente da Terra será tão radicalmente alterado que os resultados cataclísmicos, sem dúvida, se manifestarão em todo o mundo. Estes efeitos certamente incluirão o aumento da desertificação nas regiões áridas e as chuvas mais pesadas e riscos de inundações em outras regiões; sérios danos aos cultivos nos trópicos e, eventualmente, em áreas temperadas também; crescimento do nível do mar (devido ao derretimento das geleiras) em que as ilhas e regiões de delta de rios submergeriam, danos aos ecossistemas e perda de espécies e de diversidade genética. Acima de tudo isso, haverá aumento dos riscos para a saúde humana. Como sempre, as áreas mais exploradas do mundo e seus habitantes ficarão mais vulneráveis. Capitalism is unable to reverse course

Conclusões A profundidade da crise ecológica e social da civilização contemporânea, impõe a necessidade

Conclusões A profundidade da crise ecológica e social da civilização contemporânea, impõe a necessidade de uma reorganização radical da produção, a fim de criar um mundo mais sustentável e justo. Tudo isso é invariavelmente subestimado pelos elementos dominantes da sociedade, que regularmente retratam os que já estão convencidos da necessidade de uma mudança ecológica e social significativa como “Cassandras” – pessoas cegas perante as melhorias reais na qualidade de vida em todos os lugares que nos rodeiam. Nós somos constantemente convidados por aqueles que obedecem servilmente “os deuses do lucro e da produção” a virar a nossa atenção para outro lugar, rebaixar nossas preocupações e encarar o próprio sistema econômico, o mesmo que tem causado a atual degradação global do meio ambiente, como a solução para os problemas ele gerou.

Conclusões Assim, para escrever de forma realista sobre o conflito entre ecologia e capitalismo

Conclusões Assim, para escrever de forma realista sobre o conflito entre ecologia e capitalismo no momento presente, é necessária um atitude de resistência intelectual – uma crítica implacável do modo de produção existente e da ideologia usada para apoiar suas depredações ambientais. Estamos diante de uma escolha difícil: ou rejeitar “os deuses do lucro” como portadores da solução para os nossos problemas ecológicos, e em vez disso buscar uma co-evolução mais harmoniosa da natureza e da sociedade humana, como um elemento essencial na construção de uma sociedade mais justa e uma ordem social igualitária, ou enfrentar as conseqüências naturais, uma crise ecológica e social que rapidamente sairá do controle, com consequências irreversíveis e devastadoras para seres humanos e para as inúmeras outras espécies com as quais estamos vinculados. A solução seria a transformação das relações sociais de produção em direção ao socialismo, ou seja, à uma sociedade governada não pelo lucro mas pelas verdadeiras necessidades humanas, sustentável sócio-ecologicamente.