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CESTEH/ENSP/Fiocruz - Webconferência Rede Rute Análise da situação de saúde do trabalhador e da trabalhadora LETICIA NOBRE 31 outubro 2019
Ponto de partida - necessidade de ampliar a capacidade de apoio da Divast/Cesat aos municípios para o desenvolvimento de ações de Saúde do Trabalhador. Objetivo do Guia - orientar equipes de saúde, técnicos e gestores, nos âmbitos municipal e regional, para a elaboração da Análise da Situação de Saúde do Trabalhador (ASST), visando sua incorporação nos instrumentos de planejamento e gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).
O que é e para que serve a ASST Competências e habilidades esperadas O que é preciso saber para elaborar a ASST conceitos básicos e definições importantes para a construção da análise propriamente dita
Análise da situação de saúde “. . . A identificação, descrição, priorização e explicação dos Problemas de Saúde de uma população, com o objetivo de identificar necessidades sociais e determinar prioridades de ação. . . Exige que se caracterize a população de acordo com variáveis demográficas (sexo, idade), socioeconômicas (renda, inserção no mercado de trabalho, ocupação, condições de vida etc) e políticas (desejos, interesses, problemas, necessidades e demandas). . . Este processo implica a definição do que (problema), do quando, do onde e, principalmente, de quem (quais indivíduos e grupos sociais) encontra-se afetado pelos problemas, subsidiando a definição de políticas e prioridades de ação. ” (Teixeira et al, 2010)
Pressupostos - Trabalho § Importante determinante da situação de saúde dos trabalhadores, de suas famílias e da comunidade § Organiza a vida e produz a sobrevivência material das famílias, confere sentidos e significados à vivência social e coletiva – importantes impactos positivos § Em condições precárias – impactos negativos § Empreendimentos e processos produtivos instalados no território impactam a saúde de trabalhadores, meio ambiente, comunidade e populações circunvizinhas § Invisibilidade do trabalho, naturalização e não reconhecimento nas ações e serviços de saúde, no planejamento e gestão
Objetivos da Análise da Situação de ST § Apoiar o processo de tomada de decisão para desenvolvimento de ações de ST no território § Servir de base para o monitoramento e vigilância da situação de saúde dos trabalhadores e trabalhadoras no território § Propiciar a incorporação da ASST nos instrumentos de planejamento e gestão do SUS § Contribuir para o fortalecimento da participação e do controle social § Conhecer o perfil produtivo do território § Conhecer as características e o perfil da população trabalhadora no território § Conhecer o perfil dos serviços de saúde e sua capacidade instalada § Conhecer a rede de apoio institucional e social aos trabalhadores no território § Produzir e disseminar informações sobre ST
O que é preciso saber para elaborar a ASST alguns conceitos e definições § Trabalho: atividade humana criativa e necessária para reprodução social dos indivídos e classes sociais; trabalho no modo de produção capitalista; elementos do processo de trabalho § Trabalhador/a: atividade, remunerada ou não, para seu sustento e de sua família; quaisquer tipos de vínculo § População trabalhadora: conjunto trabalhadores/as de um território em determinado período de tempo; denominadores para cálculo de indicadores: PEA, PEAO, segurados Previdência Social, informais, por ramo de atividade econômica etc
O que é preciso saber para elaborar a ASST alguns conceitos e definições § Território: espaço de relações sociais, econômicas e políticas; vivo, dinâmico, expressão ou resultado de relações sociais, historicidade, correlação de forças, decisões políticas, modelos de desenvolvimento § Ocupação: categoria sociológica complexa; conhecimentos e práticas, conteúdos técnicos, simbólicos, morais, políticos e materiais; expressão divisão social do trabalho, indicadora de posição e classe social. § Acidente de trabalho / Doenças relacionadas ao trabalho: definição da saúde coletiva – eventos preveníveis e previsíveis; ocorridos com quaisquer trabalhadores, em atividades e ambientes de trabalho ou a elas relacionadas, independente de tipo de vínculo e inserção no mercado de trabalho
O que é preciso saber para elaborar a ASST alguns conceitos e definições Sistemas de classificações de interesse à ST § Classificação de Schilling para doenças relacionadas ao trabalho § Classificação Brasileira de Ocupações – CBO § Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE § Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde – CID-10 (CID-11) § Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho: Portaria GM/MS nº 1. 339/1999 – em revisão
Classificação de Schilling para Doenças Relacionadas ao Trabalho Grupo Definição – Condição Exemplo Grupo I Trabalho é causa necessária; “doenças profissionais” strictu sensu; intoxicações profissionais agudas. Grupo II Trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, mas não necessário; doenças “comuns”, mais frequentes ou mais Hipertensão, câncer. precoces em determinados grupos ocupacionais; nexo causal de natureza epidemiológica. Grupo III Trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou pré-existente, ou seja, é concausa. Fonte: Brasil. Ministério da Saúde, 2001. Pneumoconiose, silicose, asbestose, saturnismo. Doenças alérgicas de pele e respiratórias; distúrbios mentais, em determinados grupos ocupacionais ou profissões.
Conceitos relativos à informação em saúde § Dados “Indicadores são medidas-síntese que contêm § Informação informação relevante sobre determinados atributos e § Indicadores dimensões do estado de saúde, bem como do § Bancos de dados de interesse à ST desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, § Apresentação dos dados em tabelas, gráficos, figuras e quadros servir para a vigilância das condições de saúde. ” devem refletir a situação sanitária de uma população e (RIPSA, 2008, p. 13)
Construção de indicadores de interesse à ST § População sob risco – potencialmente exposta § Ambientes, processos, fatores de risco § Adoecimento: coeficientes, incidência acidente e doenças; mortalidade, morbidade § Avaliação de ações e intervenções § Avaliação de implantação de políticas e programas
Características gerais das principais fontes e bases de dados de interesse à ST Tipo de dado Fonte / Base IBGE Informação População geral PIA – Pop. Idade Ativa PEA – Pop. Economicamente Ativa PEA Ocupada Segurados da Previdência Social: RGPS e População DATAPREV Segurados Especiais trabalhadora SUIB Seguro Acidente de Trabalho RAIS CAGED Atividades IBGE produtivas, estabelecimentos RAIS Abrangência Censo populacional decenal Pesquisas amostrais anuais PNAD Contínua Trabalhadores empregados de empresas, públicas e privadas, vínculos CLT; segurados especiais Nº de empregos celetistas: segundo gênero, Informadas pelas empresas ao MTE: idade, raça/cor, escolaridade, remuneração, RAIS anualmente setor de atividade econômica e tamanho da CAGED mensalmente empresa. População em geral, inclusive todos os Censos e pesquisas econômicas específicas: trabalhadores, independente de tipo de Censo Agropecuário etc vínculo empregatício Estabelecimentos: porte (nº trabalhadores), Trabalhadores empregados de empresas, atividade econômica. . . públicas e privadas, vínculos CLT
Causas de óbito por grupos de causa, sexo, idade, ocupação, escolaridade, raça/cor etc. População em geral, inclusive todos os trabalhadores, independente de tipo de vínculo Declaração Óbito Causas externas de óbito, incluindo acidentes empregatício de trabalho. Mortalidade Datasus: SIM Dataprev: SUIB, CAT com óbito Dataprev: CAT NTEP, SUIB Morbidade Datasus: SINAN Datasus: SIH Datasus: SIA Óbitos registrados em CAT Pensões por mortes acidentárias concedidas aos familiares Inclui casos de acidentes de trabalho e doenças do trabalho com óbito de trabalhadores segurados Benefícios concedidos em casos de acidentes Trabalhadores empregados de empresas, públicas e de trabalho, típico e de trajeto, e doenças do privadas, vínculos CLT, segurados pelo Seguro trabalho registrados por meio de CAT ou de Acidente de Trabalho; Segurados Especiais NTEP Agravos, acidentes e doenças de notificação População geral e todos os trabalhadores, compulsória, incluindo os relacionados ao independente de tipo de vínculo empregatício trabalho Internações hospitalares por grupos de População geral e todos os trabalhadores, causas, incluindo causas externas independente de tipo de vínculo empregatício Procedimentos assistenciais e de vigilância em População geral e todos os trabalhadores, saúde registrados pelos serviços de saúde independente de tipo de vínculo empregatício cadastrados no CNES
Processo de construção da ASST Planejando a elaboração da ASST Definição da equipe técnica responsável Estabelecimento de cronograma e responsáveis Unidade de análise Período de análise Construindo a ASST Eixos estruturantes da ASST Passo a passo onde buscar os dados Sites oficiais e outros Sistematizando e analisando as informações e indicadores produzidos Divulgando e comunicando as análises produzidas
Eixos estruturantes da ASST
Informações físico-geográficas, ambientais, geopolíticas, históricoculturais, econômicas e sociodemográficas do território Perfil população geral Perfil da população trabalhadora PIA – população em idade ativa PEA e PEA Ocupada Sexo, idade, escolaridade, cor/raça Ocupação, situação no mercado de trabalho, posição ocupação, renda Ramo de atividade econômica
Tabela x – População residente e em idade ativa por Região de Saúde, Macrorregião Sudoeste, Bahia, 2017 Região de Saúde Pop. Residente PIA % PIA Estado Itapetinga 257. 350 195. 273 1, 7 Brumado 422. 910 328. 149 2, 8 Guanambi 471. 874 364. 257 3, 1 Vitória da Conquista 670. 285 511. 168 4, 4 1. 822. 419 1. 398. 847 11, 9 TOTAL Fonte: IBGE, SESAB, 2017
Tabela x – Distribuição percentual de trabalhadores por seção CNAE, por Região de Saúde, Macrorregião Sudoeste, Bahia, 2016 Região de Saúde Seção da CNAE O - Administração Pública, Defesa e Seguridade Social Vitória da Total BA Brumado Guanambi Itapetinga Conquista 35, 9 38, 6 35, 4 21, 1 25, 2 G – Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas 21, 4 25, 6 12, 1 24, 5 20, 2 C - Indústria de Transformação 4, 8 10, 7 8, 1 11, 9 3, 4 3, 0 32, 0 0, 9 10, 3 12, 1 7, 1 4, 2 9, 3 5, 5 4, 3 19, 1 17, 6 9, 3 30, 9 35, 5 F - Construção A – Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura Outros Fonte: MTE, RAIS
Gráfico x - Percentual de trabalhadores por seção CNAE segundo Região de Saúde da Macro Sudoeste, Bahia, 2010 (IBGE) U-Organismos Internacionais L-Atividades imobiliárias D-Eletricidade e gás J-Informação e comunicação R-Artes, cultura, esporte e recreação B-Indústrias extrativas K-Atividades financeiras, de seguros e serviços re E-Água, esgoto, ativ. gestão de resíduos e descont M-Atividades profissionais, científicas e técnicas N-Atividades administrativas e serviços complement S-Outras atividades de serviços I-Alojamento e alimentação Q-Saúde humana e serviços sociais H-Transporte, armazenagem e correio Atividades Mal especificadas O-Administração pública, defesa e seguridade socia P-Educação F-Construção T-Serviços domésticos C-Indústrias de transformação G-Comércio, reparação veículos automotores, motoci A-Agricultura, pecuária, prod florestal, pesca e a Vitória da Conquista 0. 0 20. 0 Itapetinga 40. 0 Guanambi 60. 0 80. 0 Brumado 100. 0
Figura x – Distribuição dos trabalhadores formais no ramo de atividade Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura, segundo Macrorregião de Saúde, Bahia, 2010 e 2016 2010 Macrorregião Fonte: RAIS - Relação Anual de Informações Sociais - Ministério do Trabalho e Emprego. Nota: Trabalhadores registrados na base de dados da RAIS em 31 de dezembro do respectivo ano. Centro-Norte Centro-Leste Nordeste Sudoeste Norte Sul Extremo Sul Oeste Total Seção A 2010 2016 734 685 6. 938 5. 758 6. 400 6. 827 8. 191 6. 867 9. 687 10. 344 8. 648 11. 023 15. 171 13. 344 18. 796 17. 664 18. 635 20. 768 93. 200 93. 280
Gráfico - Percentual de trabalhadores ocupados (todos os vínculos) por seção da CNAE segundo Região de Saúde Macro Norte, Bahia, 2010 (IBGE) L-Atividades imobiliárias D-Eletricidade e gás K-Atividades financeiras, de seguros e serviços re M-Atividades profissionais, científicas e técnicas N-Atividades administrativas e serviços complement Q-Saúde humana e serviços sociais H-Transporte, armazenagem e correio Atividades Mal especificadas T-Serviços domésticos F-Construção A-Agricultura, pecuária, prod florestal, pesca e a 0. 0 20. 0 40. 0 60. 0 Senhor do Bonfim Paulo Afonso Fonte: IBGE. Dados extraídos em nov 2018 80. 0 Juazeiro 100. 0
Gráfico - Proporção de trabalhadores formais por seção da CNAE, segundo Região de Saúde, Macrorregião Norte, 2016. (RAIS, MTE)
Quadro x: Riscos ocupacionais e danos potenciais à saúde dos trabalhadores relacionados a atividades produtivas selecionadas Atividade Produtiva Extração Mineral Risco Ocupacional Químico, físico, biológico, ergonômicos e acidentes. Danos potenciais Pneumopatias (Pneumoconioses) LER/Dort, lombalgia. Traumatismos Transtornos Mentais Câncer ocupacional Indústria de transformação Químico, físico, Biológico, ergonômicos e acidentes. Fonte: Adaptado de MINAS GERAIS, 2011; BRASIL, 2001. LER/Dort, lombalgia, traumatismos, dermatose, câncer ocupacional, hemoglobinopatias, PAIR.
Caracterização do perfil de morbimortalidade Ministério da Saúde – Data. Sus Sistemas de Informação em Saúde Setores de informação em saúde e tabuladores das SES e SMS SIM, Sinan, SIH, Registro de Câncer Outros Previdência Social – Dataprev IBGE RAIS/CAGED Importante conhecer estrutura, lógica, objetivos, campos e variáveis de cada base de dados e sistemas de informação
Figura x - Distribuição dos Acidentes de Trabalho Graves notificados por município, Bahia, 2007, 2010, 2014, 2017, Bahia. 2007 2010 N = 333 N = 1. 133 2014 N° Notificações 2017 Fonte: Sinan-Net, Divast/Cesat, Sesab N = 2. 538 N = 3. 777
Tabela x - Número de óbitos e Taxas de Mortalidade por acidentes de trabalho em residentes em Salvador e estado, Bahia, 2007 - 2013. Salvador Ano Bahia Taxa Mortalidade AT/100. 000* N 2007 8 0, 6 110 1, 9 2008 2009 5 3 0, 4 0, 2 113 140 1, 9 2, 4 2010 5 0, 4 158 2, 7 2011 27 2, 2 180 3, 1 2012 17 1, 4 183 3, 1 2013 23 1, 8 199 3, 4 Fonte: SIM; DIS/Suvisa/Sesab *Taxa de Mortalidade calculada considerando no numerador o número de óbitos por acidente de trabalho (Grupo de Causas Externas) e como denominador a População Economicamente Ativa Ocupada (PEAO), multiplicando-se o resultado por 100 mil.
Tabela x: Número de óbitos e Taxa de Mortalidade por Acidentes e Doenças do Trabalho entre trabalhadores segurados da Previdência Social, por município de residência, Região de Saúde de Salvador, Bahia, 2011. Município de Residência Saubara Itaparica Madre de Deus Vera Cruz São Francisco do Conde São Sebastião do Passé Santo Amaro Candeias Lauro de Freitas Salvador Total Óbitos por AT - N 1 2 18 25 População Carteira Assinada 593 2. 694 3. 346 3. 705 3. 830 7. 006 7. 480 19. 252 41. 131 706. 916 795. 953 Fonte: Dataprev/INSS; RAIS/MTE, Divast/Suvisa/Sesab *Taxa de Mortalidade por 100 mil trabalhadores com carteira assinada. Taxa Mortalidade por ADT/100. 000 26, 99 52, 22 14, 27 13, 37 10, 39 2, 55 3, 14
Tabela x. Distribuição dos óbitos por acidente de trabalho de residentes em Salvador, Bahia, segundo ocupação, 2007 -2013. Ocupação Instalador de sistemas eletroeletrônicos de segurança 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total 1 1 Desempregado crônico ou cuja ocupação habitual não obtida - - - 2 2 Agente de higiene e segurança Faxineiro Vigilante Lavador de veículos Inspetor de terraplenagem Pedreiro de edificações Armador de estrutura de concreto Carpinteiro Eletricista de instalações Servente de obras Soldador Marceneiro Manobrador Operador de extrusora (química, petroquímica e afins) 1 - 1 1 2 - 1 - 2 1 2 4 1 - 2 1 1 1 1 - 2 1 1 4 1 2 4 1 1 Operador de quadro de distribuição de energia elétrica Total 1 4 2 10 6 6 1 31
Caracterização da Rede de Serviços de Saúde para Atenção e Visat Atenção Básica Urgência emergência / Siatox Saúde Mental - CAPS Oncologia / Hematologia Pneumologia, Neurologia Cerest, Vigilâncias – NHE. . . Laboratório Diagnóstico Imagem. . . Outros a depender do perfil produtivos Fontes e instâncias: CNES Setores de planejamento, Regulação Organização da RAS Plano Diretor de Regionalização Plano Diretor de Investimento Pactuação intergestores Conselhos de Saúde
Recursos e serviços de saúde especializados necessários à organização da Atenção à Saúde do Trabalhador e ao manejo de alguns agravos e doenças relacionadas ao trabalho (Bahia, 2015) Agravo Intoxicações Exógenas (por agrotóxicos, metais pesados e outros) Especialidades Exames Complementares Toxicologista e/ou Clínico Geral capacitado para atender intoxicações; Neurologista; Hepatologista; Hematologista e outros. Exames Laboratoriais: dosagem de colinesterase plasmática e acetilcolinesterase verdadeira, hemograma completo, reticulócitos, uréia, creatinina, proteínas totais e frações, bilirrubina total e frações, fosfatase alcalina, TGO, TGP, GGT, Colesterol total e frações, triglicerídeos, VDRL. Médico do Trabalho Enfermeira, Assistente Social ALA–U (Ácido Delta Aminolevulínico urinário), ZPP (Zincoprotoporfirina), chumbo no sangue e urina, cádmio na urina, arsênico na urina, PSA, T 3, T 4 livre, TSH, AAT, ECG Serviços de Saúde Rede de Urgência e Emergência: Hospital ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Samu, Ciave: se Intoxicação aguda; a depender da gravidade do quadro clínico. Centro de Informação Antiveneno (Ciave); rede de laboratórios (Lacen); serviços de hematologia, reumatologia, neurologia, nefrologia; hepatologia/gastroenterologia e outros serviços especializados. Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. Acompanhamento ambulatorial em UB/SF, Nasf. Cerest: diagnóstico, notificação e vigilância. Serviços munic. Visau: notificação e vigilância. Outros Serviços/ Instituições Previdência Social se for segurado do INSS. Sindicatos, Associação de trabalhadores rurais, MPT, SRTE, Avicca
Recursos e serviços de saúde especializados necessários à organização da Atenção à Saúde do Trabalhador e ao manejo de alguns agravos e doenças relacionadas ao trabalho (Bahia, 2015) Agravo Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho Pneumo coniose Especialidades Exames Complementares Psiquiatra e/ou Clínico Geral. Aplicar o Protocolo de Saúde Mental e Trabalho SUS/BA Médico do Trabalho, Psicólogo Aplicação de instrumentos para avaliar os fatores psicossociais no trabalho, sinais e sintomas de transtornos mentais. Enfermeira, Assistente Social Pneumologista e/ou Clínico Geral capacitados em leitura de Raios X padrão OIT. Médico do Trabalho Enfermeira, Assistente Social Aplicação de testes psicológicos. Serviços de Saúde Acompanhamento ambulatorial: UB/SF, Nasf , especialidades ou Serviços de Saúde Especializados − CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) e US da rede de saúde mental e psiquiátrica. Serviços munic. Visau: notificação e vigilância. Raio X de Tórax (Padrão OIT) Acompanhamento ambulatorial em UB/SF, Nasf e Ambulatórios de especialidades ou Serviços de Saúde Especializados em Pneumologia. Biópsia Pulmonar, Histopatologia Tomografia Computadorizada Instituições Previdência Social se for segurado do INSS. Sindicatos, MPT, SRTE. Cerest: diagnóstico, notificação e vigilância. Exames toxicológicos para trabalhadores expostos a produtos químicos de risco para a saúde mental Espirometria, Broncoscopia Outros Serviços/ Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. Cerest: diagnóstico, notificação e vigilância. Serviços munic. Visau : notificação e vigilância. Previdência Social se for segurado do INSS. Sindicatos, Abea MPT, SRTE.
Caracterização da Rede de Apoio Institucional e Social aos Trabalhadores no Território § Representações dos trabalhadores: associações, sindicatos, centrais sindicais § Movimentos sociais § Associações de trabalhadores expostos § Entidades parceiras, órgãos públicos, universidades § Fóruns e instâncias intersetoriais § Instâncias de participação e controle social do SUS § Instituições do sistema de garantia de Direitos
Sistematizando e analisando as informações e indicadores produzidos A análise da situação de saúde pressupõe a organização de forma descritiva de informações coletadas de fontes secundárias, acrescida de observações qualitativas sobre os resultados obtidos. Ou seja, deve ser feita uma análise quantitativa e qualitativa das informações. Outras informações podem ser agregadas a partir de outras fontes e até mesmo da coleta de dados primários, mediante aplicação de metodologias qualitativas como grupos focais, rodas de conversa, entrevistas a trabalhadores e seus representantes, conhecimento e experiência de informantes chave etc.
Limites e potencialidades dos sistemas de informações e bases de dados que estão sendo analisados § Considerar a disponibilidade e a cobertura do sistema § Oportunidade, fidedignidade e atualidade da informação § Definições de caso dos agravos § Identificar índices de subregistro, completude e consistência dos dados § Explicitar esses limites na ASST § Buscar articulação com diversos setores responsáveis pela produção e gestão da informação
Perguntas que podem nortear a análise e a síntese da ASST § De acordo com as caracterizações dos perfis produtivo e epidemiológico, quais as possibilidades de intervenção? § O conhecimento dos problemas identificados irá suscitar medidas imediatas de intervenção? § Já se tem ou não algum conhecimento sobre essas situações e agravos? § É necessário construir tendências históricas? § As informações coletadas devem ter utilização prática, para não sobrecarregar os serviços com formulários e tarefas que não geram informações capazes de aperfeiçoar as atividades do sistema de saúde. § A vigilância do agravo pode ser feita mediante outras técnicas, abordagens ou acessando outros sistemas de informação? § É necessário planejar projetos específicos e estratégicos de intervenção em ramos ou atividades específicas?
Critérios para planejamento das ações de Visat a partir da ASST § Magnitude § Transcendência § Vulnerabilidade (ou existência de tecnologia de prevenção ou controle) § Populações vulneráveis § Potencial de disseminação § Compromissos nacionais e internacionais Teixeira et al. 1998; Fernandes e Nobre, 2002
Pressupostos processo de construção e resultados § Com quem faço, quem participa, compartilho com trabalhadores e seus representantes § Como faço, como construo a análise, definição de prioridades, tomada de decisões § Apresentação e discussão em instâncias de participação, controle social e de gestão do SUS e fóruns intersetoriais § Divulgação para gestores, técnicos, trabalhadores, entidades parceiras, população em geral
O exercício de construção da análise de situação de saúde dos trabalhadores permitirá identificar necessidades de saúde, grupos sob maior risco e prioridades que demandam intervenções específicas num dado território, que devem ser objetos de priorização no planejamento nos âmbitos municipal, regional e estadual. A ASST, portanto, deve ser incorporada aos instrumentos de planejamento e gestão do SUS (Planos de Saúde, Programação Anual de Saúde, Relatório Anual de Gestão), de modo a orientar a tomada de decisão, a definição de objetivos, diretrizes, metas e indicadores.
Instrumento “vivo”. . . O percurso para concretização dessa análise é um grande desafio, pois exige dos atores envolvidos um movimento coletivo, contínuo e compartilhado para garantir um diagnóstico vivo e participativo da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, que seja capaz de promover as mudanças esperadas nos ambientes e processos de trabalho do território. . pode se constituir em “. . . um amplo processo político em torno da produção, disseminação e uso das informações, seja pela gestão da saúde, seja como subsídio para o exercício efetivo do controle social sobre as políticas públicas. . . ” Moraes; Santos, 2001, p. 52
Muito obrigada! leticia. nobre@saude. ba. gov. br www. saude. ba. gov. br/suvisa/divast/
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