CENTRO UNIVERSITRIO CATLICA DE SANTA CATARINA Trabalho de
CENTRO UNIVERSITÁRIO – CATÓLICA DE SANTA CATARINA Trabalho de Conclusão de Curso IV – BIOMEDICINA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES RENAIS CRÔNICO EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO NO BRASIL Priscila Lopes Daros Sandra Pereira dos Santos Orientador(a): Prof (a). Drª Deli Grace de Barros Araújo Co-orientador (a): Prof (a). Ricardo Tramonte Joinville, 24 de novembro de 2015.
SUMÁRIO • • • Introdução Objetivos Metodologia Fundamentação Teórica Considerações Finais Referências
INTRODUÇÃO • No Brasil, a incidência e a prevalência de falência da função renal têm aumentado anualmente; o prognóstico é ruim e os custos do tratamento da doença são altíssimos. (FASSBINDER, 2013; BASTOS, 2010) • O aumento da prevalência da IRC é atribuído a múltiplos fatores, sendo os dois principais a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. (RIBEIRO et al. , 2007; JÚNIOR, 2004) • A (IRC) caracteriza-se pela perda gradual e progressiva da capacidade excretória renal, a qual se torna irreversível, levando o doente renal crônico a depender dos tratamentos disponíveis atualmente: a diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD), diálise peritoneal automatizada (DPA), hemodiálise (HD) e o transplante renal (TX). (BEZERRA E SANTOS, 2008; DRAIBE, AJZEN 2005)
INTRODUÇÃO • A insuficiência renal crônica necessita do envolvimento do portador para resultar em uma melhor qualidade de vida e sobrevida. O que não acontece às vezes, devido à influência de ansiedade e depressão dos pacientes renais crônicos. (DAVID et al. , 2014) • Durante a sessão de hemodiálise o paciente está sujeito a várias complicações, algumas podem ser brandas e outras, classificadas como graves e fatais. (RIELLA, 2008) • Diante do exposto, traçar o perfil epidemiológico do paciente renal crônico em tratamento hemodialítico no Brasil é fundamental para contribuir para a melhora da qualidade de vida dos que já estão em tratamento bem como intervir nos grupos de riscos fazendo um trabalho de prevenção e diagnóstico precoce, o que torna esta pesquisa relevante.
OBJETIVO GERAL • Traçar o perfil epidemiológico dos portadores de insuficiência renal crônica no Brasil.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Verificar as principais etiologias associadas à IRC; • Levantar as principais intercorrências durante a sessão de Hemodiálise; • Identificar as complicações mais comuns encontradas no tratamento hemodialítico; • Descrever o auto cuidado e o comprometimento do paciente renal crônico diante do seu tratamento.
METODOLOGIA • O trabalho desenvolvido seguiu preceito de estudo descritivo, por meio de uma revisão bibliográfica, visando conhecer o perfil do paciente renal crônico em tratamento hemodialítico no Brasil. Os dados que contribuíram para esta pesquisa foram extraídos de exemplares impressos nos acervos da Biblioteca do Centro Universitário Católica de Santa Catarina, e de exemplares digitais em sites de busca de artigos científicos, tais como SCIELO, Google Acadêmico e principalmente em artigos do site Sociedade Brasileira de Nefrologia, entre outros. • Para busca dos dados atuais por meio de quantificação e descrição, utilizaram-se estudos recentes de clínicas que acompanham os pacientes renais crônicos em seu tratamento hemodialítico espalhadas pelo Brasil. • As informações obtidas para traçar o perfil epidemiológico dos portadores de IRC, foram analisadas a partir das variáveis: sexo, faixa etária, doença de base, principais intercorrências durante a sessão de HD e complicações mais comuns enfrentadas no tratamento.
AS PRINCIPAIS CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Hipertensão Arterial Segundo Bortollo (2008), a hipertensão arterial sistêmica (HAS), está ligada com o desempenho da função renal. A hipertensão pode evidenciar um quadro grave de lesão renal, de natureza microvascular. Para Silva (2010), não há dúvida que a hipertensão arterial, é um problema grave de saúde pública que, mesmo com avanços científicos e tecnológicos não é diagnosticada e tratada de maneira correta. Brito, Pantarotto e Costa (2011), destacaram que a hipertensão arterial vem englobando cada vez mais a população jovem, indicando que um quarto dos adultos no mundo é hipertenso, e no Brasil acredita-se que existem cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial.
AS PRINCIPAIS CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Diabetes Mellitus Segundo Moreira et al. , (2008), existem marcadores clínicos importantes para nefropatia diabética, o excesso de albumina na urina e a baixa taxa de filtração glomerular (TFG) que está relacionada ao aumento da pressão arterial. O diabetes na população acima de 18 anos vem aumentando consideravelmente entre 2006 e 2011. As mulheres detêm a maior proporção da doença. ( TAVARES, 2013) Bastos, Bregman e Kirsztajn (2010), mencionaram que o Diabetes Mellitus é a segunda causa mais comum de pacientes em diálise no Brasil.
AS PRINCIPAIS CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Glomerulonefrite • A glomerulonefrite é uma inflamação dos glomérulos do rim. O que desencadeia uma resposta alérgica as toxinas sintetizadas por bactérias estreptocócicas. (TORTORA, 2006) • No Brasil, assim como em outros países as doenças glomerulares são de causa importante para levar o paciente à dependência de terapia renal substitutiva. (TRS). (FERRAZ et al. , 2010)
AS PRINCIPAIS CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Doença Renal Policísticas • São caracterizadas por crescimento e desenvolvimento dos cistos renais que prejudicam as funções do rim, ou seja, o cisto comprime os néfrons normais causando a queda da função renal. (MILANI, et al. , 2007)
A INSUFICIENCIA RENAL E SUA FISIOPATOLOGIA • Amiratti (2013), explica que os rins têm como função eliminar os produtos em excesso no organismo e manter o equilíbrio eletrolítico e acidobásico. • Cruz, Oliveira e Matsui (2010), descreve a IRC como sendo a lesão renal e a perda progressiva e irreversível das funções renais (glomerular, tubular e endócrina). • No início da perda dos glomérulos ou tubulares, não são manifestados sintomas, que aparecem somente em fases mais avançadas da doença. O rim mantém o equilíbrio e sua funcionalidade, devido a atividades como: reserva funcional, pois ele intensifica o trabalho dos néfrons, alteração na dinâmica renal e adaptação tubular. (RENNKE, DENKER, 2009)
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA HEMODIÁLISE • A hemodiálise é o processo no qual acontece à filtração e depuração do sangue, seu objetivo é substituir as funções renais danificadas por insuficiência renal crônica ou aguda. (FERMINI, 2011)
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA HEMODIÁLISE • • • Solução de diálise Água Acesso venoso Máquina Filtro ou dialisador
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA HEMODIÁLISE FIGURA 01 Esquema de hemodiálise Fonte: Google imagens, 2014. www. portaldadialise. com/
O AUTO CUIDADO DO PACIENTES PORTADOR DE IRC • Na área de diálise notamos um crescimento significativo do avanço terapêutico e tecnológico, o que tem contribuído para o aumento da sobrevida e qualidade de vida do paciente. (MATOS E LUGON, 2009) • Segundo Medeiros (2015), se o paciente possuir o acesso FAV deverá ser orientado pela equipe de enfermagem ou a equipe multidisciplinar, a tomar cuidados específicos. • Segundo a National Kidney Foudation (1998 -2007), para o paciente renal crônico a dieta é essencial no seu tratamento. A dieta apropriada poderá modificar conforme a doença avança.
COMPLICAÇÕES DURANTE HEMODIÁLISE • • • Hipotensão Cãimbras Cefaleia Prurido Reação pirogênica e bacteremia Aumento da pressão arterial
COMPLICAÇÕES DURANTE HEMODIÁLISE Hipotensão • Segundo Riella et. , al (2008) a hipotensão é causa frequente, ela pode manifestar-se devido à redução do volume de sangue por ocorrer uma ultrafiltração rápida. • A hipotensão arterial ocorre em 20% dos casos em cada sessão de HD. A fisiopatologia está relacionada com o valor de ultrafiltração, , a temperatura da solução de diálise, a biocompatibilidade da membrana de diálise, penetração de endotoxinas na circulação. (CASTRO, 2001).
COMPLICAÇÕES DURANTE HEMODIÁLISE Cãimbras • Manifestam-se em até 20% dos tratamentos de hemodiálise. Reconhece-se como câimbra a contração muscular forte e involuntária que causa dores nas regiões do corpo, principalmente nos membros inferiores e musculatura proximal. (VIEIRA et. , al, 2005; MAGALHÃES, 2004; BRAZ, 2003) • Suas causas são desconhecidas, mas acredita-se que alguns fatores sejam contribuintes: a hipotensão, paciente com ultrafiltração maior ou muito rápida do que realmente necessita e solução de diálise com baixo teor de sódio. (DAURGIRDAS, BLAKE E ING, 2008)
COMPLICAÇÕES DURANTE HEMODIÁLISE Cefaleia • Antoniazzi et al. , (2002) relata que a cefaleia em pacientes renais é desconhecida, porém um sintoma comum e doloroso que afeta 70% dos que são submetidos ao tratamento hemodialítico. • A etiologia da cefaleia na diálise apresenta causas multifatoriais, podendo ser desencadeadas por crise hipertensiva, hipotensão, alterações no peso corporal, ansiedade, uso de solução de diálise, falta de cafeína, pois a concentração sanguínea é diminuída acentuadamente durante a HD. (NASCIMENTO, 2013)
COMPLICAÇÕES DURANTE HEMODIÁLISE Prurido • Acomete 53% dos pacientes, interferindo em sua qualidade de vida. Não tem associação com enfermidades cutâneas, sistêmicas ou alterações psicológicas. Sua patologia não é totalmente conhecida. (LUPI et al. , 2011) • Segundo Castro (2001), o prurido está associado a sintomas alérgicos e pode ocorrer por sensibilidade ao dialisador ou a componente do circuito de sangue.
COMPLICAÇÕES DURANTE HEMODIÁLISE Reação pirogênica e bacteremia • Durante a sessão, o paciente pode apresentar calafrios, tremores, febre, hipotensão e choque. Essas manifestações clínicas podem ser ocasionadas por contaminação de agulhas e solução de troca. O paciente renal crônico apresenta desvantagem por ser imunodeprimido, ficando assim mais vulnerável a infecções. (TERRA et al. , 2010)
COMPLICAÇÕES DURANTE HEMODIÁLISE Aumento da pressão arterial • Talvez a orientação de suspender os anti-hipertensivos na pré-diálise coopere para elevação da pressão arterial durante a hemodiálise. (VEIGA, PINHEIRO E LUGON, 2004) • O aparecimento da HAS esta ligada a fatores não modificáveis como idade, sexo, etnia e história familiar, além dos fatores de riscos ambientais modificáveis, exemplificados como sedentarismo, sobrepeso e alimentação inadequada. (ALMEIDA, 2010; SANTOS E SILVA, 2003)
COMPLICAÇÕES DURANTE HEMODIÁLISE Aumento da pressão arterial • Segundo Gasperin e Germiniani (2002) existem fatores relacionados a própria IRC e o processo hemodialítico, tais como anemia, inflamação crônica, desnutrição, elevação do produto cálcio e fósforo. • A hipertensão manifestada durante HD é comumente ocasionada pela ansiedade, excesso de sódio e de líquidos. (KALANTAR, 2009; NERBAS et al. , 2011)
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO • Anemia é uma complicação muito comum na DRC, podendo estar presente desde os estágios iniciais. Causada principalmente pela deficiência do hormônio chamado eritropoetina (EPO), devido a lesão das células peritubulares do rim, este hormônio produzido pelos rins. (ABENSUR, 2010) • A etiologia da anemia na DRC é multicausal, sendo diversos fatores tais como: deficiência absoluta ou funcional de ferro, que está presente em 30% a 50% dos pacientes com DRC; perda sanguínea; estado inflamatório; diminuição da meia-vida das hemácias; e deficiência de ácido fólico e/ou vitamina B 12. (HUTCHINSON, 2010)
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO • Distúrbio mineral e ósseo no grupo dos renais crônicos, como há o declínio da função renal, a homeostase mineral fica comprometida, e concentração de cálcio (Ca), fósforo (P), e níveis circulantes de hormônios, como paratormônio (PTH) e vitamina D 2. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2009; KIDNEY DISEASE, 2009) • Doença cardiovascular é principal e mais comum causa de morte em pacientes portadores de doença renal crônica em tratamento hemodiálitico. Neste grupo o risco de óbito eleva-se de 15 a 30 vezes em comparação com a população em geral. (CARMO, ALMEIDA E REZENDE, 2008)
A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL • Siviero, Machado e Cherchiglia (2014), relataram que o número de pessoas com IRC vem aumentando progressivamente, sendo atribuído ao processo de envelhecimento da população, doenças como a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. No Brasil, em uma década a prevalência de pacientes renais em tratamento aumentou 150%. Em 1994, tínhamos 24 mil pacientes. Em 2004 esse número chegou a 60 mil. • Segundo o Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (2013), o Brasil possui 50. 961 pessoas em tratamento dialítico e no sul do estado são em média 12. 286. Destes 58% correspondem ao sexo masculino.
A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (2013): • O Sistema Único de Saúde financia 84% do tratamento. • O tipo de diálise mais utilizado é a hemodiálise correspondendo a 91%. • A maioria dos pacientes em hemodiálise situa-se na faixa etária de 19 a 64 anos, correspondendo a 62, 6% podendo ser atribuída, a prevalência de doenças crônicas degenerativas entre adultos e idosos e o próprio envelhecimento. • O diagnóstico base dos pacientes em diálise é respectivamente: DM (30%), HAS (35%), GNC (12%), Rins policísticos (4%), outros (12%) e indefinidos ( 8%).
A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL • Segundo Pivatto e Abreu (2010), o número de pacientes encontrados em diálise no Brasil foi de 87. 044 sendo que mais da metade (57, 4%) estão localizados na região sudeste. • Matos e Lugon (2014), ressaltam que no Brasil os pacientes que iniciam em tratamento dialítico tem cerca de 52 anos de idade. • Lee e Ausiello (2009), indicaram que a maior incidência da doença está no grupo de idosos. Em contrapartida Júnior, Formiga e Alexandre (2013), demonstraram que o programa crônico de diálise do Brasil engloba uma população mais jovem.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL • Um estudo realizado por Freitas, Bassoli e Vanelli (2012), na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais em um Centro de tratamento de renais crônicos apresenta as principais causas da doença renal crônica como sendo a HAS (49, %), DM (20%) e glomerulonefrite crônica (4%).
A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL • Na Bahia-Salvador, no ano de 2010, um estudo realizado através de dados extraídos de 47 prontuários de portadores de IRC, foi observado 79% tipos de intercorrências. Os resultados apresentam que durante a sessão as intercorrências encontradas são: a cefaleia (19%) e em segundo lugar a hipotensão (18%) e que o maior percentual de intercorrências durante as sessões de HD ocorreu entre pacientes do sexo feminino (53%) e na faixa etária de 46 a 55 anos (34%) dos pacientes pesquisados. A principal doença de base ou comorbidade associada à IRC encontrada entre os pacientes observados foi a HAS encontrada em 83% dos casos. (MORAES, 2011).
A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL • Guimarães e Ferreira (2010) constataram que aproximadamente 57, 6% dos pacientes avaliados possuíam anemia em relação ao nível da dosagem de hemoglobina, e a média de idade desses pacientes eram de 55 anos, sendo a maioria do sexo masculino (64%). Todos pacientes realizavam tratamento com eritropoietina recombinante. Foram analisados 101 prontuários de pacientes atendidos no laboratório nos meses de dezembro de 2009 e janeiro de 2010, que realizavam hemodiálise.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL • Um estudo de 2006 com 30 pacientes em tratamento hemodialitico, classificam a HAS como a 5ª complicação mais comum. (TERRA, et al. , 2010) • Em Natal no Rio Grande do Norte, em outubro de 2011 um levantamento com 18 pacientes das principais intercorrências, indica a HAS como menos constante, discordando dos dados de outras pesquisas que coloca a HAS em 1ª lugar. (FRAZÃO et al. , 2012).
A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL • Em um estudo realizado no serviço de hemodiálise da Clínica do Rim de Vitória, no município de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco foram coletadas 83 complicações registradas durante a sessão de HD dos 110 prontuários, nos meses de novembro a dezembro de 2012. Sendo que a hipotensão arterial foi observada em 24, 83% dos pacientes, ocupando 2ª lugar das complicações. • Outro estudo realizado por Sancho, Tavares e Lago (2013) através de bases de dados Scielo, LILACS e MEDLINE, com 16 publicações criteriosamente selecionadas entre os anos de 1998 a 2013, destacou a hipotensão como principal complicação apresentada pelo paciente em tratamento hemodialítico.
A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL • Bana et al. , (1972) relata que a cefaleia era frequente em 70% dos pacientes em hemodiálise, porém na atualidade houve uma queda da frequência para 48% (ANTONIAZZI, 2002), porém de acordo com esta pesquisa a cefaleia ainda continua sendo um sintoma comum no pacientes com IRC.
CONSIDERAÇÕES FINAIS • Com os resultados obtidos nessa pesquisa, foi possível traçar em parte o perfil dos pacientes renais crônicos em tratamento no hemodialítico no Brasil. • Percebemos o predomínio do sexo masculino no tratamento, e a prevalência da faixa etária dos 19 aos 64 anos. • A principal etiologia associada à perda da função renal é a HAS e DM. • As principais intercorrências durante a sessão de HD variam de acordo com cada região do Brasil sendo as mais comuns: HAS, cefaleia, hipotensão e câimbras. • A perda da função renal leva uma série de complicações ao longo do tratamento: aumento nos níveis de pressão, anemia, distúrbio mineral e ósseo e o desenvolvimento da doença cardiovascular sendo a principal causa de óbito neste grupo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS • A IRC é uma patologia que depende do comprometimento do portador. • A IRC cresce significativamente no mundo todo, talvez no Brasil pelo pouco investimento e diagnósticos inadequados na atenção primária de saúde. • Os altos custos deveriam ser voltados para tratar os estágios iniciais da doença e submeter à população de risco a uma triagem periódica. • A temática apresentada demonstra que conhecendo o perfil epidemiológico do paciente, nos estimula a criação de novos métodos para promoção a saúde e aprofundamento em causas ainda obscuras. Dessa forma fornecendo subsídios para o governo implantar estratégias de assistência a esses pacientes.
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