caso no haja movimento e msica favor apertar

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(caso não haja movimento e música, favor apertar a tecla F 5) Marcelo Canellas

(caso não haja movimento e música, favor apertar a tecla F 5) Marcelo Canellas Marcelo

Quando eu era guri, havia mais terrenos baldios e menos canais de televisão. Mais

Quando eu era guri, havia mais terrenos baldios e menos canais de televisão. Mais cachorros vadios e menos carros na rua. Havia até carroças na rua, em plena São Paulo. E carroceiros fazendo o pregão dos legumes. Havia mascates batendo de porta em porta – convenientes ou não. Marcelo Canellas Marcelo

E mendigos pedindo pão velho. Por que os mendigos não pedem mais pão velho?

E mendigos pedindo pão velho. Por que os mendigos não pedem mais pão velho? O Velho do Saco assustava as crianças. O saco era de estopa, claro. Não havia uma enorme profusão de sacos plásticos – levávamos sacolas de palha para o supermercado. E cascos vazios para trocar por garrafas cheias – não haviam garrafas descartáveis. Marcelo Canellas Marcelo

Refrigerante era caro. Só tomávamos no fim de semana, domingo, com a macarronada da

Refrigerante era caro. Só tomávamos no fim de semana, domingo, com a macarronada da vó ou, com sorte, sábado, quando pedíamos uma pizza. Pedíamos de vez em quando, claro, pois haviam poucas pizzarias e era um evento social jantar nelas. As latas de cerveja eram de lata mesmo; não eram de alumínio. Marcelo Canellas Marcelo

Leite vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava em casa, em garrafas de

Leite vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava em casa, em garrafas de vidro. Cozinhava-se com banha de porco, depois óleo em latas de ferro. Toda dona-de-casa tinha uma lata de banha debaixo da pia. O barbeador era de metal, e a lâmina era trocada de vez em quando. Mas só a lâmina. As camas tinham suporte para mosquiteiro. Marcelo Canellas Marcelo

As casas tinham quintais. Os quintais tinham sempre uma laranjeira, ou uma pereira, ou

As casas tinham quintais. Os quintais tinham sempre uma laranjeira, ou uma pereira, ou um pessegueiro e comíamos fruta no pé. Ou lutávamos para pegar o que caía no quintal do vizinho, que tinha um muro baixo; não era todo fechado, lacrado e com arame farpado. Minha vó tinha fogão a lenha. E compotas caseiras abarrotando a despensa. E chimia de abóbora, e uvada, e pão de casa. Marcelo Canellas Marcelo

Meu pai tinha um amigo que fumava palheiro. Era comum fumar palheiro na cidade;

Meu pai tinha um amigo que fumava palheiro. Era comum fumar palheiro na cidade; tinha-se mais tempo para picar fumo. Fumo vinha em rolo e cheirava bem. Hoje o palheiro é usado para outro tipo de cigarro. O café passava pelo coador de pano. As ruas cheiravam a café. Chaleira apitava. O que há com as chaleiras de hoje que não apitam? Marcelo Canellas Marcelo

As lojas de discos vendiam long plays e fitas K 7. Supimpa era ter

As lojas de discos vendiam long plays e fitas K 7. Supimpa era ter um três -em-um: toca-disco, toca-fita e rádio. Dizia-se ’supimpa’, que significa ‘bacana’. Pois é, dizia-se ‘bacana’, saca? Os telefones tinham disco. Discavase para alguém. Depois, punha-se o aparelho no gancho. Telefone tinha gancho. E fio. Celular só existia no seriado Jornada Nas Estrelas, ou no telefone sapato do Agente 86. Marcelo Canellas Marcelo

Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você

Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você dava um berro pra chamar o guri, em vez de mandar um e-mail ou um recado pelo MSN. Estou falando de outro milênio, é verdade. Mas o século passado foi ontem! Isso tudo acontecia há apenas 20 ou 25 anos. . . Não mais do que o espaço de uma geração. . . Marcelo Canellas Marcelo

Agora, cremos que a vida ficou muito melhor. Tudo era mais demorado, mais difícil,

Agora, cremos que a vida ficou muito melhor. Tudo era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso. Então por que engolimos o almoço? Então por que estamos sempre atrasados? Então por que ninguém mais bota cadeiras na calçada? Alguém pode me explicar onde foi parar o tempo que ganhamos? Marcelo Canellas Marcelo

CRÉDITOS Autor : Marcelo Canellas Imagens : Internet Texto recebido de : Vilma Mendonça

CRÉDITOS Autor : Marcelo Canellas Imagens : Internet Texto recebido de : Vilma Mendonça Franco Formatado por : Angelica Lepper www. angelicaslides. com. br (no rodapé do site você pode ir acompanhando os 4 pps mais recentes) airlepper@gmail. com http: //groups. google. com. br/group/ambienteproducoes 2 Música (cedida por Tonon): Summertime – Ella Fitzgerald & Louis Armstrong Marcelo Canellas Marcelo