Caso Clnico Ictercia a esclarecer Carlos Alberto Maurcio
Caso Clínico: Icterícia a esclarecer Carlos Alberto Maurício Júnior Coordenação: Dra. Elisa de Carvalho Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF
Caso Clínico Identificação: Data: 31/10/06 – MDR – 10 anos – feminino – Parda – natural de Cumatã-PI – residente e procedente de Júlio Borges-PI
Caso Clínico Q. P. : Dor abdominal há + 1 semana. H. D. A : Mãe refere que criança, com diagnóstico de anemia falciforme e esplenectomizada há um mês, vem apresentando dor abdominal há 1 semana, tendo sido internada nesse hospital para controle da dor. Recebeu alta há 2 dias com melhora do quadro álgico. Há dois dias apresentou os mesmos sintomas associado a icterícia. Nega febre, diarréia e vômito.
Caso Clínico Revisão de Sistemas: – fezes pastosas sem alteração de coloração – Refere colúria – Nega disúria Antecedentes Obstétricos: – G 5 P 5, não fez pré-natal
Caso Clínico Antecedentes Neonatais: – nascida de parto vaginal intrahospitalar – A termo – Chorou ao nascer Antecedentes Alimentares: – Seio materno exclusivo até o 6° mês – Iniciou leite de vaca com 12 meses – Nega alergia alimentar
Caso Clínico Antecedentes Vacinais: – completo (sem cartão) Antecedentes Patológicos: – Diagnóstico de anemia falciforme com 1 ano de idade – Refere varicela aos 3 anos – Esplenectomizada há 1 mês – Várias internações com crise álgica com várias transfusões.
Caso Clínico Antecedentes Familiares: – Irmãos saudáveis Antecedentes Sociais: – Casa de alvenaria – > 5 cômodos – com rede de esgoto – sem animais no peridomicílio
Caso Clínico Exame Físico: – BEG, hipocorada (++/4+), ictérica (? ), hidratada, acianótica, eupnéica, ativa e reativa – ACV: RCR, em 2 T, BNF, sem sopros e/ou desdobramentos FC: 98 bpm – AR: MV fisiológico sem RA – ABD: semi globoso, flácido, com cicatriz em hipocôndrio esquerdo, doloroso à palpação profunda em hipocôndrio direito, com fígado palpável a 3 cm do RCD. – OROSCOPIA: sem hipertrofia e sem hiperemia – OTOSCOPIA: presença de cerumem (E e D), não sendo possível visualizar a membrana timpânica. – SNC: sem sinais de irritação meníngea.
Caso Clínico Hipótese Diagnóstica: – Icterícia a esclarecer
Caso Clínico ICTERÍCIA HIPERBILIRRUBINEMIA NÃO-CONJUGADA HIPERBILIRRUBINEMIA CONJUGADA
Caso Clínico Exames Laboratoriais:
Colestase Exames Complementares:
Colestase Definição: é uma alteração da secreção biliar hepatocelular, envolvendo todos os componentes da bile. Pode ser mecânica ou metabólica.
Colestase Intra-hepáticas: Hepatites virais Hepatite auto-imune Doenças colestáticas crônicas Colangite esclerosante primária Álcool Drogas Ductopenias Pós transplante hepático Gravidez Cirrose biliar primária Tumores primários e metastáticos Extra-hepáticas: Atresia de vias biliares Dilatação cística das vias Colangite esclerosante primária Colecistite alitiásica Colelitíase Coledocolitíase Pancreatite crônica Neoplasias primárias ou metastáticas
Colestase Exames Complementares: Hepatites virais Hepatite auto-imune
Colestase Exames Complementares: 24/nov Ecografia Abdominal: vesícula biliar distendida com barro biliar em seu interior. hepatomegalia leve Colelitíase Colecistite Alitiásica Coledocolitíase
Colestase Evolução Clínica: – Paciente evoluindo com melhora do quadro álgico e melhora da icterícia
Colestase Exames Complementares:
Colestase Evolução Clínica: – Paciente continua evoluindo com melhora progressiva da dor abdominal e da icterícia (clínica e laboratorial).
Colestase Intra-hepáticas: Hepatite auto-imune Extra-hepáticas: Colecistite Alitiásica Coledocolitíase
Colestase Exames Complementares:
Colestase Exames Complementares: 03/11 Ecografia Abdominal: Observa-se pelo menos Três imagens arredondadas Medindo entre 8 e 10 mm, No interior da vesícula biliar Compatíveis com Aglomerados de bile espessa
Colestase Intra-hepáticas: Extra-hepáticas: Colecistite Alitiásica Hepatite auto-imune Coledocolitíase Colelitíase
Colestase Parecer da Cirurgia Pediátrica: – Criança fez um quadro de icterícia colestática e dor abdominal sem febre. A US não evidenciou dilatação das vias biliares intra e extrahepáticas. Evidenciou Lama biliar. – Ao Exame: BEG, anictérica, corada, hidratada – Conduta: Não vejo indicação cirúrgica no momento, e sim acompanhamento ecográfico e clínico. Caso persista a lama biliar e a sintomatologia clínica, está indicada colecistectomia
Colestase Paciente evoluiu com remissão total do quadro, recebendo alta hospitalar com retorno programado para realização de colangioressonância em 17/11/06
Coledocolitíase Dor em cólica epigástrica ou em hipocôndrio direito Icterícia Febre, às vezes, com calafrios Náuseas e vômitos Colúria O fígado é palpável quando a icterícia é significativa
Coledocolitíase Leucocitose, com predomínio de polimorfonucleares Hiperbilirrubinemia conjugada Quando os cálculos são de origem de doença hemolítica, a elevação pode ser de bilirrubina não conjugada Aumento das enzimas hepáticas e canaliculares Elevação do TAP
Colecistite Acalculosa Maior incidência em homens Dor abdominal em QSD Elevação das bilirrubinas, TGP/TGP e fosfatase alcalina Hemocultura pode demonstrar o agente infeccioso Aos exames ultra-sonográficos abdominais havia espessamento da parede da vesícula biliar, líquido entre seus folhetos parietais e pericolecístico
Lama Biliar Precursora dos cálculos Não implica obrigatoriamente a formação de cálculos Pode ser reversível Associado a colecisitite alitiásica Associado a NPT e jejum prolongado
Hipótese Diagnóstica Coledocolitíase com migração progressiva do cálculo, culminando na expulsão do mesmo relacionada com a melhora clínica e laboratorial
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