CASO CLNICO Cardiopatia congnita aciantica Com hiperfluxo pulmonar

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CASO CLÍNICO Cardiopatia congênita acianótica Com hiperfluxo pulmonar. Larissa Michetti Silva Vanessa Vieira Amaral

CASO CLÍNICO Cardiopatia congênita acianótica Com hiperfluxo pulmonar. Larissa Michetti Silva Vanessa Vieira Amaral de Paula Coordenação; Sueli R. Falcão www. paulomargotto. com. br Brasília, 16 de agosto de 2011

Caso Clínico IDENTIFICAÇÃO ◦ MMS, 4 meses, natural de Brasília, residente em Samambaia; ◦

Caso Clínico IDENTIFICAÇÃO ◦ MMS, 4 meses, natural de Brasília, residente em Samambaia; ◦ Informante: a mãe; QUEIXA PRINCIPAL ◦ Cansaço e febre; HDA ◦ Portador de Síndrome de Down; ◦ Cansaço para sugar o seio materno há 2 meses; ◦ Baixo ganho ponderal; ◦ Piora do cansaço, febre (39ºC), tosse e queda do estado geral há um dia;

Caso Clínico Antecedentes Pessoais: ◦ Parto normal a termo, 3 consultas de pré-natal, sem

Caso Clínico Antecedentes Pessoais: ◦ Parto normal a termo, 3 consultas de pré-natal, sem intercorrências; peso 2. 450 g; Apgar 9 e 10; Antecedentes Familiares: ◦ Mãe 23 anos saudável; pai 28 anos saudável; ◦ Nega cardiopatia e doenças congênitas na família;

Caso Clínico EXAME FÍSICO Sobrecarga Volumétrica ◦ Sonolento, irritado, taquipnéico (68 irpm); Acianótico (Sat

Caso Clínico EXAME FÍSICO Sobrecarga Volumétrica ◦ Sonolento, irritado, taquipnéico (68 irpm); Acianótico (Sat 90% ar ambiente); ◦ Retrações subcostais; Aumento de VE ◦ Tórax hiperdinâmico; ◦ Abaulamento em hemitórax E; ◦ MV audível, presença de sibilos difusos. Pressão artéria pulmonar -> compressão mecânica

 EXAME FÍSICO ◦ Pulsos palpáveis e simétricos; ◦ Impulsão palpável em apêndice xifóide;

EXAME FÍSICO ◦ Pulsos palpáveis e simétricos; ◦ Impulsão palpável em apêndice xifóide; ◦ Ictus com 3 polpas digitais no 5º EICE na linha axilar anterior. ◦ Ausência de frêmito. ◦ RCR 2 T, B 2 hiperfonética com desdobramento variável; SS ++/6+ em BEE 4º EIC e SS ++/6+ em FP. ◦ Hepatomegalia dolorosa a 5 cm do RCD

Aumento de VD EXAME FÍSICO ◦ Impulsão palpável em apêndice xifóide; Cardiomegalia ◦ Ictus

Aumento de VD EXAME FÍSICO ◦ Impulsão palpável em apêndice xifóide; Cardiomegalia ◦ Ictus com 3 polpas digitais no 5º EICE na linha axilar anterior. Volume em VD aumentado -> fechamento lento da valva pulmonar Shunt E-D ◦ B 2 hiperfonética com desdobramento variável; SS ++/6+ em BEE 4º EIC e SS ++/6+ em FP. Estenose pulmonar? Hiperfluxo! ◦ Hepatomegalia dolorosa; ICC

Caso Clínico Exames Laboratoriais: Hb 10, HT 31. 5% Leucócitos: 12. 900 (N 63,

Caso Clínico Exames Laboratoriais: Hb 10, HT 31. 5% Leucócitos: 12. 900 (N 63, B 0, L 22, M 13, E 2) Plaquetas: 250. 000

Caso Clínico

Caso Clínico

Hipóteses Cansaço ao mamar Não ganha peso Cardiopatia Síndrome de Down Congênita + +

Hipóteses Cansaço ao mamar Não ganha peso Cardiopatia Síndrome de Down Congênita + + Sat O 2 90% Sibilos difusos + Febre Hepatomegalia Dolorosa Acianótica Hiperfluxo pulmonar Infecção -> ICC

CARDIOPATIA CONGÊNITA ACIANÓTICA Hiperfluxo pulmonar CIA CIV PCA DSAV

CARDIOPATIA CONGÊNITA ACIANÓTICA Hiperfluxo pulmonar CIA CIV PCA DSAV

CARDIOPATIA CONGÊNITA Cianose ◦ Cianótica ou acianótica; Trama vascular pulmonar (radiografia de tórax): ◦

CARDIOPATIA CONGÊNITA Cianose ◦ Cianótica ou acianótica; Trama vascular pulmonar (radiografia de tórax): ◦ Aumentada, normal ou diminuída; Hipertrofia (ECG): ◦ Direita, esquerda ou biventricular; Caráter das bulhas e presença de sopros; Diagnóstico final é confirmado pela ecocardiografia, TC ou cateterismo;

Caso Clínico ECOCARDIOGRAMA: Situs Solitus; Concordância AV e ventrículo arterial; Junção AV única e

Caso Clínico ECOCARDIOGRAMA: Situs Solitus; Concordância AV e ventrículo arterial; Junção AV única e válvula AV única; CIA do tipo ostium primum (medindo 5 mm); CIV tipo via de entrada (medindo 16 mm); Ventrículos alanceados e aumento das cavidades esquerdas e ventrículo direito;

CARDIOPATIA CONGÊNITA ACIANÓTICA com Hiperfluxo Pulmonar

CARDIOPATIA CONGÊNITA ACIANÓTICA com Hiperfluxo Pulmonar

Circulação Fetal

Circulação Fetal

CARDIOPATIA CONGÊNITA ACIANÓTICA Com Hiperfluxo Pulmonar: Presença de malformação anatômica intracardíaca ou nos grandes

CARDIOPATIA CONGÊNITA ACIANÓTICA Com Hiperfluxo Pulmonar: Presença de malformação anatômica intracardíaca ou nos grandes vasos; Causa fluxo de sangue arterializado, após a passagem pela circulação pulmonar, da circulação esquerda para as câmaras direitas do coração ou artéria pulmonar; Resultando em dispnéia e hiperfluxo.

1. CIA 10 a Mais 15% das CCA; incidente no sexo feminino (2: 1);

1. CIA 10 a Mais 15% das CCA; incidente no sexo feminino (2: 1); FOP não é considerado CIA; transmissão autossômica dominante; síndrome de Holt. Oram;

1. CIA Classificação Seio venoso (próx. VCS) ostium secundum ostium primum seio coronário

1. CIA Classificação Seio venoso (próx. VCS) ostium secundum ostium primum seio coronário

1. CIA Manifestações Clínicas: assintomática na infância; Quando há hipertensão pulmonar é leve; Sopro

1. CIA Manifestações Clínicas: assintomática na infância; Quando há hipertensão pulmonar é leve; Sopro sistólico em FP e FAA, desdobramento fixo e amplo de B 2; CIA grande: sopro diastólico, tipo ruflar em área tricúspide. Tratamento: Cirúrgico ou fechamento com um dispositivo transcateter. ◦ Assintomáticos - Relação entre fluxo pulmonar e sistêmico maior que 2: 1; ◦ Pacientes sintomáticos; ◦ Cirurgia eletiva – após 1 ano.

2. CIV Mais comum – 25% das cardiopatias congênitas; Prevalência entre sexos é equilibrada;

2. CIV Mais comum – 25% das cardiopatias congênitas; Prevalência entre sexos é equilibrada; Tipo membranoso é o mais comum; Quando entre a crista supraventricular e o músculo papilar, podem estar associados a outros defeitos como Tetralogia de Fallot.

2. CIV ETIOPATOGENIA ◦ Multifatorial; ◦ Drogas (Talidomida), Rubéola e abuso de álcool; FISIOPATOLOGIA

2. CIV ETIOPATOGENIA ◦ Multifatorial; ◦ Drogas (Talidomida), Rubéola e abuso de álcool; FISIOPATOLOGIA ◦ Shunt esquerda-direita depende: Tamanho físico do CIV; Relação entre resistência vascular pulmonar e sistêmica (Qp: Qs); ◦ A classificação entre CIV pequena, média e grande dependerá da relação entre o diâmetro do defeito e o diâmetro da aorta;

2. CIV FISIOPATOLOGIA ◦ Ao nascimento: resistência vascular pulmonar ↑; a medida que ↓

2. CIV FISIOPATOLOGIA ◦ Ao nascimento: resistência vascular pulmonar ↑; a medida que ↓ nas semanas seguintes, o tamanho do fluxo E-D aumenta, sinais clínicos ficam evidentes; ◦ O hiperfluxo no leito vascular pulmonar leva à HAP: O shunt torna-se bidirecional, sinais de ICC regridem → cianose (S. Eisenmenger);

2. CIV QUADRO CLÍNICO ◦ CIVs pequenos com shunt pequeno, pressão da artéria pulmonar

2. CIV QUADRO CLÍNICO ◦ CIVs pequenos com shunt pequeno, pressão da artéria pulmonar normal são os mais comuns; Assintomáticos; Sopro holossistólico rude ou musical, intenso, em bordo esternal esquerdo inferior + frêmito; Sopro sistólico rude em ápices;

2. CIV QUADRO CLÍNICO ◦ CIVs grandes, com fluxo sanguíneo pulmonar excessivo e hipertensão

2. CIV QUADRO CLÍNICO ◦ CIVs grandes, com fluxo sanguíneo pulmonar excessivo e hipertensão pulmonar: Dispnéia, dificuldade para alimentação, deficiência do crescimento, sudorese intensa, infecções pulmonares recorrentes e ICC precoce; Componente pulmonar da segunda bulha pode estar aumentado;

2. CIV DIAGNÓSTICO ◦ Radiografia de tórax: normal, cardiomegalia discreta, aumento da trama vascular

2. CIV DIAGNÓSTICO ◦ Radiografia de tórax: normal, cardiomegalia discreta, aumento da trama vascular pulmonar; ◦ ECG: Hipertrofia de VE Se hipertrofia de VD: defeito grande, hipertensão pulmonar ou associação com estenose pulmonar; Se CIV grande: cardiomegalia com proeminência de VD, VE, átrio esquerdo e artéria pulmonar; hipertrofia biventricular, onda P entalhada ou apiculada; ◦ Ecocardiografia: visualização do defeito anatômico, mensuração do tamanho, pressões, defeitos associados;

2. CIV TRATAMENTO ◦ CIV pequenas Acompanhamento clínico ◦ CIV moderadas e grandes Clínico

2. CIV TRATAMENTO ◦ CIV pequenas Acompanhamento clínico ◦ CIV moderadas e grandes Clínico – tratando possível ICC. Cirúrgico ◦ Infecções pulmonar de repetição ◦ Baixo ganho ponderal ◦ ICC em qualquer idade sem controle clínico ◦ Lactantes entre 6 a 12 meses com hipertensão pulmonar ◦ Maiores de 2 anos com relação Qp: Qs >2: 1.

3. PCA EPIDEMIOLOGIA ◦ Mulheres 2: 1; ◦ Comum em prematuros; ◦ É encontrado

3. PCA EPIDEMIOLOGIA ◦ Mulheres 2: 1; ◦ Comum em prematuros; ◦ É encontrado em 10% associado a outras lesões cardíacas congênitas; FISIOPATOLOGIA ◦ Desvio do sangue arterial pulmonar → aorta; ◦ Fechamento funcional logo depois do nascimento; ↓ resistência vascular pulmonar: sangue aórtico → artéria pulmonar

3. PCA FISIOPATOLOGIA ◦ Intensidade do desvio depende do tamanho do ductus; ◦ Em

3. PCA FISIOPATOLOGIA ◦ Intensidade do desvio depende do tamanho do ductus; ◦ Em casos extremos 70% do débito ventricular esquerdo pode ser desviado para a artéria pulmonar; ◦ PCA grande possui alto risco de doença vascular pulmonar se não operado.

3. PCA

3. PCA

3. PCA QUADRO CLÍNICO ◦ Pequeno: assintomático; ◦ Grande: ICC, retardo do crescimento, sinais

3. PCA QUADRO CLÍNICO ◦ Pequeno: assintomático; ◦ Grande: ICC, retardo do crescimento, sinais de ampla pressão de pulso; cardiomegalia; abaulamento precordial; frêmito máximo no 2ºEICE irradiação para clavícula, pelo bordo esternal ou para o ápice, usualmente sistólico; ◦ Sopro contínuo, no 2º EIC, após o início da 1º bulha desaparece no fim da diástole, pode irradiar para clavícula E ou bordo esternal esquerdo

3. PCA DIAGNÓSTICO ◦ ECG: normal, hipertrofia ventricular esquerda ou biventricular; ◦ Radiografia de

3. PCA DIAGNÓSTICO ◦ ECG: normal, hipertrofia ventricular esquerda ou biventricular; ◦ Radiografia de tórax: área cardíaca normal ou aumentada (AE e VE); trama vascular pulmonar aumentada; ◦ Ecocardiografia: AV e VE aumentados, fluxo turbulento no retrógrado sistólico ou diastólico na artéria pulmonar e fluxo diastólico aórtico na diástole;

3. PCA TRATAMENTO ◦ Fechamento cirúrgico ou por cateter; ◦ PCA pequeno: prevenção da

3. PCA TRATAMENTO ◦ Fechamento cirúrgico ou por cateter; ◦ PCA pequeno: prevenção da endarterite bacteriana ou outras complicações; ◦ Farmacológico: inibidores da síntese de prostaglandinas como ibuprofeno em prematuros. Prognóstico ◦ Fechamento espontâneo após a lactância é raro; ◦ ICC é mais fequente na lactância precoce com ductus grande;

4. DSAV Espectro de uma anormalidade embriológica básica. Defeito tipo ostium primum (porção inferior

4. DSAV Espectro de uma anormalidade embriológica básica. Defeito tipo ostium primum (porção inferior do septo atrial e acima das valvas mitral e tricúspide). Defeito septal AV (canal AV) – CIA e CIV contíguas com valvas AV anormais. 40% Síndrome de Down. Parcial, Intermediária ou Total;

4. DSAV Fisiopatologia: Ostium primum Defeito no septo AV shunt E-D + insuficiência mitral

4. DSAV Fisiopatologia: Ostium primum Defeito no septo AV shunt E-D + insuficiência mitral shunt E-D Hipertensão pulmonar + Aumento da RVPul Reversão shunt (D-E): Cianose Sind. Eisenmenger

4. DSAV

4. DSAV

4. DSAV forma parcial: CIA e defeito na valva mitral (fenda anterior) e eventualmente

4. DSAV forma parcial: CIA e defeito na valva mitral (fenda anterior) e eventualmente alteração na valva tricúspide. forma intermediária: CIA com máformação de mitral e tricúspide sem CIV forma total: CIA, CIV e existe uma valva única que é remanescente das valvas mitral e tricúspide.

4. DSAV Manifestação - Clínica: insuficiência cardíaca; dispnéia; fadiga; infecções respiratórias reincidentes. Exame clínico:

4. DSAV Manifestação - Clínica: insuficiência cardíaca; dispnéia; fadiga; infecções respiratórias reincidentes. Exame clínico: precórdio hiperdinâmico, sopro sistólico regurgitativo (CIV e valva AV), hiperfonese de B 2.

4. DSAV Tratamento: - Insuficiência Cardíaca: Diurético (baixo fluxo sistêmico -> rim “hipofluxo” ->

4. DSAV Tratamento: - Insuficiência Cardíaca: Diurético (baixo fluxo sistêmico -> rim “hipofluxo” -> SRAA); -Reparo cirúrgico. “fechamento da comunicação interatrial e a restauração e preservação da competência da válvula atrioventricular esquerda. ”

Obrigada!

Obrigada!