Captulo 12 Antrtida O sexto continente Professora Dbora

Capítulo 12 – Antártida. . . O sexto continente? Professora: Débora Resende Cordeiro

Antártida: um continente austral, extenso e gelado A Antártida é a maior das regiões polares e é considerado como o sexto continente. A Antártida não é considerado um continente próprio para ser habitado e formar povoações, como áreas rurais e cidades. A ocupação desse continente se dá através de diversas bases científicas instaladas em seu território. A Antártida não pertence a nenhuma nação.

Uma imensidão de gelo Antártica é uma palavra de origem latina, que significa o “oposto do Ártico”. As duas formas: Antártica e Antártida estão corretas. O continente antártico é dividido em duas porções: Oriental e Ocidental. O continente possui 13 661 000 km² de área é banhado pelo Oceano Antártico e coberto por uma camada de gelo. Estima-se que a parte de terras que não são encobertas por uma camada de gelo correspondem a menos de 50 000 km². O Oceano Glacial Antártico é o seu limite territorial principal. Os continentes mais próximos são o americano, a Oceania e a África. Alguns territórios pertencentes a determinados países são considerados do continente antártico: • Ilhas Bouvet : Noruega; • Ilhas Heard e Ilhas Mc. Donald: Austrália; • Terras Austrais e Antárticas Francesas: França; • Ilhas Antípoda, Ilhas Auckland, Ilhas Bounty, Ilhas Campbell e Ilhas Snares: Nova Zelândia; • Ilhas do Príncipe Eduardo: África do Sul.

Exploração e ocupação A Antártida não possui divisão político-administrativa e não possui governo. Essa porção do planeta não pertence a nenhum país por direito de posse. O continente conta somente com bases instaladas pelos países signatários, que regulamentam sua ocupação e o uso de seus recursos com fins científicos. Inicialmente, a pesca foi o principal objetivo de exploração desse território. Mas também, as expedições buscava a descoberta e o mapeamento do continente antártico. Já no período da Guerra Fria, em meados do século XX, as grandes potências passaram a se preocupar com o domínio de seu território. Como nenhuma nação tinha posse do continente houve a assinatura do Tratado da Antártida, em 1959. Os países que assinaram esse Tratado foram: Argentina, Chile, França, Noruega, Reino Unido, Nova Zelândia e Austrália. Esse tratado estabelece normas e critérios para as pesquisas científicas a serem realizadas nesse continente, com o intuito da preservação ambiental.

Aspectos físicos da Antártida O continente antártico desempenha, pelas suas condições físicas, importante papel na manutenção do planeta enquanto sistema. Mais de 90% do continente fica congelado durante todo o ano. O clima polar está presente em todo o continente, que apresenta temperaturas mais frias: -10º C a -40ºC no litoral e -30ºC a -80ºC no interior e nas cadeias de montanhas. A parte mais fria é a ocupada por uma cordilheira. Na parte do litoral as temperaturas são mais brandas podendo, por vezes, ser positivas. Na porção ocidental, as temperaturas são mais amenas por essa ser uma região mais baixa. Nesse continente existe a ocorrência de ventos fortes, que ultrapassam os 150 km/h, raras ocorrências de neve e os menores índices de pluviosidade (média de 45 mm). Durante um período de 4 a 6 meses, o sol não aparece nesse continente, esse fenômeno acontece no período do inverno e é conhecido como “escuridão da noite polar”. Essa superfície apresenta tipos de relevo diferenciados, que se caracterizam, basicamente, pelas cadeias Transantártica (parte oriental) e pela Península Antártica (parte ocidental, representadas por cadeias de montanhas, montes, colinas e planícies.

Aspectos físicos da Antártida No continente também existe a presença de vulcões, como o Erebus, Siple e Mc. Murdo. Plataformas de gelo se estendem pelo seu território. As paisagens antárticas também são marcadas, ainda, pela presença de arquipélagos, mares como Weddell e Ross, a Terra de Vitória e ilhas como a Geórgia e Sanduíche do Sul. Embora detentora da maior parcela de água doce do planeta, a presença de rios é pobre na Antártica. O principal rio é o Onyx, com pouco mais de 30 km de extensão. O maior lago é o Vostok. A vegetação também é escassa e se caracteriza pela presença de hepáticas e musgos, especialmente algas, fungos e liquens. A fauna é especialmente marinha e aves.

A população e a economia da Antártida A população por motivos legais e pelas condições físicas não é permanente. A população varia conforme o número de cientistas nas bases científicas de cada país. O número de moradores temporários varia também de acordo com as estações do ano, no inverno a população é menor e no verão aumenta muito. A experiência de povoar esse continente está por conta das bases do Chile e da Argentina, que mantêm famílias em suas bases, inclusive com acesso à escola. A pesca é a atividade econômica base praticada em território antártico, inclusive é uma forma de sustento para seus moradores temporários. Os recursos naturais existentes não são explorados, pois se trata de um ambiente protegido legalmente. Os minerais presentes em pequenas quantidades são: carvão, minério de ferro, níquel, cobre, hidrocarbonetos, crômio e platina. O turismo, vem, nos últimos anos, despontando como atividade econômica nessa região.

A presença do Brasil na Antártida O Brasil passou a fazer parte do conjunto de países signatários do Tratado Antártico, em 1975 (como membro) e, em 1983, como membro consultivo (com direito a voto). Em 1986, nosso país passou a manter uma estação permanente de pesquisas no continente. Há também, duas bases de apoio em território brasileiro, no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Todo o sistema de gerenciamento brasileiro está submetido à Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM). A distância que separa a Estação Comandante Ferraz (estação brasileira na Antártida) e o ponto mais ao sul, o Arroio Chuí, é de, aproximadamente, 3172 km. Interesses brasileiros no continente antártico: • Pesquisas meteorológicas; • Possibilidades de futuras explorações da fauna e de minerais; • Controle das águas sob jurisdição brasileira em razão do aumento do tráfico marítimo internacional por causa da exploração dessas terras.