BIODIVERSIDADE E FRAGILIDADES DAS PAISAGENS DO PANTANAL O
BIODIVERSIDADE E FRAGILIDADES DAS PAISAGENS DO PANTANAL
• O Pantanal brasileiro é considerado a maior área alagada do planeta, localiza-se na região Centro. Oeste do Brasil, situa-se no sul de Mato Grosso. Possui uma área de aproximadamente 150. 355 km 2, e ocupa 1, 7% do território brasileiro, sendo que apenas 4, 6% deste território é protegido por unidades de conservação Figura 1 (BRASIL, 2010).
• Figura 1 - (a) Mapa de uso e cobertura da terra para o Bioma Pantanal (EMBRAPA, 2004); (b) Modelo de ocupação e uso para o Bioma Pantanal estimado a partir das unidades morfométricas, geologia e solos. Fonte (IBGE, 2017)
• A maior parte deste bioma (80%) está disseminado no Brasil entre os estados de Mato Grosso do Sul. Sendo que no estado do Mato Grosso do Sul, se localiza a faixa de fronteira, e a maior porção do Pantanal Brasileiro (65%) encontra-se localizado no Estado de Mato Grosso do Sul, enquanto que 35% situa-se no Estado de Mato Grosso (MARTINS, 2018).
• Todo esse bioma está inserido na Bacia do Alto Paraguai (BAP), que possui características de inundações periódicas inter e interanuais, que possibilitam a divisão do Pantanal em onze sub-regiões ou subunidades morfológicas, de acordo com a característica de solo, altimetria, vegetação, material de origem e drenagem Figura 2 (SILVA e ABDON, 2018).
• Figura 2 - Mapa das subdivisões do Pantanal Mato-Grossense.
• Objetivos • O presente artigo é uma revisão da literatura e tem por objetivo demonstrar os problemas ambientais do Pantanal devido ao uso e ocupação do solo, pela atividade agrícola e pecuária que remove grande parte da vegetação natural. • Metodologia • O método utilizado para a realização deste trabalho pautou-se no método de Revisão Integrativa que consiste em combinar estudos com diversas metodologias, que permite a utilização de dados teóricos combinando pesquisas o que amplia as possibilidades de analise do tema abordado.
• Resultados e Discussões • A origem e evolução do Pantanal Mato. Grossense, estão associados com eventos de abatimentos estruturais e os processos erosivos atuantes e morfoestruturais, devido a uma movimentação de compensação isostática, abatimentos em áreas adjacentes e impactos no relevo advindo de processos erosivos, além de realizar o transporte de sedimentos para todo o Pantanal (SOUZA et al. , 2006).
• Os maiores impactos neste bioma é a substituição da cobertura vegetal autóctone por gramíneas exóticas para alimentação de bovinos. Que para ser renovada essas pastagens ainda são utilizadas técnicas rudimentares como as queimadas que saem do controle as vezes destruindo centenas de hectares. • Miranda et a. , (2018) estudaram a distribuição de queimadas e mudanças na cobertura vegetal e uso da terra no Pantanal, região de Cáceres. Os dados sugerem que entre 2003 e 2013 foi queimado 6, 927 km² na região. Apesar do alto índice de queimadas em períodos secos, mas apresentou clara influencia antrópica na região como possíveis fatores influenciantes.
• A influencia antrópica pode ser evidenciada no estudo de Mello e Santos (2015) na região do Pantanal de Mato Grosso onde a dinâmica populacional e a agricultura são os principais fatores de impactos na qualidade da água e também na biodiversidade local. • Sobre a biodiversidade o estudo de Santos (2017) demonstrou que o avanço das pastagens no Pantanal sul -mato-grossense influenciou negativamente na fauna local principalmente da onça pintada.
• Andrade (2017) realizou analise temporal utilizando imagens Landsat 1995, 2005 e 2015 e SIG no Pantanal do Abobral (Mato Grosso do Sul), e demonstrou que a fauna local apresenta característica de impacto antrópico, devido a abundância de ocupação da área, presença de gado, retirada seletiva de madeira e passagem de fogo, há uma alteração na dominância da cobertura vegetal da região.
• Os problemas ambientais do Pantanal vem se agravando devido ao uso e ocupação do da terra por atividades agropecuárias que para sua implantação é necessário a remoção da cobertura vegetal autóctone. A situação é ainda agravada quando o homem se utiliza do fogo para a renovação da pastagem, outro problema, é a construção de barragens hidrelétricas que afetam a procriação dos peixes durante o período de desova (piracema).
• A degradação que ocorre no planalto em áreas de nascentes causando o assoreamento e a contaminação dos rios que correm para a planície pantaneira provocando danos irreparáveis a Biodiversidade do Pantanal. • Todos os biomas do planeta precisam de medidas públicas efetivas para que o homem consiga viver em equilíbrio com a natureza, mas é necessário ressaltar que o Bioma Pantanal por possuir maior biodiversidade e maior sensibilidade às ações antrópicas, deve ser novamente regulamentado pelos órgãos do meio ambiente, pois 90% do seu território estão em de propriedade privada.
• O uso inadequado do solo pela ação antrópica a médio prazo, pode aumentar as pragas que estarão mais resistentes aos agrotóxicos, com a destruição a diminuição de oferta de água trará prejuízos a todos os proprietários da região.
• Referências • ANDRADE, BRUNA DA SILVA. Análise da Paisagem de Ambientes Florestais não Inundáveis no Pantanal do Abobral, Mato Grosso do Sul. [Dissertação]. Universidade Anhanguera , Campo Grande, p. 98, 2017. • BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação - CNUC, Disponível em: <http: //www. mma. gov. br/areas -protegidas/cadastro-nacional-de-ucs>. Acesso em: 29 ago. 2010. • MARTINS, Patrícia Cristina Statella et al. As paisagens da faixa de fronteira Brasil/Bolívia: complexidades do Pantanal Sul. Matogrossense e suas potencialidades para o Turismo de Natureza. [Tese]. Dourados: Universidade Federal da Grandes Dourados. Faculdade de Ciências Humanas, p 316, 2018. • MELLO, Ana de Paula Gonçalves; SANTOS, JWMC. Análise da variação temporo-espacial da qualidade das águas da Lagoa Sinhá Mariana, Pantanal Norte Mato-grossense, a partir de Imagens MODIS em coletas in loco. SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, v. 17, p. 6110 -6118, 2015.
• MIRANDA, Miriam Raquel da Silva et al. Distribuição de queimadas e mudanças na cobertura vegetal e uso da terra no bioma Pantanal, Cáceres. Brasil. Caminhos de Geografia, v. 19, n. 65, p. 91 -108. • SANTOS, Priscilla Costa dos. Influência de pastagens na caracterização do movimento da onça-pintada (Panthera onca) no Pantanal sul-matogrossense. [S. l. ]: Universidade Paulista "Júlio de Mesquita Filho", 2017. • SILVA, J. V. ; ABDON, M. M. Vegetação da sub-região da Nheolandia, Pantanal Brasileiro. Ebrapa, p. 928 -936, 2018. • SOUZA, C. A. ; LANI, J. L. ; SOUSA, J. B. Origem e evolução do Pantanal Mato-grossense. VI Simpósio nacional de geomorfologia/regionalconferenceongeomorpholoy. Geomorfologia tropical e subtropical: processos, métodos e técnicas/Tropical and subtropical geomorpholog: processesmethodsandtechniques. Goiânia, v. 6, p. 6 -10, 2006
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