BELA COMO A LUA ALPHONSUS DE GUIMARAENS BELA

( BELA COMO A LUA )

ALPHONSUS DE GUIMARAENS ( BELA COMO A LUA )

II CELESTE. . . É ASSIM, DIVINA, QUE TE CHAMAS. BELO NOME TU TENS, DONA CELESTE. . . QUE OUTRO TERIAS ENTRE HUMANAS DAMAS, TU QUE EMBORA NA TERRA, DO CÉU VIESTE ? Clique

CELESTE. . . E COMO TU ÉS DO CÉU, NÃO AMAS: FORMA IMORTAL QUE O ESPÍRITO REVESTE DE LUZ, NÃO TEMES SOL, NÃO TEMES CHAMAS, PORQUE ÉS SOL, ÉS LUAR, SENDO CELESTE.

INCOERCÍVEL COMO A MELANCOLIA, ANDAS EM TUDO: O SOL NO POENTE VASTO PEDE-TE A MÁGOA DO FINDAR DO DIA. E A LUA, EM MEIO À NOITE CONSTELADA, PEDE-TE O LUAR INDEFINIDO E CASTO DA TUA PALIDEZ DE HÓSTIA SAGRADA.

“PULCHRA UT LUNA” (BELA COMO A LUA) (ALPHONSUS DE GUIMARAENS) Fonte: Jornal da Poesia-site Música: “Consolation”, Franz Liszt - nº 3, Db-M Formatação: Sôni@ Sirimarco

ALPHONSUS DE GUIMARAENS Alphonsus de Guimaraens, pseudônimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães, nasceu a 24 de julho de 1870 e faleceu em Mariana, MG, a 15 de julho de 1921. Sua poesia é, marcadamente, mística e envolvida com religiosidade católica. Seus sonetos apresentam estrutura clássica e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que exploram o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inadaptação ao mundo. A morte prematura de sua prima e noiva abalou-o emocional e fisicamente. Em sua obra, a figura feminina é considerada um anjo, ou um ser celestial. O poeta é, ao mesmo tempo, neorromântico e simbolista. Principais obras: “Câmara Ardente”, “Dona Mística”, “Kyriale”, “Mendigos” e “Ismália”.

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