Barreiras Objetos Digitais Histricos Cludia Santos Braga Romnia
Barreiras: Objetos Digitais Históricos • Cláudia Santos Braga • Romênia Barbosa de Carvalho • Rosana Silva Santos
O princípio de tudo:
Origem do Município de Barreiras situa-se no oeste da Bahia e até o fim do século passado fazia parte do município de Angical, de que se emancipou, tornando-se independente em 26 de maio de 1891. Ao surgir, como povoado, no século passado, ao redor do seu porto, Barreiras recebeu o nome de São João, em homenagem ao seu Padroeiro.
Barreias é o ultimo porto do Rio Grande, porque logo acima uns cinco Km, afloram grandes barreiras de pedras à superfície, o que impossibilita o prosseguimento das grandes navegações. Como causava grandes transtornos aos que ali tinham que desembarcar, o lugar que impediam os visitantes de prosseguir navegando eram chamados por eles de “Porto das Barreiras”, assim como também chamavam o povoado de “ São João das Barreiras”, que, ao fim foi deixando de ser usado o nome de São João, ficando apenas Barreiras.
Barreiras na década de 1930 Fotografia tirada do alto da torre da Igreja São João Batista, focalizando a Praça triangular que existia em frente à Praça de São João. Nas cidades de colonização portuguesa, como Barreiras, era comum construir-se uma praça em forma de triangulo defronte da Igreja, como uma homenagem a Deus, cujo o símbolo é um triangulo. Essa praça hoje não existe mais. Muitas casas também já foram demolidas e existem prédios em seus lugares.
Barreiras no século XXI Barreiras continuou crescendo e podemos ver
Geraldo Rocha e a construção do progresso Barreirense
Hidrelétrica Prédio construído em 1928 por Dr. Geraldo Rocha, para abrigar as três turbinas que eram movidas por uma queda d'água artificial, foi a segunda hidrelétrica da Bahia. Hoje está desativada e o prédio em ruínas. Existe um anseio por parte da população para que este prédio seja recuperado pelo valor histórico e cultural que representa.
Hoje: • A Usina Hidrelétrica de Barreiras está em situação deplorável, sem uso e totalmente desativada.
Matadouro Frigorífico • Prédio construído na década de 1930 também por Geraldo Rocha. Durante algum tempo produziu e exportou charque e defumados marcando uma época de prosperidade. O frigorífico tornou-se um marco na industria barreirense.
• Recentemente, o prédio foi adquirido pelo poder público municipal para transformá-lo em um Centro de Convenções - com um anexo cultural e esportivo.
Aeroporto • Iniciou-se a construção do aeroporto em 1937, e em 1940, com a inauguração do novo aeroporto, a viagem Miami- Rio de Janeiro foi reduzida de 5 para 3 dias. Logo a seguir veio a 2ª Guerra Mundial, quando o aeroporto se tornou base aérea americana, para os aviões que iam bombardear a África. Ao fim da guerra, em 1945, passou a ser o ponto de apoio para a aviação civil, com vôos de todo o Brasil, que aqui se abasteciam.
• Hoje, o aeroporto de Barreiras está ligado assim, através de via aérea, com as capitais de todo o Brasil, o que foi notável fator de integração econômica, social e de abertura cultural.
Navegação • • O porto tinha a maior importância para Barreiras e por isso foi objeto de obras por parte de vários Prefeitos. • O porto estava sempre cheio de embarcações, que pontuavam, com sua chegada, trazendo os produtos industrializados e as saídas, carregadas com toda a nossa produção, toda a vida econômica e comercial da cidade.
• Hoje é um ponto de diversão para os barreirenses e visitantes. O Cais recebeu reformas da Prefeitura Municipal e é considerado um dos pontos históricos de nossa cidade.
Educação • Prédio ainda em bom estado de conservação, inaugurado em 1927, para funcionar o primeiro Grupo Escolar de Barreiras, na gestão do prefeito Amphilóphio Lopes, sendo sua primeira diretora a professora Guiomar Fábia da Rocha Porto. Atualmente funciona neste prédio uma escola de 1º grau.
• A escola Drº Costa Borges, mantém uma estrutura da antiguidade, sendo feita apenas algumas pequenas reformas. Foi a 1ª escola de Barreiras a ser construída pelo poder público.
• Ginásio Padre Vieira, criado em 1948 pelo professor, José Seabra de Lemos. Toda evolução da educação e cultura de Barreiras se deu a partir da construção deste colégio.
• Escola foi construída em nova localidade em 2008, para atender a comunidade barreirense. Possui ampla área de lazer, além de ter uma biblioteca para uso da população.
Aspectos Culturais • Clube Dragão Social, local utilizado para realização de bailes e eventos dos barreirenses na antiguidade.
Atualmente Centro Cultural de Barreiras • Prédio reformado em 1998 para o uso dos barreirenses em reuniões, palestras e demais eventos.
Desenvolvimento Econômico • Casarão em estilo neoclássico datado de 1919 em bom estado de conservação. Construído por Dr. Geraldo Rocha para sediar a Cia. Sertaneja Empresa Agropastoril S/A. Em pavilhões distintos funcionava a sede da companhia e o Cine Teatro Ideal, primeiro espaço cultural de Barreiras.
Atualmente: • O prédio da Sertaneja, ( CIA ) se mantém em bom estado de conservação, funcionando como barzinho para o lazer dos barreirenses.
Bandeira de Barreiras • Nas cores vermelha, azul e branca, numa alusão à bandeira da Bahia, no centro da bandeira um triângulo amarelo que traz a figura de um grão de soja e um barco com um pescador. Acima da figura o lema: ” PRESERVAR, TRABALHAR E COLHER. ”
Hino de Barreiras • Nascida como a semente, quebrou na silvestre plantação; aninhada entre as montanhas como uma ave no regaço maternal defendida pelo espaço que lhe transmite toda luz e calor, Barreiras Grande, tens em São João teu nobre protetor.
• Barreiras, Barreiras Grande, Capital do Médio São Francisco, Barreiras Grande, És um pedaço sensível do Brasil. Nos Gerais se fez Mãe Terra, produzindo o milagre do sustento, no Oeste se fez Bahia, cavalgando as campinas do progresso; nos banhados se fez Mãe Água, fecundando a colheita do presente.
• Rio Grande, Rio das Ondas, Acaba Vida, cachoeira reluzente. Barreiras, Barreiras Grande, Capital do Médio São Francisco, Barreiras Grande, És um pedaço sensível do Brasil. O mapa que dividiu suas terras, sua flora, sua fauna, concentrou em seus limites o perfil de um grande coração, abrigando o imigrante, como um filho em perfeita harmonia, lhe dando a proteção, no local que escolheu pra moradia.
• Barreiras, Barreiras Grande, Capital do Médio São Francisco, Barreiras grande, És um pedaço sensível do Brasil.
Poesia: Randesmar, o bacieiro dos rios • A arte de Randes, de alumínio e flande, se expande para lém da bacia do Rio grande, e além do são Francisco também há muito cisco nos olhos embaçados; tanto cisco num olho d’água embaciado, iniciando a grande bacia; cisco pra quem não enxerga nas bacias de Randes a gamela de flande do Rio Grande: a bacia que foi do Rio Grande vai virando gamela de assar castanha
• Não se engane com suas traíras não se deixe trair por suas piranhas saltando das bordas dobradas da bacia para abocanhar os cajus e castanhas; não se desleixe com seu mandim que vira surubim; nosso olhar fiel também vira traíra.
• E quem atira a primeira pedra numa bacia amassada? E quem retira do leito do rio as últimas bacias, vasos e pneus? e quem tira uma conclusão precipitada? de achar que é bacia de rosto aquilo onde se põe os pés num riacho. Quem acha que já é um riacho um tacho de olho d’água que ainda não se fez bacia: O que diferencia o tacho da bacia ou da gamela? Se nosso olhar diante da tela não sabe rasgar as janelas como fez o pintor mostrando que a morna água da bacia de rosto pode revelar a face fria de um rio morto. Como decifrar o seu quadro com a distância de quem não está perto do porto?
• Quem vê que o licor não meia é porque revela seu olho de remela é porque também estranha que o caju não fruta a fruta é a castanha e também não pode ver porque o sol na bacia encandeia ou porque os olhos foram embaçados de areia ou porque não foram embaciados pelas águas que correm em suas veias; a mínima água contida na vazilha de alumínio, esvaziada na bacia furada como as águas da bacia do Rio Grande, evaporadas.
• Randes mostra que não é difícil a comparação Entre uma bacia composta à mão e a outra bacia em decomposição. • As cores licorosas de Randes escorrem não como remela, mas como licor de caju: do litro para a tela, mesmo se o vermelho de um caju mas doce fosse, na tela ou no pé um azedo de cor amarela, onde o gole da licoeira Olga fica à prova da goela de dona Bela.
• O que era caju se revela castanha. Por isso a gente sempre estranha as cores das bacias de Randes tingindo as águas do Rio Grande. O que os olhos não vêem, a criação não revela porque entre o olho e a tela existe objeto estranho: cisco, raio de sol ou remela. • O que os olhos não vêem, a criação não revela: o que era bacia de rio se reflete gamela; o sol na bacia de alumínio encandeia a visão: deixa os olhos embaçados prum olho d’água embaciado. Quem nem sal numa gamela, Randes coloca na tela a ração Pra imaginação dos racionais (animais)
• . O que os olhos não vêem, a natureza fecha a tramela O que não é arte não estranha: O que era caju se revela castanha. O que a língua não prova, o caju trava: a prova dos noves fora no forasteiro resvala. Clebert Luís
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