BANCO CENTRAL E POLTICA ECONMICAS NO BRASIL E
BANCO CENTRAL E POLÍTICA ECONÔMICAS NO BRASIL E URUGUAI ENTRE 2005 E 2010 Caroline Rodrigues Contin Orientador: Prof. Dr. Elton Eustáquio Casagrande
RESUMO Palavras-chave: Banco Central; política monetária; inflação; taxa de juros; nível de emprego. Keywords: Central Bank; monetary policy; inflation; interest rate; employment’s level.
OBJETIVOS O estudo se concentra em Brasil e Uruguai, pois a intenção é analisá-los por uma ótica tanto geografia, por sua proximidade, como também pelas diferenças em seu sistema econômico, visto que em termos de regime monetário o país vizinho apresenta uma forte dolarização em seu sistema bancário e também baixos níveis de crédito, como citou Ramiro Almada, sócio-diretor da consultoria Oikos (Valor Econômico de 01/03/2011). Já o Brasil não seguiu a lógica da dolarização e a oferta de crédito tem crescido nos últimos anos.
INTRODUÇÃO O foco deste trabalho é analisar as políticas econômicas de Brasil e Uruguai levando em consideração a configuração dos respectivos Bancos Centrais enquanto à maneira que administram a inflação e o nível de emprego. Procuraremos entender a proposição da política mediante os indicadores macroeconômicos. A compreensão das condições das economias brasileira e uruguaia, são relevantes na forma em que afetam suas políticas econômicas, em particular, a política monetária e como conduzem suas gestões em termos do controle da inflação e do incentivo ao emprego.
DIN MICAS DO BANCO CENTRAL E POLÍTICAS ECONÔMICAS Primeiramente, analisaremos o Banco Central e suas motivações para empregar políticas, e para tal, a introdução do trabalho vem no sentido de direcionar o entendimento do leitor quanto às ações realizadas pela Autoridade Monetária. O instrumental ISLM utilizado pelos Bancos Centrais será base para a discussão sobre as políticas econômicas em termos teóricos e reflexivos para as duas economias em questão.
Modelo ISLM Fonte: http: //www. outrasfronteiras. com. br/blog/modelo/
A perspectiva sobre o estado geral da América Latina, referente à inflação e taxas de juros, são imprescindíveis para entender a economia da região, como uma base para as respostas externas de Brasil e Uruguai, e para isso, pode-se apresentar os índices de países que exercem maiores influências nestes dois.
A partir da tabela, pode-se refletir na conseqüência da taxa de juros empregada no Brasil e no Uruguai e seu efeito sobre a economia.
O BRASIL E AS POLÍTICAS ENTRE 2005 E 2010 O Banco Central brasileiro (Bacen) opera pelo “Sistema de Metas para Inflação”, que surgiu através do Comitê de Política Monetária (COPOM), que foi criado em 1996 pelo Bacen, o qual surgiu com a perspectiva de proporcionar uma maior transparência e também uma melhor adequação das decisões. Ele foi posto em prática pelo Decreto 3. 088, em 21 de junho de 1999, instituindo o regime de “Metas de Inflação”, que mudou a configuração das decisões, já que se passou a objetivar o comprimento das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Fonte: Banco Central do Brasil
A tabela anterior retrata as metas e a inflação efetiva desde a criação do novo sistema. Como se pode observar desde o ano de 2005 o desvio da inflação efetiva para a meta do ano não se mostrou tão grande, em alguns anos, como em 2006, 2007 e 2009, ela chegou a ser menor que a meta proposta. Assim sendo, também é possível analisar a taxa de juros básica (Selic). Ou seja, de acordo com as variações na taxa, compreende-se como está sendo a atuação do BC para que a meta seja cumprida, ou que pelo menos não ocorra um gap muito alto entre o que foi proposto e o que de fato ocorreu na economia brasileira no ano de vigência.
Em vista das metas propostas pelo Conselho Monetário Nacional, o Bacen atua por meio da taxa de juros, que no caso brasileiro se apresenta como “Selic”, de forma a instruir as políticas em âmbito contracionista ou expansionista, de acordo com as demandas nacionais e internacionais em relação à economia nacional. Ainda é possível analisar as taxas de câmbio e o nível de emprego no país, que levam em consideração as taxas de juros, e a renda e consequentemente o que isso refletirá no país em relação às importações e exportações, para que dessa maneira o entendimento quanto ao crescimento do país também seja alcançado, por via de suas atividades comerciais em relação aos setores e a influência dessas informações nas tomadas de decisões para que o produto interno apresente crescimento.
O URUGUAI E AS POLÍTICAS ENTRE 2005 E 2010 A partir do final de 2003, o BCU começou a implantar uma política monetária ativa. Nesse contexto, a taxa de juros de referência foi progressivamente perdendo sua endogeneidade, até que em setembro de 2007 foi adotada como instrumento operativo de política monetária, se aproximando ao caso brasileiro. Em razão disso, as medições do Sistema de Metas de Inflação no Uruguai são fomentados a partir do ano 2008. Tal mudança ocorreu pela forte dolarização na economia uruguaia, que não possibilitava a eficiência da política monetária que era aplicada anteriormente, pois os impactos da taxa cambial tinha efeitos significativos sobre a inflação no país.
Visto sua variação em relação ao caso brasileiro, a semelhança está no fato do país estudado nesta seção também utilizar o sistema de Metas de Inflação, o que aproxima a análise entre os países, visto a sua similaridade em desempenhar seus objetivos. O país também apresenta um COPOM, que segundo o Banco Central Uruguaio (BCU) apresenta as funções de assessoramento do Diretório para a determinação dos lineamentos e dos parâmetros da política monetária, além do acompanhamento e a avaliação do mercado monetário, da situação macroeconômica de curto prazo e o programa financeiro; ainda o Comitê apresenta a função de posicionar em simetria a informação relacionada às competências bancentralistas e a política econômica em geral, ademais do estabelecimento da meta de estabilidade de preços, o qual o comprimento deve ser feito pelo Banco e o regime cambiário geral.
Fonte: Banco Central do Uruguai
Como é possível notar, a partir de 2009 a inflação efetiva foi menor que a proposta pela meta, porém nesse ano de 2011, a configuração do “quadro de conforto” inflacionário começou a demonstrar mudanças, com o aumento da taxa de inflação, algo em torno de 7, 5% e 8%, o que repercutirá em uma resposta por parte do BCU, que no caso, ele se manisfetou por meio de seu Comunicado Oficial do Comitê de Política Monetária que efetuaria uma política restritiva, pelo uso de um aumento na taxa de juros em 100 pontos básicos, chegando a 7, 5%.
Em simetria com a inflação, as taxas de juros do Uruguai, mesmo no site do BCU só estão disponíveis a partir do ano de 2008, o que gera um questionamento sobre a importância do manejo da economia nacional por meio de aumentos ou diminuições dessa taxa, já que o sistema financeiro uruguaio é de grande relevância internamente, o que ainda não é passível de análise, em detrimento da dificuldade em encontrar bibliografia para essa parte em particular.
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