AVALIAO NEUROLGICA COMA O Coma causado pela perturbao
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
COMA • O Coma é causado pela perturbação grave do funcionamento cerebral devido a traumas crânio-encefálicos, acidentes vasculares cerebrais, tumores, distúrbios metabólicos, envenenamentos ou asfixia.
COMA • Sabendo-se que consciência é o conjunto de funções do encéfalo que permite ao individuo reagir aos estímulos do meio externo e interagir com o ambiente, diz-se que o paciente encontra-se em coma quando um estímulo bastante intenso não produz qualquer reação, ou apenas provoca reações automáticas
Avaliação do Coma • A avaliação do coma é de suma importância, principalmente em situações de emergência, ou de coma de instalação súbita, porque permite ao médico basear suas medidas terapêuticas em protocolos de tratamento. O estado de coma é classificado internacionalmente por uma escala, conhecida como Escala de Coma de Glasgow, onde o coma mais profundo equivale a Glasgow 3, e o indivíduo orientado e que responde adequadamente a comandos verbais, dolorosos e luminosos (exame pupilar) é classificado como Glasgow 15.
Classificação do Coma • Grau I: Sonolência: o paciente mantém-se adormecido. Se estimulado, ele mantém diálogo e atividade motora apropriada, voltando a adormecer quando o estímulo cessa. Torpor: o paciente mantém-se adormecido. Após estímulos fortes, ele responde monossilabicamente e apresenta atividades motoras simples, visando livrar-se do examinador
Classificação do Coma A classificação de Fisher Grau II: Coma leve: o paciente não mantém contato vertical. Se estimulado dolorosamente, sua atividade motora restringe-se a defender o local afetado. Coma moderado: situa-se entre o coma leve e o profundo.
A classificação de Fisher • Grau III: Coma profundo: o paciente não mantém contato verbal. A atividade motora, após estímulos intensos, constitui-se apenas de movimentos reflexos, como, por exemplo, aumento de atividade respiratória e postura em descorticação ou descerebração
A classificação de Fisher • Grau IV: Coma irreversível: também designada como morte cerebral ou coma Depassé.
Fishgold e Mathis • coma I: corresponde ao torpor; coma II: corresponde ao coma leve; coma III: corresponde ao coma profundo; coma IV: corresponde à morte cerebral.
ESCALA DE GLASGOW
RAMSAY
Semiologia do coma • Contato inicial com o paciente. Para evitar lesão adicional ao encéfalo, muitas vezes, no contato inicial, são tomadas as primeiras medidas terapêuticas, antes que a causa seja definida, objetivando: 1. Oxigenação adequada. 2. Manutenção da pressão de perfusão cerebral. 3. Administração de glicose.
• A primeira medida é a desobstrução das vias aéreas superiores, pela aspiração de secreções ou vômitos e retirada de próteses dentárias, quando houver • Segue-se intubação traqueal ou traqueostomia, se for o caso, manipulando-se cuidadosamente o pescoço, pelo risco de haver associadamente instabilidade da coluna cervical.
B – Anamnese • 1. Modo do início dos sinais e sintomas neurológicos. 2. Sintomas e sinais neurológicos precedentes (cefaléias, convulsões, diplopia, vômitos etc. ) 3. Uso de tóxicos e drogas. 4. Antecedentes de doenças do fígado, rins, pulmão, coração e outros. 5. Antecedentes psiquiátricos. 6. Historia pregressa de traumatismo craniano 7. Atividade profissional.
C – Exame geral • As roupas do paciente devem ser examinadas à procura de medicamentos, de indícios de agressão, bem como, para estudo de material vomitado. Devem-se medir temperatura, pulso, pressão arterial, freqüência e padrão respiratório.
D – Exame neurológico • As respostas são obtidas avaliando-se: 1. Respiração. 2. Pupilas. 3. Movimentos oculares. 4. Atividades motoras.
Pupilas • O esfíncter da íris recebe dupla inervação autônoma. O parasimpático é responsável pela constricção do esfíncter – efeito miose -, e o simpático, pela dilatação do esfíncter – efeito midríase.
Movimentos oculares • O ROC, ou ”reflexo de olhos de boneca” pode ser induzido. Girando-se rapidamente a cabeça do paciente para um lado, os olhos imediatamente se desviam para o lado oposto. Ao se estender ou fletir a cabeça, obtêm-se movimentos verticais do olhar. Uma lesão que compromete o teto mesencefálico produz desvio fixo dos olhos para baixo (sina de Parinaud).
Atividades motoras • O paciente poderá responder aos estímulos dolorosos de forma apropriada ou inapropriada. As respostas inapropriadas apresentam-se como reação em decorticação e descerebração. Na decorticação, ocorre opistótono, além de flexão dos membros superiores e extensão dos membros inferiores. Na descerebração, há opistótonos e extensão dos quatro membros.
• A decorticação ocorre nas lesões funcionais dos hemisférios cerebrais e do diencéfalo. Quando a lesão atinge o mesencéfalo, observa -se postura em descerebração, que tende a desaparecer quando a lesão acomete a ponte, Tornando o paciente arrefléxico.
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