Avaliao Dione Olesczuk Soutes Maria Aparecida Soares Lopes

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Avaliação Dione Olesczuk Soutes Maria Aparecida Soares Lopes 1

Avaliação Dione Olesczuk Soutes Maria Aparecida Soares Lopes 1

2 Avaliação “A avaliação não é uma tortura medieval. É uma invenção mais tardia,

2 Avaliação “A avaliação não é uma tortura medieval. É uma invenção mais tardia, nascido com os colégios por volta do século XVII e tornada indissociável do ensino de massa que conhecemos desde o século XIX, com a escolaridade obrigatória. ” (PERRENOUD, 1999, p. 9)

3 Currículo Objetivos Modalidade didática Conteúdo Avaliação

3 Currículo Objetivos Modalidade didática Conteúdo Avaliação

4 Objetivos Taxionomia de BLOOM (revisada) A Dimensão Conhecimento A Dimensão Processo Cognitivo Lembrar

4 Objetivos Taxionomia de BLOOM (revisada) A Dimensão Conhecimento A Dimensão Processo Cognitivo Lembrar Entender Aplicar Analisar Avaliar Criar Conhecimento de Fatos Conhecimento de Conceitos Conhecimento de Processos Conhecimento Meta-Cognitivo Fonte: Krathwohl; Anderson (2001, p. 28)

5 Conteúdo Curso de Ciências Contábeis

5 Conteúdo Curso de Ciências Contábeis

6 Modalidades didáticas Aula expositiva Discussão com a classe Excursões e visitas Projeção de

6 Modalidades didáticas Aula expositiva Discussão com a classe Excursões e visitas Projeção de fitas Seminário Ciclo de palestras Aulas práticas Estudo dirigido Jogo de empresas Role play Estudo de caso Outras modalidades

9 Conceito de avaliação n Conceituar a avaliação como prática significa que estamos frente

9 Conceito de avaliação n Conceituar a avaliação como prática significa que estamos frente a uma atividade que se desenvolve seguindo certos usos, que cumpre múltiplas funções, que se apóia numa série de idéias e formas de realizá-la e que é a resposta a determinados condicionamentos do ensino institucionalizado. Sacristán e Gómez (1998, p. 295)

10 Funções da avaliação 1. Definição dos significados pedagógicos e sociais 2. Funções sociais

10 Funções da avaliação 1. Definição dos significados pedagógicos e sociais 2. Funções sociais 3. Poder de controle 4. Funções pedagógicas 5. Funções na organização escolar 6. Projeção psicológica 7. Apoio da investigação

11 Papéis da avaliação n Ligada à aprendizagem e ao ensino. n Outra, que

11 Papéis da avaliação n Ligada à aprendizagem e ao ensino. n Outra, que visa ao final de uma unidade temática ou curso, com um ato formal e explícito de comprovação, dar uma prova ou realizar um exame. Sacristán e Gómez (1998, p. 339)

12 Formas de avaliação As verificações do aproveitamento escolares do aluno podem ser realizadas

12 Formas de avaliação As verificações do aproveitamento escolares do aluno podem ser realizadas de duas formas: 1. Formativa: por processo (contínua) 2. Somativa: por resultados (CARMO et al, 2004, p. 3)

13 Estratégias de avaliação contínua 1. Incorporar perguntas-chave no estudo de textos ou de

13 Estratégias de avaliação contínua 1. Incorporar perguntas-chave no estudo de textos ou de unidades. 2. Programar unidades de conteúdo ou tarefas concretas, com um calendário e um plano de trabalho fixado numa agenda. 3. O acompanhamento das tarefas acadêmicas. 4. Atividades acadêmicas que se reflitam em produção de algo. 5. Fomentar o exercício de habilidades básicas. 6. Fazer perguntas diagnósticas. 7. Planejar o trabalho, e não a avaliação. Para que o aluno vá superando as tarefas ao longo do tempo, não somente em momentos anteriores as provas. 8. Eliminar o caráter de exame que determinam o resultado final, as provas formais podem servir de ajuda para recordar e

14 Modelo - ficha de observação de aluno Comportamento do aluno Objetivos Nunca Raramente

14 Modelo - ficha de observação de aluno Comportamento do aluno Objetivos Nunca Raramente Freqüentemente Sempre Interpreta dados Apresenta gráficos e tabelas Desenvolve hipóteses a partir de dados Executa experimentos e obtém dados Planeja experimentos pra testar uma hipótese Critica e discute idéias apresentadas pelos colegas Procura informação em várias fontes É pontual Toma iniciativa de estudar problemas novos É organizado Krasilchik (2004, p. 142)

15 n “Técnicas não se impõem por serem as mais tradicionais ou por facilitarem

15 n “Técnicas não se impõem por serem as mais tradicionais ou por facilitarem uma correção, mas por permitirem tanto ao professor quanto ao aluno identificar a consecução ou não dos objetivos e em que medida. ” (ABREU; MASETTO, 1990, p. 97)

16 Planejamento da avaliação n Fatores que devem ser levados em conta no planejamento

16 Planejamento da avaliação n Fatores que devem ser levados em conta no planejamento da avaliação: l Periodicidade das provas: é essencial prever e comunicar aos alunos, no início dos trabalhos escolares, o número de provas a que eles serão submetidos e o intervalo entre elas. l Tempo l Instrumentos

17 n Quais as técnicas ou instrumentos que você acha que podem ser utilizados

17 n Quais as técnicas ou instrumentos que você acha que podem ser utilizados para avaliar a aprendizagem?

18 Estratégias de avaliação Observação Estratégias de avaliação Entrevistas Dissertações Questionários Com perguntas breves

18 Estratégias de avaliação Observação Estratégias de avaliação Entrevistas Dissertações Questionários Com perguntas breves Diários de curso Discursivas Com consulta Feitas em casa Escritas Escolha múltipla Associação Provas Objetivas Ordenação Certo-ou-errado Práticas orais Completamento Fonte: GIL, 1997, p. 111

19 Modelo - Tabela de especificações da prova Objetivos cognitivos Conteúdo Aquisição de informações

19 Modelo - Tabela de especificações da prova Objetivos cognitivos Conteúdo Aquisição de informações Capacidade de compreensão Capacidade de resolver problemas Síntese e avaliação Citologia Genética e evolução Total 0 x Reprodução e embriologia xx xx xxx 8 x X xxx 5 xxx 6 Ecologia x x x Sistemas de transporte x x x 3 Sistemas de coordenação x x x 3 Sistemas de nutrição x x x 3 Sistemas de excreção x x x 3 Sistemas respiratórios x x Características de grandes grupos xxx x 7 Total 10 10 40 2 Krasilchik (2004, p. 143)

20 Questões de resposta estruturada ou objetiva Vantagens Desvantagens a correção é fácil e

20 Questões de resposta estruturada ou objetiva Vantagens Desvantagens a correção é fácil e objetiva; questões permitem incluir vários ou itens de assuntos numa só múltipla prova; escolha os alunos levam relativamente pouco tempo para responder. exigem conhecimento da técnica de construção de itens; não servem para medir a capacidade do aluno para expressar-se claramente e de forma lógica e criativa possibilidade de se verificar, em relativamente pouco questões de tempo, se os alunos associação absorveram um grande número de conhecimentos. servem basicamente para medir a memorização de informações

21 Papéis da prova n Classificar os alunos em ‘bons’ e ‘maus’; para decidir

21 Papéis da prova n Classificar os alunos em ‘bons’ e ‘maus’; para decidir se vão ou não passar; n Informar os alunos do que o professor realmente considera importante; n Informar o professor sobre o resultado do seu trabalho; n Informar a escola dos resultados alunos e professores; n Informar os pais sobre o conceito que a escola tem do trabalho de seus filhos; n Forçar os alunos a estudar; n Criar problemas de relacionamentos entre estudantes, professores, pais e diretores. Krasilchik (2004, p. 137)

Indicadores da maneira repressiva como tem sido utilizada a avaliação de aprendizagem pelo professor

Indicadores da maneira repressiva como tem sido utilizada a avaliação de aprendizagem pelo professor n“anotem, pois vai cair na prova” n“prestem atenção neste assunto, pois semana que vem tem prova” n“se não ficarem calados vou fazer uma prova” n“já que vocês não param de falar, considero a matéria dada e vai cair na prova” (CARMO et al, 2004, 5) 22

23 Indicadores da maneira como a avaliação é encarada pelo aluno n “o momento

23 Indicadores da maneira como a avaliação é encarada pelo aluno n “o momento de dizer ao professor o que ele quer que eu sabia” n “a hora do acerto de contas” (CARMO et al, 2004, p. 5)

24 Sub-produtos das provas n. Tensão emocional. n. Mudança n. Estímulo de comportamento dos

24 Sub-produtos das provas n. Tensão emocional. n. Mudança n. Estímulo de comportamento dos alunos. à competição. n. Alteração do julgamento. Krasilchik (2004, p. 138) “Em todo momento o professor deve lembrar que o propósito real da avaliação não é premiar ou punir o aluno, mas ajudá-lo a conhecer o progresso real no difícil caminho da aprendizagem. ” (DÍAZ BORDENAVE apud ABREU; MASETTO, 1990, p. 97)

25 Técnicas de avaliação, relacionadas com objetivos e com o que se avalia, e

25 Técnicas de avaliação, relacionadas com objetivos e com o que se avalia, e indicação de quem avalia Avaliação Objetivos Conhecimentos Desempenho do Habilidades aluno Atitudes Técnicas Prova discursiva, dissertação ou ensaio Prova oral, entrevista Prova objetiva: Professor questões de lacunas Aluno questões falso-verdadeiro questões de múltipla escolha Registro de incidentes críticos Lista de verificação Prova prática Avaliadores Professor Aluno Prova oral, entrevista Diário de curso Professor Prova discursiva, dissertação ou ensaio Aluno Registro de incidentes críticos Fonte: Abreu e Masetto (1990, p. 98)

26 Técnicas de avaliação, relacionadas com objetivos e com o que se avalia, e

26 Técnicas de avaliação, relacionadas com objetivos e com o que se avalia, e indicação de quem avalia Avaliação Objetivos Alcance dos objetivos Plano Coerência ou consistência interna Relacionamento com os objetivos do curso e/ou instituição Técnicas Avaliadores Especialista em Pré e pós-testes currículo Indicadores de aproveitamento Professor Debates Aluno Debates Especialista em currículo e planejamento Professor Questionário Debates Professor Aluno Chefes de departamento Diretores Fonte: Abreu e Masetto (1990, p. 98)

27 Técnicas de avaliação, relacionadas com objetivos e com o que se avalia, e

27 Técnicas de avaliação, relacionadas com objetivos e com o que se avalia, e indicação de quem avalia Avaliação Desempenho do professor Objetivos Técnicas Avaliadores Planejamento de disciplina Atividade de Entrevista ensino Observação Coordenador pedagógico Chefe de departamento Comissões ou colegiados de curso Aluno Relatórios Publicações (livros, artigos etc. ) Atividade de Teses defendidas pesquisa Concursos Participação em congressos, seminários e simpósios Departamento Comissão ou colegiado responsável pela pesquisa Fonte: Abreu e Masetto (1990, p. 98)

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29 Na prova final do Colégio Objetivo-SP, um aluno do Terceiro Ano teve uma

29 Na prova final do Colégio Objetivo-SP, um aluno do Terceiro Ano teve uma brilhante resposta para a seguinte questão: "Faça uma análise sobre a importância do Vale do Paraíba " Resposta: (Sic) "O Vale do Paraíba é de suma importância, pois, não podemos discriminar esses importantes cidadãos. Já que existem o valetransporte e o vale do idoso, por que não existir também o Vale do Paraíba? ? !!!. Além disso, sabemos que os Paraíbas, de um modo geral, trabalham em obras ou portarias de edifícios e ganham pouco. Então, o dinheiro que entra no meio do mês (que é o Vale), é muito importante para ele equilibrar sua economia familiar. . . "

30 Avaliação docente n “O desempenho de um professor em sala de aula depende

30 Avaliação docente n “O desempenho de um professor em sala de aula depende não só de suas habilidades em se relacionar com os alunos, em planejar e fazer acontecer as melhores condições de aprendizagem para eles, mas também sua produção intelectual”. (ABREU; MASETTO, 1990, p. 107)

31 Avaliação do curso 1. Para a dimensão organização didáticopedagógica: n administração acadêmica; n

31 Avaliação do curso 1. Para a dimensão organização didáticopedagógica: n administração acadêmica; n projeto do curso; e n atividades acadêmicas articuladas ao ensino de graduação. 2. Para a dimensão corpo docente: n formação acadêmica e profissional; n condições de trabalho; e n atuação e desempenho acadêmico e profissional. 3. Para a dimensão instalações: n instalações gerais; n biblioteca; e n instalações e laboratórios específicos.

32 Avaliação Institucional n Projeto de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB) estabelece: l

32 Avaliação Institucional n Projeto de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB) estabelece: l um processo sistemático de prestação de contas à sociedade; l um processo contínuo de aperfeiçoamento do desempenho acadêmico; l uma ferramenta para o planejamento e gestão universitária.

33 Avaliação Institucional 1. Para a dimensão organização institucional: n Plano de desenvolvimento institucional

33 Avaliação Institucional 1. Para a dimensão organização institucional: n Plano de desenvolvimento institucional – PDI n Projeto pedagógico dos cursos e articulação das atividades acadêmicas n Avaliação institucional 2. Para a dimensão corpo docente: n Formação acadêmica e profissional n Condições de trabalho n Desempenho acadêmico e profissional 3. Para a dimensão instalações: n Instalações gerais n Biblioteca n Laboratórios e instalações especiais

34 n Que é o avaliador? É um cientista, é um pesquisador, mas bem

34 n Que é o avaliador? É um cientista, é um pesquisador, mas bem considerando o que deveria ser, acreditamos que poderíamos dizer, usando um verdadeiro achado de Stake e Kerr (1994), que o avaliador é um “provedor de imagens”, alguém que proporciona elementos essenciais para o espírito daqueles que devem confrontar diferentes imagens resultantes da experiência tácita, imagens que vão despertar a atenção para novas expectativas e suposições de possíveis novas verdades, e são essas imagens que muitas vezes nos chocam, nos trazem para um novo mundo bem diverso do nosso diaa-dia. Além de cientista e pesquisador, o avaliador, como o artista, deve produzir uma obra que nos leve à construção de novas realidades. (VIANNA, 2000, p. 167)

35 Referências Bibliográficas n ABREU, Maria Célia de; MASETTO, Marcos T. O professor universitário

35 Referências Bibliográficas n ABREU, Maria Célia de; MASETTO, Marcos T. O professor universitário em aula: prática e princípios teóricos. 8ª ed. São Paulo: MG Associados, 1990. n GIL, Antonio Carlos. Metodologia do ensino superior. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. n KRASILCHIK, Myriam. Prática do Ensino de Biologia. 4 a ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004. n KRATHWOHL, David R. E ANDERSON, Lorin W. A taxonomy for learning, teaching and assessing. A revision of Bloom’s Taxonomy of educational objectives. New York: Longman – 2001. n PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. n SACRISTÁN, J. Gimeno; GÓMEZ, A. I. Pérez. Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani F. da Fonseca Rosa. 4ª ed. Porto Alegre: Art. Med, 1998. n VIANNA, Heraldo Marelim. Avaliação educacional e o avaliador. São Paulo: IBRASA, 2000.