Aula Terica n 4 Sumrio 2 2 Medio

Aula Teórica nº 4 Sumário: 2. 2. Medição dos preços e da inflação Bibliografia: Obrigatória: Amaral et al. (2007), cap. 1 Frank e Bernanke (2003), cap. 18 e 19 Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular.

Objectivos da aula: No final desta aula o aluno deverá ser capaz de: u Compreender o conceito de deflator (índice de preços). u Calcular valores a preços constantes. u Calcular taxas de inflação. u Compreender os verdadeiros custos da inflação.

2. 2. Medição dos preços e da inflação u. Taxa de inflação u Taxa de variação anual do nível de preços, medido, por exemplo, pelo IPC. u É uma medida do ritmo a que o nível médio de preços se altera ao longo do tempo.

uÍndice de preços no consumidor (IPC): u Mede, num dado período, o custo de um cabaz de bens e serviços, em relação ao custo do mesmo cabaz num ano de referência. u O ano de referência designa-se por ano base. u É calculado pelo INE. u É um índice Laspeyres. u Custo de um cabaz de n bens no ano base (0):

u Custo do mesmo cabaz de n bens no ano (ou outro período) em análise (t): u Note-se que a composição do cabaz (as quantidades cj, 0) é a do ano base. u O IPC para o ano (ou período) t é calculado como:

u. Outros índices de preços: u Para a maioria das variáveis macroeconómicas existe um índice de preços específico associado. u Para o consumo privado (C), por exemplo, esse índice chama-se Deflator do Consumo Privado (PC). u Também são calculados pelo INE. u Normalmente são índices Paasche. u Estes índices utilizam a composição do cabaz do período final (t) e não do base (0).

u. Valor nominal (a preços correntes): u. Valor medido usando os preços do período corrente em euros. u. Valor real (a preços constantes): u. Valor medido usando os preços de um determinado ano de base. Permite avaliar a variação real (i. e. dos volumes que pretendem aproximar-se das "quantidades”)

u. Deflacionar: u. Dividir um valor nominal de uma variável X (X(N)) pelo índice de preços apropriado (PX), de forma a poder exprimi-la em termos reais (X(R)). u. Esta operação tem de manter a coerência com a forma directa de obtenção dos valores nominais. u Exemplo para o consumo privado de n bens no ano t:

u. Para algumas variáveis não existe um deflator (índice de preços), mas tem sentido calcular o seu valor real (a preços constantes de um ano base). u Exemplo: para comparar o poder aquisitivo dos salários em vários períodos usa-se o chamado salário real. u “Pede-se emprestado” o índice de preços mais relacionado com as despesas que serão feitas com o salário, ou seja, o do consumo privado (e. g. o IPC). u Sendo o salário médio nominal de um ano t dado por wt(N), temos o salário médio real (a preços do ano 0) dado por: u Este salário real vem expresso em u. m. (euros) do ano base (0).

u. Para muitas variáveis não tem muito sentido usar deflatores “emprestados”. u Um exemplo é o PIBpm. u Para este usa-se o deflator da Despesa Interna (PDI) cujo valor sabemos ser igual ao PIBpm.

u. Taxa de inflação: taxa de variação anual do nível de preços u Se medirmos o nível geral de preços pelo deflator da DI (ou PIB) temos a taxa de inflação registada no ano t: u A mais conhecida na comunicação social (ainda que nem sempre a mais correcta) é a taxa de inflação calculada usando o IPC.

u. Custos da inflação: ucustos de “sola do sapato” uruído no sistema de preços udistorções no sistema fiscal uredistribuição inesperada da riqueza uperturbação do planeamento a longo prazo

u. Taxa de juro nominal (de mercado): it u. Ganho percentual atribuído a um activo comprado em no final de t-1 e que aufere juros no final de t. u. Taxa de juro real calculada no final de t-1 (não conhecendo a inflação de t): rt u. O mesmo ganho, mas medido em termos de poder de compra presente. u. Se a inflação esperada for baixa, podemos utilizar a aproximação: