Aula Terica n 19 Sumrio 9 3 Taxa

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Aula Teórica nº 19 Sumário: 9. 3. Taxa de juro e procura agregada 9.

Aula Teórica nº 19 Sumário: 9. 3. Taxa de juro e procura agregada 9. 4. Crescimento monetário e inflação Bibliografia: Obrigatória: Frank e Bernanke (2003), cap. 26 u Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular.

Objectivos da aula: No final desta aula o aluno deverá ser capaz de: u.

Objectivos da aula: No final desta aula o aluno deverá ser capaz de: u. Identificar o investimento como principal canal de transmissão da política monetária ao lado real da economia. u. Compreender o funcionamento da política monetária face a um desvio cíclico. u. Utilizar o conceito de função de reacção do Banco Central. u. Associar crescimento da oferta de moeda e inflação no longo prazo.

9. 3. Taxa de juro e procura agregada u. Supondo que o Banco Central

9. 3. Taxa de juro e procura agregada u. Supondo que o Banco Central (BC) controla a massa monetária (hipótese 1). u. O que acontecerá à taxa de juro se o produto aumentar? u. Este aumento da actividade económica estimula a procura de moeda, já que se regista um maior volume de transacções na economia. u. Se o Banco Central não alterar a oferta de moeda. . .

i E 1 E 0 0 E 2 Md, Ms u. . . a

i E 1 E 0 0 E 2 Md, Ms u. . . a taxa de juro sobe! u. E se o BC quiser mantê-la? u. Então deve aumentar a oferta de moeda!

u. Controlando a oferta de moeda: u. O BC controla a taxa de juro

u. Controlando a oferta de moeda: u. O BC controla a taxa de juro nominal. u. No entanto, decisões económicas importantes dependem da taxa de juro real. u. Decisões que dizem respeito à poupança e ao investimento. u. Pelo menos no curto prazo, o BC influencia fortemente a taxa de juro real: r i – pe u. O BC determina a taxa de juro nominal (i) de forma bastante precisa. u. As expectativas de inflação (pe) reagem lentamente às alterações de política monetária.

u. Como as expectativas de inflação variam lentamente: u. Variações na taxa de juro

u. Como as expectativas de inflação variam lentamente: u. Variações na taxa de juro nominal constituem variações de igual montante na taxa de juro real. u. No entanto, a taxa de juro real de longo prazo é determinada pelo equilíbrio entre a poupança (total) e o investimento (total).

Fonte: Comissão Europeia (2005)

Fonte: Comissão Europeia (2005)

u. A procura agregada (ou despesa interna, D) depende negativamente da taxa de juro

u. A procura agregada (ou despesa interna, D) depende negativamente da taxa de juro real (r). u. Esta dependência faz-se, acima de tudo, através das intenções de investimento: u. Uma taxa de juro mais baixa incentiva uma maior procura agregada.

Fonte: Comissão Europeia (2005)

Fonte: Comissão Europeia (2005)

u. Taxas de juro mais altas: u. Aumentam o custo de oportunidade de investir

u. Taxas de juro mais altas: u. Aumentam o custo de oportunidade de investir (formação bruta de capital). u. O investimento diminui u. Em modelos mais avançados, acima do 1º ano, também temos: u. As intenções de poupança privada aumentam com a taxa de juro real, pelo que. . .

u. . . as intenções de consumo privado diminuem com a taxa de juro

u. . . as intenções de consumo privado diminuem com a taxa de juro real: u. Também por este motivo, uma taxa de juro mais baixa incentiva uma maior procura agregada. u. Note-se que para haver esta influência através do consumo (e poupança), temos que “saltar” do modelo estudado anteriormente.

u. E como actua o Banco Central na condução da sua política económica? u.

u. E como actua o Banco Central na condução da sua política económica? u. Em face de um desvio recessivo (Y < Yp): u. O banco central actua de forma a reduzir a taxa de juro nominal. . . u. . . estimulando I (e C num modelo mais geral). . . u. . . aumentando a procura agregada (D). . . u. . . aumentando o produto e o emprego. u. Esta é uma política monetária expansionista (ou expansão monetária) u. O banco central faz baixar as taxas de juro com a intenção de reduzir o desvio recessivo.

u. Equilíbrio no mercado de bens e serviços e política monetária no modelo de

u. Equilíbrio no mercado de bens e serviços e política monetária no modelo de economia fechada e sem Estado. u. Reduzindo a taxa de juro. . . u. . . o produto de equilíbrio aumenta. . . u. . . eliminando o desvio recessivo. D I E 1 I 1 E 0 I 0 0 i 1 i 0 45º Y 0 Yp = Y 1 desvio recessivo Y

u. E em face de um desvio expansionista (Y > Yp): u. O banco

u. E em face de um desvio expansionista (Y > Yp): u. O banco central actua de forma a aumentar a taxa de juro nominal. . . u. . . reduzindo I (e C num modelo mais geral). . . u. . . diminuindo a procura agregada (D). . . u. . . reduzindo o produto e o emprego. u. Esta é uma política monetária contraccionista (ou contracção monetária) u. O banco central faz subir as taxas de juro com a intenção de reduzir o desvio recessivo.

u. Equilíbrio no mercado de bens e serviços e política monetária no modelo de

u. Equilíbrio no mercado de bens e serviços e política monetária no modelo de economia fechada e sem Estado. u. Aumentando a taxa de juro. . . u. . . o produto de equilíbrio reduz-se. . . u. . . eliminando o desvio expansionista. D I E 0 I 0 E 1 I 1 0 i 1 i 0 45º Yp = Y 1 Y 0 desvio expansionista Y

9. 4. Crescimento monetário e inflação u. Será possível modelizar o comportamento do Banco

9. 4. Crescimento monetário e inflação u. Será possível modelizar o comportamento do Banco Central, enquanto decisor de política económica? u. Uma função de reacção da política descreve as acções do decisor político face ao estado da economia. u. Em termos ideais, o decisor político deveria reagir por forma a optimizar o desempenho económico.

u. Se o produto está abaixo do seu potencial (desvio recessivo) temos: u. A

u. Se o produto está abaixo do seu potencial (desvio recessivo) temos: u. A taxa de desemprego acima da taxa natural. u. Inflação abaixo do seu normal (aquilo que os agentes esperam). u. Se o produto está acima do seu potencial (desvio expansionista) temos: u. A taxa de desemprego abaixo da taxa natural. u. Inflação acima do seu normal (aquilo que os agentes esperam).

u. A função de reacção do Banco Central: i 0 p u. Quando a

u. A função de reacção do Banco Central: i 0 p u. Quando a inflação sobre acima (abaixo) do esperado temos um desvio expansionista (contraccionista): u. O Banco Central aumenta (diminui) a taxa de juro nominal, de forma a fazer subir (descer) a taxa de juro real.

u. A manipulação de modelos sobre-estima a precisão da política monetária. u. O mundo

u. A manipulação de modelos sobre-estima a precisão da política monetária. u. O mundo real é complexo e o conhecimento sobre a economia é imperfeito. u. Os decisores políticos apenas têm uma ideia aproximada sobre as variações da procura agregada, do produto e do emprego resultantes de alterações da taxa de juro real. u. Os bancos centrais actuam de forma prudente, evitando grandes variações das taxas de juro de uma só vez.

u. Num prazo mais longo, as expectativas dos agentes reagem à política económica. u.

u. Num prazo mais longo, as expectativas dos agentes reagem à política económica. u. As famílias empresas vão corrigindo os seus erros de previsão (umas vezes positivos, outras negativos). u. A longo prazo existe uma relação crescente entre o crescimento da massa monetária e a inflação. u. Desta forma, a política monetária pode ter custo de longo prazo.

Fontes: Banco de Portugal (2006), Comissão Europeia (2005), Nunes et al. (2006) u Economia

Fontes: Banco de Portugal (2006), Comissão Europeia (2005), Nunes et al. (2006) u Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular.