Aula 6 Industrializao na Primeira Repblica tema controverso
Aula 6 – Industrialização na Primeira República – tema controverso Eliana T. Terci
Choques adversos X industrialização induzida pelas exportações • Furtado: mudança do centro dinâmico (anos 1930) – crise e política econômica (negação do liberalismo e da teoria ricardiana) • Pelaez: üpolítica cafeeira não se fez com expansão do crédito mas com reservas (fruto de empréstimos anteriores e impostos sobre exportação) üRecuperação da economia repousa sobre fatores externos: balanço de pagamentos e déficit orçamentário.
Choques adversos X industrialização induzida pelas exportações • Papel da Primeira Guerra Mundial: • R. Simonsen: entre 1914 e 1919 – grande surto industrial – fundaramse 46% dos estabelecimentos estimulados pela demanda reprimida. • Dean: refuta o argumento de Simonsen – comércio do café gera a indústria üincremento deveu-se ao aumento das exportações de manufaturados durante a GM. üpor outro lado na crise há contração de demanda, ücom desvalorização cambial difícil reposição de equipamentos
Choques adversos X industrialização induzida pelas exportações • Villela e Suzigan: ücom o declínio das importações de máquinas e equipamentos, difícil crer que a GM houvesse impulsionado a indústria üGM impulsionou a exportação de manufaturados (demanda externa) • A. Fishlow: ü 1890 – industrialização induzida pelas finanças inflacionárias provocadas pelas relações defasadas e ampliadas entre expansão monetária e desvalorização cambial. ü 1905 -1913 – industrialização foi induzida pelas exportações e durante a GM deveu-se ao choque adverso. • Flávio e M Teresa Versiani: caráter ambíguo exportações e indústria desvalorização cambial → crescimento da produção; cambio alto → investimento
Teses associadas ao desenvolvimento do capitalismo no Brasil • Contribuição da sociologia: • FHC: tese dos choques adversos é parcial por não considerar a necessidade da acumulação prévia economia mercantil, processo de divisão do trabalho e mercado de trabalho. Crescimento industrial ocorreria nos momentos de ruptura com o mercado mundial • J. S. Martins: não se tratava de substituição de importações, mas de indústria “surgida nas franjas da economia exportadora”, exportadora voltada ao consumo e que não pode ser satisfeita com importações (banha e cerveja) dada a postura liberal do governo.
Teses associadas ao desenvolvimento do capitalismo no Brasil • Sergio Silva: Silva ücafé e indústria – solidariedade e contradição: economia mercantil, imigração europeia, mercado de trabalho, formação da burguesia X limites impostos pela hegemonia da atividade agroexportadora. üDesequilíbrio externo (fruto da posição subordinada na economia mundial) impõe mudanças, a ponto de quebrar a hegemonia do capital cafeeiro • Cardoso de Mello – capital e burguesia cafeeira (acumulação prévia) e inserção subordinada, destaca a importância do ciclo conjunto do capital cafeeiro e industrial: üna expansão da economia cafeeira – excedente financeiro investido na indústria que, a ausência de protecionismo impõe a concentração e centralização do capital industrial (defesa) üna contração – utiliza capacidade ociosa. • Suzigan: Suzigan crescimento induzido por produtos básicos e linkagens do desenvolvimento
Teses associadas ao desenvolvimento do capitalismo no Brasil • Suzigan- anos 1920 – indústria induzida pela demanda não mais pela exportações: indústria se desenvolve nas relações complexas entre indústria, exportações e economia mundial • Outras questões: üEstado e tarifas üGrande empresas ou pequena escala üEstudos regionais üIntervenção? üIntegração e abertura? üPolítica industrial?
Café e indústria • Bresser: • Burguesia industrial teria origem na cafeeira? • Capital se origina do café? • Mercado interno se origina da formação do MT da economia cafeeira?
- Slides: 8