Aula 3 economia cafeeira formao do complexo cafeeiro
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Aula 3 – economia cafeeira: formação do complexo cafeeiro Profa. Eliana Tadeu Terci Prof. Carlos Eduardo de Freitas Vian
Gestação da Economia Cafeeira • 1800 – estagnação e não desenvolvimento do mercado interno → inserção no mercado internacional • Conjuntura internacional = liquidez i) crédito externo reduzido devido ao emprego improdutivo ii) problemas fiscais e ausência de projetos atrativos iii) exportações tradicionais estanquizadas • Café desponta como alternativa → desarticulação da colônia francesa do Haiti • Vale do Paraíba? Recursos subutilizados: ü abundância de mo ü Proximidade do Porto ü Transporte barato - mulas
Gestação da Economia Cafeeira • Empresa cafeeira: utilização intensiva de terra e mo • Classe empresarial: ü origem nos comerciantes do sul de Minas ü dominam todos os eventos ligados aos negócios ü subordinação dos instrumentos de política econômica → autonomia estadual e República → oligarquias estaduais.
Complexo Cafeeiro • Complexo econômico: economia capaz de desenvolver um processo dinâmico de acumulação: • Condições: ü Inter-relacionamento dos componentes → diversificação; ü Sistema opere a base de relações capitalistas de produção; ü Impulsione transformações nas relações de produção
Complexo Cafeeiro • Componentes: ü Atividade produtora de café; ü Atividade produtora de alimentos (interna e externa) ü Atividade industrial (equipamentos, sacarias, bens de consumo) ü Sistema ferroviário; ü Sistema bancário ü Comércio de importação e exportação ü Atividade criadora de infraestrutura; ü Gasto público
Fase de gestação da economia cafeeira • Comparativamente a economia açucareira: grau de capitalização inferior → dependente de fluxo regular de mo. • Surgimento de uma nova classe empresarial, diferente da açucareira: homens com experiência comercial, ocupando-se de todos os eventos → percebem a importância de exercer influência sobre o governo
Cultura cafeeira no Brasil meridional
Inauguração da Avenida, em 1891:
Nível de renda e ritmo de crescimento (segunda metade do século XIX) • Tx de crescimento relativamente alta: renda real teria crescido 396% regionalizado: • NE do Maranhão ao Sergipe (1872 -1900) quase ½ da pop. do país→ queda da renda per capita refletindo o fraco desempenho do setor exportador. • Economia de subsistencia: alguns setores expandiram a renda monetária, articulando-se ao setor exportador (sul) • Região cafeeira: deslocamento para o oeste paulista → ganho de produtividade geral • Bahia (13% da pop. do país) cacau e fumo – incremento pop. e renda gerada – manutenção do nível de renda • Amazônia: (3% da pop. ) borracha – importações consumiam a renda gerada. • Observada em conjunto o crescimento da renda foi bastante razoável, porém a estagnação da 1ª. metade do sec. XIX comprometeu o desenvolvimento do país, devido ao estancamento de suas exportações. (153)
Fluxo de renda na Economia de trabalho assalariado • dinâmica de funcionamento: comércio exterior - centro dinâmico: exportar café e outros gêneros e importar capital e produtos industrializados. • proprietários: novas inversões. • assalariados: consumo. • economias centrais: exportam a crise. • economia dependentes: setor de mercado externo dependência do movimento de preços internacionais crises cíclicas: de fora para dentro - dificuldade em adaptar-se ao padrão-ouro tendência ao desequilíbrio externo. • economia escravista: crise parcialmente exportada • economia de trabalho assalariado: preços = emprego e renda + déficit na bc.
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA • mecanismos de correção das crises: • taxa cambial preços das exportações câmbio preço das importações prêmio aos exportadores + socialização das perdas (50% das importações = consumo)
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA • suma na alta cíclica produtividade concentração de renda (abundância de terra e mão-de-obra) na baixa cíclica produtividade desvalorização cambial socialização das perdas, caso contrário lucros produção renda e emprego
A ECONOMIA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA • segmentos + afetados: • populações urbanas • finanças públicas: exportações + depreciação cambial impostos sobre exportações receitas emissão dívida externa + inflação empréstimos = situação crítica de 1898 - funding loan reverte o mecanismo da desvalorização cambial de preços (forçada pelos intermediários) • superprodução necessidade de reter estoques (controlar a oferta) políticas de valorização
Bibliografia • CANO, W. Raízes da Concentração Industrial em São Paulo. 3ª. ed. São Paulo: HUCITEC, 1990. • FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 27ª. ed. São Paulo: Cia Editora Nacional/Clube Folha, 2000. cap. XX
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