Aula 21 O desenvolvimentismo no Brasil o desenvolvimentismo
Aula 21: O desenvolvimentismo no Brasil: o desenvolvimentismo do setor público não nacionalista REC 3402 DESENVOLVIMENTO E PENSAMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO 1º SEMESTRE 2016
Desenvolvimentismo divergências : • 3 correntes Desenvolvimentismo setor privado Desenvolvimentismo setor publico – não nacionalista Desenvolvimentismo setor publico – nacionalista • 3 aspectos: Papel do capital estrangeiro Grau de envolvimento do Estado Ø Relação capital privado e políticas publicas Ø Papel das Estatais Grau de atenção aos aspectos relativos à estabilidade monetaria e fiscal (inflação) Ø Ø Harmonia entre crescimento e estabilização Até onde aceita tese estruturalista de inflação
Desenvolvimentismo não nacionalista • Dentro das correntes desenvolvimentistas: debates em torno da participação do capital estrangeiro • das regras em torno de sua presença no Brasil (setores, regulação, remessas de lucros) • Desenvolvimentismo inicial: privado e nacionalista • Com tempo – setor publico e capital estrangeiro • Parte dos desenvolvimentistas defendiam a presença do capital estrangeiro e acreditavam que o processo de industrialização deveria (precisaria) contar com a importante contribuição do capital estrangeiro (e/ou das multinacionais) • Existe uma oposição com heterogeneidade de posição: • capital estrangeiro imperialismo e deve ser impedido de qualquer forma • evitar setores, limitar remessas • Ceticismo quanto ao seu interesses (abrir mão ou dar condições extremamente vantajosas para atraí-lo) • As vezes proximidade com liberais • Grupo não é contra estatais mas necessário evitar sua proliferação • • Empresas mais eficientes, se nacional não – estrangeiras Cuidado com inflação • Mas defesa dos processo de industrialização e da necessidade de planejamento e intervenção
Desenvolvimentismo não nacionalista • Formação desta corrente se dá especialmente nos anos 50 sob a égide da CMBEU (Comissão Mista Brasil Estados Unidos) e depois de sua criação no BNDE (primeira década) • Passa a ter grande força sob o plano de Metas com Juscelino Kubitscheck • Não existem instituições nucleares • Publicações “Observador econômico e financeiro” de Valentim Bouças • Nesta fase aparecem os principais nomes desta corrente • Ary Torres, engenheiro, empresário, professor Poli, fundador do IPT, 1º presidente BNDE • Glycon de Paiva, engenheiro, empresário, diretor da Vale, presidente do BNDE, criador do IPES • Lucas Lopes, engenheiro, professor (geografia) da UFMG, Ministro dos Transporte, presidente do BNDE, Ministro da Fazenda
• Horácio Lafer: (1900 – 1965) • Advogado; • empresário (Klabin), • Participa do CFCE Governo Vargas • diplomata • político – PSD – deputado constituinte¨ 46 e deputado federal varias vezes • Ministro da Fazenda do II GV • Disputa com assessoria economia Vargas • Ministro das relações exteriores com JK • 58 – relata rompimento do Brasil com FMI • Acordo comercial com URSS • Presidente da FIESP (63) • Valentim Bouças (1891 – 1964 • Academia de comercio • Office boy, vendedor, contador , representante, • Representante da IBM (ate 49) • Empresario – Hollerith • Diretor da ITT no Brasil e consultor da Coca Cola • Estudioso – auto didata – publicações econômicas • Observados econômico financeiro • Varias funções publicas • • Coordenador da divida externa Sec para assuntos de estados e municípios Sec conselho técnico de economia e finanças Missão Abbink
Horácio Lafer Valentim Bouças Ary Torres Glycon de Paiva
Lucas Lopes Roberto Campos
Roberto Campos • Alterações no seu posicionamento • Tendência a forte aproximação com liberalismo a partir dos anos 70 depois de ser um dos mais influentes desenvolvimentistas dos anos 50/60 • Pensamento inicial (anos 50, início os 60) • Defende processo de industrialização com apoio do Estado e pela internacionalização dos capitais • Talvez o pensamento mais próximo aquilo que de fato ocorreu • Projeta as reformas dos governos militares (reformas recondicionam capacidade interventora do governo) • Transição final dos anos 60 e década de 70 • Anos 80 – 90: liberalismo “austríaco”
Roberto Campos : uma rápida biografia • Ex seminarista • Entra por concurso no Itamarati • Trabalha nos EUA, participa de debates como os de Bretton Woods, • Volta ao Brasil na área de acordos comerciais e na CEXIM • Esteve na CMBEU, • Assume a direção (econômica) do BNDE (52 -53) (54 – 57), e a Presidência (58) • 53 se fasta do BNDE (conflito com presidente do banco extensão dos empréstimos – nacionalismo e estatismo), • volta em 54 com Gudin e fica com JK • articula Plano de Metas e PEM • Faz parte do Conselho de desenvolvimento e do GEIA • Se demite em 59 (quando do rompimento do Brasil com FMI) , • • volta ao Itamarati e torna-se embaixador nos EUA em 62; Ministro do Planejamento em 1964 Governo Costa e Silva em diante volta ser embaixador - Londres Retorna ao Brasil na redemocratização e passa a ser político: • senador (83 – 90 pelo PDS MT), • deputado federal (91 -94 e 95 -98 pelo PDS e PPR do RJ)
- Slides: 13