AULA 11 SECURITIZAO DO ESPAO CIBERNTICO Flvio Rocha
AULA 11 – SECURITIZAÇÃO DO ESPAÇO CIBERNÉTICO Flávio Rocha de Oliveira – UFABC – Conflitos no Ciberespaço
Securitização – EUA e Brasil Importância do espaço cibernético Múltiplos atores: Estados e (multi)stakeholders Reconhecimento político (Estado), econômico (corporações) e societal (sociedade civil) Arquitetura da rede facilita a anonimidade Interconexão e redes ampliam o alcance Uso ilegal do ciberespaço visto como perigo de segurança nacional (EUA, GB, Estônia, Brasil)
Instituições - Símbolos
Cibersegurança e RIs Estônia, Georgia e Criméia: DDo. S e exposição de email e informação privada/sensível Stuxnet: Ataque contra infra-estrutura industrial Políticos enfatizam o perigo: ataque contra as redes ameaça o status quo estratégico Desafios a soberania estatal, setor privado e indivíduos (vazamento de dados) Projeções catastróficas e exageradas
Escola de Copenhague: broadening and deepening Buzan et all: anos 90 – Fim da GF e início de turbulências na Europa, África e Ásia Crítica a concentração temática da GF Contexto europeu: constelação pós-estatal (Ayoob) Ligação com a E. I. (Buzan) e Construtivismo Setores de Segurança: Militar, Político, Societal, Econômico, Ambiental. Hansen & Nissenbaum: Setor Ciber (nético)
Segurança e Ameaça: Construção Social E. C. enfativa a importância da subjetividade e dos discursos securitários Fatores materiais e fatores imateriais (ideias, conceitos, culturas e co-construção social) Processos de securitização � Atos de fala – para uma audiência � Atores securitizantes – Exs: Estados, Comunidades � Objeto referente – Ex. : Instalações, democracia, cultura � Politização � Securitização
Securitização e Ciberespaço Securitizar – hipótese do pior cenário se certas políticas não forem adotadas Securitizar – Tensionar o processo normal de tomada de decisão Análise do discurso securitizador em torno do ciberespaço: documentos oficiais, discursos de lideranças, artigos de imprensa Discurso securitizador envolve interpretação subjetiva de contextos históricos e culturais. Ex. : EUA, ciberespaço e Rússia (2017)
Securitização e Ciberspaço Discursos de securitização e ciberespaço: falhas de hardware e software E impacto na vida cotidiana. Ex. : fraudes bancárias, roubo de cc. Percepções dos vários atores na vida real são redimensionadas para o espaço virtual – potencial futuro disruptivo (Obs. : segundo Lobato e Kenkel) Ampliação da agenda de segurança além do poder militar, mas. . . Militarização crescente do ciberespaço (EUA): Lógica do amigo-inimigo
Securitização e Ciberespaço Hansen e Nissenbaum (2009): o ciberespaço já está securitizado Burocracias estatais participam da construção da ameaça Três padrões de segurança no setor cibernético: � hipersecuritização(cenário de catástrofe – chain effects) � Práticas cotidianas de segurança (impactos no cotidiano) � Tecnificação (espaço discursivo para os experts) � Obs. : os três padrões tem como objetivo
Discursos de Securitização: EUA Cavelty – no anos 90, EUA migram de um processo de politização para a securitização Clinton (1999) e Bush (2003): movimentos pervasivos de securitização (capilarização) Obama (2011): institucionalização de critério de prevenção e redução de riscos de ciberataques Obs. : Ver meu texto e pgs 33 e 34. Securitização (ampla) e militarização (progressiva): discurso crescentemente moldado e alargado Obs: pulverização da tecnologia e mudança na geopolítica
Discursos de Securitização: Brasil Aumento do número de ataques cibernéticos contra sites governamentais Espionagem dos EUA (Snowden e Greenwald) MD: Estratégia Nacional de Defesa – setores prioritários são o nuclear, aeroespacial e cibernético 2012: Política de Defesa Cibernética concentrada no Exército. Obs. : competição burocrática Movimento de securitização ganha momentum Todavia, há um atraso no envolvimento da sociedade e a militarização não está na ordem do dia
Documentos e Agências - EUA USA Documents 1999: A National Security Strategy for a New Century. 2003: The National Strategy to Secure Cyberspace. 2009: Remarks by the President on Securing our Nation's Cyber Infrastructure. 2011: International Strategy for Cyberspace: Prosperity, Security, and Openness in a Networked World. Agencies Department of Homeland Security • Office of Cybersecurity & Communications • • National Cybersecurity Division Department of Defense U. S. Cyber Command (USCyber. Comm) National Security Agency (NSA)
Documentos e Agências - Brasil BRAZIL 2008: National Defense Strategy (Law nº 6. 703, 12/18/2008) 2012: Cyber Defense Policy (ordinance nº 3. 389/MD, 12/21/2012) ABIN – Brazilian Agency for Intelligence MD – Ministry of Defense • • EB – Brazilian Army CD Ciber (Center of the Army for Cyber defense) Presidency of the Republic Chamber of External Relations and National Defense (CREDEN) Council for National Defense (CDN) Department of Informational and Communication Security (DSIC) The Presidency’s Cabinet for Institutional Security (GSI-
Conclusão Brasil x EUA � Securitização x Militarização � Mobilização governamental lenta x complexo industrial de informação (ou hackerismo ou cibernético) Militarização ciber nos EUA pode contaminar o sistema internacional Estados e medidas clássicas são insuficientes quando múltiplos atores estão no jogo Setor ciber como objeto referente: permite análise subsequente dos comportamentos diferenciados vários atores (Estados, Corporações e Sociedades)
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