Audincia Pblica 1 Mesa Vinhaa Stomoxys Calcitrans Solo
Audiência Pública: 1ª. Mesa: Vinhaça, Stomoxys Calcitrans, Solo, Águas Superficiais e Subterrâneas Normas de Fertirrigação com Vinhaça André Elia Neto Consultor Campo Grande, MS, 06 de Novembro de 2014
Vinhaça § Definição • Vinhaça: líquido derivado da destilação do vinho, que é resultante da fermentação do caldo da cana de açúcar ou melaço. (NT. Cetesb P 4. 231/2006): • Vinhaça: efluente líquido da destilação de uma solução alcoólica denominada vinho, obtida no processo de fermentação do caldo de cana-de-açúcar, do melaço ou da mistura dos dois. (NT. COPAM 164/2011) § Conhecida conforme a região como: • vinhaça, vinhoto, restilo, garapão. . § Resíduo Sólido Classe II-A, Não Perigoso e Não Inerte (ABNT 10. 004): pelo fato de não ter tratamento convencional que possibilite o seu lançamento em corpos de água. 2
Característica § Subproduto • Teor de matéria orgânica, impossibilita o tratamento e lançamento em corpos de água • Composta de sais (potássio, nitrogênio e outros) que podem ser lixiviados • Odor objetável no armazenamento e disposição no solo (matéria orgânica formando mercaptanas) § Solução: Uso na Fertirrigação da Lavoura de Cana • Substituição de parte da adubação química (potássio e nitrogênio) • Ganhos agronômicos (solo e lavoura) • Reciclagem parcial de recursos naturais (N, K e micronutrientes) 3
Vinhaça: Histórico da Fertirrigação § Evolução do manuseio da vinhaça: § Solução: Uso racional para a fertirrigação da lavoura de cana Lançamento em Rios Áreas de Sacrifício Fertirrigação Uso Racional (subproduto: adubo) 4 Futuro (produto: adubo, energia e água)
Vinhaça: Aplicação Tecnificada § Tecnologias: • Alto custo na aplicação (equipamentos e distâncias) Travessias rodovias Canais - impermeabilizações Aplicação – Aspersão (hidro-roll) Transporte Resfriamento e impermeabilização de tqs Hydro-roll -Aspersão 5
NT CETESB P 4. 231 -Dosagem de K 2 O Critérios e Procedimentos para Aplicação no Solo Agrícola m³ de vinhaça/ha = [(0, 05 x CTC - ks) x 3744 + 185] / kvi onde: 0, 05 = 5% da CTC = Capacidade de Troca Catiônica, expressa em cmolc/dm³ a p. H 7, 0, dada pela análise de fertilidade do solo. ks = Concentração de potássio no solo, expresso em cmolc/dm³, à profundidade de 0, 80 metros, dada pela análise de fertilidade do solo. 3744 = Constante para transformar os resultados da análise de fertilidade para kg de potássio em um volume de um hectare por 0, 80 metros de profundidade. 185 = kg de K 2 O extraído pela cultura por ha, por corte. kvi = Concentração de potássio na vinhaça, expressa em kg de K 2 O/ m³. 6
Deliberação Normativa COPAM n° 164 de 03/2011 Dosagem da Aplicação de Vinhaça no Solo Agrícola D = [(CTCpotencial x 94) + 185] / TK onde: D = Dose de vinhaça (m 3/ha) CTCpotencial = Capacidade de Troca Catiônica, obtida pela análise do solo; potencial do solo a p. H 7 (cmolc/dm³); 94 = fator obtido considerando 5 % da CTCpotencial e uma profundidade de solo de 40 cm; 185 = capacidade de extração da cana-de-açúcar (K 2 O, em kg/ha), obtido considerando uma produtividade média do corte de uma soca (cerca de 80 t/ha) e uma extração média de K 2 O de 2, 33 kg/t cana; . TK = Teor de K 2 O da vinhaça (kg/m³) observando-se: - solos de CTCpotencial >15 cmolc/dm³, D máx = 700 kg/ha de K 2 O. - A concentração máxima de potássio no solo não poderá exceder a 6% da CTCpotencial; atingindo-se este limite, a aplicação ficará restrita à reposição de 185 kg K 2 O/ha; - Fica restrita a reposição de 185 kg K 2 O/ha via aplicação de vinhaça em solos que apresentarem teores de potássio (K) trocável superiores a 150 e 200 mg/dm 3, respectivamente, para cana soca e cana planta. 7
Comitê do Meio do Ambiente – CTC-UNICA "Avaliação da Qualidade das Águas Subterrâneas em Áreas de Aplicação de Vinhaça” Objetivo: Atender o item 5. 10 da Norma Técnica Cetesb P 4. 231, onde é exigido do setor: Avaliar a qualidade das águas subterrâneas, do solo e parâmetros adotados na fórmula de dosagem da vinhaça aplicada no solo agrícola da cana-de-açúcar Executores: UNICA, CTC, APTA/IAC, Hidroplan e CETESB (como avaliadora) Tendência: Os demais estados tenha norma similar e necessidade de estudos similares (Ex: MG, PR, MS, já vem discutindo o assunto) 8
AQUÍFEROS E DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DE ÁGUA SUBTERR NEA NO ESTADO 9
Estudo: Esquema das parcelas (revisado) § Esquema dos experimentos (2 no total) Experimento 1: Faz. Vazante solo arenoso com K< 5% da CTC (área s/ vinhaça) 3 Poços de montante parcelas 0% 0% 0% 50% 50% 12 Poços de jusante Experimento 2: Faz. Sta. Mariana solo arenoso com K > 5% da CTC (área c/ vinhaça) 10 100% 200%
Conclusão Finais do Estudo § A aplicação da vinhaça com dosagens de até 200% da estipulada pela fórmula da NT P 4. 231 não apresentou indícios de contaminação das águas subterrâneas (em relação aos valores orientadores estabelecidos pela Cetesb), nas áreas estudadas (em solos arenosos, que são considerados os mais vulneráveis). § Finalização em Fevereiro/2011: (discussão na UNICA e entrega na CETESB) 11
Obrigado andre. elia@unica. com. br
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