ATO COMUNICATIVO E FUNES DA LINGUAGEMCOMUNICATIVAS A comunicao

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ATO COMUNICATIVO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM/COMUNICATIVAS

ATO COMUNICATIVO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM/COMUNICATIVAS

 A comunicação surge da necessidade de interação. Canal – meio de transmissão -

A comunicação surge da necessidade de interação. Canal – meio de transmissão - carta Emissor – envia a mensagem Código – linguagem/símbolo Língua Portuguesa Mensagem – conteúdo transmitido Referente – contexto – declaração de amor Receptor – recebe a mensagem Em um diálogo, há a troca constante entre a atuação do emissor e do receptor

FUNÇÕES DA LINGUAGEM Relação estabelecida entre a linguagem e cada elemento da comunicação (emissor,

FUNÇÕES DA LINGUAGEM Relação estabelecida entre a linguagem e cada elemento da comunicação (emissor, receptor, mensagem, referente, canal, código) valorizando determinada esfera. Valorização de um dos elementos comunicativos. As relações não são independentes, ou seja, não aparecem isoladas em um texto. Depende diretamente da finalidade do texto!

1) Função expressiva ou emotiva: valorização do emissor Predomina em textos que exteriorizam o

1) Função expressiva ou emotiva: valorização do emissor Predomina em textos que exteriorizam o estado psíquico de quem emite a mensagem, mostrando suas opiniões e emoções, tais como: diálogos, textos narrativos/poéticos, diários. . . Principais marcas: Uso de pronomes e verbos em 1ª pessoa (emissor); Presença de modalizadores relacionados ao saber (eu acho, eu penso, eu acredito. . . ); Efeito de subjetividade; Uso de interjeições, exclamações, hesitações, prolongamentos. . . ; Presença de expressões conotativas e marcas de oralidade.

“ 7” Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de

“ 7” Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio Que vai de mim para o Outro. (Mário de Sá-Carneiro)

2) Função referencial ou informativa: valoriza o contexto, o referente, ou seja, remete à

2) Função referencial ou informativa: valoriza o contexto, o referente, ou seja, remete à realidade exterior. Predomina em textos com a finalidade de informar algo ao receptor. Explorada por textos de caráter objetivo e de natureza informativa, tais como textos de natureza científica, jornalísticos. . . Principais marcas: Uso de pronomes e verbos de 3ª pessoa (foco no assunto – ele/ela e afastamento do sujeito); Efeito de objetividade; Vocabulário denotativo e preciso; Presença de verbos impessoais (Haver e fazer) e voz passiva; Usos de dados comprobatórios.

 O Ministério da Educação implantou, em 2008, a Provinha Brasil, uma avaliação para

O Ministério da Educação implantou, em 2008, a Provinha Brasil, uma avaliação para medir o nível de alfabetização das crianças com idade de seis e oito anos de idade. No Tocantins, 9. 125 alunos de 253 escolas públicas estaduais fizeram o segundo teste de avaliação, atingindo, em sua maioria o nível 5. Esses alunos superaram a meta do MEC, que sinaliza um prazo de 10 anos para que as crianças, ao final do segundo ano do ensino fundamental, atinjam o nível 4 de alfabetização. (Revista Nova Escola – março 2009)

3) Função conativa ou apelativa: valorização do receptor, da 2ª pessoa do discurso. Predomina

3) Função conativa ou apelativa: valorização do receptor, da 2ª pessoa do discurso. Predomina em textos com a finalidade de convencer, persuadir, interferir no comportamento do receptor, por meio de um apelo ou ordem. Utilizada em propagandas ou textos (falas) para convencer o interlocutor a adotar determinada postura, campanhas de conscientização, manuais de instrução, receitas. . . Principais marcas: Uso de pronomes e verbos voltados para a 2ª pessoa do discurso (receptor – tu/você); Uso de vocativo; Uso de verbos no imperativo (Não use o celular!) ou infinitivo (Não usar o celular

CUIDADO PARA NÃO BATER/ OLHE PELO RETROVISOR Lembre-se de como você era e de

CUIDADO PARA NÃO BATER/ OLHE PELO RETROVISOR Lembre-se de como você era e de como foi tratado pelos adultos. Uma boa conversa pode ser melhor que um castigo daqueles.

4) Função fática: valorização do canal de comunicação - primeira função da linguagem usada

4) Função fática: valorização do canal de comunicação - primeira função da linguagem usada pelos seres humanos Predomina em textos com a finalidade de: estabelecer o contato com o receptor, testar o funcionamento do canal ou prolongar o contato, na falta de outro conteúdo a comunicar. Gera aproximação entre emissor e receptor. Principais marcas: � � � Uso de marcadores de oralidade (fala) Uso de interjeições e vocativos; Uso de marcadores de conversação (sinais de pontuação) “Alô, planeta Terra chamando, esta é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, onde tudo pode acontecer” – trecho do seriado “Mundo da Lua”

– Olá! Como vai? – Eu vou indo. E você, tudo bem? – Tudo

– Olá! Como vai? – Eu vou indo. E você, tudo bem? – Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro. . . E você? – Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo. . . Quem sabe? – Quanto tempo! – Pois é, quanto tempo! – Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios! – Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem! – Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí! – Pra semana, prometo, talvez nos vejamos. . . Quem sabe? – Quanto tempo! – Pois é. . . quanto tempo! – Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas. . . – Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança! – Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa, rapidamente. . . – Pra semana. . . – O sinal. . . – Eu procuro você. . . – Vai abrir, vai abrir. . . – Eu prometo, não esqueço. . . – Por favor, não esqueça. . . – Adeus! Sinal fechado – Paulinho da Viola e Chico Buarque)

5) Função metalinguística (metalinguagem): valorização do código. Voltada para a própria linguagem e seus

5) Função metalinguística (metalinguagem): valorização do código. Voltada para a própria linguagem e seus elementos (palavras, regras, recursos literários. . . ), comentários ou explicações de outros códigos (pinturas, músicas, cinema, cálculos. . . ) Principais marcas: Uso de expressões específicas de uma área; Busca de precisão conceitual (definições); Explicação do próprio código O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. Fernando Pessoa 01. 04. 1931

6) Função poética: valorização da mensagem Predomina em gêneros que se preocupam com a

6) Função poética: valorização da mensagem Predomina em gêneros que se preocupam com a organização do texto, por meio da seleção e organização das palavras, dos efeitos sonoros e rítmicos, do jogo de palavras. Presente nos textos literários, canções, dísticos, composições populares. . . Principais marcas: � � � Uso de linguagem conotativa (figurada); Uso de sonoridade, ritmo, rimas. . . Preocupação com a estrutura (verso/estrofe/sílaba métrica) Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. (Gregório de Matos)