Argentina centralistas e federalistas Argentina independncia capitaneada por

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Argentina: centralistas e federalistas

Argentina: centralistas e federalistas

 • Argentina – independência capitaneada por Junta de Buenos Aires • Durante campanhas

• Argentina – independência capitaneada por Junta de Buenos Aires • Durante campanhas de independência: • províncias afetadas pelas guerras • Recuperação das províncias pos movimentos independentista é mais lenta e busca afirmar sua condição de produtores agropecuários • Comerciantes inglês neste período de desarticulação aumentam suas atenções e preponderâncias nas relações comercias sediadas em BA, estas relações menos afetadas por guerras • Economicamente BA sai a frente e unitários fortalecidos (dão o tom à constituição de Tucuman) • 1816 - Congresso constituinte em Tucuman: declara independência formal das Províncias Unidas do Rio da Prata • Lideranças de BA a frente do processo – buscam controle das Províncias Unidas • Já tentaram controlar Uruguai, Paraguai sem sucesso • 1819 – promulga constituição com marcas do centralismo de BA • Constituição de moldes liberais • BA com amplas prerrogativas para gerir o conjunto do território nacional

 • Primeiros 50 anos da historia da Argentina disputa entre dois projetos políticos

• Primeiros 50 anos da historia da Argentina disputa entre dois projetos políticos antagônicos • Projeto de BA - Constituição de 1819 - projeto unitarista • Projeto das províncias – projeto federalista (províncias do interior e do litoral – grandes rios) • Questões : 1. Navegação dos Rios: Ø Monopólio (de BA) sob a navegação dos rios (comercio nos rios) x livre navegação por comerciantes das províncias 2. Distribuição das Rendas alfandegarias do Porto de BA: Ø Unitaristas centralização da arrecadação para BA x Províncias defendem compartilhamento das rendas alfandegarias 3. Nível tarifário: Ø BA defende livre mercado, Tarifas não protecionistas x Províncias defendem protecionismo a produção nacional

 • 1820: sublevação dos federalistas questionam constituição de 1819 • Argentina entra em

• 1820: sublevação dos federalistas questionam constituição de 1819 • Argentina entra em alguns anos de indefinição a respeito de um projeto nacional • Prepondera Estado politico em que se manifesta a fragmentação do território, a descentralização, cada província tem sua dinâmica, suas lideranças, suas elites tem autonomia • Caudillos – grandes fazendeiros, poderosos , com setores populares orbitando em sua volta • Lynch – relações clientelísticas com populares, eram relações que expressavam a transposição do modelo social originário das grandes fazenda para o âmbito da politica • Visão tradicional ruim sobre caudillos – negação da republica, do poder impessoal do Estado republicano, prepondera poder personalista e arbitrário (manipulação amedrontamento) e captura das instituições politicas por interesses particulares • Imagem negativa/caricata projetada por parte dos unitários; Visão atual um pouco diferente • Manoel do Rego Governador de BA mas federalista • Nem todo de BA é unitário • convida Bernardino Rivadavia a voltar a Argentina para assumir Ministério das Finanças • Rivadavia – ligado a elites portenhas que fizeram a independência e mantiveram Rivadavia como representante diplomática das PURP na Europa, pessoa muito bem vista • Ideias liberais inglesas, entusiasta das ideias de Bentham • Mas próximo dos unitários do que dos federalistas

 • 1826 – Rivadavia nomeado pela Assembleia Legislativa governador de BA e pretensões

• 1826 – Rivadavia nomeado pela Assembleia Legislativa governador de BA e pretensões sobre PURP • Retomada do Projeto unitário – “experiência feliz” (do ponto de vista liberal mas também fugaz) • Queria fazer de BA uma Paris nos pampas • ampliar espaços públicos de discussão e vida cultural - (espaço publico no sentido de Habermans ? ) • Fortalecer mudanças na Educação – restringir papel das ordens monárquicas e da igreja na educação • concebe Universidade de Buenos Aires (hoje UBA) com epistemologia moderna, ancorada na razão, lugar para gestar nova ordem do ponto de vista do conhecimento (seria uma antítese da Universidade de Córdoba tida como um universidade colonial onde havia o domínio da escolástica, prevalência do saber revelado sobre o saber empírico) • Cria (e põe para funcionar) Colégio de Ciências Morais () voltada para educação secundaria laica e ilustrada e criar elite governante que deve ser formado em ambiente intelectual moderno – o que efetivamente ocorrerá • Alunos que saem dos Colégio para as provinciais (chega inclusive em Sarmiento) • anos 60 passa a se chamar Colégio Nacional de BA e existe proposta de difusão pelas províncias • daqui saem pessoas da chamada Geração de 37(este pessoas farão a critica do caudillo e do federalismo) • Em 1884, aprovada Lei de Educação Comum – estado obrigado a fornecer educação laica para população • Reação da Igreja e de parte dos caudillos (Facundo Quiroga – La Rioja campanha contra: “religião ou morte” – contra artificialismo, elitismo, estrangeirismo da proposta de Rivadavia) • Problema da Terra – demarcação da terra e posse para emigrantes europeus para ocupação de espaços vazio- deserto (enfiteusis) - não funciona como previsto • não reconhecimento de presença dos índios e de certas relações de produção • pouca emigração, mas vantagem para as elites fundiárias que concentraram as terras • Problema do mercado de trabalho: verificação da ociosidade e força juridicamente pessoas a ingressarem no mercado trabalho • Busca de conciliação com federalistas: • Representação igualitária entre províncias em Buenos Ayres • Divisão das rendas aduaneiros • Não apoio dos federalistas (em função de problemas com excessos de estrangeirismo), abandono por parte dos unitaristas e das elites portenhas,

 • Fim da experiência feliz – novamente vazio? Qual Projeto para Argentina •

• Fim da experiência feliz – novamente vazio? Qual Projeto para Argentina • Assassinato de Manoel do Rego por parte dos unitários – perda de autoridade e legitimidade • 1829: Ascenção de Rosas • Tb federalista de BA que Trabalhou com Manoel do Rego – conter população indígena • Conduzido entrega cargo mas é reconduzido ate 1852 (Derrubado por Caudillos) • Governo mesmo que federalista, acaba por afirmar centralidade de BA • não por estrutura jurídica, mas por relações pessoais com diferentes caudillos, por meio de pactos com elites provinciais • Torna enfiteuse – propriedade (Rivadavia – concessão reversível) , o que acaba silenciando as elites portenhas • 1833: Expedição ao deserto visava afastar os índios de BA para que elite portenha possa construir suas fazendas – • Araucanização dos Pampas Índios na Argentina recebem população indígenas de outros lugares como do Chile (araucanos) • cresce prática de malones (militarização, saques etc) • Conflitos com criollos estancieiros • roubo e concorrência “comercial” do gado • Problemas das terras (toderias), rastilladas, salares e lagoas

La Vuelta del Malon Della Valle, Ángel (Argentina, Buenos Aires, 1852 – Argentina, Buenos

La Vuelta del Malon Della Valle, Ángel (Argentina, Buenos Aires, 1852 – Argentina, Buenos Aires, 1903) Museu de Belllas Artes – Buenos Ayres

 • Rosas – prato cheio para debate • Liberais: Rosas um ditador, violento,

• Rosas – prato cheio para debate • Liberais: Rosas um ditador, violento, arbitrário; tb um caudillo que manipula apoio população; por meio de seu personalismo inviabiliza Estado Argentino Moderno • Inimigos de Rosas: intelectuais da geração de 1837: Estaban Echeverria, forma salão literário e expande ideias europeias – atacado por Rosas (aqui não há espaço para se ler Rousseau) e seus membros são exilados • Echeverria – 1839 escreve em Montevideo Creencia (depois recebe o nome Dogma Socialista – 1846) – considerado libelo dos unitários com autocritica, passa a se chamar de liberais • Influencia dos românticos e socialistas utópicos • Autocritica: Rivadavia não conhece a Argentina e seu interior , não projeto nacional, necessário dialogar com resto da Argentina, para se chegar à Civilização necessário assimilar a Barbarie • Cuidado entre desejo de dialogo e efetividade • Proprio Etcheveria escreve El matadero – onde se compara federalistas com um matadouro, nomeia federalistas com imagim de pessoas extremamente barbarbaras • Alberdi – um dos poucos que efetivamente busca esta conciliação, sistema misto que articulasse unitários e federalistas – mas é exilado (junto com Sarmiento)

 • 1852 - queda de Rosas • Urquiza – Confederação – busca discutir

• 1852 - queda de Rosas • Urquiza – Confederação – busca discutir velhas questões • Chama Alberdi para organizar este projeto politico – Constituição promulgada em 1853 • BA – não aceita projeto • Argentina dividida em dois ate 1861 e BA luta por reunificação nos seus próprio termos • Mitre: 1861 – Batalha de Pavon, derrota confederação • Vitoria dos liberais e projeto de Buenos Ayres • Sarmiento (identificado com geração de 37, escreve Facundo) – volta do exilio a convite de Mitre (aqui tb nuances e matizes da geração do Dogma Socialista) e assume Ministério da Educação • Reaparece projeto de Rivadavia: educação, emigração de europeus (civilizacional), reformado por dogma socialista • Estado: modernização econômica: Infraestrutura espalhar ferrovias, modernizar porto (sucesso – Argentina pais rico) • Derrota últimos caudillos e tb índios • Guerra do Paraguai – fortalece Estado Argentino e novo poder de BA • Porém passa a existir um processo de negociação com províncias e reconhecimento de parte da constituição de 1853 por parte do governo liberal • Demanda dos federalistas – separação de Buenos Ayres como capital federal da sua atuação na Província de Buenos Ayres • Província de Buenos Ayres tem como capital La Plata – cidade planejada • Presidentes: Mitre, Sarmiento e Alvellanedra • Dec 80: Governo Rocca (dois mandatos) – liberalismo mais autoritário • Influencia do positivismo

Historiografia • Ideia de vários autores (Romero) – reforça ideia de que caudillos, federalistas

Historiografia • Ideia de vários autores (Romero) – reforça ideia de que caudillos, federalistas eram homens violentos, arbitrários que impediram a formação do Estado nacional Argentino, republicanos (em moldes liberais) • Visão que tem origem nos próprios unitários no século XIX • Caudillos estão associados a ruralização do poder, a violência e ao vazio institucional • Geração de intelectuais nacionalistas, revisionista, de direita inicio do século XX • Fenômeno do caudilismos – verdadeira (essência) Argentina: católica, hispânica, hierárquica • Hoje: novos olhares – revisão de interpretação • Conceito de caudillo quase não mais utilizado, se usou em demasia acaba ficando um nome que serve para muitas (ou qualquer) coisas • Mitre – escreve livros de História – mostra que caudillos eram capazes de expressar sentimentos democráticos e igualitários • Mesmo que institucionalização não seja a liberal, existe identificação com democracia inorgânica; Caudillo – representa setores populares, de alguma forma existe legitimidade no mínimo como porta voz dos setores populares • Carlos Bunge: Caudillo – consegue lidar com massas populares, desorganizadas e que colocam a ordem em cheque