ARCADISMO NEOCLASSICISMO Na Itlia essa influncia assumiu feio

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ARCADISMO NEOCLASSICISMO

ARCADISMO NEOCLASSICISMO

 • Na Itália essa influência assumiu feição particular. Conhecida como Arcadismo, inspirava-se na

• Na Itália essa influência assumiu feição particular. Conhecida como Arcadismo, inspirava-se na lendária região da Grécia antiga. Segundo a lenda, a Arcádia era dominada pelo deus Pan e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer.

Características do estilo: • Simplicidade e equilíbrio • Os árcades propunham a restauração da

Características do estilo: • Simplicidade e equilíbrio • Os árcades propunham a restauração da simplicidade na linguagem propondo o abandono de antíteses, metáforas ousadas, paradoxos e ordem inversa, dando preferência pela ordem direta.

 • Bucolismo e pastorismo • A adesão ao conceito aristotélico de que a

• Bucolismo e pastorismo • A adesão ao conceito aristotélico de que a arte é concebida aos pastores é tomada como modelo e paisagens tipicamente campestres serão evocadas. A fidelidade a este preceito fez com que os poetas adotassem pseudônimos pastoris. Assim, Cláudio Manuel da Costa será Glauceste (Alceste) Satúrnio: Tomás Antônio Gonzaga será Dirceu; Basilio da Gama, Termindo Sepílio; o português Bocage, Elmano Sadino, etc.

 • Valorização do tempo presente • A concepção epicurista “carpe diem", tão presente

• Valorização do tempo presente • A concepção epicurista “carpe diem", tão presente principalmente em Tomás Antônio Gonzaga, no Brasil, a exploração da paisagem nacional, distante do padrão europeu, notadamente em Cláudio Manuel da Costa e Basilio da Gama, impregnará o arcadismo de nativismo.

 • lncorporação da mitologia • Como consequência da retomada da tradição clássica, a

• lncorporação da mitologia • Como consequência da retomada da tradição clássica, a poesia árcade faz frequentes alusões aos deuses da mitologia e aos heróis da história grega. Em Basilio da Gama, o elemento mitológico será substituído pelo fetichismo indígena.

 • Principais Autores • • Cláudio Manuel da Costa Basilio da Gama Frei

• Principais Autores • • Cláudio Manuel da Costa Basilio da Gama Frei José de Santa Rita Durão Tomás Antônio Gonzaga

Temei, Penhas (Cláudio Manoel da Costa) Destes penhascos fez a natureza O berço em

Temei, Penhas (Cláudio Manoel da Costa) Destes penhascos fez a natureza O berço em que nasci: oh! quem cuidara Que entre penhas tão duras se criara Uma alma terna, um peito sem dureza!

Amor, que vence os tigres, por empresa Tomou logo render-me; ele declara Contra meu

Amor, que vence os tigres, por empresa Tomou logo render-me; ele declara Contra meu coração guerra tão rara Que não me foi bastante a fortaleza.

Por mais que eu mesmo conhecesse o dano A que dava ocasião minha brandura,

Por mais que eu mesmo conhecesse o dano A que dava ocasião minha brandura, Nunca pude fugir ao cego engano; Vós que ostentais a condição mais dura, Temei, penhas, temei: que Amor tirano Onde há mais resistência mais se apura.

Lira I (Tomás Antônio Gonzaga) Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, que viva de

Lira I (Tomás Antônio Gonzaga) Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, que viva de guardar alheio gado, de tosco trato, de expressões grosseiro, dos frios gelos e dos sóis queimado. Tenho próprio casal e nele assisto; dá-me vinho, legume, fruta, azeite; das brancas ovelhinhas tiro o leite, e mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte: dos anos inda não está cortado; os

Eu vi o meu semblante numa fonte: dos anos inda não está cortado; os Pastores que habitam este monte respeitam o poder do meu cajado. Com tal destreza toco a sanfoninha, que inveja até me tem o próprio Alceste: ao som dela concerto a voz celeste nem canto letra, que não seja minha. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela!

Mas tendo tantos dotes da ventura, só apreço lhes dou, gentil Pastora, depois que

Mas tendo tantos dotes da ventura, só apreço lhes dou, gentil Pastora, depois que o teu afeto me segura queres do que tenho ser senhora. É bom, minha Marília, é bom ser dono de um rebanho, que cubra monte e prado; porém, gentil Pastora, o teu agrado vale mais que um rebanho e mais que um trono. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela! (. . . )

http: //www. jornaldepoesia. jor. br/poesia. html

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