APARELHO DIGESTIVO Semiologia Mdica Habilidades I Profa Thais
APARELHO DIGESTIVO Semiologia Médica – Habilidades I Profa. Thais Prioste thaisprioste@yahoo. com. br
DOR ABDOMINAL A dor abdominal é uma das queixas mais comuns no pronto-socorro, constituindo um desafio diagnóstico e terapêutico Pode ser causada por doenças benignas ou até potencialmente fatais Pode ser causada por doenças intra-abdominais mecânicas ou funcionais, por doenças extraabdominais ou até por doenças sistêmicas
Regiões anatômicas Divisão do Abdome Parede Anterior 1. Hipocôndrio Direito 2. Epigástrio 3. Hipocôndrio Esquerdo 4. Flanco Direito 5. Mesogástrio ou umbilical 6. Flanco Esquerdo 7. Fossa Ilíaca Direita 8. Hipogástrio 9. Fossa Ilíaca Esquerda
Regiões anatômicas Divisão do Abdome Parede Posterior Região Lombar Esquerda Região Lombar Direita
CONCEITOS ANATOMIA Cavidade bucal e anexos Esôfago Estômago e duodeno Colón, reto e ânus
CAVIDADE BUCAL E ANEXOS
CAVIDADE BUCAL E ANEXOS Conjunto de estruturas banhada pela saliva Flora microbiana própria Início da digestão Papel na fonação
CAVIDADE BUCAL E ANEXOS
SEMIOLOGIA DOR: processos periodontais ABCESSOS OSTEOMIELITE GENGIVITE
SEMIOLOGIA HALITOSE BOCA AMARGA XEROSTOMIA SIALORRÉIA
SIDA AMILOIDOSE ANEMIA PERNICIOSA
ESÔFAGO
ESÔFAGO Estrutura muscular em forma de cilindro Transporta o alimento da faringe até estômago Sólidos: peristaltismo da camada muscular Líquidos: gravidade Impede refluxo do conteúdo gástrico
ESÔFAGO Esfíncter esofagiano superior Esfíncter esofagiano inferior
ESÔFAGO Ambos esfíncteres permanecem contraídos até o ato da deglutição 1 - voluntária DEGLUTIÇÃO 2 - faríngea 3 - esofágica
DISFAGIA ü É sintoma específico do esôfago e quase sempre representa uma lesão orgânica do órgão. ü Raramente é resultado de lesões extra-esofágicas ou distúrbios funcionais, sem substrato anatômico. ü É a sensação que surge durante a deglutição ou poucos segundos após e que reflete uma dificuldade no transporte do bolo alimentar da faringe ao estômago (em qualquer altura, da faringe até o epigástrio).
DISFAGIA - ANAMNESE ü É difícil começar a deglutição? ( se +, reforça dx. de disfagia faríngea). ü A ingestão de sólidos ou líquido provoca refluxo para o nariz ou tosse imediata ? ( se +, fala a favor de disfagia neuromuscular). ü O alimento para no seu trajeto para o estômago ?
DISFAGIA - ANAMNESE ü A dificuldade é para a deglutição de sólidos como carne e pão ou também para líquidos ? ü Somente para sólidos: sugere estreitamento por lesão benigna ou maligna. ü Se para sólidos e líquidos, desde o início: sugere distúrbio da motilidade. ü Se inicialmente para sólidos e posteriormente até para líquidos: sugere estenose estrutural orgânica.
ODINOFAGIA ü Dor durante a deglutição. “ dor de garganta”. ü Resulta do contato do bolo alimentar com uma lesão da mucosa esofágica ou do espasmo da musculatura induzido alimento.
PIROSE Dor em queimação retro-esternal, entre o apêndice xifóide e o manúbrio, podendo irradiar para o abdome sup. , garganta e regiões ânterolaterais do tórax. Paciente, habitualmente espalma a mão sobre o esterno e a movimenta entre o manúbrio e o apêndice xifóide, para mostrar a região onde percebe o incômodo.
PIROSE É quase sempre manifestação de esofagite secundária a RGE (refluxo gastro-esofágico), resultante da ação lesiva das secreções digestivas sobre a mucosa do esôfago. Ocorre com frequência após as refeições ( princ. / se copiosas e gordurosas ). Leite e antiácidos costumam melhorar os casos leves. AZIA: dor em queimação localizada no epigástrio ( na maioria das vezes associada a afecção gastroduodenal )
REGURGITAÇÃO ü É a volta de alimentos ou secreções à cavidade oral. ü Gosto: Amargo → material bilioso. Putrefeito → proveniente do esôfago, tendo lá permanecido horas ou dias, como habitualmente ocorre no megaesôfago. Ácido → do estômago. ü Não é acompanhada por náuseas e não tem participação ativa da musculatura abdominal e diafragmática ≠ vômitos
MEGAESÔFAGO
SOLUÇO ü Devido a uma contração rápida e involuntária do diafragma, que produz inspiração interrompida pelo fechamento da glote, com a emissão de um som agudo característico. ü Não é uma manifestação própria das doenças do ap° digestivo. ü Ocorre em várias situações: *Estimulação reflexa sem doença orgânica: risadas excessivas, cócegas, aerofagia, ingestões excessivas de bebidas alcoólicas, fumo excessivo, histeria;
ERUCTAÇÃO ü Devolução retrógrada de gases do estômago, de maneira ruidosa. ü Não constitui sintoma próprio das doenças do esôfago
“GLOBUS HYSTERICUS” Sensação de obstrução na garganta, que não interfere com a deglutição, geralmente desaparecendo com ela e persistindo nos intervalos da mesma. Não relacionada à alimentação Habitualmente é de etiologia psicogênica. “Nó na garganta”. “corpo estranho ao nível da fúrcula esternal que se movimenta de cima para baixo”
ESTÔMAGO
ESTÔMAGO Dilatação do tubo digestivo Entre esôfago e o duodeno Ocupa epigástrio e hipocôndrio esquerdo
ESTÔMAGO
ESTÔMAGO E DUODENO ü As queixas não são tão precisas quanto às originárias do esôfago, sendo muitas vezes necessário, além do exame clínico cuidadoso, maior número de exames complementares, para o diagnóstico preciso. ü Lembrar que o tubo digestivo é sede frequente de distúrbios somáticos, sem comprometimento orgânico.
NÁUSEAS E VÔMITOS ü Podem ocorrer simultaneamente üNáusea Sensação desagradável, sentida na garganta ou epigástrio, de um desejo eminente de vomitar. ü Associados à dor úlceras, gastrite
CARACTERÍSTICAS VÔMITO X DIAGNÓSTICO ü Vômito em jato, repentino, sem náuseas => doenças do SNC, sobretudo Hipertensão intracraniana. ü Vômito pela manhã => gravidez, ingestão de álcool, uremia. ü Vômito volumoso, com alimento antigo, parcialmente digerido e que leva ao alívio da dor => sugere dificuldade de esvaziamento gástrico, pp/ estenose/obstrução pilórica.
CARACTERÍSTICAS VÔMITO X DIAGNÓSTICO Vômito com alimentos não digeridos, halitose acentuada e ruídos aéreos no pescoço => sugere divertículo esofágico ou de Zenker. Vômito contendo bile => exclui obstrução do piloro ou proximal do duodeno. Vômito com odor fétido => crescimento bacteriano => obstrução intestinal ou fístula gastro–cólica.
DIVERTÍCULO DE ZENCKER
DISPEPSIA ü Designação genérica de qualquer dor ou desconforto em epigástrio e/ou hipocôndrios ü CONSENSO INTERNACIONAL RECENTE : presença de dor e/ou desconforto ( sens. subjetiva não dolorosa caracterizada por peso epigástrico pós-prandial, e/ou saciedade precoce, e/ou náuseas, e/ou vômitos, e/ou plenitude gástrica, e/ou distensão abdominal ), persistente ou recorrente, localizada(o) no andar sup. do abd. ( epigástrio ) ü Pode ser funcional ou orgânica.
PESO EPIGÁSTRICO PÓS-PRANDIAL ü Sensação de enchimento excessivo do abdome superior, que se acentua geralmente após as refeições. ü Também chamado de empachamento ou plenitude.
PESO EPIGÁSTRICO PÓS-PRANDIAL ü Várias situações podem levar a esta sensação: grandes visceromegalias ou tumores intraabdominais que comprimem o estômago ( ascite e hepatocarcinoma ), pacientes com câncer gástrico, pacs. com dispepsia funcional tipo dismotilidade, úlcera péptica complicada com estenose ou sub-estenose pilórica, etc.
SACIEDADE PRECOCE ü Redução da sensação do apetite e de fome logo após iniciar a refeição. ü ≠ da anorexia ( perda do desejo de alimentar ). ü Várias causas: geralmente doenças próprias do aparelho digestivo, doenças sistêmicas, uso de medicamentos, fatores emocionais.
SOLUÇOS Manifestação reflexa decorrente de contração espasmódica rápida e involuntária do diafragma, estando a glote fechada. Pode ocorrer na hérnia de hiato, abscesso subfrênico, pancreatite aguda, obstrução intestinal, na presença de lesões expansivas do fígado e várias outras situações clínicas: encefalite, meningite, tumor e hemorragia intracraniana, em traumatismos do nervo frênico, IAM, obstrução do esôfago, irritação pleural por derrame, cardiomegalia. . .
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA HDA: Qualquer sangramento acima do ligamento de Treitz (ligamento duodenojejunal), podendo se exteriorizar como hematêmese , melena, sangue oculto nas fezes e, eventualmente , hematoquezia. Principais causas : úlcera péptica, lesão aguda da mucosa gastro-duodenal, varizes esofagianas e do fundo gástrico, câncer gástrico, esofagite, duodenite.
HEMATÊMESE Caracteriza a HDA Sangramento acima do ângulo de Treitz FLEXURA DUODENOJEJUNAL
HEMATÊMESE ü Vômito de sangue. Quando o sangramento é recente → vermelho vivo; em contato com HCL → vermelho escuro. Presença de sangue vivo, com ou sem coágulo, indica hemorragia recente e/ou em atividade.
INTESTINO DELGADO, CÓLON, RETO E NUS
DIARRÉIA Manifestação mais comum Aumento do teor líquido das fezes, frequentemente associado ao aumento do número das evacuações e do volume fecal em 24 horas.
DIARRÉIA Características - Volume - Frequência - Aspecto (claro, brilhante, espumoso, cor? ) - Restos alimentares ØMUCO, SANGUE OU PUS- disenteria ØHÁBITO INTESTINAL- Existe alteração?
DIARRÉIA ALTA Características Grande volume – quantificar, informações objetivas Consistência líquida ou semilíquida Frequência - aumentada, mas < diarréia baixa Aspecto (claro, brilhante, espumoso) Restos alimentares não digeríveis Caráter explosivo Cólica abdominal periumbilical ou dor difusa Febre
DIARREIA BAIXA Características Menos volume Muco Frequência de evacuações maior
ESTEATORRÉIA Aumento da quantidade de gorduras excretadas nas fezes Aumento consumo de lipídios NÃO causa esteatorréia Má absorção de lipídios ou de todos macronutrientes digestão inadequada Volumosas, mal cheirosas, aparência oleosa, flutuam na água Cólicas periumbilicais, distenção abdominal, flatulência Questionar: fraqueza, fadiga, perda de peso, hiperfagia compensatória?
FLATULÊNCIA Caracterizada por sintomas de distensão, plenitude e timpanismo abdominal, além de borborigmos frequentes (sons audíveis) e excessiva eliminação de flatos (gases). Frequentemente psicogênicos associada a fatores
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA Sangramento abaixo do ângulo de Treitz FLEXURA DUODENOJEJUNAL
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA ENTERORRAGIA Eliminação de sangue vivo pelo ânus devido à hemorragia localizada distalmente ao ligamento de Treitz, ou seja, provocado por lesões do intestino delgado ou do intestino grosso.
MELENA Fezes escuras, negras, contendo sangue digerido. ü Necessário que o sangue fique retido pelo menos 8 horas no intestino. ü Apenas 60 ml de sangue no tubo digestivo são necessários para que haja transformação da coloração das fezes!! ü
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA HEMATOQUEZIA Eliminação de sangue vivo nas fezes. Geralmente em HDB, podendo ocorrer em hemorragia digestiva alta maciça e trânsito intestinal muito rápido (1000 ml e/ou trânsito intestinal rápido). Na HDA, ocorrerá hematoquezia se o trânsito intestinal estiver muito acelerado (casos de hemorragia maciça e muito volumosa ).
Principais causas de hemorragia digestiva baixa Doença diverticular dos cólons, pólipos colônicos, hemorróidas, fissura anal, traumatismo anorretal, retocolite ulcerativa inespecífica, colites, tumores benignos e malignos, doença de Crohn.
CÓLON, RETO E NUS OBSTIPAÇÃO INTESTINAL Considera-se normal cerca de 3 evacuações por dia até uma evacuação a cada 2 dias, intervalos de 8 a 48 h entre cada evacuação Consitência das fezes: + duras, ressecadas, em cíbalos? Alimentação, distúrbios metabólicos, medicação, idade, obstrução mecânica
CÓLON, RETO E NUS Sangramento anal Diferenciar de enterorragia Hemorróidas, doenças inflamatórias, pólipos Prurido anal Má higiene Enterobiose
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