Ao nascer os filhos contraem aos pais uma

Ao nascer, os filhos contraem aos pais uma dívida. A partir de então pesa sobre seus ombros a responsabilidade de protegê-los até o momento em que tiverem condições de prover a si próprios.

Assim como os pássaros constroem seus ninhos, alimentam seus filhotes e os ensinam a bater asas até que possam fazê-lo por conta própria, para então deixá-los seguir livremente o curso de seus destinos, da mesma forma o ser humano tem que amparar, guiar e ensinar os seus filhos a lutarem pela vida e a enfrentarem os problemas até a hora em que, sozinhos, tenham condições de digna sobrevivência.

Esta é uma lei natural e, por conseguinte, estabelecida pelo Criador. Teus filhos vêm através de ti, mas não são teus. Pertencem ao livre espírito que neles habita. Moram na mansão do amanhã, que ainda não podes visitar. Não é lícito escolheres o rumo, pois serão senhores dos seus destinos. Não seja sombra sobre eles, pois sua origem divina lhes permitirá a decisão individual.

Dê-lhes amor, ensinando sempre o caminho do bem e deixando manifestar amplamente todos os seus dons. Observe que a planta vigorosa é a que altaneira cresce, soerguendo-se entre outras, resistindo à fúria dos ventos e à inclemência das tormentas.

Não deves, contudo, abrir mão da autoridade paterna enquanto estiver sob o teu teto, contanto que tenhas convicção de que estás com a razão, porque mesmo a criança na mais tenra idade tem um elevado senso de justiça. Não será impunemente que contra ela se praticarão arbitrariedades, uma vez que seu espírito retém as experiências vividas.

Assim, não cometas os erros do abuso de autoridade que despersonaliza os filhos, nem os da complacência excessiva que pode acovardá-los. Seja tolerante, mas que saibam o limite da tua paciência e, sobretudo, não cometa o engano de repreendê-los a toda a hora. Dê-lhes poucas ordens, mas que sejam justas e obedecidas.

Em qualquer organização social, bondade e firmeza são os dois mais importantes predicados de quem deseja manter firme o governo do lar. Da mesma forma que o adulto, a criança deve sentir quando se afasta do reto caminho do bem.

Nisto consiste, igualmente, o trabalho dos pais que, para bem efetivá-lo, devem estar muito atentos às companhias dos seus rebentos, desde muito jovens, informando-se com quem saem, quem são seus colegas/amigos, filhos de quem, onde irão e a que horas voltarão, não permitindo que pernoitem fora até que cheguem a uma idade em que, concretamente, saibam o que estão fazendo sob pena de, mais tarde, responderem essas questões para um Juiz de Direito.

A maior herança que se pode legar a um filho é ensiná-lo a fortalecer o caráter de tal forma que o torne inquebrantável diante da adversidade, com a autoconfiança de quem tem consciência da sua capacidade.

Independentemente do luxo, conforto, dinheiro e qualquer outro bem decorrente da vida mundana, a pessoa deve saber que um ideal nada tem a ver com objetivos de tal natureza e que nem se mescla com propósitos dessa espécie. O caráter não é algo que se forme repentinamente, mas é um penoso processo que se desenvolve lentamente através de persistente e cuidadoso trabalho, dia após dia, luta após luta, vitória após vitória.

Na verdade estará se formando durante toda a vida, embora seja na adolescência que assume fundamental importância. Ele é o grande tesouro, o grande capital que o indivíduo chega a possuir, porque os bens materiais podem ser transitórios, mas a evolução pessoal se conserva. Esse é o maior investimento que alguém pode fazer: em si mesmo, no caráter, na saúde, no bem-estar, na felicidade, na harmonia, no amor e na fé.

As pessoas é que têm valor, e não os objetos, mas o mundo ainda não compreendeu bem isso e inverteu a ordem das prioridades. Não convém, portanto, conceder tudo de maneira fácil aos filhos mas, sim, ensiná-los a lutar e a trabalhar por merecer, preparando-os para enfrentar as dificuldades e estimulando-os a transpor os obstáculos.

Sempre que possível convém deixar que façam as coisas por si mesmos, para que desenvolvam a iniciativa a fim de que se acostumem, desde cedo, a obter pequenas vitórias por esforço próprio até que possam compreender que sem disciplina, esforço e tenacidade, pouco é possível conseguir.

Enganam-se os que julgam que seus filhos são propriedades. Os que forem parentes espirituais sempre serão e estarão nos corações deles, mesmo vivendo à distância, e os que não forem nunca o serão mesmo que habitem sob o mesmo teto.

Quantos casos conhecemos em que os filhos, embora criados com todo o amor e sacrifício por parte dos pais, além de renunciarem a muitas coisas em prol deles acabam "virando o cocho", como se diz aqui no Sul do Brasil, acusando seus progenitores e valendo-se de enganos, de mistificações e de todo um arsenal que objetiva denegrir aquele que lhe deu a vida.

O amor é a verdadeira linguagem entre pais e filhos. O desenvolvimento espiritual deve acompanhar o intelectual, ou o mundo será sempre uma sucessão de crises.

CRÉDITOS Autor : Carlos Reni da Silva Melo Formatado por : Angelica Lepper www. angelicaslides. com. br (no rodapé do site você pode ir acompanhando os 4 pps mais recentes) (agora também com localizador de slides) airlepper@gmail. com Imagens : Internet Música : Everlasting – Kenny G Para recebimento gratuito de novas mensagens clique no link abaixo e depois clique em "enviar" (não precisa escrever nada no texto): Angelica. Slides-subscribe@yahoogrupos. com. br Para cancelar o recebimento faça o mesmo no link abaixo: Angelica. Slides-unsubscribe@yahoogrupos. com. br