Alimentao e Distrbio do Sono Apneia Obstrutiva do
Alimentação e Distúrbio do Sono Apneia Obstrutiva do Sono Dra. Simone Luisa Berti
Apneia Obstrutiva do Sono ü A síndrome da apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução completa ou parcial recorrente das vias aéreas superiores durante o sono, resultando em períodos de apneia, dessaturação de oxiemoglobina e despertares frequentes com consequente sonolência diurna.
Apneia Obstrutiva do Sono
Fisiopatologia l Oclusão da faringe com cessação do fluxo aéreo. l Hipoventilação alveolar: hipoxemia e hipercapnia. l Despertares: fragmentação do sono l Esforços inspiratórios l ativação SNS. alterações cardiovasculares. Sonolência diurna e alterações cognitivas.
Prevalência l Variável de acordo com: idade da amostra, sexo, país, metodologia aplicada e critério empregado para diagnóstico (5 ou 10 ou 15 eventos/hora). Autor Ano País Total SAOS% Young et al 1993 EUA 3513 H=4 M=2 Bearpack et al 1991 Austrália H=10 M=7 Martinez et al 1994 Brasil (RS) 1027 H=1, 2 M=0, 4 Itália 1510 H=2, 7 Cirignotta et al 1989 Ancoli-Israel et al 1991 EUA(San Diego) 400 +65 anos= 24 Fonte: Drager et al, 2002.
Fatores de Risco l Gênero: 1, 25 homens/1 mulher (Young et al. , 1997; Larson et al. , 2003) ↑ gordura na parte superior do corpo: VAS menor. (Whizle et al. , 1999) ↑ colapsabilidade da VAS (Mohsenn , 2003) ↑resistência durante o sono (Rowley et al. , 2001) Testosterona (Cistull et al. , 1994) Progesterona (Bixler et al. , 2001)
Fatores de Risco l Idade: flacidez da musculatura, ganho de peso. (Young et al. , 2002) l Obesidade: quanto maior IMC, maior o índice de apneia do sono (IMC> 30 kg/m 2). ↑ 10% peso = ↑ 32% IAH= 6 X risco de SAOS moderada a grave. ↓ 10% peso = ↓ 26% IAH (Peppard et al. , 2000)
Outros Fatores Associados l l l l História familiar Aumento da circunferência cervical (↑ 43 cm nos homens e ↑ 38 cm nas mulheres) Aumento da relação cintura/quadril Hipotireoidismo Diabetes Acromegalia Insuficiência Renal Crônica Gravidez (Dealberto et al. , 1994)
Sinais e Sintomas SAOS (Guia Prático para Diagnóstico e Tratamento da SAOS) SINTOMAS NOTURNOS SINTOMAS DIURNOS § Ronco § Sonolência Excessiva §Pausas respiratórias no sono § Sono não reparador § Episódios de sufocação § Cefaleia matutina § Despertares frequentes § Alterações de humor § Noctúria § Dificuldade de concentração § Sudorese excessiva § Alteração de memória § Pesadelos § Diminuição da libido § Insônia § Fadiga § Pirose e regurgitação § Engasgos
Diagnóstico ü Parâmetros clínicos e polisonográficos (manifestação de, pelo menos um sintoma clínico, associado registro de PSG com mais de 5 eventos obstrutivos/hora. Ausência de outros distúrbios que levem a manifestação). ü Perspectivas: marcadores genéticos (enzima Apo E epson 4 e a enzima conversora da ECA são mais frequentes nestes pacientes).
Co-Morbidades l l l Doenças nas artérias decorrentes da contínua inflamação subclínica Infarto do Miocárdio Acidente Vascular Cerebral Síndrome Metabólica Hipertensão Arterial Aumento da circunferência abdominal
Tratamento l l l Procedimentos cirúrgicos Técnicas pouco invasivas como os aparelhos intra-orais e CPAP (Contínuos Positive Airway Pressure) Mudanças comportamentais, conhecidas como Higiene do Sono Algumas opções medicamentosas Redução e controle do peso
HIGIENE DO SONO Um estilo de vida saudável pode resumir a higiene do sono, incluindo a abstinência ao fumo e ao álcool, uma dieta balanceada e pouco calórica associada a exercícios físicos orientados e rotineiros que estimulam a perda de peso e melhoram a qualidade de vida do paciente.
Recomendações Nutricionais Índice de Massa Corporal (IMC) IMC= Peso(em quilos) Altura(em metros) Mulheres(kg/m 2) Homens(kg/m 2) Classificação 19 a 23 20 a 25 Peso saudável 23, 1 a 30 25, 1 a 30 Excesso de Peso >30 > 30 Obesidade
Tratamento Nutricional l Envolvendo uma avaliação e intervenção multidisciplinar e personalizada. l Planos de alimentação e atividade física individualizados são mais bem sucedidos na perda de peso em longo prazo.
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