AES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE Estado de S
AÇÕES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE Estado de S. Paulo - 2018
MAGNITUDE E TENDÊNCIA MORBIDADE E MORTALIDADE
Pela primeira vez a TB supera o HIV em óbitos Fonte: Global TB Report 2016
IMPORT NCIA DO BRASIL NO CONTEXTO GLOBAL DA TUBERCULOSE E TB-HIV. 86 % Os 30 países de alta carga para TB, TB/HIV e TB MDR O Brasil representa 33% da TB nas Américas Brasi l 89%
Países de alta carga para TB, TB-HIV e TB DR 86% Brasil 89% BRASIL É O ÚNICO PAÍS DAS AMÉRICAS: -ALTA CARGA TBHIV
TB EM NÚMEROS, 2015 TB NO MUNDO 10, 4 milhões de doentes 28, 5 mil casos novos/dia 1, 3 milhões de óbitos • 400. 000 MDR TB NO BRASIL 69. 569 casos novos, CI 33, 5 casos por 100000 hab. 193 casos novos/dia 4. 400 mortes 10% coinfectados pelo HIV
Estratégia pelo fim da tuberculose Meta para 2035: atingir 10 casos e 1 óbito por 100 000 hab. Meta para 2050: menos de 1 caso por milhão de hab.
COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE, BRASIL, 2007 A 2016 Variação média anual de 1, 7% Fonte: SES/MS/SINAN. Dados até fevereiro de 2017, sujeitos à revisão
Coeficiente de incidência de tuberculose por unidade federada. Brasil, 2016* Por 100. 000 hab. Brasil: 33, 7 Fonte: SES/MS/Sinan e IBGE. *Dados preliminares sujeitos a revisão UF
Coeficiente de incidência de tuberculose por capitais. Brasil, 2016* Por 100. 000 hab. Capitais: 52, 7 Fonte: SES/MS/Sinan e IBGE. *Dados preliminares sujeitos a revisão Capitais
Coeficiente de mortalidade por tuberculose nas Unidades Federadas. Brasil, 2015* Brasil: 2, 3 Fonte: MS/SVS/DASIS; IBGE. *Dados provisórios UF
Coeficiente de mortalidade por tuberculose nas capitais. Brasil, 2015* Capitais: 3, 2 Fonte: MS/SVS/DASIS; IBGE. *Dados provisórios Capitais
ESP E BRASIL METAS 10 1 100 85 5
O Estado de São Paulo
1 -Cerca de 20 000 casos por ano 2 - Maior nº absoluto de casos do Brasil 3 -CI- cerca de 38 casos/100 000 hab. 4 - Heterogeneidade na distribuição de casos por região Epidemia concentrada em grupos vulneráveis: PPL, PVHA, PSR, dependentes químicos
Casos novos e coeficientes de incidência de tuberculose, ESP, 2006 a 2017 20000 18000 40. 0 16000 14000 30. 0 12000 10000 20. 0 8000 6000 10. 0 4000 2000 0 2006 Casos novos 15316 Coef. incid. 37. 3 2007 15137 36. 3 2008 15852 38. 7 2009 15619 37. 7 2010 15942 38. 6 2011 16547 39. 8 2012 16125 38. 5 2013 16670 38. 2 2014 16531 37. 5 2015 17036 38. 4 2016 17019 38. 0 2017 18238 40. 4 0. 0
COEFICIENTES DE INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE SEGUNDO REGIÕES, ESP, 2006 A 2017 90. 0 80. 0 70. 0 60. 0 50. 0 40. 0 30. 0 20. 0 10. 0 B. Santista MSP Interior GSP ESP 2006 76. 0 51. 7 22. 4 33. 8 37. 3 2007 74. 6 49. 5 22. 3 30. 4 36. 3 2008 83. 8 52. 1 23. 5 32. 6 38. 7 2009 74. 6 52. 5 22. 2 32. 0 37. 8 2010 81. 8 51. 0 22. 8 33. 5 38. 7 2011 85. 1 52. 5 23. 3 34. 5 39. 8 2012 81. 7 46. 6 22. 6 34. 4 38. 5 2013 76. 4 47. 9 22. 9 33. 9 38. 2 2014 82. 0 47. 5 21. 8 37. 6 2015 83. 6 49. 1 21. 0 31. 8 38. 4 2016 83. 0 46. 4 21. 2 32. 6 38. 1 2017 82. 8 50. 1 22. 1 33. 8 40. 9
COEFICIENTES DE INCIDÊNCIA* DE TUBERCULOSE SEGUNDO FAIXA ETÁRIA, ESP, 2006 A 2017 80. 0 70. 0 60. 0 50. 0 40. 0 30. 0 20. 0 10. 0 0 a 14 15 a 19 20 a 29 30 e mais 2006 4. 4 21. 6 51. 9 53. 9 Fonte: TBWEB * Por 100. 00 hab. 2007 4. 6 24. 6 51. 0 47. 8 2008 5. 5 28. 5 57. 3 48. 9 2009 4. 9 26. 6 56. 8 47. 6 2010 5. 8 25. 4 57. 3 47. 7 2011 6. 7 29. 1 60. 2 47. 9 2012 6. 5 28. 6 56. 5 46. 9 2013 6. 1 30. 2 60. 1 45. 4 2014 5. 2 28. 4 60. 5 44. 5 2016 5. 3 30. 8 64. 9 44. 2 2017 5. 8 28. 8 66. 7 42. 9
COEFICIENTES DE INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE POR SEXO E FAIXA ETÁRIA , ESP, 1998 A 2016 FEMININO MASCULINO 120. 0 00 _ 14 15 _ 19 20 _ 29 30 _ 49 Maior de 50 Total geral 120. 0 80. 0 60. 0 40. 0 20. 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 80. 0 Fonte: TBWEB 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 100. 0
Casos novos de tuberculose e população prisional, ESP, 2006 a 2017 250000 3500 3000 200000 2500 150000 100000 2000 1500 1000 500 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 população 130814141609144522154515163676174060190828202747214843225563237053228616 casos novos 934 1109 1295 1377 1493 1583 1740 1837 1965 2275 2428 2945 Fonte: TBWEB 0
Distribuição de formas clínicas segundo faixa etária de 20 anos e mais
Formas clínicas de tuberculose segundo faixa etária de menores de 15 anos
FORMA CLÍNICA Forma Pulmonar 82 % casos HIV + 67 % § pulmonares bacilíferos 67 % entre pulmonares HIV + 51, 8 % § pulmonares > de 15 anos com baciloscopia não realizada : 6, 64 % a 9, 0% HIV + 7, 8 % a 12, 2%
MEDIDAS DE CONTROLE NA TUBERCULOSE E SEU IMPACTO Busca de casos e tratamento Conduzindo para a cura BCG Tratamento da infecção latente Melhora na qualidade de vida
BUSCA DE CASOS: Interrogar sobre tosse TOSSE + de 2 ou 3 semanas BUSCA ATIVA Identificar Sintomáticos Respiratórios Investigar por exame do escarro
ONDE REALIZAR A BUSCA ATIVA Na comunidade – com o PSF/PACS Nos serviços de saúde Nas Instituições fechadas
Busca de casos Sintomáticos respiratórios examinados, % da meta alcançada e % de positividade de 2003 a 2013 – Estado de São Paulo 350000 100 29618690 300000 80 69, 4% 250000 70 60 200000 126720 150000 32, 5 % 100000 50 40 30 20 50000 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 SR examinados 126720 152813 174383 180244 192454 215873 217915 254245 276637 296797 296186 Casos positivos 10916 11434 12438 13610 12993 13095 12772 13870 14982 16316 17632 % da meta 32. 5 39. 3 43. 9 45. 1 46. 3 49. 7 53. 4878868952652 62. 7 67. 7 72 69. 4 10 0
ESTRATÉGIAS PARA O DIAGNÓSTICO Apoio laboratorial - Resultado de Baciloscopia em 24 horas - Realização de cultura e de teste de sensibilidade para casos com indicação Baciloscopia – 292 laboratórios Cultura – 86 laboratórios Teste Molecular rápido – 41 laboratórios Teste de sensibilidade - 5 laboratórios
Estratégias para o tratar e curar PARA O TRATAMENTO TER SUCESSO Associação medicamentosa adequada Doses corretas Tempo suficiente Porém. . . nenhum tratamento pode ser bem sucedido se os medicamentos não entrarem no organismo Tratamento com supervisão
O que é o tratamento supervisionado – TDO ? Uma mudança na forma de se administrar os medicamentos: o profissional de saúde observa o paciente "engolir" os medicamentos, desde o início do tratamento até a sua cura.
Tratamento supervisionado – DOT/TDO Cortesia: PCT de Embu e Guarulhos
Tratamento supervisionado – DOT/TDO Por que realizar o Tratamento Supervisionado? • Aumentar a cura • Diminuir o abandono • Diminuir a resistência aos medicamentos • Estabelecer vínculos entre o paciente e o serviço de saúde • Aumentar a auto-estima do paciente Coletivo: • prevenir novas infecções • evitar o custo social
Princípios do tratamento supervisionado 1 – Flexibilidade de atendimento ü local ü observador ü horário
Princípios do tratamento supervisionado 2 – Equipe treinada e interessada A equipe tem que acreditar!
Princípios do tratamento supervisionado 3 – Rede laboratorial – equipada
Princípios do tratamento supervisionado 4 – Oferecer incentivos • Cestas básicas • Vales-transportes • Leite • Café da manhã • Oficina profissionalizante
Princípios do tratamento supervisionado 5 – Sistema de informação – monitorar e avaliar resultados TBWEB
PARA QUAIS DOENTES SE DEVE OFERECER O TRATAMENTO SUPERVISIONADO? TODOS Cuidado especial ü HIV ü Retratamentos ü Morador de rua ü Etilistas ü Privados de liberdade
Resultado de tratamento de casos novos de Tb segundo tipo de tratamento, Estado SP, 2014 Modalidade do tratamento Total Diretamente observado Cura 9940 85% 3208 71% 13148 81% Abandono 1002 9% 646 14% 1648 10% Óbito 501 4% 517 11% 1018 6% Outra 153 1% 70 2% 223 1% S/Inform 89 1% 98 2% 187 1% 11685 4539 16224 Total Autoadministrado
Tratamento da Infecção Latente ( Infectados)
DIAGNÓSTICO DA TB LATENTE Prova tuberculínica Aplicação de PPD (derivado proteico purificado do BK) Para detectar infecção pelo bacilo da tuberculose
Lembrando. . . Tem sintomas TB ATIVA Sim Pode transmitir Sim RX alterado Sim TB LATENTE Não Não (em geral) PPD+ Sim
Tratamento da TB latente Medicamento: Isoniazida duração 6 a 9 meses Eficácia: 60 a 90%
TB LATENTE Vale a pena tratar? Risco de adoecimento Risco de toxicidade ADESÃO
TB LATENTE Vale a pena tratar? Infecção TB recente Imunodepressão Risco de adoecimento
TB LATENTE Vale a pena tratar? Idade > 50 anos Hepatopatia Alcoolismo Risco de toxicidade
“Com isoniazida por 6 meses, para cada 35 contatos infectados evitase 1 caso de TB ativa nos próximos 5 anos” “O risco de hepatite pela Isoniazida é menor (1 para 200)” a ção c e f n I te recen H ati p o t a ep Smieja MJ et al, 2008 http: //cochrane. bvsalud. org/cochrane
INDICAÇÕES DE TRATAMENTO DA TB LATENTE (ILTB) 1) CONTATOS 2) PVHA 3) OUTROS IMUNODEPRIMIDOS 4) CONVERSÃO TUBERCULÍNICA
Contatos Pessoas que convivem com o doente em ambiente fechado • Residência • Escola • Instituição
Investigação de contatos Objetivos: ðDetectar outros casos de TB ativa e tratar ðDetectar casos de TB-infecção (ILTB) e tratar ðOrientação da família quanto à doença
Estratégias para Tratamento da TB Latente (ILTB) CONTATOS 1. Listar os contatos 2. Solicitar • • • 3. 4. 5. 6. RX para todos Baciloscopia p/os que puderem colher Agendar consultas Visita a todo caso descoberto Consulta médica – 1º Procurar TB ativa Afastada TB ativa, verificar TB latente Rever investigação e registrar os dados
Por que os contatos domiciliares são prioritários
Porcentagem de contatos de pacientes bacilíferos com teste tuberculínico positivo Jinan, China, 1993 -1996 42% 34% % Tipo de Contato Prevalência de infecção na comunidade 13% Domiciliar íntimo Domiciliar regular Domiciliar esporádico Lutong L e cols. Int J Tuberc Lung Dis 2000; 4: 275 -7
Por que as crianças pequenas são prioritárias
Incidência anual média por 100. 000 Incidência anual de TB em contatos recém-infectados segundo idade Idade (anos) Fonte: Comstock, 1975
Adoecimento em contatos infectados % IDADE DO CONTATO 37, 7 % 23, 8 % 18, 2 % 10, 6 % 9, 7 % GRZYBOWSKI et al, 1975
RX normal + Assintomático Procurar TB latente
Estratégias para Tratamento da TB Latente (ILTB) 2) HIV / AIDS v Prova tuberculínica ≥ 5 mm v Contato – independente de prova tuberculínica
3) OUTROS IMUNODEPRIMIDOS RX – sequela Transplante Corticoterapia prolongada Neoplasias Insuficiência renal Diabetes Mellitus Anti TNF-α
Estratégias para Tratamento da TB Latente (ILTB) OUTROS IMUNODEPRIMIDOS Transplantados– procurar ativamente Uso de anti-TNF – procurar ativamente Renais crônicos – – procurar ativamente Diabéticos ? ? ?
Estratégias para Tratamento da TB Latente (ILTB) CONVERSÃO TUBERCULÍNICA Prof. de saúde e do sistema penitenciário • • Verificar risco Medicina do trabalho Teste PPD periódico Se houver conversão – tratar TB latente
BCG
BCG Bacilo de Calmette e Guérin Mycobacterium bovis atenuado “Prepara” o sistema imunológico para uma eventual infecção tuberculosa
BCG Aplicação intradérmica, ao nascer Taxa de proteção: controversa Metanálise: • 70% – 80% formas meníngeas e miliares • ~ 50% todas as formas
BCG Trata ment o da TB la tente Busc Trata a e ment o da TB ativa Não infectados Infectados Doentes
MEDIDAS DE CONTROLE NA TUBERCULOSE E SEU IMPACTO Busca de casos e tratamento Conduzindo para a cura BCG Tratamento da infecção latente Melhora na qualidade de vida
MUITO OBRIGADA!
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Coordenadoria de Controle de Doenças Centro de Vigilância Epidemiológica Divisão de TUBERCULOSE Maria Josefa Penon Rujula Programa Estadual da Tuberculose de São Paulo PCT-SP http: //www. cve. saude. sp. gov. br/tuberculose E-mail: dvtbc@saude. sp. gov. br Fones: (11) 3066 -8291 – 3066 -8764
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