Adriana Ghizzi Mariano Refletindo sobre a prtica Objetivos
Adriana Ghizzi Mariano
Refletindo sobre a prática • Objetivos: Ø Possibilitar a análise da natureza da ortografia da língua portuguesa. Ø Mostrar como está estruturada a norma ortográfica: a distinção entre o que é regular e o que é irregular na organização da ortografia. • Conteúdos: • Natureza da ortografia na língua portuguesa. • Fatores que influenciam o aprendizado da ortografia • Possibilidades de intervenção do professor durante a aprendizagem da norma ortográfica. • Aspectos da norma ortográfica que os alunos aprendem compreendendo e aspectos que precisam memorizar para aprender.
Questões 1. Por que os alunos cometem erro de ortografia? 2. Quais são as melhores estratégias didáticas para ensinar ortografia?
Como é que se escreve? • M 3 U 5 T 4 – Programa de Formação de Professores Alfabetizadores • Perguntas elaboradas por Arthur Gomes de Morais.
Como é que se escreve? • A fatipa vebopodabe
Trechos do livro Com todas as letras
“(. . . ) o conjunto de conhecimentos que um indivíduo adquire no curso de seu desenvolvimento depende das exigências do meio cultural em que cresce. (. . . )” (p. 57)
“(. . . ) O funcionamento da sociedade global requer indivíduos alfabetizados; portanto, os indivíduos podem exigir o direito à alfabetização, o que não pode ser entendido como uma opção individual, mas como uma necessidade social. ” (p. 58)
“(. . . ) A escola, através de seu longo processo de desenvolvimento enquanto instituição social, operou uma transmutação da escrita. A escrita é um objeto social, mas a escola transformou-a em um objeto exclusivamente escolar (. . . )” (p. 70)
“Reduzir a língua escrita a um código de transcrição de sons em formas visuais reduz sua aprendizagem à aprendizagem de um código. (. . . )” (p. 72)
Para a autora, introduzir a língua escrita significa: permitir explorações de jornais, revistas, cartas, etc. , poder escrever com diferentes propósitos, perguntar e ser entendido, saber antecipar o conteúdo de um texto a partir dos dados contextuais.
“(. . . ) os filhos de pais alfabetizados (melhor dizendo: que usam no cotidiano e com frequência língua escrita) chegam à escola com uma série de conhecimentos que adquiriram em contextos sociais de uso desse objeto social e, além disso, com uma série de conhecimentos, produto de suas explorações ativas sobre a língua escrita (. . . )” (p. 71)
Trechos do livro Reflexões sobre alfabetização
Quando “se concebe a aprendizagem da língua escrita como a compreensão do modo de construção de um sistema de representação”, admitimos que, “embora se saiba falar adequadamente, e se façam todas as discriminações necessárias, isso não resolve o problema central: compreender a natureza desse sistema de representação”. (p. 19)
“A aprendizagem se converte na apropriação de um novo objeto de conhecimento, ou seja, em uma aprendizagem conceitual”. (p. 19)
A escrita é um “objeto cultural” e ela “cumpre diversas funções sociais”. “O escrito aparece, para a criança, como objeto com propriedades específicas e como suporte de ações e intercâmbios sociais”. (p. 44)
A criança que convive desde pequena num ambiente “letrado”, em que as pessoas a sua volta utilizam a escrita e a leitura em diferentes situações, interage com esse sistema de representação e cria sentidos para ele, mesmo que não aprenda formalmente a ler e escrever.
“Desde que nascem (as crianças) são construtoras de conhecimento. No esforço de compreender o mundo que as rodeia, levantam problemas muito difíceis e abstratos e tratam, por si próprias, de descobrir respostas para eles. Estão construindo objetos complexos de conhecimento e o sistema de escrita é um deles”. (p. 64)
“No processo de assimilação (isto é, no processo de elaboração da informação), o sujeito transforma a informação dada; às vezes a resistência do objeto obriga o sujeito a modificar-se também (isto é, a mudar seus próprios esquemas) para compreender o objeto (isto é, para incorporá-lo, para apropriar-se dele)”. (p. 69)
“A pré-escola deveria cumprir a função primordial de permitir às crianças que não tiveram convivência com adultos alfabetizados – ou que, pertencem a meios rurais isolados – obter essa informação básica sobre a qual o ensino cobra um sentido social (e não meramente escolar): a informação que resulta da participação em atos sociais onde o ato de ler e o de escrever têm propósitos explícitos”. (p. 98)
Bibliografia . FERREIRO, Emília - Reflexões sobre alfabetização. 25. ed. São Paulo: Cortez, 2010. (Coleção questões da nossa época; v. 6) FERREIRO, E. Com todas as letras. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2000 Morais, Arthur Gomes de – Ortografia: ensinar e aprender, São Paulo: Ática, 1998.
http: //portal. mec. gov. br/seb/arquiv os/pdf/Profa/col_3. pdf http: //portal. mec. gov. br/seb/arquivo s/pdf/Profa/guia_for_3. pdf
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