Ablao de rotores e de impulsos focais em
Ablação de rotores e de impulsos focais em doentes com Fibrilhação Auricular: Quantificação e cartografia Pedro Adragão, Pedro Carmo, Diogo Cavaco, Francisco Moscoso Costa, Nicodemus Lopes, João Mesquita, João Carmo, Sara Guerreiro, Maria Salomé Carvalho, Francisco Morgado, Miguel Mendes Hospital. Santa Cruz, Hospital da Luz, Lisboa, Portugal Introdução: O sucesso do isolamento das veias pulmonares (IVP) para tratar fibrilhação auricular (FA) foi ampliado quando se associou a ablação de rotores e de impulsos focais. O número de rotores e a sua localização tem sido variável, não existindo marcadores anatómicos específicos. O objectivo deste estudo foi quantificar e cartografar os rotores mapeados numa população de doentes submetidos a ablação de FA. Métodos: Estudámos prospectivamente 10 doentes, 6 do sexo masculino, idade média de 65 anos (51 a 76), tendo sido possível realizar ablação guiada por FIRM em 9 doentes, sendo a FA persistente em 6 e paroxística em 3. Num doente com FA paroxística não se efetuou ablação de rotores por não ter sido inductível FA mantida. Registámos electrogramas unipolares de FA em ambas as aurículas com um cateter basquete de 64 -polos usando o sistema de mapeamento Rhythm View(TM) ; Topera Inc. , CA, USA. Os rotores / focos identificados, foram numerados e localizados no mapa anatómico previamente realizado utilizando o sistema Cartofinder, Biosense (TM) e posteriormente eliminados por ablação com radiofrequência. Após a ablação dos rotores todos os doentes foram submetidos a isolamento das veias pulmonares. Resultados: Foram identificados 20 rotores, média de 2, 2 por doente (1 a 3), sem diferença para as formas persistente e paroxística. Foi identificada atividade focal em 3 doentes. A maioria dos rotores (60%) encontrava-se nos bordos das veias pulmonares (12 em 20). A localização mais frequente foi na veia pulmonar superior esquerda / ridge (6). Dois doentes tinham rotores na aurícula direita (22%). Dois tinham focos na base dos apêndices auriculares (direito 1 e esquerdo 1). Um doente tinha um rotor junto à veia cava superior e ao nódulo sinusal. A terminação espontânea da FA, só ocorreu uma vez, durante o isolamento da veia pulmonar junto a um rotor previamente identificado e aparentemente eliminado. Com um seguimento médio de 2, 6 meses, um doente teve recidiva de FA. localização de rotores A B C D Ablação de rotores e IVPs A- Rotores na AD: Círculos verde e amarelo; B - Rotores na AE: Círculo azul; C - Ablação AD e D - Ablação AE Conclusão Os rotores têm uma localização preferencial junto aos ostia das veias pulmonares, pelo que o IVP mantém toda a acuidade. A ablação dos rotores não se acompanhou da interrupção espontânea da actividade fibrilatória.
- Slides: 1