A Reforma Protestante 1517 A Reforma do Sculo

  • Slides: 68
Download presentation
A Reforma Protestante 1517

A Reforma Protestante 1517

A Reforma do Século 16 n n Movimento restaurador. Primariamente religiosa, com dimensões políticas,

A Reforma do Século 16 n n Movimento restaurador. Primariamente religiosa, com dimensões políticas, econômicas e sociais. Origem das igrejas históricas do protestantismo. Quatro manifestações iniciais: luteranos, reformados (calvinistas), anabatistas, anglicanos.

Causas Papa Leão X n n A situação da Igreja Católica medieval. A insatisfação

Causas Papa Leão X n n A situação da Igreja Católica medieval. A insatisfação política e religiosa dos povos europeus. O nacionalismo emergente. A ansiedade e insegurança provocadas pela espiritualidade vigente.

Preparação n Os pré-reformadores: n João Wyclif (c. 1325 -1384) e os lolardos. n

Preparação n Os pré-reformadores: n João Wyclif (c. 1325 -1384) e os lolardos. n João Hus (c. 1372 -1415) e os irmãos boêmios/ morávios. n A tradução das Escrituras nas línguas locais. n A obra dos humanistas.

John Wyclif Jan Hus

John Wyclif Jan Hus

Erasmo de Roterdã

Erasmo de Roterdã

O Estopim da Reforma n A experiência religiosa de Lutero. n A eleição do

O Estopim da Reforma n A experiência religiosa de Lutero. n A eleição do sacro imperador (Alemanha). n n A escolha do arcebispo de Mainz (Alberto de Brandemburgo) A venda das indulgências: As Noventa e Cinco Teses (31. 10. 1517).

Arcebispo Alberto de Mogúncia Caixa de Coletas

Arcebispo Alberto de Mogúncia Caixa de Coletas

1. A Reforma Luterana: Martinho Lutero n 1483 - Nasce em Eisleben, na Saxônia

1. A Reforma Luterana: Martinho Lutero n 1483 - Nasce em Eisleben, na Saxônia (leste da Alemanha), filho de Hans e Margaretha Luder.

Hans e Margaretha Luder – pais de Lutero

Hans e Margaretha Luder – pais de Lutero

Martinho Lutero n n 1505 - Ingressa no mosteiro agostiniano de Erfurt. 1512 -

Martinho Lutero n n 1505 - Ingressa no mosteiro agostiniano de Erfurt. 1512 - Torna-se professor da Universidade de Wittemberg.

Wittenberg e Igreja do Castelo

Wittenberg e Igreja do Castelo

Lutero n n 31 de outubro de 1517: convoca a comunidade acadêmica para um

Lutero n n 31 de outubro de 1517: convoca a comunidade acadêmica para um debate sobre as indulgências (as 95 Teses). 1519 - Em debate com João Eck, defende Hus e afirma que papas e concílios podem errar.

Lutero n n Catarina de Bora 1520 - Bula Exsurge Domine dá-lhe 60 dias

Lutero n n Catarina de Bora 1520 - Bula Exsurge Domine dá-lhe 60 dias para retratar-se. É queimada em praça pública. 1520 - Escreve À Nobreza Cristã da Nação Alemã, O Cativeiro Babilônico da Igreja e A Liberdade do Cristão.

Lutero n n n 1521 - Bula de excomunhão: Decet Pontificem Romanum. Lutero vai

Lutero n n n 1521 - Bula de excomunhão: Decet Pontificem Romanum. Lutero vai à Dieta de Worms: defende-se e é condenado. Refugia-se no Castelo de Wartburg, onde começa a traduzir a Bíblia.

1. Castelo de Wartburg 2. Aposento de Lutero 3. Bíblia Alemã

1. Castelo de Wartburg 2. Aposento de Lutero 3. Bíblia Alemã

Luteranismo n n n Idéias de Lutero difundem-se na Alemanha e na Europa graças

Luteranismo n n n Idéias de Lutero difundem-se na Alemanha e na Europa graças à imprensa. 1529 - Dieta de Spira: surge o nome “protestantes”. 1529 - Filipe de Hesse convoca o Colóquio de Marburg - divergência entre luteranos e zuinglianos sobre a Ceia do Senhor.

Imperador Carlos V Oficina do Impressor

Imperador Carlos V Oficina do Impressor

2. A Reforma Suíça n n n O segundo movimento de reforma surgiu na

2. A Reforma Suíça n n n O segundo movimento de reforma surgiu na Suíça. Seus primeiros líderes foram Ulrico Zuínglio (Zurique) e João Calvino (Genebra). Esta 2ª expressão histórica do protestantismo ficou conhecida como “movimento reformado. ”

Ulrico Zuínglio n n 1484 - Nasce em Wildhaus. 1516 - Lê o Novo

Ulrico Zuínglio n n 1484 - Nasce em Wildhaus. 1516 - Lê o Novo Testamento traduzido por Erasmo. n n 1518 - É nomeado sacerdote da catedral de Zurique. Torna-se afamado pregador bíblico.

Ulrico Zuínglio

Ulrico Zuínglio

Zuínglio n n n 1522 - Questiona o jejum da quaresma e o celibato;

Zuínglio n n n 1522 - Questiona o jejum da quaresma e o celibato; abandona o sacerdócio e torna-se ministro evangélico. 1523 - Início dos debates públicos em Zurique. Os Sessenta e Sete Artigos. 1525 - As missas são abolidas: Ceia do Senhor. Surge o movimento anabatista.

Zuínglio n n Bullinger, sucessor de Zuínglio n 1529 - Encontra-se com Lutero e

Zuínglio n n Bullinger, sucessor de Zuínglio n 1529 - Encontra-se com Lutero e outros líderes no Colóquio de Marburg. 1531 - Morre na segunda batalha de Kappel. Movimento reformado difunde-se na Suíça e no sul da Alemanha.

Participantes do Colóquio de Marburgo Justus Jonas Filipe Melanchton André Osiander João Ecolampádio Ulirico

Participantes do Colóquio de Marburgo Justus Jonas Filipe Melanchton André Osiander João Ecolampádio Ulirico Zuínglio Martinho Lutero Gaspar Hedio

João Calvino n n n Com a morte de Zuínglio, o movimento reformado passa

João Calvino n n n Com a morte de Zuínglio, o movimento reformado passa à liderança de João Calvino. 1509 - Calvino nasce em Noyon, no nordeste da França; pais: Gérard Cauvin e Jeanne Le Franc. 1523 - Estuda e humanidades e teologia em Paris.

O jovem Calvino

O jovem Calvino

Calvino n n n 1528 - Estuda Direito em Orléans e Bourges. 1531 -

Calvino n n n 1528 - Estuda Direito em Orléans e Bourges. 1531 - Retorna a Paris e retoma seus estudos humanísticos. Escreve um comentário do tratado de Sêneca “De Clementia. ” 1533 - Converte-se e tem de fugir de Paris. Começa a escrever a sua obra magna.

Calvino n n n 1536 - Primeira edição da Instituição da Religião Cristã ou

Calvino n n n 1536 - Primeira edição da Instituição da Religião Cristã ou Institutas (Basiléia). 1536 - Deseja ir para Estrasburgo; Guilherme Farel convence-o a ficar em Genebra. 1538 - Devido a conflitos com as autoridades civis, ambos são expulsos.

Calvino e Butzer

Calvino e Butzer

Calvino n 1538 -41 - Calvino passa três anos felizes em Estrasburgo: - Pastoreia

Calvino n 1538 -41 - Calvino passa três anos felizes em Estrasburgo: - Pastoreia uma igreja de refugiados franceses - Participa de conferências com o reformador Martin Butzer - Leciona na academia de João Sturm - Casa-se com Idelette de Bure - Escreve diversas obras

Calvino n n n 1541 - Calvino retorna a Genebra. Escreve as Ordenanças Eclesiásticas.

Calvino n n n 1541 - Calvino retorna a Genebra. Escreve as Ordenanças Eclesiásticas. Enfrenta longa luta com os magistrados. 1559 - Torna-se cidadão de Genebra, funda a Academia e publica a última edição das Institutas. 1564 - Morre no dia 27 de maio.

Calvino e os pastores de Genebra

Calvino e os pastores de Genebra

Princípios calvinistas n n A soberania de Deus na criação, providência e redenção. O

Princípios calvinistas n n A soberania de Deus na criação, providência e redenção. O estudo sério e criterioso das Escrituras. A importância da educação, para os pastores e os crentes em geral. Governo representativo através de presbíteros e concílios.

Local em que Calvino estudou

Local em que Calvino estudou

Rue Valette, onde residiu

Rue Valette, onde residiu

Placa da “torre de Calvino”

Placa da “torre de Calvino”

Igreja de Saint Germain L’Auxerrois”

Igreja de Saint Germain L’Auxerrois”

Almirante Gaspar de Coligny

Almirante Gaspar de Coligny

A Reforma na Escócia n n n A Reforma Escocesa é parte da Reforma

A Reforma na Escócia n n n A Reforma Escocesa é parte da Reforma Calvinista. O líder que mais contribuiu para implantar o calvinismo na Escócia foi John Knox (c. 15141572). No continente europeu, as igrejas calvinistas foram chamadas de “igrejas reformadas”; na Escócia, “igrejas presbiterianas”.

John Knox – Universidade de Edimburgo

John Knox – Universidade de Edimburgo

O Presbiterianismo n n n Na década de 1640, os calvinistas ingleses ou puritanos

O Presbiterianismo n n n Na década de 1640, os calvinistas ingleses ou puritanos realizaram a famosa Assembléia de Westminster. Os escoceses-irlandeses levaram o presbiterianismo e os padrões de Westminster para os Estados Unidos. Simonton, um descendente de escoceses, trouxe o presbiterianismo para o Brasil.

3. A Reforma Anabatista

3. A Reforma Anabatista

Reforma Radical n n n 1522 - grupo de jovens religiosos e humanistas reúne-se

Reforma Radical n n n 1522 - grupo de jovens religiosos e humanistas reúne-se em torno de Zuínglio, em Zurique. 1525 - conflitos acerca do batismo infantil; primeiros batismos de adultos e primeira congregação anabatista (“Irmãos Suíços”). Também conhecidos como “reformadores radicais”.

Anabatistas n n n 1527 - União Fraternal reúne-se em Schleitheim e aprova uma

Anabatistas n n n 1527 - União Fraternal reúne-se em Schleitheim e aprova uma Confissão de Fé escrita por Miguel Sattler. Começa um período de intensas perseguições em diversas partes da Europa. Anabatistas significa “rebatizadores”. Outro líder: Baltazar Hubmeier.

Menno Simons

Menno Simons

Anabatistas n n n 1534 -36 - extremistas criam uma teocracia em Munster e

Anabatistas n n n 1534 -36 - extremistas criam uma teocracia em Munster e são destruídos. 1536 - Menno Simons torna-se líder dos anabatistas da Holanda; fundador da Igreja Menonita. 1540 - Simons publica a obra Fundamento da Doutrina Cristã.

Princípios anabatistas n Retorno ao ideal da igreja primitiva n Separação entre igreja e

Princípios anabatistas n Retorno ao ideal da igreja primitiva n Separação entre igreja e estado n Batismo de adultos, por imersão n Afastamento do mundo

Princípios anabatistas n n n Fraternidade e igualdade Pacifismo: proibição de porte de armas

Princípios anabatistas n n n Fraternidade e igualdade Pacifismo: proibição de porte de armas e serviço militar Vida comunitária em colônias agrícolas

Crianças menonitas

Crianças menonitas

4. A Reforma Anglicana

4. A Reforma Anglicana

A Reforma Inglesa n n Ao contrário de outros países da Europa, na Inglaterra

A Reforma Inglesa n n Ao contrário de outros países da Europa, na Inglaterra a Reforma foi introduzida pela ação direta de alguns reis. 1527 - Henrique VIII procura a anulação do seu casamento com Catarina de Aragão, mas o papa recusa-se a atendê-lo.

Henrique VIII

Henrique VIII

Ato de Supremacia n n n 1533 - Um tribunal eclesiástico inglês declara nulo

Ato de Supremacia n n n 1533 - Um tribunal eclesiástico inglês declara nulo o casamento do rei. 1534 - O Ato de Supremacia reconhece o rei como “chefe supremo” da Igreja da Inglaterra. O rei tem o apoio de Thomas Cranmer, o arcebispo de Cantuária.

Esposas de Henrique VIII

Esposas de Henrique VIII

Eduardo VI n n 1547 - Eduardo VI sucede o pai; seus conselheiros são

Eduardo VI n n 1547 - Eduardo VI sucede o pai; seus conselheiros são todos protestantes. 1549 - adotado o Livro de Oração Comum, escrito por Thomas Cranmer. 1552 - Cranmer escreve os Quarenta e Dois Artigos (teologia calvinista). 1553 - Eduardo morre e sua irmã Maria Tudor sobe ao trono.

Eduardo VI

Eduardo VI

Maria I, a sanguinária n 1555 - muitos protestantes são mortos; mártires mais famosos:

Maria I, a sanguinária n 1555 - muitos protestantes são mortos; mártires mais famosos: Nicolau Ridley e Hugo Latimer. n 1556 - Cranmer também é morto na fogueira. n Muitos outros evangélicos vão para o exílio. n 1558 – Maria I morre e é sucedida por sua irmã Elizabete.

Elizabete I n n n Elizabete tem um longo reinado de 45 anos (1558

Elizabete I n n n Elizabete tem um longo reinado de 45 anos (1558 -1603) e implanta definitivamente o protestantismo na Inglaterra. O anglicanismo reúne elementos católicos (hierarquia, liturgia) e reformados (teologia). Compõe-se da Igreja Alta (ritualista) e da Igreja Baixa (evangélica).

Rainha Elizabete I

Rainha Elizabete I

Os puritanos n n n No início do reinado de Elizabete I (1558 -1603)

Os puritanos n n n No início do reinado de Elizabete I (1558 -1603) consolidou-se o movimento puritano (calvinistas ingleses). Lutavam pela “pureza” da Igreja da Inglaterra na sua doutrina, culto e forma de governo. Procuravam purificar a igreja a partir de dentro (sem sair dela).

Abadia de Westminster Londres

Abadia de Westminster Londres

Os “Solas” da Reforma n n n Sola Scriptura Solo Christo Sola gratia Sola

Os “Solas” da Reforma n n n Sola Scriptura Solo Christo Sola gratia Sola fides Soli Deo gloria Sacerdócio de todos os crentes

Sola Scriptura n “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o

Sola Scriptura n “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3. 16 -17).

Solo Christo, Sola gratia, Sola fides n “Pela graça sois salvos, mediante a fé;

Solo Christo, Sola gratia, Sola fides n “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2. 8 -10).

Soli Deo gloria n “Porque dele, e por meio dele, e para ele são

Soli Deo gloria n “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente” (Romanos 11. 36).

O sacerdócio dos crentes n “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa,

O sacerdócio dos crentes n “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2. 9).

Alguns livros úteis (Editora Cultura Cristã) n n James Boyce, O evangelho da graça.

Alguns livros úteis (Editora Cultura Cristã) n n James Boyce, O evangelho da graça. Michael Horton, As doutrinas da maravilhosa graça. n James Boyce e outros, Reforma hoje. n David Wells, Coragem para ser protestante.