A potica e a prosa do Romantismo Brasileiro
A poética e a prosa do Romantismo Brasileiro
Início do Romantismo • Alemanha com : O sofrimento do Jovem Werther.
História Final do século XVIII (europa) – Identificação Plena – Burguesia Momento de Ruptura com as artes - Revolução Francesa - Organização do Estado - Burguesia
Século XVIII • Alemanha (formação do estado nacional) • Inglaterra (revolução industrial) • França (revolução francesa e a destruição do modelo absolutista) = Ascensão da sociedade Burguesa
A era Napolêonica • A burguesia faz uma aliança com o estado • Napoleão resgata a nobreza mas não descarta a burguesia • Era definitiva para identidade nacional • Orgulho nacionalista de ser Frances • Ideias do liberalismo • Tudo isso vem junto com a fuga da família real
• Construção do espaço de identificação • Colonia – Reino Unido • Formatação do sujeito x nobres • Criação do BB, Biblioteca, Imprensa etc A vinda da família real 1808
1808 – 1836 • O romantismo foi se desenvolvendo • Gonçalves de Magalhães • Nacionalismo br só (1922) antes era uma cópia da Europa • Base social BR: Burguesia
• O Romantismo é a primeira estética literária a reivindicar uma literatura autenticamente brasileira e inaugura a Era Nacional da literatura. Tendo como grande projeto a construção de uma identidade nacional, os autores desse período valorizam os elementos nacionais para consolidar o sentimento de brasilidade nascido com a independência política do país em 1822.
POESIA
PRIMEIRA GERAÇÃO Primeira geração: marcada por forte sentimento nacionalista e religioso, tem como principal característica o ufanismo e a exaltação da natureza pátria. Entre seus principais representantes destacam-se Domingos José Gonçalves de Magalhães (1811 – 1882) – autor de Suspiros poéticos e saudades, obra que dá início ao Romantismo no Brasil – e Antônio Gonçalves Dias (1823 – 1864) – autor da Canção do Exílio e de Os timbiras. - Construção da ‘’identidade nacional’’ - Tentando encontrar a pátria
Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Construção da identidade nacional • • • Índios Saudades da pátria Natureza Religião Amor impossível • Influencia: Lamartine e Chateaubriand
Principais representantes Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias
Suspiros Poéticos • A Fantasia • A Tristeza • A Flor Suspiros
A Flor Suspiros Eu amo as flores Que mudamente Paixões explicam Que o peito sente. Amo a saudade, O amor-perfeito; Mas o suspiro Trago no peito. A forma esbelta Termina em ponta, Como uma lança Que ao céu remonta. Assim, minha alma, Suspiros geras, Que ferir podem As mesmas feras. É sempre triste, Ensanguentado, Quer seco morra, Quer brilhe em prado. Tais meus suspiros. . . Mas não prossigas, Ninguém se move, Por mais que digas. A Tristeza Triste sou como o salgueiro Solitário junto ao lago, Que depois da tempestade Mostra dos raios o estrago. De dia e noite sozinho Causa horror ao caminhante, Que nem mesmo à sombra sua Quer pousar um só instante. Fatal lei da natureza Secou minha alma e meu rosto; Profundo abismo é meu peito De amargura e de desgosto. À ventura tão sonhada, Com que outrora me iludia, Adeus disse, o derradeiro, Té seu nome me angustia. Do mundo já nada espero, Nem sei por que inda vivo! Só a esperança da morte Me causa algum lenitivo.
Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Segunda Geração • Amor e morte como símbolos da vida • Limbo • Base agrícola • Meninos morando sozinhos em SP • Prazeres do Rio de Janeiro (capital) • Experiencia amorosa = Platônica • Mulher que eles amam, mas não existe • Extremos no amor e na dor • Mulher como elemento norteador
Mal do século • Byron e Musset • Negativismo Boêmio • Dúvida • Tédio • Orgia • Morte • Infancia • Sofrimento
SONETO Pálida à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar, na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia! Era a mais bela! Seio palpitando. . . Negros olhos as pálpebras abrindo. . . Formas nuas no leito resvalando. . . Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti - as noites eu velei chorando, Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! Álvares de Azevedo
Álvares de Azevedo
Terceira Geração • Geração Condoreira • Poesia Social
Victor Hugo • Principais temas: Causas Sociais • Liberdade Social • Abolicionismo • Amor Erótico • 1870 - 1890
Castro Alves • Apesar da visão ser voltada para realidade o eu-lírico é hiperbólico entusiasmado. -Castro Alves - Abolicionista -Sousândrade
Boa Noite A frouxa luz da alabastrina lâmpada Lambe voluptuosa os teus contornos. . . Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos Ao doudo afago de meus lábios mornos. Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos Treme tua alma, como a lira ao vento, Das teclas de teu seio que harmonias, Que escalas de suspiros, bebo atento! Ai! Canta a cavatina do delírio, Ri, suspira, soluça, anseia e chora. . . Marion!. . . É noite ainda. Que importa os raios de uma nova aurora? !. . . Como um negro e sombrio firmamento, Sobre mim desenrola teu cabelo. . . E deixa-me dormir balbuciando: – Boa noite! –, formosa Consuelo. . .
Navio Negreiro Era um sonho dantesco. . . o tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho. Em sangue a se banhar. Tinir de ferros. . . estalar de açoite. . . Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar. . . Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs! E ri-se a orquestra irônica, estridente. . . E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais. . . Se o velho arqueja, se no chão resvala, Ouvem-se gritos. . . o chicote estala. E voam mais e mais. . . A crítica é feita de forma entusiasmada, caricata, enfeitada. Tira a verdade, deixa bonito, não choca. Grandiosidade!!!
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