A organizao do trabalho no sculo XX Conexes
A organização do trabalho no século XX Conexões de Saberes / UFAL | Cezar - Sociologia
ENEM 2016 Quanto mais complicada se tornou a produção industrial, mais numerosos passaram a ser os elementos da indústria que exigiam garantia de fornecimento. Três deles eram de importância fundamental: o trabalho, a terra e o dinheiro. Numa sociedade comercial, esse fornecimento só poderia ser organizado de uma forma: tornando-os disponíveis à compra. Agora eles tinham que ser organizados para a venda no mercado. Isso estava de acordo com a exigência de um sistema de mercado. Sabemos que em um sistema como esse, os lucros só podem ser assegurados se se garante a autorregulação por meio de mercados competitivos interdependentes POLANYI, K. A grande transformação: as origens de nossa época. Rio de Janeiro: Campus, 2000 (adaptado). A consequência do processo de transformação socioeconômica abordado no texto é a: a) expansão das terras comunais. b) limitação do mercado como meio de especulação. c) consolidação da força de trabalho como mercadoria d) diminuição do comércio como efeito da industrialização. e) adequação do dinheiro como elemento padrão das transações. Segundo Karl Marx, o trabalhador passa a ter que vender sua força de trabalho no momento em que não detém mais os meios de produção, ainda segundo ele, seu bem mais precioso. Portanto, sua força de trabalho passa a ser tratada também como um produto, aplicando-se sobre ela as regras de livre mercado e oferta e procura.
O trabalho moderno O aumento da produtividade está relacionado a racionalização do mundo moderno. Junto vem novas formas de controle e subordinação do trabalhador. Inovações tecnológicas, flexibilização dos direitos e o novo perfil multiprofissional do trabalhador.
As mudanças que ocorreram no mundo do trabalho estão relacionadas, em certa medida, com as crises enfrentadas pelo capitalismo.
Fordismo consiste em um sistema de produção que teve como objetivo a padronização das tarefas e dos produtos. Eram indústrias voltadas para as grandes massas, articulando inovações técnicas e organizacionais como as linhas de montagem. Nesse ambiente os operários ficavam parados enquanto as peças passavam na esteira. Esse sistema foi empregado por Henry Ford (1863 -1947).
TAYLORISMO foi desenvolvido pelo norte-americano Frederick Winslow Taylor (1865 -1915). Nesse sistema incorporou às inovações tecnológicas a otimização da produção. Nesse caso, os trabalhadores eram treinados para a alta produtividade, aprendendo a usar o tempo, dividir atividades e economia de movimentos em cada função. Essa racionalização científica do tempo e dos movimentos aumentou a especialização do trabalho.
TOYTISMO o processo de produção é flexibilizado. Os trabalhadores precisam ter capacidade de ocupar diversas funções numa mesma empresa. num contexto de forte controle do que é produzido e supervisionamento dos trabalhadores. A partir desse modelo a produção pode ser segmentada, estabelecida por demanda e necessidade. Os produtos incorporam um valor mais personalista, por isso não rompe necessariamente com a lógica do consumismo.
REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA baseada na inovação de equipamentos, na flexibilidade de tempo e de mão de obra, na redução do custo e no controle de qualidade. surgem os serviços por encomenda, a intermitência no trabalho, o trabalho temporário, especialização profissionalizante, sem romper necessariamente com os outros sistemas produtivos. Descentralização da produção, se instalando em lugares onde as leis trabalhistas são mais frágeis.
ENEM 2016 A mundialização introduz o aumento da produtividade do trabalho sem acumulação de capital, justamente pelo caráter divisível da forma técnica molecular digital do que resulta a permanência da má distribuição da renda: exemplificando mais uma vez, os vendedores de refrigerantes às portas dos estádios viram sua produtividade aumentada graças ao just in time dos fabricantes e distribuidores de bebidas, mas para realizar o valor de tais mercadorias, a forma do trabalho dos vendedores é a O texto fala sobre o processo de desenvolvimento de novas lógicas mais primitiva. Combinam-se, pois, acumulação molecularde tecnologia e de localização industrial, típica do toyotismo e da digital com o puro uso da força de trabalho. terceira revolução industrial. Outro ponto bastante claro no texto é o fato da modernização industrial não ter promovido uma OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista e o ornitorrinco. Campinas distribuição de renda e nem uma alteração das formas de trabalho. Boitempo, 2003. O enunciado pede os processos que geraram a situação descrita, logo, o advento de novas tecnologias e a reestruturação da indústria e da forma de produzir, constantemente atendendo à Os aspectos destacados no texto afetam diretamente questões demanda de mercado. como emprego e renda, sendo possível explicar essas transformações pelo(a) a) crise bancária e o fortalecimento do capital industrial. b) inovação toyotista e a regularização do trabalho formal. c) impacto da tecnologia e as modificações na estrutura produtiva. d) emergência da globalização e a expansão do setor secundário. e) diminuição do tempo de trabalho e a necessidade do diploma superior.
REFRÊNCIAS ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Trabalho e mudanças sociais. In: sociologia: Ensino Médio: volume único. São Paulo: Editora Scipione, 2013. SILVA, Afrânio et al. Trabalho e sociedade: explicando as bases da sociedade de classes. In: Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
- Slides: 10