A Nova Geografia Econmica Roteiro n NGE Afinal
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A Nova Geografia Econômica
Roteiro n NGE: Afinal, de que se trata? n n O modelo básico n n n Objetivos, estratégias de modelagem Condições para surgimento de aglomerações Modificações e extensões A NGE em perspectiva O futuro da NGE Práticas operacionais
Como explicar a formação de aglomerações (concentrações) econômicas no espaço geográfico?
NGE: Afinal de que se trata? n Concentração demográfica em áreas urbanas n n 47. 2% da população mundial (ONU) 75. 4% da população de países desenvolvidos 81. 2% (56. 8%) da população brasileira Concentração da atividade econômica n n Ellison e Glaeser (1997): EUA; Amitie (1999) e Brulhart (2001): Europa; Maurel e Sédillot (1999): França; Alonso-Villar et al. (2004): Espanha Azzoni (2003): Brasil n 53. 2% da produção industrial em São Paulo (1997)
NGE: Afinal de que se trata? n O que causa aglomerações? n n Retornos crescentes (RC) de escala são cruciais para se explicar a distribuição geográfica das atividades produtivas (“folk theorem of spatial economics”) Teorias alternativas n n Concorrência perfeita e externalidades Concorrência imperfeita n Oligopólio e concorrência monopolística
NGE: Afinal de que se trata? n Essência da NGE n n Teoria da emergência de grandes aglomerações baseada na existência de retornos crescentes de escala e custos de transporte Ênfase na interação entre firmas e fornecedores e entre firmas e consumidores Processo de causação circular de ligações para frente e para trás gera forças centrípetas do sistema Forças centrífugas
NGE: Afinal de que se trata? Mobilidade da mão-de-obra Demanda Mais pessoas Mais firmas Maior renda real Mais variedades Retornos crescentes Concorrência monopolística Custos de transporte Preferência por variedade
NGE: Afinal de que se trata? n Estratégias de modelagem (“The Spatial Economy”, 1999) n Dixit-Stiglitz n Icebergs n n Evolução Computador
Modelo básico n n Krugman (1991) Modelo centro-periferia n n n Mostra como aglomerações espaciais emergem a partir da interação entre RC e custos de transporte Espaço unidimensional, 2 regiões Modelos da NGE baseiam-se em três conjuntos de hipóteses básicas n Variedades de produtos, produtividade do setor industrial, custos de transporte
Modelo básico n 2 setores n n Agricultura (A), retornos constantes, ligado à terra, produto homogêneo Indústria (M), retornos crescentes, pode-se localizar nas duas regiões, continuum de variedades
Modelo básico n n Indivíduos possuem as mesmas preferências M é um índice composto de manufaturas A é o consumo de bens agrícolas é a participação das manufaturas nos gastos totais (!)
Modelo básico n Demanda agregada por variedade n mi é o consumo de cada variedade de n manufatura é a elasticidade de substituição entre produtos (!)
Modelo básico n n n Custo de vida (IPC) pi é o preço de mi Se pi = pm para todo i Mais variedades, menor custo de vida
Modelo básico n Fatores de produção: fazendeiros e trabalhadores n n Fazendeiros (fixos) distribuídos uniformemente pelo espaço Trabalhadores podem migrar Oferta de mão-de-obra exógena Requisito de mão-de-obra = 1 n n Participação de trabalhadores = Oferta de fazendeiros em cada região =
Modelo básico n Produção de manufaturas n Lmi são os trabalhadores empregados em cada firma i xi é a produção da firma i n Cada firma produz um único bem n
Modelo básico n Estrutura de custos de transporte n n n Transporte da produção agrícola não tem custo Transporte da produção industrial assume a especificação de custos de transporte do tipo “iceberg” é a fração da unidade transportada que não chega ao destino final (!)
Modelo básico n n n Elasticidade de demanda percebida pelos produtores monopolistas é Comportamento maximizador da firma representativa na região 1 implica Comparando preços de produtos representativos
Modelo básico n n Com livre entrada, em concorrência monopolística lucros econômicos = 0 Produção por firma é a mesma em cada região, independente dos salários, demanda relativa, etc.
Modelo básico n Número de manufaturas produzidas em cada região é proporcional ao número de trabalhadores
Modelo básico n n Não há dinâmica explícita Equilíbrio toma alocação inicial dos trabalhadores como dada n n Marshalliano Trabalhadores deslocam-se para regiões que oferecem maiores salários reais n Igualdade da razão trabalhador/fazendeiro ou divergência (concentração em uma região)
Modelo básico n Em equilíbrio, regiões oferecem mesmo salário real ou trabalhadores encontram-se concentrados em uma região n n Sob quais condições concentração pode ocorrer? Quais os efeitos de custos de transporte ( ), do tamanho do setor industrial ( ) e das preferências dos consumidores por variedades ( ) sobre a robustez de aglomerações?
Modelo básico Parâmetro Valor Circularidade opera? BAIXO Sim ALTO Não BAIXO Não ALTO Sim BAIXO Sim ALTO Não
Modificações e extensões n Modelo básico capta aspectos relevantes da evolução dos padrões espaciais n Relaxamento de hipóteses n n n Ausência de externalidades negativas entre firmas (poluição, congestionamento) Ausência de mercado imobiliário Trabalhadores indiferentes entre regiões oferecendo mesmo salário real (amenidades) Há apenas duas regiões. . .
A NGE em perspectiva n Primeiras reações n Revisão insuficiente de trabalhos anteriores n n Von Thünen (1824), Marshall (1890) Semântica Paraíso invadido Artimanhas intelectuais n n Simplificações estratégicas Soluções metodológicas alternativas são necessárias
A NGE em perspectiva n Visão superficial da realidade n n Fontes de economias de aglomeração desprezadas Caráter reduzido das possibilidades analíticas n Forças que afetam concentração e dispersão geográfica. . .
A NGE em perspectiva Forças centrípetas Forças centrífugas Linkages Imobilidade de fatores Pool de trabalhadores Aluguel da terra Spillovers de conhecimento Congestionamento e outras economias externas puras deseconomias externas puras
A NGE em perspectiva n Poucos trabalhos empíricos n n Simulações Relevância para análise de política? n n n Perspectiva de desenvolvimento futuro Desenvolvimento dos fundamentos teóricos e empíricos Contribuições n Ênfase em uma abordagem micro-fundamentada para problemas econômicos espaciais baseada em ferramentas modernas da teoria econômica
O futuro da NGE n n Extensão do menu teórico Estudos empíricos Implicações de bem-estar e de política Modelos quantificáveis n n Modelos ajustados para economias hipotéticas (“not fitted to actual data” [? ]) EGC espacial
O futuro da NGE ! n n ? Teoria pura Teoria aplicada Práticas operacionais Exemplo: NGE e Políticas de Transporte “Reaching the planner”: Práticas operacionais
Exemplo: análise de impacto n Dois projetos do PAC associados a dois eixos de integração espacial n n n BR-262 (leste-oeste) BR-381 (norte-sul) Modelo espacial de equilíbrio geral, com retornos não-constantes, integrado a um modelo de transporte georreferenciado n Modelagem explícita de imperfeições de mercado em uma economia espacial (Haddad e Hewings, 2005)
Eixo Leste-Oeste n n n Integração de espaços mais especializados Menor grau de concorrência espacial Espaços econômicos no Sudeste como mercados naturais da produção agropecuária (e relacionada) do Centro. Oeste
Soja Produção, Demanda e Comércio Inter-regional
Carne bovina Produção, Demanda e Comércio Inter-regional
Algodão Produção, Demanda e Comércio Inter-regional
Eixo Norte-Sul (litorâneo) n n Integração de espaços industrializados mais complexos Maior grau de concorrência espacial Espaços econômicos mais densos no Sudeste, com economias de aglomeração mais intensas Infra-estrutura de transporte saturada, propensa a efeitos de congestionamento
Produtos químicos (não-petroquímicos) Produção, Demanda e Comércio Inter-regional
Produtos têxteis naturais Produção, Demanda e Comércio Inter-regional
Produtos de couro e calçados Produção, Demanda e Comércio Inter-regional
Volumes de tráfego multimodal, 2007 Fonte: PNLT
Níveis de serviço – rede viária, 2007 (volume/capacidade) Fonte: PNLT
Projetos BR-262 BR-381 ü Total length: 441 km ü Total length: 304 km ü Total costs: BRL 554 millions ü Total costs: BRL 1, 395 millions ü Duplication of the existing road link between Betim and Nova Serrana, and the construction of climbing and passing lanes between Nova Serrana and Araxá ü Duplication of the track between Belo Horizonte and Governador Valadares ü The BR-262 project constitutes a major improvement on the east-west integration of the country, linking the coast of the Southeast to the more agricultural areas of the Midwest ü The BR-381 project has a strategic role in the integration of the Northeast with the Southeast and South of the country
Análise macro (não-espacial) n n Elasticidade-renda dos gastos em infraestrutura Impactos similares para os dois projetos n n Crescimento do PIB Magnitude proporcional ao tamanho do investimento
Efeitos espaciais (PIB) – BR-262 (leste-oeste) Curto prazo Longo prazo n Impactos positivos sobre o PIB das áreas de influência do projeto. n Impactos se espraiam no longo prazo. n Efeitos de re-localização tendem a se direcionar para regiões agrícolas bem como para áreas em Minas Gerais ligadas diretamente ao projeto.
Efeitos espaciais (PIB) – BR-381 (norte-sul) Curto prazo n n Longo prazo A região Nordeste expande sua área de mercado em detrimento das regiões Sul e Sudeste, que sofrem com os efeitos de congestionamento na rede. Resultado final: menor crescimento com redução da desigualdade regional [localized spillover models (Baldwin et al. , 2003)]
Considerações finais n n n O espaço é fundamental para a análise econômica A NGE tem um papel importante para chamar a atenção do mainstream Campo fértil de pesquisa n n n Teoria pura Teoria aplicada Práticas operacionais
Referências n n n Krugman, P. (1991). “Increasing Returns and Economic Geography”. JPE: 99(3). Krugman, P. (1991). Geography and Trade. MIT Press. Haddad, E. e Hewings, G. (2005). “Market Imperfections in a Spatial Economy: Some Experimental Results”. QREF. Fujita, M. et al. (1999). The Spatial Economy. MIT Press. Fujita, M. e Thisse, J-F. (2002). Economics of Agglomeration. Cambridge University Press.
Referências n n n Fujita, M. e Krugman, P. (2004). “The New Economic Geography: Past, present and the future”. PRS: 83(1). Schmutzler, A. (1999). “The New Economic Geography”. Journal of Economic Surveys: 13(4). Alonso-Villar, O. (2004). “The Effects of Transport Costs within the New Economic Geography”. Paper presented at the workshop The State of the Art in Regional and Urban Modelling, Seville.
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