A medicina antiga e medieval Gabriel Nogueira Bastos
A medicina antiga e medieval Gabriel Nogueira Bastos Soledade gsoledade@yahoo. com. br Liga de Homeopatia Unicamp, 10 de abril de 2007
Medicina grega
Medicina grega Escola de Cnido – Medicina ciência • Doenças são entidades independentes do paciente • Seria necessário classificar e distinguir as doenças • Diagnóstico é o mais importante • Terapêutica específica, localizada e intervencionista Escola de Cós – Medicina arte • • Doenças dentro do quadro particular do doente É necessário individualizar os sinais e sintomas Prognóstico é o mais importante Terapêutica totalizada, abrangente e conservadora
Hipócrates de Cós
Hipócrates
Influências
Composições Elementos l Qualidades l Humores l Temperamentos l Schipperges, H. : Moderne Medizin im Spiegel der Geschichte. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1970.
Composições Elementos l Qualidades l Humores l Temperamentos l Schipperges, H. : Moderne Medizin im Spiegel der Geschichte. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1970.
Composições Elementos l Qualidades l Humores l Temperamentos l Schipperges, H. : Moderne Medizin im Spiegel der Geschichte. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1970.
Composições Elementos l Qualidades l Humores l Temperamentos l Schipperges, H. : Moderne Medizin im Spiegel der Geschichte. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1970.
Composições “O corpo do homem é constituído por sangue, flegma, bile amarela e bile negra; estes fazem a natureza de seu corpo e através deles se sente dor ou se tem saúde. Ele goza de saúde perfeita quando esses elementos são devidamente proporcionais em composição, poder e volume e quando estão perfeitamente misturados, juntos. ” HIPPOCRATES. Nature of man. Cambridge: Harvard University, 1992. p. 11.
Processo saúde × doença l Humores: – Equilíbrio (ευκρασία) = saúde – Desequilíbro (δψσκρασία) • Compensação (τιμωρία) = doença l Restabelecimento da harmonia: – Eliminação dos humores injustos Purgantes, eméticos, diuréticos, catársicos, sangrias – Manutenção da eukrasía Dietas, exercícios físicos, desenvolvimento intelectual
Clínica l Diagnóstico: – – – Idade e sexo Estilo de vida e ocupação Personalidade Doenças atuais e passadas Tratamento Desejos e anseios Gostos e desgostos Prognóstico
Tratamento l Natura medicatrix l Contraria l Similia contrariis curentur similibus curentur
Galeno, séc. II
Galeno, séc. II l Enfermidades e agentes medicinais de quatro tipos: – Frios, quentes, úmidos e secos l Tratamento pelos contrários
‘Abu ‘Ali al-Hussain ibn ‘Abd Allah ibn al-Hassan ibn ‘Ali ibn Sina
Avicena, séc. II l Natureza contagiosa das doenças l Tratamento pelos contrários
Aureolus Phillippus Teophrastus Bombastus von Hohenheim
Paracelso, séc. XVI l Organismos possuidores de anima: “princípio vital ignoto e arcano, capaz de garantir a perpetuação da vida” l Tratamentos mais brandos: evitar sangrias e vomitórios l “Esta é a verdade: quem emprega o frio para o calor, a umidade para a secura, não entende a natureza da doença. ” l “O que produz icterícia também cura icterícia em todas as suas espécies. De maneira igual, o remédio que curará a paralisia deve proceder daquilo que a causa; e nesse sentido agimos de acordo com o método de cura pelos semelhantes. ”
Referências 1. BUJALKOVÁ, M. ; STRAKA, Š. ; JURECKOVÁ, A. Hippokratova humorálna patológia v súčasnom pohl’ade. Bratislavske lekarske listy 2001; 102(10): 482 -92. CORRÊA, A. D. ; SIQUEIRA-BATISTA, Rodrigo; QUINTAS, L. E. M. ; SIQUEIRA-BATISTA, Romulo. Similia similibus curentur: revisitando aspectos históricos da homeopatia nove anos depois. História, ciências e saúde-Manguinhos 2006 jan-mar; 13(1). 3. CORRÊA, A. D. ; SIQUEIRA-BATISTA, R. ; QUINTAS, L. E. M. Similia similibus curentur: notação histórica da Homeopatia. Revista da Associação Médica Brasileira 1997 out-dec; 43(4): 347 -51. 4. ENTRALGO, L. La medicina hipocrática. Madrid: Alianza Universidad, 1970. 5. ERNST, E. , KAPTCHUK, T. J. Homeopathy revisited. Archives of internal medicine 1996 Oct 28; 156(19): 2162 -4. 6. FESTUGIÈRE, A. J. Introduction. In: HIPPOCRATE. L’ancienne médecine. Paris: C. Klincksieck, 1948. p. VII-XXXII. 7. HIPPOCRATES. Nature of man. Cambridge: Harvard University, 1998. v. IV, p. 61 -95. 8. REBOLLO, R. A. Forças de ação e forças vitais no final do séc. XVIII: o caso da teoria homeopática de Samuel Hahnemann. Cadernos de história e filosofia da ciência. Campinas 1994 jul-dez; 4(2): 65 -93.
- Slides: 21