A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO A INFERNAL DOUTRINA
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A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO A velha teologia popular ensinava que as almas bem-aventuradas, por ocasião da dissolução do corpo, voavam para o céu, ao passo que as almas condenadas iam para o Hades, para ali sofrerem os tormentos dos perdidos.
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO Evidencia-se pela Bíblia que nem todos serão salvos. Muitos se perderão. Estes perdidos, em conformidade com a teologia popular, estão agora no inferno, sofrendo tortura de toda espécie. ali permanecerão todo o tempo. Sua agonia não cessa, não há interrupção no seu sofrimento nem mesmo depois do juízo. E segundo esta teoria o inferno existe mesmo agora.
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO Por volta do ano 188 a. D. , Atenágoras foi o primeiro pai cristão a usar o termo “alma imortal”. Tertuliano desenvolveu o sistema, dizendo: “Sendo que todas as almas são imortais, a punição dos ímpios deve ser eterna. ” Ele realçou um fogo sagrado que nunca se consome, mas se renova enquanto queima, eternamente matando, porém jamais terminando. Agostinho juntou
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO Esta doutrina de um inferno infindável levou muitos a duvidarem da justiça divina. Nada mais justo é que cada um seja punido segundo as suas obras; mas por o homem em torturas infindáveis por maior ou menor que seja a culpa, não parece justo.
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO Quando lançados no lago de fogo os homens, naturalmente, morreriam, deixariam de existir. Entretanto, se verdadeira a doutrina da imortalidade, Deus a organizou de tal maneira que não podem morrer. Dotou -os de alma imortal. Tem que sofrer eternamente. São mantidas vivas com a finalidade de tortura. Pelo poder de Deus, é concedida vida aos homens, mas para que sejam atormentados interminavelmente. Tem que sofrer eternamente. Essa é a crença dos
A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO Os que crêem numa alma imortal também tem que crer num inferno eterno e num Deus cuja ira não tem fim. Tem eles que crer no castigo infindável destituído de propósito, num castigo em desproporção com o crime, e num Deus cuja natureza é tal que lhe faculta fazer mesmo aquilo que o mais vil dos homens se recusaria a fazer – um castigo interminável.
Tentativas de escape das conseqüências necessárias Uma dessas tentativas resultou na crença de que todos serão salvos afinal. Outra é a doutrina do purgatório, que se crê ser um estado intermediário em que as almas são purificadas e condicionadas para o céu.
Tentativas de escape das conseqüências necessárias Ambas essas doutrinas, tem que, com base na Bíblia, ser rejeitadas, pois nem todos serão salvos (veja a parábola do trigo e do joio, da rede, Mat. 13: 24 -30; 36 -51), nem está mencionado nas Escrituras um lugar tal como o purgatório, Os próprios católicos, romanos, admitem isto, e citam os livros apócrifos como prova de sua crença num estado intermediário, pois são sabedores de que ela não pode ser encontrada na parte canônica.
Tentativas de escape das conseqüências necessárias Porque é impossível crer na doutrina da salvação universal e na doutrina do “estado intermediário” – Purgatório?
Tentativas de escape das conseqüências necessárias Rejeitamos estas duas doutrinas por serem antibíblicas. Elas não estão em harmonia com o que a Bíblia ensina quanto: 1 Ao juízo futuro 2 Ao estado do homem na morte, 3 A punição
Tentativas de escape das conseqüências necessárias Rejeitamos estas duas doutrinas por serem antibíblicas. Elas não estão em harmonia com o que a Bíblia ensina quanto: 1 Ao juízo futuro 2 Ao estado do homem na morte, 3 A punição
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS I – Nenhum lugar de tormento agora existe Não há lugar de tormento agora, e nem haverá antes do fim do mundo. Esta teoria é meramente uma ficção, adotada do paganismo pela igreja Católica Romana, e dela, levada para algumas das igrejas Protestantes, mas esta teoria não está na Bíblia.
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS II – A punição está no futuro Está claro que o homem quando morre, não vai nem para o céu nem para o inferno, mas vai para a sepultura onde ele aguarda o dia da ressurreição. Em harmonia com isto estão as palavras de Pedro: “O Senhor sabe livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados. ” (II Ped 2: 9).
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS III – Punidos pelo fogo O instrumento usado por Deus para punir os ímpios será o fogo. Este fogo é empregado não com o propósito de tortura, mas com o propósito de aniquilação. O fogo os destruirá completamente e eles jamais se recobrarão desta destruição. Este fogo não perpetuará as suas vidas, mas as aniquilará. Que o Senhor irá destruir o ímpio pelo fogo pode
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS IV – A punição será nesta terra A punição e o fogo serão nesta terra. Deus não tem um lugar especial de tormento que será perpetuado para tortura do ímpio. Eles serão punidos no lugar onde pecaram – na terra. Dois versos das Escrituras são suficientemente para demonstrar isto: Apoc 20: 9; Prov 11: 31.
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS V – A punição do ímpio terá lugar no fim do milênio O milênio iniciará com o 2º advento de Cristo (I Tess 4: 15 -17; Apoc 20: 4). Por ocasião do 2º advento os ímpios vivos serão destruídos (II Tess 1: 7 -9), e permanecerão insepultos sobre a face da terra (Jer 25: 31 -33). No fim do milênio os ímpios serão ressuscitados (Apoc 20: 5) e será o tempo
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS VI – A punição é chamada “eterna perdição” O pensamento de uma completa destruição dos ímpios é apresentado em II Tes 1: 9. O que é dito ser eterno é o castigo, a destruição. A questão a ser indagada não é a duração do castigo, mas, do que consiste o castigo. Se o castigo do pecado for a morte, então a morte é “eterna. ” Ninguém duvidará do fato que a Bíblia ensina que o
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS VI – A punição é chamada “eterna perdição” O pensamento de uma completa destruição dos ímpios é apresentado em II Tes 1: 9. O que é dito ser eterno é o castigo, a destruição. A questão a ser indagada não é a duração do castigo, mas, do que consiste o castigo. Se o castigo do pecado for a morte, então a morte é “eterna. ” Ninguém duvidará do fato que a Bíblia ensina que o
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS VII – Expressões que descrevam o castigo dos ímpios Muitos crêem que os ímpios e por todo o sempre em torturas infindáveis no inferno. Exista algum fundamento para essa crença? Notemos o que diz a Bíblia no tocante à sorte dos ímpios. O que constitui o castigo dos ímpios? Eis algumas expressões:
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS D – “Serão desarraigados” Sal 37: 28; 37: 22; 38; 94: 23. Desarraigar é: por fim; destruir; causar morte prematura. E – “Serão consumidos” Sal 21: 9; II Tes 2: 8; Deut 32: 22; Isa 5: 24. Consumir é: destruir gradualmente, como pelo fogo ou por decomposição; gastar. F – “Não mais existirão” Salm 37: 10; 104: 35; Obadias 16. G – “Serão exterminados” Prov 2: 22; Sal
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS H – “A vida lhes será tirada” Prov 22: 23. I – “Tornar-se-ao em cinza” Mal 4: 3. J – “Desfar-se-ão em fumo” Sal 37: 20.
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS Deduz-se, destes textos, que Deus pretende incutir a idéia de que tempo virá em que os ímpios não mais existirão. Dá-Se Ele ao trabalho de selecionar palavras e ilustrações que não apenas subentendem a cessação da vida e da atividade, mas a aniquilação. E será interessante saber que Deus escolhe as palavras mais fortes que podem ser achadas para comunicar Seus pensamentos quanto a esse assunto. Os ímpios não somente “se queimarão em
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS Não é meramente a palavra “consumir, ” a usada, mas “desaparecer” (Sal 37: 20). Também não lhes é suficiente “perecer” Eles “perecerão totalmente” (II Ped 2: 12). Não serão meramente “comidos” pelos vermes, mas “roídos, ” “devorados” (Isa 51: 8; Apoc 20: 9) De todas estas expressões podemos extrair uma única conclusão: “salário do pecado é a morte, ” consequentemente os ímpios não
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS VIII Fogo Eterno Alguns dirão que a Bíblia não fala apenas da “eterna destruição, ” e “ punição eterna, ” mas fala também do fogo eterno (Mat 25: 41). Perguntar-se á porque a necessidade de fogo eterno, se o tormento não é continuação. Em Judas 7 nos é dito que Sodomo e Gomorra não apenas foram destruídas mas
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS VIII Fogo Eterno De II Ped 2: 6 é evidente que o fogo eterno consome completamente o que ele ataca. A linguagem é: “E condenou à subversão as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindoas a cinza e pondo as como exemplo aos que vivem impiamente”. Que o fogo eterno leva pouco tempo para reduzir a cinzas o que ele ataca deduz-se de
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS IX Fogo inapagável (inextinguível) Outros dirão que S. Marcos, falando do fogo que destruirá o ímpio, diz se tratar de um fogo que “nunca se apagará. ” Mas o fogo inapagável não é o fogo que nunca cessa mas é um fogo que não pode ser apagado. Jerusalém foi queimada com fogo que “nunca se apagará ” (Jer 17: 19 -27; ro 36: 1921), mas não está mais queimado hoje. Por
A PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS IX Fogo inapagável (inextinguível) Os ímpios são comparados à “gordura de cordeiros” (Sal 37: 20). São comparados à “palha” (Mal 4: 1). Eles queimarão como a “estopa” (Isa 1: 31). Serão consumidos como os “espinhos” (Isa 33: 12). Essas substâncias sâo facilmente inflamáveis e se fosse atiradas a um fogo inapagável (que nunca se apaga), parece claro que seriam
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE” (Mat 25: 46; 41; Apoc 20: 10; 14: 11)
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE” I – Exemplos do N. T. que definem o seu significado Quando as palavras “eterno” e “para sempre” são encontradas no N. T. , elas vem do termo grego aion, ou do adjetivo aiones , que é derivado daqueles substantivo. Ao examinarmos os vários textos da Escritura que contém a palavra aion , descobrimos em seguida como seria impossível fazer esse radical grego significar sempre um período que não tem fim. Lemos, por exemplo, em S. Mateus 13: 39 e em outras partes de “fim do mundo (aion). ” Como poderia existir um “fim” para alguma coisa que não tem fim? (É esse um exemplo onde o termo aion poderia ser traduzido por “século” sendo o “mundo” encarado no seu aspecto de tempo. Em Colossenses 1: 26 o termo aion é assim traduzido). Lemos que Cristo foi exaltado acima “de todo o nome que se nomeia, não só neste século (aion) mas também no vindouro. “Ef 1: 21. Lemos sobre “o presente século (aion). ” II Tim 4: 10. A Bíblia fala do que “Deus ordenou antes dos séculos (aion). I Cor 2: 7.
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE” De Cristo lemos também: “Tu és Secerdote eternamente, (aion). ” Heb 5: . 6. Nesta passagem “eternamente, ” ou (aion). claramente significa este tempo presente, visto que todos os teólogos concordam em que o serviço de Cristo na qualidade de sacerdote terá seu fim quando o pecado for apagado. (O trabalho de um sacerdote é lidar com o pecado. Veja-se Heb 2: 17 e 5: 1). Paulo, escrevendo a Filemon, referindo-se à volta do seu servo Onésimo, disse: O retivesse (para sempre) (aionos), não já como servo, “ etc. Filemon 15 e 16. (Temos aqui o adjetivo que é derivado de aion. ) H. C. G. Moule, no erudito comentário The Cambridge Bile for Schools and Colleges, faz a seguinte anotação sobre este
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE” Não precisamos levantar a questão sobre se Moule apanhou o sentido exato das palavras de Paulo. Apenas perguntamos: Como poderia Filemon reter Onésimo “para sempre na Terra, e também depois” sem que o “para sempre” terrestre tivesse um fim? Lemos de “Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas. . . sofrendo a pena do fogo (aionios). ” S. Judas 7. Essas cidades, que há tanto tampo fora incendiadas em virtude do julgamento divino, estarão ainda ardendo? Não, respondereis, suas ruínas jazem submersas no mar Morto. A própria Bíblia com precisão relata que Deus “reduziu Sodoma e Gomorra a cinzas. ” (II Ped 2: 6). Ora, o destino dessas cidades, como está escrito, é uma advertência para os ímpios sobre o destino que lhes está preparado. Portanto, se o fogo eterno (aionios)” daquele juízo ocorrido há tanto tempo, reduziu a cinzas aqueles sobre os quais recaio, e os matou sob a sua ação, podemos razoavelmente concluir que o “fogo aionios” do último dia igualmente o fará.
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE” II – Exemplos do V. T. que definem o seu significado Ao examinarmos o V. T. , encontramos que “eterno” e “para sempre” significam algumas vezes um período de tempo bastante limitado. Citaremos textos onde estes dois termos são traduzidos da palavra hebraica olam, que é o equivalente da palavra grega aion. A páscoa devia ser observada “para sempre (Olam). ” Êx 12: 24. Não obstante, ela terminou com a cruz (veja-se Heb 9: 24 -26). Aarão e seus filhos deviam oferecer incenso “eternamente (olam)” (I Crôn 23: 12) e exercer um sacerdócio perpétuo (olam). Êx 40: 15. Porém esse sacerdócio com suas ofertas de incenso terminou com a cruz (veja-se Heb 7: 11 -14).
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE” Jonas, ao descrever as peripécias pelas quais havia passado, relata –as nestas palavras: “Os ferrolhos da Terra correram-se sobre mim para sempre (olam). ” Em conseqüência de haver cometido fraude, Geazi ouviu de Eliseu a seguinte sentença: “Portanto a lepra de Naaman se pegará a ti (Geazi) e a tua semente para sempre (olam). ” II Reis 5: 27. Vemos, pois, que em muitos casos aion, aiones, e olam tem um valor de tempo muito limitado.
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE” O que o uso da Bíblia revela, os estudiosos do grego confirmam. O dicionário grego de Liddel e Scott, uma obra modelo, por exemplo, dá os seguintes principais significados de aion. “ 1. Um espaço ou período de tempo, especialmente toda a vida, vida. . . Também a vida de uma pessoa, idade: a idade do homem. . . 2. Um longo período de tempo, eternidade. . . 3. Mais tarde, um espaço de tempo claramente definido e demarcado, uma era, idade, . . . a vida presente, este mundo. ”
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE” O douto arcebispo Trench, D. D. , em seu trabalho reconhecido como uma autoridade: Sinônimos do Novo Testamento, escreve relativamente significado da palavra aion: Aion primeiramente significa tempo, pouco ou muito em sua duração continuada; algumas vezes, em grego clássico, a duração de uma vida inteira. ” p. 208 e 209.
O SIGNIFICADO DE “ETERNO” E “PARA SEMPRE” Adan Clarke, o grande doutor metodista, comentando o caso da lepra de Geazi (II Reis 5: 27) observa: “O para sempre compreende tanto tempo quanto vivesse qualquer dos descendentes de Geazi. É essa a significação da palavra le-olam. Ela abrange todo o período ou duração de uma coisa a que é aplicada. O para sempre de Geazi ia até que a sua geração se extinguisse. ” Esta asserção concorda com a referência de Moule feita acima, ao tratar de Filemon 15: “O adjetivo (aionios) tende a marcar a duração de tempo, tanto quanto a natureza da matéria o permita. ”
O QUE É O INFERNO? I – O uso da palavra “inferno” no V. T. No V. T. , “inferno” é sempre traduzido da palavra hebraica Sheol, a qual significa simplesmente “o estado invisível” (Concordância Analítica de Young). A idéia de fogo ou punição não se encontra na palavra. Lemos: “E orou Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe. . . do ventre do inferno (sheol) gritei. “Jonas 2: 1 e 2. A nota marginal de algumas versões dá a tradução de “sepultura” para a palavra inferno ou sheol.
O QUE É O INFERNO? II – O uso da palavra “inferno” no N. T. No N. T. a palavra “inferno” é traduzida das três seguintes palavras gregas: A – Tartarus – uma vez da radical Tartaros, a qual significa “um abismo escuro” (Léxico Grego de Liddell e Scott). Esta palavra é usada em conexão com a espulsão de anjos maus do céu para a “escuridão. ” Não existe na palavra a idéia de fogo ou tormento. A passagem declara especificamente que os anjos “reservados para o juízo, ” isto é, para um acontecimento futuro. (ver II S. Pedro 2: 4;
O QUE É O INFERNO? B – Hades – dez vezes de hades que significa “um inferno, a sepultura, a morte. ” (Lexico Grego de Liddell e Scott. ) Hades descreve o mesmo lugar que Sheol isso torna-se evidente de dois fatos: 1 – A Septuaginta, antiga versão do velho testamento, quase sem exceção usa a palavra hades como tradução de sheol. 2 – Ao citar as profecias do Velho Testamento referente a Cristo: “pois não deixarás a Minha alma ao inferno – (Sheol), ”o escritor do Novo Testamento emprega a palavra “hades. ” (ver salmos 16: 10; Atos 2: 27). Quando a palavra “inferno” traduzida de hades aparece
O QUE É O INFERNO? a – A principal definição de hades, como já foi mencionado, não exige um tal significado da palavra. b – Mostramos como o V. T. disse que tantos justos como ímpios vão para o Sheol. Tamém mostramos que o hades se refere ao mesmo lugar ou estado. Teriam os antigos patriarcas descido para um lugar de chamas?
O QUE É O INFERNO? c – O N. T. fala de Cristo como estando no hades (Atos 2: 27). A fim de serem coerentes, muitos dos que crêem na doutrina de almas desincorporadas e do fogo do inferno queimando no momento presente são forçados a interpretar este texto do livro de Atos, como significando que a alma desincorporada de Cristo desceu ao fogo do inferno ao morrer na cruz, apesar de, em outras vezes, pretenderem provar, baseados em S. Lucas 23: 43 e 46, que Cristo subiu para Deus quando morreu. evidentemente ambas as posições não podem estar certas. O fato e que nenhuma delas está certa.
O QUE É O INFERNO? Albert Barnes, apesar de crente na imortalidade da alma, comenta: “a palavra grega hades significa literalmente um lugar desprovido de luz uma morada escura. ” Em vista disso explica ele assim o texto em questão: “O significado é simplesmente este: tu não Me deixarás entre os mortos”. Ao mesmo tempo lembra aos seus leitores que a palavra original correspondente a alma pode ser tomada como significando “o próprio indivíduo. ” é por esta razão que Barnes muda as palavras “minha alma” para “Me. ” podemos assim tomar a passagem de Atos 2: 27 como prova de que hades significa simplesmente a morada dos mortos, embora justos, e portanto, de modo algum tendo qualquer conexão com o fogo ou tormento. Tiramos a mesma conclusão do texto de I Cor 15: 55, onde a palavra “inferno” é uma tradução de hades, descreveu aquele elemento sobre o qual finalmente os justos
O QUE É O INFERNO? d – Os conhecedores do grego que fizeram a Versão Revisada Americana, cientes, sem dúvida, de que a nossa palavra “inferno” passou a significar um lugar de fogo e tormento, não a usaram na tradução do termo grego hades. Em vez disso, simplesmente transferiram a palavra grega hades para o inglês. usam entretanto a palavra “inferno” para traduzir uma outra palavra grega, da qual trataremos a seguir.
O QUE É O INFERNO? e – J. H. Moulton e George Milligan fornece-nos esta informação: A palavra hades é comum nas pedras sepulcrais na Ásia Menor. – Vocabulário do Testamento Grego sobre a palavra Hades. Torna- se quase desnecessário salientar que os enlutados da Asia Menor, onde se fala o Grego certamente não usariam nas lapides a palavra hades caso significasse o que em geral a palavra “inferno. ”
O QUE É O INFERNO? C – Geena – Doze vezes de Geena. Essa é a palavra grega correspondente à hebraica Hinnon, nome de um vale próximo a Jerusalém “Lugar usado para depósito de cadáveres de animais e de malfeitores, onde eram consumidos pelo fogo que se mantinha aceso constantemente. “(Lexico Grego de Liddell e Scott). Assim, Geena é a única palavra de todas a que na Bíblia são traduzidas por “inferno, ” a qual tem em si própria qualquer ideia de fogo ou tormento relativamente as doze vezes em que é usada a palavra Geena salientam-se dois fatos:
O QUE É O INFERNO? 1 – Tanto do corpo como da alma é dito serem lançados no inferno. Duas vezes é usada a frase: “ todo o corpo, ” (ver São Mateus 5: 29 e 30; 10: 28). 2 – Em nenhum dos doze exemplos diz o texto quando os ímpios serão “lançados no inferno. ” descreve o juízo pelo fogo simplesmente como um acontecimento futuro. Esses dois fatos, entretanto, contém a evidência de que esse acontecimento futuro não se seguirá imediatamente após a morte. “Todo o corpo” não é lançado na chama por ocasião da morte e não existe neste texto nenhuma sugestão de que a “alma” seja lançada em uma ocasião e “o corpo” em outra.
O QUE É O INFERNO? TANATO (grego). Esta palavra ocorre em vários lugares, mas é traduzida em I Cor. 15: 55 como inferno. Na realidade a falha de tradução foi tão clara que nem os que crêem no inferno tradicional mantiveram o erro, e corrigiram na Almeida Atualizada. Lá diz “onde está ó morte (tanato) a tua vitória onde está ó inferno (tanato=morte) o teu aguilhão? ” O verso 54, anterior, diz que a morte (inferno) perde a vitória e o aguilhão porque Jesus nos dá a imortalidade. Também não tem nada a ver com um lugar de fogo onde as pessoas ficam queimando.
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO (S. Lucas 16: 19 -31)
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO Objeção A história contada por Cristo, do rico e de Lázaro, prova a imortalidade da alma. (Veja-se S Lucas 16: 19 -31)
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO Se a narrativa deve ser tomada literalmente. Então os bons e maus, após a morte, não se transforma em espíritos intangíveis, mas vão para lugares da sua recompensa como seres reais, na posse de seus membros. No entanto, como poderiam eles ir para lá em corpo, uma vez que este havia sido inumado na sepultura? Ainda, se isto é um relato literal, então o céu e o inferno se encontram bastante próximos para permitir uma conversação entre os habitantes de ambos os lugares – situação um tanto indesejável, pelo menos. Se os que crêem na imortalidade inerente pretendem que esse seja um quadro literal da geografia do Céu e do inferno, devem então aceitar também literalmente o texto referente as “almas debaixo do altar” clamando por vingança contra seus perseguidores. (Veja-se Apocalipse 6: 9 -
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO A fim de evitar a crença de que os espíritos têm corpos e que o Céu e o inferno estão realmente bastante próximos para permitir uma conversação, porventura deseja o argumento considerar agora essa narrativa uma mera parábola? Neste caso lembrá-loíamos de que os teólogos unanimemente concordam em que não se podem alicerçar doutrinas sobre parábolas ou alegorias. Uma parábola, como outras ilustrações, é geralmente usada para tornar claro um determinado assunto. Procurar formar doutrinas de qualquer porção da narrativa resultaria em absurdo, ou mesmo perfeita contradição. É fora de dúvida que procurar na ilustração a prova para uma crença que seja o extremo oposto da que defende o próprio autor da ilustração, seria violar os mais rudimentares princípios que regem o assunto. Nós afirmamos que o argumento, ao usar esta parábola para provar que os
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO Em outra parte Cristo declara explicitamente qual o tempo em que os justos receberão sua recompensa a os ímpios serão lançados no fogo consumidor: “E quando o filho do homem vier em Sua glória. . . todas as nações reunidas diante d. Ele; . . . então dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino. . . Então dirá também aos que estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, maldito, para o fogo eterno. ” S. Mateus 25: 31 -41.
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO Em outra parte Cristo declara explicitamente qual o tempo em que os justos receberão sua recompensa a os ímpios serão lançados no fogo consumidor: “E quando o filho do homem vier em Sua glória. . . todas as nações reunidas diante d. Ele; . . . então dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino. . . Então dirá também aos que estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, maldito, para o fogo eterno. ” S. Mateus 25: 31 -41. Os escritos do velho Testamento são muito explícitos em afirmar que os mortos, justos ou ímpios, descansam em silêncio e inconsciência na sepultura até o dia da ressurreição. (Vejam-se Jó 14: 12 -15, 20 e 21; 19: 25 -27; Eclesiastes 9: 3 -6 e 10).
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO Portanto, se o argumento passa a declarar ser a história uma parábola ou alegoria, isso não vem mais em seu auxílio do que se a tomasse como sendo literal, a não ser queira manter a pretensão insustentável de que uma determinada porção de um relato figurado deve ser tomada literalmente, embora represente isso uma contradição direta às afirmações literais de “Moisés e os profetas” e Cristo (em S. Mateus 25).
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO Evidentemente, Cristo estava desejoso de repreender os fariseus, “que eram avarentos. ” S. Lucas 16: 14. Eles, em verdade bem como muitos dos judeus, mantinham a crença de que as riquezas eram um sinal do favor de Deus, e a pobreza um indício do Seu desagrado. Cristo ministrou-lhes a importante lição de que a recompensa que aguarda os ricos avarentos – os quais nada mais reservam para os pobres do que migalhas de pão – é justamente o oposto ao que os judeus acreditavam.
PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO Em outra parte da Bíblia encontramos a vívida parábola das árvores que “foram uma vez a ungir para si um rei” e mantiveram entre si uma conversação. (Vejam-se Juizes 9: 7 -15; II Reis 14: 9) Porque não tentar provar por essa parábola que as árvores falam e que elas tem reis? Não, direis, isso seria querer faze-la provar mais do que era a intenção do autor. Concordamos. A mesma regra aplica-se à parábola do rico e Lázaro.
O PEDIDO DO LADRÃO (S. Lucas 23: 43)
O PEDIDO DO LADRÃO Objeção Cristo disse ao bom ladrão que este no mesmo dia estaria com Ele, no Paraíso. (S. Lucas 23: 43).
O PEDIDO DO LADRÃO Os crentes na doutrina da imortalidade da alma, ou do espírito, apresentam ousadamente I S. Pedro 3: 118 -20 numa tentativa de provar que quando Cristo morreu na cruz, Ele desceu a pregar a certas almas perdidas no inferno. No entanto, esses mesmos pretendem, ao explicar S. Lucas 23: 43, que Cristo, depois de morrer na cruz, foi imediatamente para o paraíso. Ora, sabemos que tal não se deu, pelas razões seguintes: Se o leitor comparar Apocalipse 2: 7 com Apocalipse 22: 1 e 2, verá que Paraíso é onde se acha o “trono de Deus. ” Logo, se Cristo tivesse ido ao Paraíso naquela tarde de Sexta-feira, teria chegado a própria presença de Deus. Entretanto, Cristo mesmo, na manhã da ressurreição, declarou a Maria, quando ela se rojou aos Seus pés para adoráLo: “Não Me detenhas, porque ainda não subi para Meu Pai, Meu Deus e vosso Deus. ” S. João 20: 17. Quão perfeitamente
O PEDIDO DO LADRÃO Devemos lembrar que a pontuação foi introduzida na Bíblia pelos homens, modernamente. Os antigos manuscritos da Bíblia não só não tinham pontuação, como também tinham todas as palavras unidas umas as outras. Nossos tradutores introduziram, segundo o seu melhor critério, os sinais de pontuação, mas é verdade que essa obra sua não dirigida pela inspiração divina. Por isso não nos devemos confundir por causa da pontuação feita pelos tradutores há cerca de quatrocentos anos apenas, quando procuramos determinar o intento dos escritores de mil e novecentos anos atrás.
ESPÍRITOS EM PRISÃO (I Ped. 3: 18 -20)
ESPÍRITOS EM PRISÃO Objeção Cristo, no tempo que decorreu entre Sua crucifixão e ressurreição, foi pregar aos espíritos em prisão. 1 S. Pedro 3: 18 -20.
ESPÍRITOS EM PRISÃO Se Cristo foi pregar a determinados pecadores após a morte deles, a conclusão que se tira é que Ele lhes ofereceu uma segunda oportunidade, um segundo período de graça. E se houve esse segundo período de graça então o lugar de tortura ao qual se achavam confinados não era de modo a nunca dele poderem escapar – idéia que se aproxima bastante da idéia do purgatório. Demais, se Cristo por ocasião de Sua crucifixão pregou mesmo aos espíritos, por que teria Ele escolhido unicamente os espíritos dos que foram “desobedientes nos dias de Noé? ” Não tinham outros igual direito de uma segunda oportunidade
ESPÍRITOS EM PRISÃO Ora, houve nos tempos antediluvianos um pregador de Deus pelo qual o Espírito pudesse pregar aos homens? Sim, Pedro diz-nos que Noé era um “pregoeiro de justiça”. 2 S. Pedro 2: 5. No inspirado registro do plano de Deus para destruir a Terra por um dilúvio, lemos: “Não contenderá (ou pleiteará) o Meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. ” Gen. 6: 3. Então segue o relatório do chamado de Deus a Noé afim de que se preparasse para o dilúvio. Em outras palavras, o Espírito de Deus pregou àqueles antediluvianos por meio de Noé, um “pregoeiro da justiça”, esperando, em Sua longanimidade, cento e vinte anos antes de destruí-los, afinal.
ESPÍRITOS EM PRISÃO Por que entretanto, se diz estarem “em prisão” essas pessoas? A Bíblia descreve os que se acham nas trevas do pecado como sendo “prisioneiros” e estando numa “prisão”. E especificamente, o profeta Isaías declara que a obra de Cristo, tendo sobre Si, “o Espírito do Senhor Jeová”, era “tirar da prisão os presos. ” (Ver Isa. 42: 7; 61: 11, S. Lucas 4: 18 -21). A obra do Espírito nos tempos antediluvianos era evidentemente a mesma que no tempo de Cristo – a pregação aos que eram prisioneiros do pecado, oferecendo-lhes um meio de escape.
ESPÍRITOS EM PRISÃO Uma questão, apenas, permanece ainda. Perguntar-se-á por que eram chamadas “espíritos” as pessoas às quais Noé pregava, se eram homens que viviam na Terra. Deixemos responder um eminente comentarista, Dr. Adão Clarke. O fato de acreditar ele na doutrina da imortalidade da alma torna seu testemunho a esse respeito especialmente valioso. Depois de declarar que a frase “foi pregar” deve ser compreendida como significando “pelo ministério de Noé”, observa ele:
ESPÍRITOS EM PRISÃO “A palavra pneumasi, espíritos, supõe-se tornar improvável este ponto de vista acerca do assunto, porque isto tem de significar espíritos incorpóreos; isto, porém, certamente não procede, pois que os espíritos de simples homens aperfeiçoados (Heb. 12: 23) significa, certamente, homens justos, e homens que se encontram ainda na igreja militante; e o Pai dos espíritos (Heb. 12: 9) refere-se a homens ainda no corpo; e o Deus dos espíritos de toda carne (Núm. 16: 22 e 27: 16), refere-se a homens, não em estado incorpóreo. ” Comentários sobre 1 S. Pedro 3: 19 – (O grifo é do comentarista).
ESPÍRITOS EM PRISÃO O Dr. João Pearson, em sua Exposição do Credo, obra clássica da Igreja Anglicana, observa: “É certo, pois, que Cristo pregou àquelas pessoas que nos dias de Noé eram desobedientes, em todo o tempo em que a “longanimidade de Deus esperava” e, consequentemente, enquanto era oferecido o arrependimento. E é igualmente certo que Ele nunca pregou depois de haverem morrido. ” Pág. 163.
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