A IMPORT NCIA DO BRINCAR NA EDUCAO INFANTIL
A IMPORT NCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Segundo Ramos, (2000, p. 59) o comportamento lúdico tem seu início, desde o nascimento da criança, mediante reações espontâneas e prazerosas. Assim o bebê vai respondendo ao movimento de um objeto próximo de sua vista, seguindo-o com o olhar cujo comportamento pode revelar expressão de prazer e de distração. A partir desses primeiros sinais, o brincar vai se configurando ao longo, da infância, incluindo a dramatização, como uma das fases de maior significação no comportamento lúdico.
• Esse posicionamento encontra apoio nas idéias de Brougère (1998 p. 59), ao argumentar, que tais comportamentos, se iniciam já nos primeiros meses de vida da criança. Para caracterizá-lo com brincadeira, “considera necessário que o mesmo se manifeste livremente, embora estimulado adequadamente pela pessoa que atenda o pequeno”. Segundo o autor, “ a criança nos seus três primeiros meses, pode divertir-se por sua própria conta, com seus pés ou suas mãos, observando-os e movimentando-os com espontaneidade e satisfação”.
• Como brincar na concepção de Winnicott (1975 p. 117), “é um modo particular de viver”, é preciso aprender a brincar com prazer e, por extensão, aprender com prazer. Acreditamos que a motivação para a atividade lúdica reside exatamente no fato de correr o risco e no confronto constante com o real que implica. Este é o trânsito que qualifica brincadeira e realidade. O início das relações entre a criança e o mundo se dá através do brincar. Brincando a criança se descobre, experimenta, cria, relaciona, compreende e transforma, começa lentamente a construir sua história.
A brincadeira na educação infantil pode ser utilizada como um instrumento que liga a realidade e o faz-deconta. Estas atividades ajudam a construir o conhecimento, desde que criem situações em que as crianças possam expressar diferentes sentimentos, e gradativamente, ir aceitando a existência do outro.
• A infância é, conseqüentemente, um momento de apropriação de imagens e de representações diversas que transitam por diferentes canais. As suas fontes são muitas. O brinquedo é, com suas especificidades, uma dessas fontes. Se ele traz para a criança um suporte de ação, de manipulação, de conduta lúdica, traz-lhe, também, formas e imagens, símbolos para serem manipulados. • Por isso, parece útil considerar o brinquedo a partir de sua dimensão funcional, mas também, a partir de sua dimensão simbólica.
• Nas considerações de Brougère (1998 p. 41), “não podemos subestimar a importância do aspecto funcional do brinquedo cujas conseqüências, no nível de desenvolvimento da criança, parecem importantes”. Considera ele que as dimensões funcional e simbólica encontram-se imbricadas entre si. Função e símbolo estão, na maioria das vezes, ligados e são indissociáveis no brinquedo. “A representação desperta um comportamento e a função se traduz numa representação, como por exemplo: rodar e ter o aspecto de um veículo; pelúcia e função afetiva. Entretanto, a separação é indispensável para fins de análise. É preciso distinguir esse nível para perceber o que lhe é próprio antes de voltar à totalidade, original pela presença dessas duas dimensões que constituem o brinquedo.
• Na sua brincadeira, a criança não se contenta em desenvolver comportamentos, mas manipula as imagens, as significações simbólicas que constituem uma parte da impregnação cultural à qual está submetida. Embora algumas brincadeiras permaneçam fiéis à imagem inicial, a apropriação das crianças leva a inseri-la em outros contextos ligados à sua vivência cotidiana: Uma boneca para a criança, algumas vezes torna-se babá, faxineira, irmã, filha e mãe.
• Porém, o brinquedo se insere na brincadeira através de uma apropriação, deixa-se envolver pela cultura lúdica disponível, usando práticas de brincadeiras anteriores. A brincadeira é, igualmente, imaginação, relatos, histórias. O próprio brinquedo serve de suporte para representações, para histórias, sejam elas específicas ou retirados de outros suportes (livros, filmes, desenhos animados).
Como as brincadeiras contribuem para o desenvolvimento. • São as atividades lúdicas que visam melhorar a socialização entre as crianças, fazendo com que vivenciem situações de colaboração, trabalho em equipe e respeito. Além de proporcionarem momentos lúdicos e prazerosos, fazendo com que a criança classifique, ordene, estruture, resolva pequenos problemas e sinta-se motivada a ultrapassar seus próprios limites. • O brincar, jogos e brincadeiras constam como recursos necessários na construção da identidade da autonomia infantil e das diferentes linguagens das crianças (verbais e não verbais).
A importância do brincar na Educação Infantil
• Como os pais e a escola podem contribuir e compreender as brincadeiras no desenvolvimento de seus filhos? • O papel do adulto no brincar da criança é fundamental. A forma de relação estabelecida por ele irá incidir diretamente no desenvolvimento integral da criança, e sua postura poderá facilitar ou dificultar o processo de aprendizagem infantil. O investimento na qualidade dessa relação é imprescindível em qualquer espaço de educação, seja ele formal ou informal.
• O importante é aprender a observar a criança brincando, experimentar a vivência lúdica para poder compartilhá-la e buscar qualificar-se de forma teórica e vivencial através de cursos, encontros, grupos de estudo etc. Considerando que a promoção do brinquedo se dá naturalmente no mundo infantil, o desafio do adulto reside em construir uma relação que permita à criança ser agente de sua própria brincadeira, tendo na figura dele um parceiro de jogo que a respeita e a estimula a ampliar cada vez mais seus horizontes. • A concepção de brincar com forma de desenvolver a autonomia das crianças requer um uso livre de brinquedos e materiais, que permita a expressão dos projetos criados pelas crianças. Só assim, o brincar estará contribuindo para a construção da autonomia. (Kishimoto, 1996).
A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividades lúdicas.
As brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais as crianças expressam e passam mensagens, mostrando como elas interpretam e enxergam o mundo. É uma atividade de grande importância, pois as tornam ativas, criativas, e reconheçam que além das famílias existem outros contextos no qual vivem e desenvolvem e se relacionam com os outros que também as fazem felizes.
A criança não é um adulto que ainda não cresceu. Ela tem características próprias e para se tornar um adulto, ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família, posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a escola.
Com o decorrer dos anos houve uma profunda mudança da imagem da criança, associando assim uma visão positiva a suas atividades espontâneas, surgindo como decorrência à valorização dos jogos e brinquedos. O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do desenvolvimento infantil proporcionou a conscientização da importância do lúdico.
• Portanto, brincando a criança desenvolve potencialidades, ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua e cria. O brinquedo e a brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil, possibilitando a criança a desenvolver a sua inteligência, sua sensibilidade, habilidades e criatividade, além de aprender a socializar-se com outras crianças e com os adultos, no entanto a criança necessita de suporte para gerenciar seus sonhos, o brincar é um direito fundamental de todas as crianças no mundo inteiro, cada criança deve estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. A escola deve oferecer oportunidades para a construção do conhecimento através da descoberta e da invenção, elementos estes indispensáveis para a participação ativa da criança no seu meio.
A Importância do Espaço Físico Nas Brincadeiras O espaço físico deve ser pensado a atender: Funções relativas ao desenvolvimento infantil, no sentido de promover: identidade pessoal, desenvolvimento de competência, oportunidades para crescimento, sensação de segurança e confiança, bem como oportunidades para contato social e privacidade.
O ambiente deve ser: Ø prazeroso e acolhedor para as crianças, onde elas possam brincar, criar e recriar suas brincadeiras, interagir com seus pares se sentindo estimuladas e independentes. Ø Possuir objetos que retratem a cultura e o espaço social em que vivem, ambientes a serem explorados, seguros, de liberdade, de fácil locomoção, que desenvolvam a socialização Ø que satisfaçam crianças as necessidades das
Que desafie os campos Cognitivo Social Motor Que estimulem seus sentidos Que estabeleça relações com o mundo
Devem proporcionar estímulos externos, como: Cheiro de flores, a brisa , o vento, o ruído, o calor, o sol entre outros. Utilizar diferentes texturas, cores e formas, música e vozes, aromas, oportunidade para provar diferentes sabores
As aprendizagens que ocorrem dentro dos espaços disponíveis e ou acessíveis à criança são fundamentais na construção da autonomia, tendo a mesma como própria construtora de seu conhecimento. O conhecimento se constrói a cada momento em que a criança tem a possibilidade de poder explorar os espaços disponíveis a ela. A organização dos espaços na educação infantil é fundamental para o desenvolvimento integral da criança, desenvolvendo suas potencialidades e propondo novas habilidades sejam elas: motoras, cognitivas ou afetivas. A criança que vive em um ambiente construído para ela e por ela vivência emoções que a farão expressar sua maneira de pensar, bem como a maneira como vivem e sua relação com o mundo
PAPEL DO PROFESSOR v A razão da escolha profissional é fundamental no seu desempenho. v Ser professor requer: dedicação, atenção constante aos pontos formativos de nossa conduta, domínio da vontade para dar o exemplo, maturidade emocional, fundamentação pedagógica das atitudes que toma, respeito aos pontos discordantes, não esquecer das diferenças individuais, fazer do trabalho escolar uma unidade de ação e não uma uniformidade, etc.
v. O professor deve elaborar propostas de trabalho que incorporem as atividades lúdicas; v. Deve acreditar que brincar é essencial na aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na construção da identidade
A atitude do professor é, sem dúvida, decisiva no que se refere ao desenvolvimento do faz-de-conta. Três funções diferenciadas que podem ser assumidas pelo professor, conforme o desenrolar da brincadeira: 1) Função de observador, observador na qual o professor procura intervir o mínimo possível, de maneira a garantir a segurança e o direito à livre manifestação de todos; 2) Função de catalisador (perceber), procurando, através da observação, descobrir as necessidades e os desejos implícitos na brincadeira, para poder enriquecer o desenrolar de tal atividade; 3) Função de participante ativo nas brincadeiras, brincadeiras quando como um mediador das relações que se estabelecem e das situações surgidas.
O brincar nas Diretrizes Educacionais para a Rede Municipal; de Ensino de Juiz de Fora Outubro/2008 “As culturas das infâncias estão representadas nas brincadeiras, nos contextos das vidas sociais cotidianas das crianças entre os seus pares e também nos modos de vida específica que levam”.
O Brincar como fundamento da proposta • O brincar precisa ocupar o centro da nossa proposta; • Brincar é atividade cultural que é recriada a partir do que a criança traz de novo, com o seu poder de criar e produzir cultura; • O brincar se constitui como um espaço de aprendizagem • É função da escola favorecer a experiência lúdica, redimensionando os tempos e espaços para a brincadeira. • É preciso dialogar com a cultura infantil
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