A ESCRAVIDO E A ECONOMIA NO SCULO XVIII

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A ESCRAVIDÃO E A ECONOMIA NO SÉCULO XVIII Francisco Vidal Luna e Herbert Klein

A ESCRAVIDÃO E A ECONOMIA NO SÉCULO XVIII Francisco Vidal Luna e Herbert Klein

PASSAGEM DO SÉCULO XVII PARA O XVIII Economia colonial brasileira: Concorrência do sistema de

PASSAGEM DO SÉCULO XVII PARA O XVIII Economia colonial brasileira: Concorrência do sistema de plantations nas Antilhas; Guerras contra os holandeses em Pernambuco: perdas para a indústria açucareira; Redução de mercados consumidores do açúcar brasileiro. Embora a produção açucareira continuasse a crescer, a era de alta lucratividade terminara. v Relativa depressão. v Coroa: busca por novos mercados e produtos exploração do interior da colônia em busca de riquezas minerais. Atividades dos paulistas (apressamento do indígena): descoberta de substancias jazidas de ouro de aluvião no interior da colônia.

O OURO E O ESCRAVISMO Mineração escravista: novo tipo de economia escravista. Descoberta das

O OURO E O ESCRAVISMO Mineração escravista: novo tipo de economia escravista. Descoberta das minas: intenso fluxo de pessoas e escravos para o interior da colônia. Rápido povoamento do interior: 1710: 20 mil homens livres; 20 mil escravos; � 1717: 35 mil escravos; � 1720: 50 mil escravos; � 1730: 100 mil escravos. � Crescimento notável da população livres de cor: 1760: 249 mil escravos e homens livres de cor; 71 mil homens brancos. Ø 1766: 266 mil pessoas de cor 157 mil escravos; 109 mil livres. Ø v Minas Gerais: zona singular de trabalho escravo no Brasil.

 Surgimento de importantes centros urbanos Ouro Preto: em meados do XVIII, 20 mil

Surgimento de importantes centros urbanos Ouro Preto: em meados do XVIII, 20 mil habitantes. Escravidão em Minas Gerais: África � Primeira metade da centúria � Segunda metade da centúria: 90% do total da população escrava: africana; 2% de escravos indígenas; 5% de escravos crioulos (nascidos no Brasil). Crescimento da população escrava nascida no Brasil. Origens dos escravos africanos: 42% da África Ocidental: Cabo Verde, Senegal e outras regiões do oeste; � 58% da África Central e sul: Angola, Congo e Moçambique. � Efeitos sobre as características demográficas da população escrava: predominância de africanos Relações familiares; � Relações de sexo e idade. � Racionalidade econômica: acesso as minas número de escravos. Data mineral (66 metros): 12 escravos. � Elevada concentração de escravos homens; desequilíbrio entre os sexos. � Distorção na estrutura etária da população escrava. �

 Estrutura da exploração: � Datas e lavras minerais: proprietários de escravos; � Mineração

Estrutura da exploração: � Datas e lavras minerais: proprietários de escravos; � Mineração itinerante: pequenos proprietários e mineradores sem escravos. Organização em turma de trabalho: organização e disciplina. Liberdade de movimentação de escravos. Padrões de posses: Elevado número de domicílios com escravos (1/3 dos fogos contavam com trabalhadores escravos) � Pulverização das posses: pequenas e médias posses � Indice de Gini (0, 40 – 0, 50): nível baixo de desigualdade entre os proprietários de escravos. � Os proprietários de escravos: � � Cultura urbana � � � v Grande número de alfabetizados; Forros. Centros urbanos com populações de 10 e 20 mil habitantes; Irmandades religiosas: assistência e ajuda mútua. Artes: barroco mineiro. Atividade mineradora: ouro e diamantes (Demarcação Diamantina)

OS CENTROS MINERADORES E A EXPANSÃO DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL O ouro de

OS CENTROS MINERADORES E A EXPANSÃO DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL O ouro de Minas Gerais: mudança do centro de gravidade da economia e população colonial � Ascensão do centro e sul da colônia � Transferência da capital colonial para o Rio de Janeiro (1763) Disseminação da escravidão por vários setores econômicos. Rio de Janeiro Expansão das atividades econômicas: navegação e comércio internacional; � Expansão demográfica da cidade; � Crescimento das atividades no porto: exportação e importação. � Região dos Pampas (sul da colônia) Expansão e ocupação das áreas de fronteira: pampas gaúcho e as margens orientais do Rio da Prata � Pastoreiro: fornecedor de carne, couro e mulas (cruciais para o sistema de transporte). � São Paulo: � � � Transformação socioeconômica: introdução da escravidão africana; Produção de gêneros alimentícios para o mercado interno (MG e RJ) Agricultura de exportação: açúcar e aguardente.

 Rio Grande do Sul � Expansão salgada). das áreas de pecuária: charque (carne

Rio Grande do Sul � Expansão salgada). das áreas de pecuária: charque (carne seca e Paraná e Santa Catarina � Pecuária; � Pesca da Baleia. Desenvolvimento da navegação de cabotagem. Revivescimento da indústria do açúcar: Pernambuco, Bahia (áreas antigas), Rio de Janeiro e São Paulo (áreas novas). Era Pombal (1750 -1777): crescimento e diversificação da pauta de exportação do Brasil � Cia. Geral Algodão de Comércio do Grão-Pará e Maranhão: � Cia. Geral de Açucareira Comércio de Pernambuco e Paraíba

DECLÍNIO DA MINERAÇÃO E A CAPITANIA DE MINAS GERAIS Crise da mineração: crise econômica.

DECLÍNIO DA MINERAÇÃO E A CAPITANIA DE MINAS GERAIS Crise da mineração: crise econômica. � � � Diversificação da produção agrícola voltada para o abastecimento do mercado interno. � v Deterioração urbana; Expansão da escravidão; Crescimento da população livre de cor. “As fazendas escravistas produziam açúcar, café, gêneros alimentícios e gado” absorção do impacto da crise da mineração. “Minas Gerais houvesse invertido a direção de suas relações com a economia da costa, tornando-se importante fornecedora de gêneros alimentícios necessários ao funcionamento do regime de grande lavoura exportadora imperante nas regiões litorâneas” (p. 81). Brasil, em 1800, quase um milhão de escravos.

“ENCONTRAVA-SE NO BRASIL A MAIOR CONCENTRAÇÃO DE CATIVOS DE ORIGEM AFRICANA DE TODAS AS

“ENCONTRAVA-SE NO BRASIL A MAIOR CONCENTRAÇÃO DE CATIVOS DE ORIGEM AFRICANA DE TODAS AS COLÔNIAS AMERICANAS E, PROVAVELMENTE, TAMBÉM A MAIOR DIVERSIFICAÇÃO NO USO ECONÔMICO DA MÃO DE OBRA ESCRAVA DOHEMISFÉRIO OCIDENTAL. ” (P. 81) “O Brasil, com seu meio milhão de pessoas livres de cor, tinha a maior população de negros e mulatos livres da América. Embora o açúcar, o ouro, os diamantes e outros produtos exportáveis passassem pelos clássicos ciclos coloniais de crescimento e declínio, a vitalidade da economia brasileira permitiu o desenvolvimento de novos produtos, a abertura de novas regiões e a criação de um vigoroso mercado interno. ” (p. 82) “Inquestionavelmente, o Brasil abrigava em 1800 a maior população de africanos e afrodescendentes de todas as colônias europeias do Novo Mundo e era o maior sistema escravista das Américas. ” (p. 82)