A CIENTIFICIDADE NA PESQUISA Pesquisa I Introduo ao

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+ A CIENTIFICIDADE NA PESQUISA Pesquisa I – Introdução ao trabalho científico Viviane Castro

+ A CIENTIFICIDADE NA PESQUISA Pesquisa I – Introdução ao trabalho científico Viviane Castro Camozzato

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” Segundo Umberto Eco, no livro Como fazer

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” Segundo Umberto Eco, no livro Como fazer uma tese, há algumas peculiaridades a serem consideradas quando adotamos, em uma universidade, o termo “científico”. Em suma, um estudo, para ser científico, precisa englobar alguns requisitos básicos, tais como: “O estudo debruça-se sobre um objeto reconhecível e definido de tal maneira que seja reconhecível igualmente pelos outros. ” (Eco, 2005, p. 21) Falar em objeto não significa, contudo, que o mesmo tenha que ser um objeto físico! “Definir o objeto significa então definir as condições sob as quais podemos falar, com base em certas regras que estabelecemos ou que outros estabeleceram antes de nós. ” (Eco, 2005, p. 21)

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” Tratamos de objeto de estudo ou, como

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” Tratamos de objeto de estudo ou, como também se diz, objeto de pesquisa. É preciso, após a escolha do tema, refinar, lapidar, delimitar o tema: é preciso tornar o tema amplo em um objeto de estudo particular. Podemos, assim, ter em uma turma várias pessoas trabalhando sobre o mesmo tema (exemplo: pedagogia). Contudo, cada um deve ter o seu objeto de estudo próprio e singular. Exemplo: as tranformações no conceito de pedagogia na segunda metade do século XX. . Para isso é preciso delimitar o tema a partir de algumas estratégias: delimitação de autores e perspectivas teóricas, do tema amplo marcar bem que se vai focar em uma parte, um tópico do TODO, escolha dos materiais de análise. Nesse movimento de construção do objeto de estudo pode-se considerar, ainda, fixar circunstâncias, como o tempo e o espaço, o quadro histórico e geográfico que dão o contorno e limites do objeto de estudo, entre outros aspectos.

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” PROJETO DE PESQUISA Título Tema da pesquisa

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” PROJETO DE PESQUISA Título Tema da pesquisa Objeto de investigação Universo de pesquisa Questão ou problema de pesquisa Hipótese Objetivos da investigação Justificativa Fundamentação teórica Metodologia Cronograma Recursos humanos e materiais Procedimentos éticos Bibliografia básica

+ SUMÁRIO (Exemplo) PARTE I Introdução 1. O presente expresso nas pedagogias (ou sobre

+ SUMÁRIO (Exemplo) PARTE I Introdução 1. O presente expresso nas pedagogias (ou sobre o problema de pesquisa, hipóteses e objetivos) 2. Modos de fazer ver e pensar (ou sobre as opções metodológicas) Capítulo 1. Entre a pedagogia legisladora e as pedagogias intérpretes 1. 1. Legislar pela pedagogia 1. 2. Interpretar com as pedagogias Capítulo 2. Vontade de pedagogia 2. 1 Nas dificuldades da educação a necessidade de mais pedagogia 2. 2 A incidência das pedagogias na vida das pessoas

PARTE II Capítulo 3. Pedagogias do presente 3. 1 Cultura(s) e pedagogia(s) 3. 2

PARTE II Capítulo 3. Pedagogias do presente 3. 1 Cultura(s) e pedagogia(s) 3. 2 Sujeitos do presente + Capítulo 4. Apreender o real com as pedagogias 4. 1 O funcionamento da representação na pedagogia 4. 2 Aprender a olhar com as lentes das pedagogias Capítulo 5. As pedagogias e o gerenciamento das vidas 5. 1 As gerações na sociedade Capítulo 6. Estar visível, fazer-se imagem: a incorporação das tecnologias 6. 1 Transitar pela ordem do visível PARTE III Capítulo 7. Artes da pedagogia 7. 1 A pedagogia que produz (as) formas 7. 2 Artes de si Potências e impotências das pedagogias (considerações finais) Referências bibliográficas

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” “O estudo deve dizer do objeto algo

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” “O estudo deve dizer do objeto algo que ainda não foi dito ou rever sob uma óptica diferente o que já se disse. ” (Eco, 2005, p. 22) Um trabalho científico deve procurar acrescentar algo ao que já sabemos. Do contrário, se trata de um trabalho de divulgação. Assim: qual o propósito de dizer exatamente o que outros já disseram? Por que não procurar pensar diferente do que estamos pensando hoje? Por que não associar o trabalho de pesquisa científica a um ato, ao mesmo tempo, de criação? Por que se contentar ao que os outros já disseram? Por que não “mexer” no pensamento? Por que não incorporar a dúvida, a incerteza e a problematização constante? Por que fazer das grandes “certezas” a nossa própria prisão?

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” “Apenas uma coisa cumpre ter presente: um

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” “Apenas uma coisa cumpre ter presente: um trabalho de compilação só tem utilidade científica se ainda não existir nada de parecido naquele campo. Havendo já obras comparativas sobre sistemas de construção de casinhas de cachorro, fazer outra igual é pura perda de tempo, quando não plágio. ” (Eco, 2005, p. 22) Quais as principais diferenças entre monografia, dissertação e tese? lato sensu – Expressão em latim que significa “em sentido amplo”. (. . . ) Têm usualmente um objetivo técnico-profissional específico, não abrangendo o campo total do saber em que se insere a especialidade. stricto sensu – Expressão em latim quer dizer “em sentido restrito, palavra que se refere a algo no sentido mais restrito”. A expressão stricto sensu aplica-se aos cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. São cursos de maior profundidade que os de especialização e geralmente mais longos. Disponível em http: //explicatudo. com/diferenca-entre-stricto-sensu-e-latosensu

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” “O estudo deve ser útil aos demais.

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” “O estudo deve ser útil aos demais. ” (Eco, 2005, p. 22) “Um trabalho é científico se (observados os requisitos 1 e 2) acrescentar algo ao que a comunidade já sabia, e se todos os futuros trabalhos sobre o mesmo tema tiverem que levá-lo em conta, ao menos em teoria. Naturalmente, a importância científica se mede pelo grau de indispensabilidade que a contribuição estabelece. Há contribuições após as quais os estudiosos, se não as tiverem em conta, nada poderão dizer de positivo. E há outras que os estudiosos fariam bem em considerar, mas, se não o fizerem, o mundo não se acabará. ” (Eco, 2005, p. 22)

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” “O estudo deve fornecer elementos para a

+ CONDIÇÕES PARA UM TRABALHO SER “CIENTÍFICO” “O estudo deve fornecer elementos para a verificação e a contestação das hipóteses apresentadas e, portanto, para a continuidade pública. ” (Eco, 2005, p. 23) Exemplo: “Posso tentar demonstrar que existem centauros no Peloponeso, mas para tanto devo: a) fornecer provas (pelo menos um osso da causa (. . . )); b) contar como procedi para achar o fragmento; c) informar como se deve fazer para achar outros; d) dizer, se possível, que tipo de osso (ou outro fragmento qualquer) mandaria ao espaço minha hipótese, se fosse encontrado. ” (Eco, 2005, p. 23) Hipótese de pesquisa – provas (o material de análise, corpus de análise) – procedimentos de confirmação e contestação (metodologias de pesquisa, “caminhos investigativos”)

+ PROBLEMATIZAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO, POIS AS PALAVRAS ESCAPAM. . . Linguagem: apreensão e diferimento.

+ PROBLEMATIZAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO, POIS AS PALAVRAS ESCAPAM. . . Linguagem: apreensão e diferimento. (Jorge Macchi. As Folhas Mortas. )

+ EXEMPLOS DE PESQUISAS QUE UTILIZAM UMA NOÇÃO MAIS ABERTA DE EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA

+ EXEMPLOS DE PESQUISAS QUE UTILIZAM UMA NOÇÃO MAIS ABERTA DE EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA O magistério na mídia televisiva (Coord. Marisa Vorraber Costa) O estudo investigou como o magistério é representado em uma seleção de programas televisivos que incluem professoras e professores em suas tramas - no caso das novelas e dos seriados -, e em suas matérias jornalísticas - no que se refere a programas informativos, comemorativos, etc. A análise incidiu sobre um conjunto eletivo de programas de TV que foram examinados e discutidos com o objetivo de mostrar como eles operam na constituição da identidade cultural do magistério e na subjetivação de professoras, professores, estudantes e público em geral. A pesquisa esteve inscrita nas discussões em andamento sobre representação e identidade docente, propondo-se a articular este estudo no quadro de um conjunto de análises que vêm investigando as relações entre poder, discurso e política cultural na educação. (pesquisa financiada pelo CNPq – 2002 a 2004)

+ EXEMPLOS DE PESQUISAS QUE UTILIZAM UMA NOÇÃO MAIS ABERTA DE EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA

+ EXEMPLOS DE PESQUISAS QUE UTILIZAM UMA NOÇÃO MAIS ABERTA DE EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA "No Escurinho do Cinema. . . sobre HIV/AIDS, Gênero e Sexualidade em Filmes Hollywoodianos" – Anderson Rodrigues Corrêa A pesquisa abordou as representações de HIV/AIDS, gênero e sexualidade produzidas em dois filmes hollywoodianos – Filadélfia (1993) e 24° Dia – O Prazo Final (2003). O trabalho indica que os filmes têm se constituído em espaços educativos que ensinam sobre uma série de aspectos, promovendo, colocando em veiculação e fixando padrões culturais de gênero e sexualidade, atuando na contemporaneidade como uma Pedagogia Cultural. Foram problematizas as formas como as representações do HIV/AIDS, inicialmente atreladas à homossexualidade masculina, proporcionaram uma série de preconceitos e de marginalizações relacionadas aos gays. O estudo também esteve atento para a diversidade relativa às significações da doença, apontadas nas duas películas. Tais significações foram concebidas tanto como construção da área Biomédica, quanto também uma doença de múltiplas representações e significações, constituídas pelo e no tecido cultural. (2005 -2007) Disponível em http: //www. bibliotecadigital. ufrgs. br/da. php? nrb=000617605&loc=2008&l=03 c 9 a 34 da 00 aae 62

+ EXEMPLOS DE PESQUISAS QUE UTILIZAM UMA NOÇÃO MAIS ABERTA DE EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA

+ EXEMPLOS DE PESQUISAS QUE UTILIZAM UMA NOÇÃO MAIS ABERTA DE EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA "Mídia e Consumo na Produção de uma Infância Pós-Moderna que vai à Escola" – Mariangela Momo Nesta tese entende-se que a infância é uma construção cultural, social e histórica, sujeita a mudanças. Inscrita em uma matriz de inteligibilidade que vê a contemporaneidade marcada por condições peculiares, imbricadas e implicadas naquilo que tem sido amplamente conhecido como cultura pós-moderna, considera-se que grandes transformações têm alterado a forma de estarmos no mundo. Supõe-se que as condições culturais contemporâneas produzem infâncias distintas da infância moderna - ingênua, dócil, dependente dos adultos - e modificam as formas das crianças viverem esse período tido como próprio delas. Vivemos um estado da cultura, com implicações contundentes da mídia e do consumo, que tem se configurado de forma diferente daquele da modernidade e produzido sujeitos distintos dos sujeitos modernos.

+ Esta tese tem como um de seus objetivos dar visibilidade às crianças pobres

+ Esta tese tem como um de seus objetivos dar visibilidade às crianças pobres que freqüentam algumas escolas no município de Porto Alegre nesse início do século XXI. Procura-se realizar uma das leituras possíveis de como os sujeitos infantis das escolas estudadas vivem a infância sob as condições culturais pósmodernas, e apontar a produtividade dessa cultura no delineamento de um determinado tipo de infância, que se opta por chamar de “infância pós-moderna”. Busca-se mostrar como as crianças pobres das escolas estudadas são produzidas, formatadas, fabricadas pela mídia e pelo consumo, configurando novos modos de ser criança e de viver a infância. Pretende-se também colocar sob tensão as imagens convencionais e modernas de infância com que muitos professores persistem trabalhando na contemporaneidade.

+ Para isso, optou-se tanto por lançar mão de estudos de autores que tratam

+ Para isso, optou-se tanto por lançar mão de estudos de autores que tratam de descrever, interpretar e problematizar a condição cultural pósmoderna, como daqueles que realizam análises culturais sobre as infâncias. Para o estudo das condições culturais pós-modernas, foram também coletados, e considerados para compor o corpus de análise, artefatos que integram a cultura circulante da mídia e do consumo como reportagens, comunicações publicitárias, imagens de crianças, diferentes produtos direcionados à infância, etc. Para dar visibilidade às conexões entre as crianças das escolas estudadas e a cultura pósmoderna foi realizado um inventário de artefatos e práticas presentes nas escolas, registrou-se em fotos e em anotações no diário de campo situações, conversas com crianças e professoras, bem como foram coletados desenhos e textos produzidos em sala de aula. Tanto os materiais coletados nas escolas, como os coletados fora delas, ajudaram a compor e a expor um panorama das condições culturais pós -moderna s, e contribuíram para o objetivo de mostrar uma infância pósmoderna que vai à escola.

+Ao visibilizar e analisar as formas como as crianças pobres das escolas estudadas vivem

+Ao visibilizar e analisar as formas como as crianças pobres das escolas estudadas vivem a infância e constituem-se como alunos, foi possível perceber uma consonância com as configurações culturais do mundo contemporâneo. Visibilidade, efemeridade, ambivalência, fugacidade, descartabilidade, individualismo, superficialidade, instabilidade, fazem parte de suas vidas. Observou-se, nas escolas estudadas, um modo de ser criança que busca infatigavelmente a fruição e o prazer e, nessa busca, borra fronteiras de classe, gênero e geração. Um modo de ser criança que procura incansavelmente inscrever-se na cultura globalmente reconhecida e fazer parte de uma comunidade de consumidores de artefatos em voga na mídia do momento; que produz seu corpo de forma espetacular para que ele esteja em harmonia com o mundo das visibilidades; que se caracteriza por constantes e ininterruptos movimentos e mutações. São crianças que vão se tornando o que são, vivendo sob a condição pós-moderna.

+ Tais crianças provocam desestabilização das pedagogias, causam inquietações, minam o pensamento binário, porque

+ Tais crianças provocam desestabilização das pedagogias, causam inquietações, minam o pensamento binário, porque não é mais possível classificá-las, cartografá-las, enquadrá-las nos lugares tradicionalmente designados para infantis e para escolares. São polivalentes, podendo ser de diferentes e distintas formas ao mesmo tempo e, no momento seguinte, já possuírem outras formas, antes mesmo que seja possível conhecê-las e apreendê-las. Crianças pósmodernas são um desafio para a educação escolarizada porque não permitem o estabelecimento de uma ordem e a elaboração de planos a longo prazo. Disponível em http: //www. bibliotecadigital. ufrgs. br/da. php? nrb=000617541&loc=2008&l=15 e 993 ca 3 a 546519

+ EXEMPLOS DE PESQUISAS QUE UTILIZAM UMA NOÇÃO MAIS ABERTA DE EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA

+ EXEMPLOS DE PESQUISAS QUE UTILIZAM UMA NOÇÃO MAIS ABERTA DE EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA Da pedagogia às pedagogias – formas, ênfases e transformações – Viviane Castro Camozzato A partir da noção de que o conceito de pedagogia é histórico e mutável, produzido e reproduzido nas contingências de cada tempo-espaço, nesta tese problematizo as novas formas e ênfases que a pedagogia vem adquirindo. O objetivo central é investigar as transformações no conceito de pedagogia, especificando suas articulações com as transformações culturais, vendo e procurando mostrar, por outro lado, o quanto essas tem sido elementos importantes nas flexões, formas e ênfases da pedagogia, fazendo com que seja pluralizada em sua denominação e em seus espaços de atuação. Devido a isso, a tese trabalha sobre a tensão da pedagogia às pedagogias, procurando mostrar, a partir dos Estudos Culturais pós-estruturalistas e da fecunda discussão sobre as pedagogias culturais, que há múltiplas pedagogias em funcionamento na sociedade contemporânea. Pedagogias tão díspares quanto forem as intencionalidades que as movimentem.

+ Há a preocupação em circundar o conceito de pedagogia principalmente a partir das

+ Há a preocupação em circundar o conceito de pedagogia principalmente a partir das produtivas transformações no estado da cultura e nas relações com os saberes que tem sido perceptíveis a partir de meados da metade do século XX – abordando um espectro temporal que engloba discussões do que tem sido chamado de pós-moderno. O suporte teórico foi buscado em autores e autoras que problematizam questões referentes à condição pósmoderna, à pedagogia, às pedagogias culturais e à produção de sujeitos, especialmente, como Arendt, Bauman, Foucault, Lyotard, Ramos do Ó, Larrosa, Wortmann, Silva, Costa, dentre outros. O corpus de análise consiste em um conjunto de documentos, tais como excertos de livros da literatura pedagógica, de livros tipo best seller, uma matéria em revista e uma dissertação que analisa uma pedagogia cultural. Os achados da pesquisa mostram que é sobre a vida das pessoas como um todo que a pedagogia procura atuar. Para isso, tem se tornado uma necessidade e uma exigência que a pedagogia se prolifere, tornando possível que haja pedagogias em funcionamento na sociedade, atravessando os espaços e artefatos direcionados à condução das pessoas.

+ De uma vontade de legislar tem havido um progressivo deslocamento para englobar, principalmente,

+ De uma vontade de legislar tem havido um progressivo deslocamento para englobar, principalmente, as formas de interpretar, com as pedagogias, uma pluralidade que não cessa de se transmutar. Outro achado se deu em relação ao fato de ter identificado, a partir do conjunto de transformações que circundam a pedagogia, o funcionamento de uma vontade de pedagogia que torna possível as pedagogias – sobretudo frente as dificuldades de educar em um mundo cambiante. Em meio às condições analisadas, as pedagogias parecem atuar sobre as condições do presente para forjar, justamente, os sujeitos do presente. Um outro achado referese ao fato de que no cerne da pedagogia e das pedagogias está a pretensão de dar forma aos sujeitos ao atuar sobre eles, proporcionando um deslocamento, no contemporâneo, de uma pedagogia que operava com um mestre dando forma a um “outro” para, muito mais, um processo em que cada um passou a atuar sobre si mesmo, elaborando e reelaborando a si através de técnicas e práticas aprendidas com as pedagogias.

+ COMO NÃO FAZER DE UMA PESQUISA ALGO BRUTO, MAIS UM PRODUTO PRÉ-EMBALADO E

+ COMO NÃO FAZER DE UMA PESQUISA ALGO BRUTO, MAIS UM PRODUTO PRÉ-EMBALADO E PROGRAMADO? (Cartum de Tonucci)

+ MODO DE SE RELACIONAR COM O ESTUDO. . . No estudo, o estudante

+ MODO DE SE RELACIONAR COM O ESTUDO. . . No estudo, o estudante aprende a dar atenção ao que inquieta, lembra que a verdade costuma ser uma arma dos poderosos, compreende que toda propriedade é imprópria, e pensa que a certeza impede a transformação. (Larrosa, 2003, p. 111)