29 Domingo do Tempo Comum Ano Litrgico A

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29º Domingo do Tempo Comum Ano Litúrgico A Reservai a Deus a inocência de

29º Domingo do Tempo Comum Ano Litúrgico A Reservai a Deus a inocência de vossas almas!

Leituras da Liturgia Eucarística: Is 45, 1. 4 -6 Sl 95 1 Ts 1,

Leituras da Liturgia Eucarística: Is 45, 1. 4 -6 Sl 95 1 Ts 1, 1 -5 b Mt 22, 15 -21 O que é de César e o que é de Deus!

Evangelho - Mt 22, 15 -21 Os fariseus se afastaram de Jesus e se

Evangelho - Mt 22, 15 -21 Os fariseus se afastaram de Jesus e se reuniram em conselho para discutir um modo de apanhá-lo em suas próprias palavras. Mandaram, então, alguns discípulos, acompanhados de herodianos, para dizer-lhe: “Mestre, sabemos que és sincero e ensinas com franqueza o caminho de Deus; que não conheces respeito humano, pois não olhas para a categoria das pessoas. Dizenos, pois, o que pensas disto: é lícito ou não pagar imposto a César? ”

Jesus conhecia, porém, a má intenção deles e disse-lhes: “Hipócritas, por que vocês me

Jesus conhecia, porém, a má intenção deles e disse-lhes: “Hipócritas, por que vocês me procuram armar ciladas? Mostrem-me a moeda do imposto!” Quando lhe apresentaram a moeda do imposto, Jesus lhes perguntou: “De quem é esta figura e esta inscrição? ” Eles responderam: “De César”. Jesus disse-lhes, então: “Dêem, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus!”

Vivenciando. . . Discípulos dos fariseus se dirigem a Jesus Os fariseus se reuniram

Vivenciando. . . Discípulos dos fariseus se dirigem a Jesus Os fariseus se reuniram e decidiram enviar alguns discípulos seus para questionar Jesus. Seus discípulos eram estudantes que se preparavam para serem mestres em religião. Tramaram um caminho para pegá-lo em contradição. Se falhassem, não haveria complicação, pois eram simplesmente aprendizes da Lei! Além dos aprendizes, foram também alguns partidários do rei Herodes, que apoiavam o domínio e o governo dos romanos. Conforme Jesus respondesse, poderiam encaminhar sua resposta ao governador. A pergunta sendo feita por alunos da Lei, poderia demonstrar um caráter mais simples, honesto, humilde.

Começam elogiando Jesus! As primeiras palavras dos discípulos pareciam um elogio: “Mestre, sabemos que

Começam elogiando Jesus! As primeiras palavras dos discípulos pareciam um elogio: “Mestre, sabemos que és sincero e ensinas com franqueza o caminho de Deus. . . ” Imaginamos Jesus parecendo sorrir, com ar de ironia e tristeza. A falsidade das palavras e a ingenuidade da armadilha eram por demais manifestas. Não foi sem razão que logo Jesus respondeu, chamando-os de hipócritas.

A questão dos impostos Questionam Jesus sobre o problema de impostos: - É lícito

A questão dos impostos Questionam Jesus sobre o problema de impostos: - É lícito ou não pagar? Mais que elucidar possível dúvida, preparavam uma armadilha para Jesus. Muitos judeus viam no pagamento de impostos ao imperador romano uma traição contra Deus, o único rei do povo! Mas negar-se a pagar imposto seria demonstrar falta de patriotismo e de religião. E, se forçados pelas circunstâncias, pagassem os impostos, o faziam em atitude de protesto. Havia ainda outra questão: a cobrança do imposto era o sinal do poder dos romanos, que tinham conquistado a Palestina. Não pagar o imposto ou ensinar que não devia ser pago era uma atitude de revolta, era subversão.

Colocam Jesus em situação difícil! Os fariseus pensavam que, de qualquer modo, fosse qual

Colocam Jesus em situação difícil! Os fariseus pensavam que, de qualquer modo, fosse qual fosse sua resposta, Jesus estaria em má situação. Se dissesse: “Vocês devem pagar o imposto”, ele teria contra si grande parte do povo. Seria considerado como traidor. Se ele se apresentava como o Messias, o rei salvador enviado por Deus, como poderia ensinar uma coisa dessas, mandando que o povo aceitasse o domínio de um povo estrangeiro, a tirania de um imperador que tinha a coragem de se chamar divino, como se fosse um deus na terra? !

Uma verdadeira armadilha! Se Jesus respondesse: “Não! Vocês não devem pagar imposto ao imperador

Uma verdadeira armadilha! Se Jesus respondesse: “Não! Vocês não devem pagar imposto ao imperador romano, se vocês querem continuar sendo fiéis a Deus!”, nesse caso seria muito fácil apresentá-lo como um revolucionário. Os romanos liquidariam logo a questão! Jesus estava em situação difícil, pensavam eles! Não teria como fugir à armadilha!

Armadilha envolta em problema real Apesar de toda a malícia dos fariseus, a pergunta

Armadilha envolta em problema real Apesar de toda a malícia dos fariseus, a pergunta apresentada a Jesus continha um problema real: como conciliar a religião, os deveres para com Deus e a situação de fato da política? O povo de Israel considerava-se como o povo de Deus. Javé era o Senhor, o rei do povo. Os reis humanos, Davi e todos os outros, eram considerados apenas como representantes de Deus. Como se poderia conciliar essa idéia fundamental com a situação de fato, quando os romanos estavam exercendo um domínio real sobre a Palestina? De fato, reconhecer na prática essa autoridade seria renegar o supremo domínio de Deus. - E então? Era preciso escolher entre Deus e o imperador romano?

Partindo da moeda! Jesus pediu que lhe mostrassem a moeda usada para pagar o

Partindo da moeda! Jesus pediu que lhe mostrassem a moeda usada para pagar o imposto. Ela trazia a imagem do imperador Augusto ou de Tibério. Elas continham os sinais do poder e da autoridade. Se as moedas eram romanas, isso queria dizer quem mandava no país eram os romanos. Usando moedas romanas, os judeus estavam mostrando que de fato reconheciam o poder estrangeiro. Se reconheciam o poder do imperador, deviam também pagar os impostos exigidos. Deviam dar ao imperador o que era do imperador. E cumprir as obrigações civis para com um governo reconhecido de fato nada tinha a ver com os deveres para com Deus. A moeda do imposto trazia a figura e a inscrição do poder!

Obediência à autoridade Nenhuma autoridade é legítima quando. . . Exorbita de suas funções,

Obediência à autoridade Nenhuma autoridade é legítima quando. . . Exorbita de suas funções, passa a promover a injustiça e a opressão, se transforma em tirania, não respeita os direitos das pessoas e do povo. Este tipo de autoridade não merece obediência! Nenhuma autoridade pode ser obedecida quando. . . se ergue pretensiosamente contra a autoridade de Deus, quando quer se colocar como supremo juiz do bem e do mal, quando se coloca acima da lei de Deus e das responsabilidades da consciência humana. Deve-se dar ao imperador o que é do imperador! Deve-se dar ao imperador o que lhe compete.

Romanos e judeus! Os imperadores romanos apresentavam-se como deuses, exigindo até mesmo que lhes

Romanos e judeus! Os imperadores romanos apresentavam-se como deuses, exigindo até mesmo que lhes fossem erguidos templos e oferecidos sacrifícios. E isso os judeus não podiam de modo algum fazer. Não podiam admitir. No decorrer da História, muitos outros governos tiveram a mesma pretensão. Mas sempre encontraram a oposição dos cristãos e de todos os homens de bem. Se for preciso, devemos morrer para dar a Deus o que é de Deus. Aliás, foi o que o próprio Cristo fez. Nossos deveres religiosos para com Deus exigem também a nossa participação séria e consciente na vida política, para que de fato as autoridades estejam a serviço de Deus e cumpram seus deveres.

A lição de Jesus não se contenta em solucionar a questão concreta que lhe

A lição de Jesus não se contenta em solucionar a questão concreta que lhe é apresentada. Dá uma bela regra geral que deve servir em nossas relações para com Deus e para com a autoridade civil. Sua doutrina lança bases seguras para uma democracia cristã. Ele define muito bem as relações entre Igreja e Estado. “Dai a César a imagem de César que está na moeda”, escreve Tertuliano! “Mas dai a Deus a imagem de Deus que está no homem. Dai o dinheiro a César, mas que cada um entregue a própria vida nas mãos de Deus!”

E São João Crisóstomo escreve: “A moeda de César é ouro, a moeda de

E São João Crisóstomo escreve: “A moeda de César é ouro, a moeda de Deus é o ser humano! Nas moedas, vê-se a imagem de César. Nos humanos, vê-se a imagem de Deus! Dai vossas riquezas a César, mas reservai a Deus a inocência de vossas almas!” O Estado merece tudo aquilo a que ele tem direito como sociedade civil, perfeita e necessária. A Deus tudo pertence, como Senhor absoluto dos Estados e das pessoas. Cristo nos ensina que o respeito e a obediência que devemos a César, isto é, às autoridades civis, não nos deve impedir de prestar o respeito devido a Deus.

Nossa tarefa Só uma coisa nos resta: cumprir nossos deveres civis e religiosos. Por

Nossa tarefa Só uma coisa nos resta: cumprir nossos deveres civis e religiosos. Por sua vez, as autoridades eclesiásticas e civis devem caminhar não confundidas, nem em oposição, mas inteligentemente unidas, procurando o bem da sociedade. Aprendamos a trilhar o caminho da simplicidade da justiça, do dever. Guardemos em nossa alma a imagem que nos foi impressa pelo batismo.

Testemunhando. . . - Como encaro meus compromissos para com a sociedade civil? -

Testemunhando. . . - Como encaro meus compromissos para com a sociedade civil? - Que tipo de compromisso civil me é mais difícil? - Consigo conciliar meus deveres civis e religiosos? - Procuro ver sempre a imagem de Deus presente nos irmãos? - Procuro usar de sinceridade em tudo?

Créditos Coordenação geral e texto: P. José Geraldo Rodrigues www. aparecidadasaguas. com vivencias@aparecidadasaguas. com

Créditos Coordenação geral e texto: P. José Geraldo Rodrigues www. aparecidadasaguas. com vivencias@aparecidadasaguas. com Imagens: Internet Música: André Rieu - Traumerei Formatação: Estela © direitos reservados ©