111 Conhecer a Bblia Aula 1 A Revelao
1/11 Conhecer a Bíblia Aula 1 A Revelação divina Aulas previstas: 1. A Revelação divina 2. Os livros da Bíblia 3. A integridade da Bíblia 4. Livros inspirados e verdade da Bíblia 5. O cânone das Escrituras 6. Santidade e unidade de ambos os Testamentos 7. A interpretação da Bíblia 8. As ideias mestras da Antiga Aliança 9. A Nova Aliança de Cristo 10. A Escritura na vida da Igreja
Palavras e fatos bíblicos 2/14 2/11 A Bíbia é o livro que contém a Palavra de Deus expressa em palavras humanas. É uma grande obra literária; um livro único, inesgotável, onde se encontra tudo o que se refere a Deus e ao homem. § O termo «bíblia procede do grego e significa etimologicamente «livros» ou «livrinhos» . A Igreja usava este plural para designar a colecção completa das Escrituras Sagradas. § Desde os começos do cristianismo, a Bíblia foi a base da vida espiritual, da
A Bíblia: Antigo e Novo Testamento 3/14 3/11 A colecção dos 73 livros que formam a SAGRADA ESCRITURA tem duas partes bem diferenciadas, chamadas «Antigo Testamento» (AT) e «Novo Testamento» (NT), que correspondem aos escritos antes ou depois da vinda de Cristo. A palavra «testamento» equivale aqui praticamente a pacto ou aliança. § § O AT é composto por 46 livros. Chama-se NT ao conjunto dos restantes 27 livros, escritos de acordo com a «Nova Aliança» de Jesus Cristo, gravada não sobre tábuas de pedra, mas sobre corações de carne. Todos eles anunciam a «Boa Nova» proclamada por Jesus. A divisão actual da Bíblia em capítulos e versículos remonta ao século XVI, por Roberto Stephan. Foi, no entanto, Stephan Langton, à volta do ano 1214, quem primeiro introduziu a divisão dos capítulos nas
A Bíblia: Antigo e Novo Testamento 4/11 AT e NT são duas partes de uma mesma história da salvação, e embora nós, os cristãos pertençamos já ao povo da «Nova Aliança» , nem por isso podemos ignorar o que diz respeito à «Antiga Aliança» que durante tantos § A Sagrada Escritura viveuda durante muito séculos preparará a humanidade para a chegada «plenitude tempo dos tempos» . na tradição oral. § Só depois se puseram por escrito as leis, as palavras dos Profetas, as sentenças dos Sábios, os cantos e os poemas dos Salmistas e as recordações históricas das intervenções salvíficas de Deus, .
A Revelação divina Um facto central e ao mesmo tempo um dos mistérios fundamentais da religião cristã é que se nos apresenta como tendo origem e fundamento numa Revelação histórica. § Porque se revelou Deus? Porque quis e porque nos ama. Com que finalidade? Para se dar a conhecer de modo gratuito e nos convidar a uma íntima comunhão com Ele, através de uma relação de amizade. § A revelação divina é, pois, um grande dom, imerecido e inesperado do amor de Deus, em forma de diálogo amoroso, «conversa» ou comunicação entre amigos. § Em suma, «revelando-se a Si mesmo, Deus quer tornar os 5/11
Revelação por meio de palavras e de obras 6/11 A revelação divina é realmente Palavra de Deus, mas é também – e inseparavelmente – acontecimento, manifestação e desenvolvimento do plano de Deus ao longo da História. § A salvação de Deus aparece em tudo o que faz ao intervir na história dos homens e não só na consciência dos crentes ao ter conhecimento dessa história. § Mediante a Sagrada Escritura Deus dá a conhecer o sentido salvífico dos acontecimentos, e estes podem assim compreender-se como história da salvação. § Para aprofundar neste mistério da palavra divina, é preciso ter em conta que «como, porém, na Sagrada Escritura Deus falou por meio de homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura para compreender o que Ele quis comunicar-nos, deve investigar atentamente o que os hagiógrafos queriam realmente significar e o que aprouve a Deus manifestar com a palavra deles» .
Revelação por meio de palavras e de obras 7/11 A revelação divina é realmente Palavra de Deus, mas é também – e inseparavelmente – acontecimento, manifestação e desenvolvimento do plano de Deus ao longo da História. § O encontro de Deus com o homem realiza-se por meio da história, quer dizer, por meio de factos, acontecimentos e acções que depois são explicados por meio de palavras. § A palavra bíblica tem origem num passado real e não só dum passado, mas ao mesmo tempo desde a eternidade de Deus -; mas passa pelo caminho do tempo, ao qual correspondem passado, presente e
Etapas da revelação divina 8/11 Os elos ou etapas desta revelação divina são em síntese: 1 o proto-evangelho ou primeiro anúncio da salvação, 2 a aliança com Noé, 3 a escolha de Abraão com a aliança e as promessas, 4 o êxodo ou a saída do Egipto com Moisés e a aliança do Sinai, 5 a promessa a David de um Messias descendente da sua linhagem. 6 o Exílio ou cativeiro da Babilónia e o regresso à Terra Prometida no AT; 7 a Encarnação do Redentor, 8 a Igreja fundada por Cristo 9 a Parusia ou segunda vinda do Senhor no NT.
Etapas da revelação divina 9/11 Na realidade, Deus dá-se a conhecer desde as origens em tudo o que criou através do seu Verbo e, especialmente, na relação pessoal que estabeleceu com os nossos primeiros pais, a quem «convidou a uma comunhão íntima consigo, revestindo-os de graça e justiça resplandecentes» . § Ao quebrar-se pelo pecado a unidade do género humano, Deus faz um pacto ou aliança com Noé depois do castigo do dilúvio; este pacto afecta toda a humanidade e revela o plano divino para todas as nações da terra. § Mais tarde, para reunir a humanidade dispersa, Deus escolhe Abraão, chamando-o para fora da sua terra, da sua pátria e da sua casa, e fá-lo pai de uma multidão de nações.
Etapas da revelação divina 10/11 § Depois dos patriarcas, Deus formou Israel como seu povo, salvando-o da escravidão do Egipto. Concluiu com ele a aliança do Sinai e deu-lhe, por Moisés, a sua Lei, para que Israel O reconhecesse e O servisse como único Deus vivo e verdadeiro, Pai providente e justo Juiz, e vivesse na expectativa do Salvador prometido» . § Mais tarde, Deus formará o seu povo através dos profetas, na esperança da salvação – o Messianismo do AT-, na espera duma Aliança nova e eterna destinada a todos os homens, gravada nos corações e que terá o seu cumprimento no Cristo o
A plenitude da revelação 11/11 E, por fim, a plenitude dos tempos: a Encarnação do Verbo de Deus, Jesus Cristo. § A conclusão não pode ser mais contundente: o Filho de Deus feito homem é, pois, a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai; § n’ Ele disse tudo, não haverá outra palavra para além desta, como afirma S. João da Cruz. § Embora a Revelação esteja acabada – encerrou-se com a morte do último Apóstolo -, não está completamente explicitada; § o seu conteúdo poderá ser conhecido
A palavra entregue por Cristo à sua Igreja 12/11 A Palavra divina de Jesus chega à Igreja de duas maneiras: oralmente e por escrito. § Por um lado, os Apóstolos, com a sua pregação e o seu exemplo, transmitiram por palavra o que tinham aprendido das obras e palavras de Cristo e aquilo que o Espírito Santo lhes ensinou; § E, por outro lado, os próprios Apóstolos – juntamente com outros da sua geração pelo àEspírito Santo, puseram por § inspirados Por isso, junto Sagrada Escritura existe também na escrito da salvação. Igreja, aa mensagem Sagrada Tradição, que recebe a palavra de Deus, transmitida por Cristo e o Espírito Santo aos apóstolos, e a transmite íntegra aos seus sucessores; «para que eles, com a luz do Espírito da verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação» .
A palavra entregue por Cristo à sua Igreja 13/11 A Palavra divina de Jesus chega à Igreja de duas maneiras: oralmente e por escrito. § A Bíblia deve ser lida na Igreja e com a Igreja. § O próprio Cristo quis que existisse nela um Magistério vivo com a função de interpretar autenticamente a palavra divina, escrita ou transmitida oralmente, exercendo a sua autoridade em nome de Jesus Cristo, isto é, entregue aos Bispos – sucessores dos Apóstolos – em comunhão com o Papa – sucessor de Pedro -. § Tradição e Escritura foram confiadas à Igreja e, dentro d’ Ela, só ao Magistério
Conclusões 14/11 § A Revelação divina deu-nos o enquadramento próprio para as palavras e acontecimentos que se narram nos livros sagrados. § A causa principal de uma incorrecta e incompleta compreensão do texto sagrado deve-se com frequência mais à ignorância do que à malícia. § Para o evitarmos, o Magistério da Igreja aconselha-nos três coisas: 1. Meditar, estudar e contemplar as Escrituras meditando-as no nosso coração, e em particular anima os investigadores a aprofundarem o conhecimento da verdade revelada; 2. Ouvir o Papa e os Bispos em comunhão com ele, porque são os sucessores dos Apóstolos no carisma da verdade, e, finalmente, procurarmos compreender internamente os mistérios que vivemos.
Ficha técnica 15/11 • Bibliografia – Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciación Teológica de Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel) • Slides – Originais - D. Serge Nicoloff, disponíveis em www. agea. org. es (Guiones doctrinales actualizados) – Tradução para português europeu - disponível em inicteol. no. sapo. pt
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