11 As Assembleias de Deus no Brasil Daniel
11. As Assembleias de Deus no Brasil Daniel Berg e Gunnar Vingren 1º Templo - 1914 Posse do Pr. João Alves Corrêa em Santos - 1962
11. 1. A chama pentecostal é acesa no Brasil • Os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren vieram ao Brasil, enviados pelo Espírito Santo, por meio do irmão Alfredo Uldin, para pregar a mensagem pentecostal em solo brasileiro. • Não tinham a intenção de abrir uma nova Igreja, é necessário que isso esteja bem claro quando falamos da História da Assembleia de Deus. • Após a chegada dos missionários, ficaram hospedados no porão da Igreja Batista no Pará. Até que em uma visita à irmã Celina Albuquerque, após ser curada, ficou em oração com a irmã Maria Nazareth, tendo sido ambas batizadas com o Espírito Santo. • Referido acontecimento gerou a expulsão dos missionários e mais alguns irmãos, dentre eles diáconos, tesoureiro e secretário da igreja.
11. 1. A chama pentecostal é acesa no Brasil • Na casa da irmã Celina Albuquerque, é aberto um ponto de pregação, que passaram a chamar de “Missão da Fé Apostólica”. • Em razão dos movimentos de avivamento mundial, iniciados em 1901 com Charles Fox Parham, que tiveram como notório acontecimento os cultos da Rua Azusa – Los Angeles. • Contudo, mais tarde, em 11. 01. 1918 registrariam a Igreja como “Sociedade Evangélica Assembleia de Deus”. • O crescimento da Igreja não pode ser apenas atribuído aos pioneiros. Foram, assim como Paulo e Barnabé, chamados por Deus para acender a chama, mas cada crente que era batizado no Espírito Santo, assim como em Atos, recebia autoridade de Deus para testemunhar em todos os lugares.
11. 1. A chama pentecostal é acesa no Brasil • Irmã Celina Albuquerque: Primeira alma batizada no Espírito Santo. Após ser revestida de poder, pregava em todos os lugares onde ia, se tornou um expoente da evangelização nos bairros do Pará. • Irmã Maria Nazareth: Amiga de oração de Celina Albuquerque, ao visitar familiares no Ceará, levou a mensagem pentecostal, e suas orações fervorosas chamaram atenção, se tornou fundadora da Assembleia de Deus no Ceará. • Manoel Maria Rodrigues: (diácono e secretário) foi o primeiro Presbítero, se empenhava no Evangelismo, na obra Missionária em Portugal e Argentina, e no sustento de missionários. • Lydia Rodrigues: filha de Manoel Maria Rodrigues, casou-se com o Missionário Sueco Nelson filho dos missionários Otto e Adina Nelson.
Primeiros membros da Assembleia de Deus Em pé: Manoel Maria Rodrigues (Secretário da Igreja e primeiro Presbítero ordenado); Henrique de Albuquerque (Diácono); sentadas: Tereza Silva de Jesus; Jesusa Dias Rodrigues; Celina Albuquerque; Maria Nazareth (considerada uma das primeiras missionárias)
11. 2. Os Missionários – Daniel Berg e Gunnar Vingren 1979 -1933 Formado em Teologia pelo Instituto Bíblico Batista em Chicago, ao ser batizado no Espírito Santo, se entregou à obra de Deus, tendo aceitado o chamado para o Brasil. Em solo brasileiro, foi Pastor, dedicado aos cultos, ao ensino e com o cuidado do rebanho de Deus. Dirigiu as Igrejas Assembleia de Deus no Pará e em São Cristóvão Rio de Janeiro, até 1932. Gunnar Vingren, sua esposa Frida e seus filhos Ivar e Margit
11. 2. Os Missionários – Daniel Berg e Gunnar Vingren Daniel Berg 1884 -1962 Ao ser batizado no Espírito Santo no mesmo congresso com Vingren em Chicago, também entregou-se à direção do Espírito de Deus e foi procurar Vingren, anunciando o chamado, confirmado pelo irmão Alfredo Uldin. Em solo brasileiro, foi Evangelista, saiu do trabalho na fundição e dedicou-se ao serviço de colportagem (venda de livros e periódicos de porta em porta), tendo visto nisso oportunidade de evangelização). Saía pela linha férrea que conectava as cidades, sendo fácil saber o caminho de volta. Apenas nos 3 primeiros anos, espalhou 2 mil Bíblias, 4 mil novos testamentos, e 6 mil panfletos. Foi fundador das igrejas em Vitória/ES, Santos/SP e São Paulo/SP. Daniel Berg, sua esposa Sara e seus filhos David e Lisbeth
11. 3. Surge o nome “Assembleia de Deus” • 02/04/1914 – Houve um Concílio da Assembleia de Deus nos EUA. O nome foi adotado após a consolidação do movimento fé apostólica, em Hot Springs, como “Assembly of God”, desenvolvido em 1912 pelo Pr. Thomas King Leonard, que pastoreava a “Missão da Fé Apostólica” em Findley/Ohio. • 25/10/1914 – Chega ao Pará Otto e Andina Nelson, para auxiliarem nos trabalhos evangelísticos da Assembleia de Deus no Brasil. • 08/11/1914 – A Igreja já com mais de um milhar de membros muda para o Templo na Travessa 9 de Janeiro, nº 75. Ao mudar, Vingren pede aos irmão para decidirem o nome, segundo relato do Pb. Manoel Maria Rodrigues todos concordaram com “Assembleia de Deus”, tendo sido colocado o nome na fachada do novo templo.
Livro do Pr. Emílio Conde, retrata a expansão das Assembleias de Deus no Brasil, de semelhante maneira como aconteceu em Atos dos Apóstolos, o que confirm a obra do Espírito Santo na Igreja.
11. 3. Surge o nome “Assembleia de Deus” • No mesmo ano de 1914, Berg e Vingren foram registrados na Suécia como missionários oficiais pelo Pr. Lewi Pethrus, na Igreja em Estocolmo, visto que reconheceram a obra que o Espírito Santo estava fazendo por meio deles no Brasil. • Em 1915 em viagem à Suécia, Gunnar conhece a jovem Frida Strandberg. • Em 1916, chegam ao Brasil novos missionários suecos para auxiliarem no evangelismo, Pr. Samuel e Lina Nyström, enviados pela igreja de Estocolmo. • Em 1917, Frida chega ao Brasil como missionária enviada pela mesma igreja da Suécia, para qual manda uma carta dizendo como encontrou a Igreja no campo missionário brasileiro:
11. 3. Surge o nome “Assembleia de Deus” “O local da Igreja era bonito, todo branco contrastando com o verde escuro. Sobre a porta está escrito “Assembleia de Deus”. Ó, como cantavam! Uma irmã sentada bem na frente dirigia os hinos com a sua forte voz de soprano, como uma flauta. Os irmãos Samuel e Adriano falaram e depois houve oração” (Frida Strandberg) • No dia 16. 10. 1917 – O Pr. Gunnar e a Miss. Frida se casam numa cerimônia ministrada pelo Pr. Samuel Nyström. Deste matrimônio, surge uma coluna no ministério das Assembleias de Deus, Gunnar dirigia os cultos, Frida ensinava jovens, irmãs e compunha louvores e tocava órgão e violão. Juntos fundam o jornal “Voz da Verdade”, que futuramente se chama “Mensageiro da Paz”.
Pr Gunnar e Miss Frida, fundam o Jornal “Voz da Verdade”, futuro “Mensageiro da Paz” Trabalho de evangelização de Frida Vingren no Presídio no Pará
11. 3. Surge o nome “Assembleia de Deus” No primeiro jornal da igreja, chamado “Voz da Verdade”, foi publicada a seguinte mensagem, onde se observa que “fé apostólica” era sinônimo de “Assembleia de Deus”: “Os nossos irmãos Samuel Nystrom e Daniel Berg, em uma viagem evangelística que fizeram a seis igrejas da fé apostólica, no interior deste Estado, batizaram 90 pessoas. A Assembleia de Deus, em São Luiz (Pará), tem crescido tanto que o vasto salão da Casa de Oração tornouse pequeno para acomodar os irmãos que ali se reúnem. O pastor Gunnar Vingren batizou, no batistério da Assembleia de Deus, nesta cidade (Belém), 12 pessoas que se entregaram a Jesus. O nosso irmão Severino Moreno foi para Manaus e lá testificou acerca da verdade gloriosa de que Jesus batiza no Espírito Santo; foi tão abençoado que precisou ir para aquela capital um missionário da fé apostólica (Assembleia de Deus)”
11. 4. A expansão das Assembleias de Deus no Brasil 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. Pará: Gunnar Vingren e Daniela Berg 1911 Ceará: Maria Nazareth 1914 Alagas: Gunnar Vingren e Otto Nelson 1914 Paraíba: Manoel Francisco Dubu 1914 Roraima: Cordulino Teixeira Bastos 1915 Pernambuco: Adriano Nobre 1916 Amapá: Clímaco Bueno Aza 1916 Amazonas: Severino Moreno de Araújo 1917 Rio Grande do Norte: Pregadores e Adriano Nobre 1918 Maranhão: Clímaco Bueno Aza 1921 Espírito Santo: Daniel Berg Galdino Sobrinho e Esposa 1922 Rondônia: Paul Jhon Aenis 1922 Rio de Janeiro: Diversos crentes vindos do Pará 1923 São Paulo: Daniel Berg e irmãos vindos de Pernambuco 1924 Rio Grande do Sul: Gustav Nordlund 1924 Bahia: Joaquim de Souza Carvalho 1926 Piauí: Raimundo Prudente de Almeida 1927 Minas Gerais: Clímaco Bueno Aza 1927 Sergipe: Sargento Armínio 1927 Paraná: Bruno Skolimowski 1928 Santa Catarina: André Bernadino da Silva 1931 Acre: Manoel Pirabas 1932 Goiás: Crentes da AD Madureira e Antonio Moreira 1936 Mato Grosso: Eduardo Pablo Joerck 1936 Mato Grosso do Sul: Juvenal Roque de Andrade 1944 Distrito Federal: Grupo de Pastores da AD Madureira 1956
11. 4. A expansão das Assembleias de Deus no Brasil 14. 1. Organização As Assembleias de Deus são organizadas em Ministérios, formados por uma Igreja-Sede, o Pastor-Presidente é o Pastor Principal da igreja e dos trabalhos e as congregações setoriais e locais são chamadas Igrejas filhas (filiais). Estima-se que existam hoje cerca de 10 mil Igrejas-Sede em todo o Brasil, de campos ou Ministérios, e mais de 100 mil locais de culto distribuídos nos mais de 5 mil municípios brasileiros.
11. 4. A expansão das Assembleias de Deus no Brasil 14. 2. Crescimento IBGE, no último censo realizado em 2010, apontou 12, 3 milhões dos evangélicos no país são da Assembleia de Deus (30%). Contudo, esta obra realizada pelo Espírito Santo de Deus, por meio das verdades bíblicas de que Jesus Salva, Cura, Batiza no Espírito Santo e breve voltará para buscar sua igreja, desde seu início, conforme o mandamento de Jesus Cristo nas Sagradas Escrituras (Atos 1: 8), já em 1967 foi visto pelo brasil inteiro. Em 1967 o Brasil foi sede da 8ª Conferência Mundial Pentecostal, que ficou conhecida mundialmente como “A maior reunião pentecostal em toda a vitoriosa História da Igreja”.
SEMANA QUE VEM: ÚLTIMA AULA ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTÉRIO DE SANTOS “A cidade de Santos teve o privilégio de ser uma das primeiras no Estado de São Paulo a receber a mensagem pentecostal. Para sermos mais exatos, foi em Santos que se estabeleceu a primeira Assembleia de Deus no Estado de São Paulo. Cinco de maio de 1924 foi a data em que se iniciou a proclamação do trabalho pentecostal na cidade de Santos. ” Emílio Conde (História das Assembleias de Deus no Brasil, 1973, CPAD, pg. 276)
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