1 PERIODIZAO HISTRICA n n n MONARQUIA 753
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1. PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA n n n MONARQUIA (753 -509 a. C. ) – pequena cidade, sob influência dos etruscos. REPÚBLICA (509 -27 a. C. ) – criou suas instituições sociais e econômicas e expandiu o território, tornando-se 1 das maiores civilizações do Mundo Antigo. IMPÉRIO (27 a. C. -476 d. C. ) – desfrutou de estabilidade política e paz por 2 séculos. Depois, os romanos enfrentaram inúmeros problemas, cujo agravamento levou ao declínio da civilização romana.
O IMPERIALISMO ROMANO
2. A Expansão de Roma é um Fenômeno de Longa Duração Estende-se da monarquia etrusca (séc. VII e VI a. C. ) até um momento impreciso do Baixo Império. Trata-se, portanto de um milênio de expansão militar e de domínio de outros Estados e povos por parte de Roma.
3. Lúcio Cornélio Sulla ou Sila ou ainda Silas n Os seus primeiros anos foram passados na obscuridade e só conseguiu fundos para ingressar no Senado Romano, através de duas heranças, que Plutarco na sua biografia considera suspeitas. Sulla foi questor ao serviço de Caio Mário na campanha da Numídia e destacou-se sobre o seu comando ao capturar o rei Jugurta. Sulla continuou sob o comando de Mário na campanha contra as tribos germânicas que terminou com sucesso em 101 a. C. .
Durante o consulado, Sula obteve o comando principal na 1ª Guerra Midriática (contra Mitrídates VI do Ponto), que acabava de começar. n Mas o seu antigo aliado Caio Mário manobrou politicamente e retirou-lhe o comando por meio do suborno de um tribuno da plebe. n Sula não se deixou ficar e tomou a decisão de invadir Roma com o seu exército. n
Mitrídates VI (132 -63 a. C. ), chamado Eupátor Dionísio, também conhecido como Mitrídates, o Grande n Foi rei do Ponto na Anatólia e um dos mais formidáveis e sucedidos inimigos de Roma, havendo enfrentado três dos melhores generais romanos da baixa República.
Nesta altura, era considerado sacrilégio para um exército atravessar o pomerium, a fronteira simbólica da cidade. n A atitude de Sila foi tão grave e inédita, que ele nem repreendeu alguns dos seus legados que se recusaram a embarcar na aventura. n Talvez devido ao efeito surpresa, Sula conquistou Roma e conseguiu assegurar o seu comando. n
n n Aparentemente indiferente à devastação política que se vivia em Roma, Sula arrecadou inúmeras vitórias contra Mitrídates, que se aliara a Atenas. Em 82 a. C. regressa à Itália para encontrar um exército à sua espera. Na breve guerra civil que se seguiu, a qualidade dos veteranos das suas legiões provou ser decisiva. Sula invade Roma uma vez mais e em 81 a. C. com a batalha da Porta Colina torna-se ditador romano vitalício. Com essa vitória, ele foi homenageado pelo povo com a construção de uma estátua de bronze e ainda instituiu no calendário, mais uma festa, a da vitória de Sula.
A restauração de Sula não resolvera problema algum. n A plebe continuava miserável, n Os cavaleiros ávidos por dinheiro, n Os senadores egoístas e n Mitrídates decidido a prosseguir sua luta contra Roma. n n Em 79 a. C. , no pico do seu poder, Sula tomou a decisão de abdicar de todos os seus cargos e de se retirar da vida política
Com Roma na bancarrota, Sula recorreu à proscrição dos seus inimigos políticos para arranjar os fundos necessários às reformas que pretendia realizar. n Ele perseguiu e matou diversos seguidores de Mário, até mesmo expulsou um grande jovem, sobrinho de Mário (por parte de sua esposa), chamado, Caio Júlio César, que se tornaria o maior nome da história de Roma. n
Mitrídates retoma a luta e Sertório torna-se seu aliado. n Quinto Sertório foi um general e político romano. n Tomou o lado de Caio Mário na guerra civil que opôs o partido deste ao de Lúcio Cornélio Sila. n Para abater Mitrídates, fora preciso atribuir poderes extraordinários a um único homem – Pompeu – que unira sob o comando forças consideráveis n
n Pompeu estivera em todos os campos de batalha, na Espanha, contra Sertório, no Oriente, contra Mitrídates e os piratas que, aproveitando-se das dificuldades de Roma, tornaram praticamente impossível a navegação pacífica e até na própria Itália,
n onde bandos de escravos revoltados, sob a chefia de um gladiador, Spartacus, mantiveram o país.
4. Cícero n n Domina todo este período da história de Roma e sua morte em 43 a. C. assinalou o fim da República, ou seja, da liberdade. Para impor-se na República, era preciso fazer-se escutar e ele era um grande orador.
n Cícero foi eleito Cônsul em 63 a. C. O seu co-cônsul nesse ano, Caio Antônio Híbrida, teve um papel menor. Nesse cargo, ele destruiu uma conspiração para derrubar a República, liderada por Lúcio Sérgio Catilina. O Senado deu a Cícero o direito de usar o Senatus Consultum de Re Publica Defendenda (uma declaração de lei marcial) e ele fez Catilina deixar a cidade com quatro discursos (as famosas Catilinárias), que até hoje são exemplos estupendos do seu estilo retórico.
n n n As Catilinárias enumeraram os excessos de Catilina e os seus seguidores e denunciaram os simpatizantes senatoriais dele como sendo patifes e devedores dissolutos, que viam Catilina como uma esperança final e desesperada. Cícero exigiu que Catilina e os seus seguidores deixassem a cidade. Quando acabou o seu 1º discurso, Catilina saiu do Templo de Júpiter Stator. Nos próximos discursos, Cícero não se dirigiu diretamente a Catilina, mas ao Senado. Com estes discursos, Cícero queria preparar o Senado para o pior caso possível e também entregou mais provas contra Catilina
n n Catilina fugiu e deixou para trás outros conspiradores para começarem a revolução de dentro, enquanto Catilina iria atacar a cidade com um exército de "falidos morais e fanáticos honestos". Catilina tinha tentado ter ajuda dos Alobroges, uma tribo da Gália Transalpina, mas Cícero, trabalhando com os Gauleses, conseguiu recuperar cartas que incriminavam cinco conspiradores e os forçaram a confessar os seus crimes em frente ao Senado
Cícero denuncia Catilina
5. Primeiro Triunvirato – Pompeu, César e Crasso n n O 1º triunvirato foi uma aliança política informal estabelecida em 59 a. C. , na República Romana, entre Júlio, Pompeu, o Grande e Marco Licínio Crasso. Júlio César, acabado de ser eleito cônsul, era um advogado brilhante ; Pompeu era extremamente popular junto dos cidadãos dado às suas conquistas militares, mas desprezado pela classe senatorial pela falta de sangue azul da sua família; Crasso era considerado o homem mais rico de Roma, mas ao qual faltava influência política
César, Pompeu e Crasso
n n Caio Júlio César foi um patrício, líder militar e político romano. Desempenhou um papel crítico na transformação da República Romana no Império Romano. Suas conquistas na Gália estenderam o domínio romano até o Oceano Atlântico: um feito de consequências dramáticas na história da Europa. No fim da vida, lutou numa guerra civil com a facção conservadora do senado romano, cujo líder era Pompeu. Depois da derrota dos optimates, tornou-se ditador (no conceito romano do termo) vitalício e iniciou uma série de reformas administrativas e econômicas em Roma
César – o único com pensamento político: n Quis dar terra aos desprotegidos, n Limitar os excessos dos governadores nas províncias; n Criou o 1º jornal de Roma. n O Cônsul Bíbulo – seu opositor. n Aliou-se ao agitador Públio Clódio e o sugeriu que acusasse Cícero de mandar matar sem julgamento os cúmplices de Catilina. n
n n Sob a pressão dos bandos de Clódio e também dos exércitos de César que aguardavam a expulsão do grande orador, a plebe votou a lei e Cícero, apesar de seus protestos, teve que se exilar. César começou a conquista da Gália; Pouco a pouco, formou-se um movimento de resistência e houve uma dura guerra. Todos os gauleses, chefiados por Vercingétorix, se voltaram contra ele, mas ele era irredutível, não voltaria a Roma vencido para ser humilhado pelos seus inimigos.
Vercingétorix n n n César o encurralou e este se entregou para evitar um massacre maior, quebrando a resistência gaulesa. Crasso empolgou com os tesouros do Oriente. Em Roma, só estava Pompeu que autorizou o regresso de Cícero; Clódio foi assassinado; César voltou a Roma, Pompeu fugiu para o Oriente: o mundo estava dividido.
n Sertório dominou grande parte da Península Ibérica até à sua morte, derrotando sucessivamente os exércitos, comandados pelos generais romanos com mais reputação na época, como Cneu Pompeio ou Quinto Cecílio Metelo Pio, enviados contra si. O seu sucesso levou também a que os seus domínios na Península Ibérica servissem de refúgio a vários romanos fugidos de Roma em virtude dos sobressaltos políticos lá vividos. Um reforço substancial que recebeu terá sido aquele levado por Marco Perperna Veientão em 77 a. C. após a derrota em Itália da revolta conduzida por Lépido.
César tinha a Gália, a Itália e a Espanha. n Foi ao Oriente e esmagou Pompeu e o Senado. n Era o fim da República Romana. n Mas, antes que se impusesse uma ordem estável e que a paz regressasse definitivamente à cidade e ao mundo, foi ainda preciso que houvesse muita luta e muito sangue, a começar pelo do vencedor. n
6. O Nascimento do Império n n n n César: Formou um novo senado; Reorganizou o Estado; Promulgou leis; Enfraqueceu o poder dos magistrados; Controlou a sociedade dos publicanos para dar mais justiça às províncias; Simplificou o Direito Romano; Criou colônias para dar pão aos pobres
n n Remodelou Roma e Partiu para o Oriente para submeter toda a Ásia até a Índia; O exército se encontra distante e, quando César foi ao seu encontro, foi atacado por um grupo de conjurados em pleno senado, caindo sob os golpes dos punhais. Cícero regozijou;
O Assassinato de Júlio César
n n n Surgiu um novo personagem: Otávio, sobrinho de César Forma com Antônio, seu ex-inimigo e com Lépido o 2º triunvirato para reorganizar o Estado. Mandam matar todos seus inimigos políticos, entre eles, Cícero, decapitado: “assim morrem os inimigos de César. ”
7. Otávio e a Passagem para o Império n n n O assassinato de Júlio César (100 -44 a. C. ) motivou seu sobrinho Otávio a lutar pelo poder. Em 43 a. C. , estabeleceu-se um novo governo em Roma, formado por Marco Antônio, Otávio e Lépido. Sucedeu-se uma série de lutas políticas e militares entre esses líderes e seus partidários, motivadas, entre outros fatores, pela relação entre Marco Antônio
e a rainha egípcia Cleópatra. n Dessas lutas, Otávio saiu-se vitorioso, tornando-se o principal governante de Roma e dos territórios dominados pelos romanos, entre os quais o Egito, conquistado em 31 a. C.
n n Otaviano criou a guarda pretoriana, após a conquista do Egito e o retorno a Roma. Era um corpo militar e de elite, formado para proteger os imperadores romanos e sua família. Alcançou tanto poder que era decisivo na escolha ou permanência dos imperadores. Os pretorianos vestiam-se de forma diferente e as guardas reais atuais são as suas herdeiras no que tange à questão de proteção da família real.
Cleópatra deixou-se picar por uma de suas serpentes no ano 30 a. C. A rainha do Egito e seu amante, Marco Antônio, cometeram suicídio após derrota pelas legiões de Otávio na batalha de Áccio. Isto fez com que o Egito se tornasse posse de Roma e Otávio fosse o primeiro imperador romano.
8. O Império Romano n n A partir de 27 a. C. , Otávio acumulou poderes e títulos, entre eles o de Augusto, tornou-se o governante supremo de Roma. Durante seu governo (27 a. C. -14 d. C. ), realizou reformas administrativas, profissionalizou o exército e organizou internamente o império, reduzindo o avanço das conquistas militares.
8. 1. PAX ROMANA A vitória de Otávio foi recebida com alívio: era o fim das guerras civis. n. A partir das medidas adotadas por Otávio, o império passou a desfrutar de um período de paz, que ficou conhecido como Pax Romana. Esse período estendeu até o século III, abrangendo os governos de vários imperadores que podem ser agrupados em 4 dinastias. n
8. 2. Otávio e a Literatura n n Durante as guerras civis, Roma perdera muitas de suas tradições. Otávio compreendeu que outras fossem criadas. Procurou apoio nos poetas para criar verdadeiros “mitos”. Virgílio escreveu: “Eneida”, “Bucólicas”, “Geórgias”: simplicidade, pastoralismo, natureza, deuses.
8. 3. O Fim do Reino de Augusto n n n Uma série de incursões profundas através da Germânia pareceu permitir a pacificação de todo o país; Mas uma terrível revolta rebentou, bruscamente, no fim do reino de Augusto no ano 9 d. C. Varus, o general romano, foi supreendido por cheruscos, liderados por Armínio. O exército de Varus foi completamente destruído. A revolta de Armínio pôs fim ao projeto de romanização da Germânia. A fronteira foi transferida para o Reno, ficando aí o Império
n O império romano atingiu sua máxima extensão em meados do século II, com cerca de 4 milhões de km 2 e 70 milhões de habitantes.
n n 9. As Dinastias do Império Dinastia dos Júlio-Cláudio (14 -68) Tibério, Calígula, Cláudio e Nero; Dinastia dos Flávios (69 -96)– Vespasiano, Tito Flávio Vespasiano e Domiciano; Dinastia dos Antoninos (96 -192)Nerva, Trajano, Adriano, Marco Aurélio, Antonino Pio e Cômodo; Dinastia dos Severos (193 -235)– Sétimo Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre.
TIBÉRIO (14 - 37) n Filho adotivo de Augusto, foi um ótimo administrador. Fiscalizava tudo, não permitindo abusos e fraudes. Segurou firmemente as rédeas do Estado, deixando Roma em excelente situação financeira. Apesar disso, era pouco popular. O retraimento, o mau humor e a crueldade faziam dele uma figura odiosa.
Calígula (37 – 41) n n n Iniciou seu governo, tomando medidas populares, obtendo grande prestígio. Acometido por várias doenças, tornou-se doente mental: Fez com que o senado o aclamasse como divindade. Nomeou seu cavalo Incitatus senador de Roma. Moveu perseguições violentas e cruéis. Pretendia transformarse num monarca estilo oriental. Foi assassinado.
Cláudio (41 - 54) n n O medroso Cláudio, assim que soube da morte de Calígula, escondeu-se atrás de uma cortina. Descoberto por um guarda pretoriano, foi aclamado imperador, antes que os senadores restaurassem a antiga república. Conquistou a Bretânia e a Mauritânia, aperfeiçoou a administração e realizou obras públicas. Foi envenenado por sua esposa Agripina.
Nero (54 – 68) n n Agripina assassinou Cláudio para Nero chegar ao poder. Durante os 1ºs cinco anos, fez um bom governo, depois tornou-se um tirano sanguinário: mandou envenenar seu irmão Britânico, livrou-se de Sêneca e Burrus (antigos aliados), mandou assassinar sua mãe e sua esposa e todos aqueles de quem apenas desconfiasse.
Perseguiu os cristãos (Pedro e Paulo morreram durante seu reinado). n As províncias da Gália e da Espanha, lideradas por Galba, rebelaram-se contra Nero, obtendo, em Roma, o apoio do Senado e dos pretorianos. n Declarado “inimigo da pátria”, Nero fugiu e suicidou. n Antes de morreu, teria declarado: “Que grande artista perde o mundo!” n
10. Prazos Curtos no Poder n n Galba mal entrara em Roma para receber o título de Imperador das mãos do senado e já um rival surgia: Oton, antigo companheiro de Nero, mandou a guarda pretoriana contra Galba Entretanto, Vitélio surge da Germânia, esmaga o exército de Oton e mal assume o poder Em pouco tempo, as legiões do Oriente apoiam Flávio Vespasiano
10. 1. Vespasiano ( 69 -79) n n n Não era romano. Para restaurar a ordem econômica e militar: Reduziu os gastos; Restabeleceu a disciplina militar; Submeteu definitivamente a Judeia; Construiu o Coliseu;
10. 2. Tito Flávio Vespasiano n n n Construiu muitas estradas nas províncias; Socorreu as cidades de Herculanum e Pompeia (Campânia), atingidas pela erupção do Vesúvio; Expulsou os judeus da Palestina, quando seu pai ainda era imperador (70)
10. 3. Domiciano n n n Tornou-se imperador por causa da morte de seu irmão Tito Vespasiano; Defendeu as fronteiras do Reno, do Danúbio e da Bretanha; Perseguiu os Cristãos e Judeus; Ignorou o senado; Era mau e vingativo; Acabou assassinado em 96.
10. 4. Nerva n n Restaurou os direitos abolidos durante o reinado de Domiciano. Contudo, a sua administração possuía problemas financeiros. Faltava-lhe habilidade para tratar com as tropas. Uma rebelião da guarda pretoriana em 97 quase o forçou a adotar o popular Trajano como herdeiro e sucessor.
10. 5. Trajano Possuía uma brilhante capacidade militar e administrativa. n Altivo, simples e honesto, foi um grande imperador; n Construiu estradas, pontes aquedutos, e belos edifícios; n Levou as fronteiras imperiais até a Índia n
Para celebrar suas conquistas, construiu em Roma a célebre Coluna Trajano de 38 m de altura
10. 6. Adriano n n n Destacou-se como um dos melhores imperadores da História de Roma; Fez inteligentes reformas administrativas, políticas e jurídicas (Édito Perpétuo); Reforçou o exército; Incentivou as artes; Foi tolerante com os cristãos; Mas tinha defeitos: ambicioso, vingativo, arrasou a Palestina
10. 7. Antonino Seria um bom imperador, com algumas ressalvas. “O paternalismo cauteloso de Antonino, esse cuidado com a economia, essa vontade decidida de evitar a guerra e a recusa de aceitar como súditos os povos estrangeiros que pediam para fazer parte do império parecem revelar um enfraquecimento secreto e um bem-estar frágil. ” (Jean-Marie Engel)
10. 8. Marco Aurélio n n Em seu governo, o longo período da paz romana chegou ao fim. Os partos atacaram o Oriente e os germânicos perseguiam o Danúbio e a Dácia. Dos 19 anos de governo, foram 17 de guerra. Também houve: peste, 1 terrível inundação do Tibre, 2 graves epidemias de fome e 1 usurpação tornou seu governo ainda mais difícil.
10. 9. Cômodo n n Filho de Marco Aurélio Era desequilibrado, perverso ao extremo, deliciava-se com espetáculos sangrentos. Acabou assassinado.
n n Com a morte de Cômodo, a anarquia se instalou no Império Romano. Imperadores mudavam do dia para a noite. O império chegou a ser leiloado. “Isto se passava no ano de 193. O que oferecia aos soldados maior soma podia ser eleito imperador. Por 6 mil denários, para cada homem, adquiriu Juliano o tão cobiçado trono imperial. ” (Diom Cássio)
10. Sétimo Severo (193 -211) n Governou com apoio do exército n A seus filhos Geta e Caracala aconselhava: ”Enriquecei os soldados e zombai do resto. ” • Perseguiu os aristocratas; • Diminuiu as atribuições do senado; • Colocou militares no governo das províncias • Construiu um conselho imperial composto de juristas como Papiano e Ulpiano, para ajudá-lo nas tarefas legislativas
11. Os seus sucessores serão dominados por militares n n n Caracala (212 -217) Macrino (217) Heliogábalo ((218 -222) Alexandre Severo (223 -235) Serão vítimas dos legionários descontentes Caracala promulgou um Edito (212), concedendo cidadania a todos os homens livres do império.
12. Governos dos Severos O imperador torna-se uma figura sagrada e autoritária; n Declínio dos poderes do senado; n Sírios e africanos foram favorecidos n O primeiro egípcio entrou para o senado; n Expansão do cristianismo. n
n n n Nas zonas rurais despovoadas, os ricos ajuntam muitos domínios e aí instalam oficinas prósperas, concorrendo com o artesanato das cidades. A produção diminui, os preços sobem e depreciam a moeda Severo e seu filho Caracala praticam a inflação, aumentam as taxas, introduzem o imposto em espécie e em dias de trabalho.
13. IMPERIALISMO DEFENSIVO Alguns autores acreditam que a expansão romana foi imotivada e involuntária, pois o senado nunca buscou a hegemonia. n A prova estaria na recusa romana em anexar os territórios conquistados, estabelecendo protetorados ou em finalizar os povos submetidos. n
• É na conquista da Grécia Helenística que os defensores da tese do imperialismo preventivo ou defensivo concentram sua atenção.
13. 1. Primeiro momento defensivo do Império Romano n n n E uma etapa expansionista e agressiva, coloca-se na 1ª Guerra Púnica, quando Roma se aventura pela 1ª vez fora da Itália. Conquistam Sicília e Sardenha Na 2ª Guerra Púnica com Cartago ou No séc. II a. C. , na campanhas orientais ou Na destruição de Cartago e Corinto em 146 a. C. Púnico deviva-se de puni (fenício) que era como os romanos chamavam os cartagineses.
13. 2 Guerra Defensiva n n Caráter religioso, possuía complexo ritual executado por 1 colégio de sacerdotes (feciais) - guerra justa - reparação de injustiça contra os romanos. Ritual: pedir satisfações (res repetere), reclamar as injustiças sofridas (clarigatio) e em caso de não atendimento, declarar a guerra, atirando 1 lança ensanguentada em território inimigo. Vencedores: estabeleciam 1 tratado (foedus) – ficavam sob proteção de Roma (uenire in fidem) Sacrificavam um porco, invocando Júpiter
13. 3. A Vitória na Guerra n Obtenção de bens materiais: presas de guerra, territórios, escravos, soldados e poderio político (glória para os chefes, alianças com aristocracias locais).
14. As duas etapas do Imperialismo Romano: I - Os romanos conquistaram o império com as armas, para seu próprio benefício, tratavam os subjugados com bondade. Comportavam-se como benfeitores e amigos: a uns cederam a cidadania, a outros o direito do matrimônio e a alguns deixaram a autonomia. II – Depois do domínio, aterrorizaram as cidades. Destruíram Corinto e Cartago (146 a. C. ), erradicaram a Macedônia e a Numância (133 a. C. ).
n Antes da destruição de Cartago, o povo e o senado romano administravam conjuntamente a república com placidez e moderação.
15. A expansão de Roma Monárquica e Republicana n Até o séc. III a. C. , foi realizada por uma sociedade essencialmente camponesa, na qual, os cidadãos se definiam pela propriedade de lotes de terra, em geral de pequena extensão, que eram cultivados pelo proprietário e sua família ou, no caso das famílias aristocráticas, por trabalhadores dependentes, ligados à classe dominante por laços de clientela.
A Característica mais Original deste Período n É a capacidade de o imperialismo romano alterar a estrutura econômica das regiões subjugadas e, em grande medida, integrá-las à sua própria economia, mercantil e escravista.
16. Terra e Expansão n n Um dos elementos determinantes da expansão romana foi a busca por terras cultiváveis nas lutas internas em Roma e nos recursos obtidos com as conquistas. Tais terras eram integradas à propriedade pública do Estado Romano como ager publicus (terras públicas)
16. 1. Terras Públicas e Conflito Agrário n n Até meados do séc. IV a. C. , a expansão foi um feito da Liga Latina que congregava as cidades do Lácio. Por volta de 340 a. C. , dissolvendo-se a Liga Latina, prosseguiu a fundação de colônias, diferenciadas em 2 tipos: Umas de caráter essencialmente militar e Outras localizadas na costa (interesses marítimos)
16. 2. As Leis Agrárias n n A distribuição de territórios conquistados provocou uma longa série de lutas sociais em Roma, materializadas por várias leis agrárias, transmitidas pela tradição. A mais antiga é a lei agrária de Espúrio Cássio (séc. V a. C. ) que distribuiu terras tomadas dos érnicos no Lácio à plebe e aos latinos
17. Importância da Colonização n Entre 338 e 218 a. C. , foram criadas 40 colônias, onde houve a distribuição de terra à população camponesa de Roma e de seus aliados e reproduzindo aí a economia de subsistência, centrada na pequena propriedade camponesa, que era característica de Roma neste período.
18. A Conquista da Cidade Etrusca de Veios n n Foi realizada por Roma, por meio de uma longa guerra e cujos amplos territórios foram confiscados em sua totalidade e se transformaram em ager publicos, foram repartidos em lotes e distribuídos à população de Roma (assignação), como resultado de uma intensa agitação social na cidade. Tal forma de repartição, cujo caráter social é evidente, enfrentava a oposição da aristocracia e do senado.
19. Imperialismo e Luta Política n n A estrutura política deixava ampla margem de controle e decisão nas mãos da oligarquia senatorial. Tal controle era ressaltado pelas características de funcionamento de 2 assembleias populares em Roma: por centúrias e por tribos.
20. As Assembleias da Plebe n n n De caráter mais democrático, reuniam toda a cidadania (excetuando-se os patrícios) que votava por tribos, independentemente da riqueza pessoal dos participantes. Os votos eram computados por tribos e não individualmente. As decisões (plebiscita) não tinham, até o séc. III a. C. , valor de lei para o conjunto da sociedade, sendo aplicáveis apenas aos próprios plebeus
21. Assembleias por Centúrias n n Representavam o povo em armas e nas quais o povo era segmentado em centúrias (batalhões de soldados), distribuídas segundo a riqueza individual deles. Elegiam os magistrados e aprovavam declarações de guerra, deixando uma grande margem de controle nas mãos dos ricos
A Assembleia Centurial oferecia vários cargos, entre eles podemos citar: n n n Pretores: encarregados da justiça Censores: contavam a população e cuidavam da manutenção da ordem e dos costumes Questores: cobravam impostos Edis: cuidavam da manutenção da cidade Pontífice: era responsável por assuntos religiosos
22. Os Benefícios das Conquistas n n A aristocracia fundiária tinha na expansão uma forma de ampliar seu próprio poder, adquirindo glória e prestígio militar, estabelecendo alianças com as aristocracias dos Estados aliados, fortalecendo o exército. Por outro lado, ocasionavam a agudização dos conflitos por parte da plebe que se sentia prejudicada.
23. Para os Proletarii n n As terras recebidas e que foram confiscadas representavam a possibilidade de acesso ao meio básico de produção, com consequente elevação de seu status social e de sua participação política. Eram de extensão reduzida, distantes de Roma, fazendo com que seus colonos perdessem seus direitos políticos de cidadão romano.
24. Quem era o inimigo do Senado Romano ? n n O povo respondeu que não era Veios, a quem Roma queria declarar guerra e sim a própria plebe romana. Esta sentia-se incomodada pelo senado com o serviço militar, mantendo-os ocupados em regiões estrangeiras, com receio de que se gozassem de uma vida pacífica em casa, começassem a pensar em coisas proibidas: liberdade, terras próprias para cultivar, divisão de terras públicas, direito de voltar segundo a vontade.
Conflitos da Plebe
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